sexta-feira, 18 de maio de 2012

São João I

18/05 - O santo de hoje governou a Igreja por apenas dois anos e meio. Foi eleito Papa em 523. Nasceu na Toscana, Florência, no século V. De Florência foi para Roma e tornou-se um sacerdote, um presbítero cardeal. Com a morte do Papa, ele foi eleito o sucessor de Pedro.
 
Marcou a Igreja com muitos trabalhos pastorais, foi o precursor do canto gregoriano e da restauração de muitas igrejas, mas o objetivo dele como Papa, foi de confirmar a fé dos irmãos; sem dúvida nenhuma, era o serviço da salvação das almas.
 
Papa João I viveu num tempo e contexto político-religioso complexo. Quem reinava na Itália era Teodorico, um cristão ariano, ou seja, não era fiel à doutrina católica, mas se dizia cristão. Por outro lado, existia um conflito entre Teodorico e Justino; e os dois imperadores se chocavam. No meio deste contexto complexo, a vítima foi o Papa João I, que foi forçado por Teodorico a uma missão. Nunca um Papa tinha saído da Itália; ele foi o primeiro.
 
A missão não agradou, porque Teodorico queria que o Papa fosse o porta-voz de uma mensagem ariana, por interesses econômicos e políticos. Mas o que podemos perceber é que este homem santo, autoridade máxima da Igreja de Cristo, não perdeu sua paz, não perdeu sua obediência a Deus. Tornou-se santo em meio aos conflitos.
 
Ele viveu uma vida de oração, uma vida penitencial, oferecendo e sempre buscando ser dócil à vontade de Deus. Papa João I, por causa do ódio de Teodorico, foi aprisionado para morrer de fome e de sede. Foi mártir.
 
Hoje, podemos recordar este Pastor da Igreja como o pastor que, a exemplo de Cristo, deu a vida pelo rebanho.

Fonte: www.cancaonova.com.br

quinta-feira, 17 de maio de 2012

Beata Julia Salzano


17/05 - Júlia, italiana, nasceu em Santa Maria Capua Vetere, na província de Caserta, em 13 de outubro de 1846, tendo como pai Diego Salzano, capitão dos lanceiros de Fernando I, rei de Nápolis, e como mãe Adelaide Valentino.

Órfã de pai aos quatro anos, foi confiada para a sua formação às Irmãs da Caridade no Orfanato Real de São Nicolau "La Strada", onde permaneceu até os quinze anos de idade. Diplomada professora, recebeu o encargo de ensinar na Escola Municipal de Casória, em Nápolis, para onde se transferiu com a família em 1865.

Junto ao ensino, manifestou um notável interesse pelo catecismo para educar na fé as crianças, os jovens e os adultos, cultivando, ao mesmo tempo, a devoção à Virgem Maria. Propagou, o amor e o culto ao Sagrado Coração.

Pela sua constante preocupação de fazer passar por meio do ensino e do testemunho a doutrina e a vida de Jesus Cristo, em 1905 fundou a Congregação das Irmãs Catequistas do Sagrado Coração, ocasião em que vestiu o hábito e se consagrou definitivamente a Cristo.

Eleita superiora, dedicou sua vida no carisma da catequese e, por isso, afirmava: "Ensinarei sempre o catecismo, até o meu último sopro de vida. E vos asseguro que morreria contentíssima lecionando o catecismo".

Exortava, também, as suas filhas: "Em qualquer hora, a irmã catequista deve sentir-se disposta a instruir os pequeninos e os ignorantes; não deve medir os sacrifícios requeridos por este ministério, antes deveria desejar morrer no cumprimento do próprio dever, se assim fosse do agrado de Deus".

Um outro Beato, Ludovico de Casória, predisse-lhe, quase profeticamente: "Cuida de não cair na tentação de abandonar as crianças da nossa querida Casória, porque a vontade de Deus é que vivas e morras entre elas". E assim foi.

"Dona Julieta", como era chamada pelos cidadãos de Casória, morreu, com fama de santidade, no dia 17 de maio de 1929, nessa cidade napolitana, aos oitenta e três anos de idade.

A sua Congregação se expandiu não somente pelas cidades italianas, como também em outras na Europa, Canadá, Brasil, Filipinas, Peru e Índia, para difundir a evangelização e a promoção humana.

Em 2002, o papa João Paulo II a beatificou, designando a festa da beata Júlia Salzano para o dia de seu transito.

Além disto, pelo seu carisma ele a designou "Mulher Profeta da Nova Evangelização".

quarta-feira, 16 de maio de 2012

Santo Ubaldo


16/05 - Ubaldo nasceu de nobre família alemã em 1085, na cidade de Gúbio, Itália. Entretanto foi criado por um tio, porque ficou órfão ainda muito criança. Aos quinze anos de idade, resolveu que seria monge ermitão, para estar longe do burburinho e das ilusões da cidade. Seu tio não permitiu, preferindo que ele fosse conviver com os cônegos de São Segundo, para completar os estudos. Com eles Ubaldo ficou até ser chamado pelo bispo João, que o ordenou sacerdote em 1114 e o manteve como auxiliar incansável na reforma eclesiástica que promovia naquela diocese.

Mas neste mesmo ano foi eleito prior da comunidade religiosa de São Mariano, nos arredores de Gúbio, e titular da catedral. À pequena comunidade ele deu um novo desenvolvimento ascético, nos moldes de São Pedro Damião, que tinha transformado o mosteiro de Fonte Avelana em um centro exemplar de vida religiosa. E para lá se dirigiu também Ubaldo, depois do incêndio de 1126 que destruiu a catedral e a comunidade, com os religiosos tendo que se dispersarem.

Acontece que Ubaldo teve atuação tão exemplar, nesse período, que em 1129 foi nomeado bispo de Gúbio, pelo Papa Honório II, que o consagrou pessoalmente. Assim ele voltou para sua cidade, agora também sua sede episcopal. Além de ganhar a confiança do povo quase de imediato, por causa da defesa intransigente dos fracos e oprimidos pelos senhores feudais, Ubaldo passou a ser considerado herói por ter evitado a invasão da cidade pelo terrível Frederico Barba-Roxa, em 1155. Para isso usou suas armas mais eficazes: persuasão, caridade e doçura.

Ubaldo era um pacificador. Diz a tradição que certa vez, ele se colocou literalmente entre dois grupos adversários que brigavam no centro de Gúbio. Somente ao ver seu amado bispo no chão, ferido pelos participantes de ambos os lados, é que o povo percebeu a violência descabida praticada, a luta cessou e a paz passou a reinar na cidade.

Ele morreu no dia 16 de maio de 1160, tendo sido proclamado padroeiro de Gúbio imediatamente após o falecimento. Com isso a sua canonização foi rápida, ocorrida pouco mais de trinta anos depois. Em 1192, foi proclamado Santo Ubaldo, sendo celebrado no dia de sua morte.

terça-feira, 15 de maio de 2012

Santo Isidoro


15/05 - Isidoro nasceu em Madri, na Espanha, em 1070, filho de pais camponeses, simples e seguidores de Cristo. O menino cresceu sereno, bondoso e muito caridoso, trabalhando com os familiares numa propriedade arrendada. Levantava muito cedo para assistir a Missa antes de seguir para o campo. Quando seus atos de fé começaram a se destacar, já era casado com Maria Toribia e pai de um filho.

Sua notoriedade começou quando foi acusado de ficar rezando pela manhã, na igreja, ao invés de trabalhar. De fato tinha o hábito de parar o trabalho uma vez ao dia para rezar, de joelhos, o terço. Mas isso não atrapalhava a produção, porque depois trabalhava com vontade e vigor, recuperando o tempo das preces. Sua bondade era tanta que o patrão nada lhe fez.

Não era só na oração que Isidoro se destacava. Era tão solidário que dividia com os mais pobres tudo o que ganhava com seu trabalho, ficando apenas com o mínimo necessário para alimentar os seus. Quando seu filho morreu, ainda criança, Isidoro e Maria não se revoltaram, ao contrário, passaram a se dedicar ainda mais aos necessitados.

Isidoro Lavrador, morreu pobre e desconhecido, no dia 15 de maio de 1130, em Madri, sendo enterrado sem nenhuma distinção. A partir de então começou a devoção popular. Muitos milagres, atribuídos à sua intercessão, são narrados pela tradição do povo espanhol. Quarenta anos depois seu corpo foi trasladado para uma igreja.

Humilde e incansável foi esse homem do campo, que somente depois de sua morte, e com a devoção de todo o povo de sua cidade, as autoridades religiosas começaram a reconhecer o seu valor inestimável: a devoção à Deus e o cumprimento de Seus mandamentos, numa vida reta e justa, no seguimento de Jesus.

Foi o rei da Espanha, Filipe II, que formalizou o pedido de canonização do santo lavrador, ao qual ele próprio atribuía a intercessão para a cura de uma grave enfermidade. Em 1622 o Papa Gregório XV canonizou Santo Isidoro Lavrador, no mesmo dia que os Santos: Inácio de Loyola, Francisco Xavier, Teresa d'Ávila e Filipe Néri.

Hoje ele é comemorado como protetor dos trabalhadores do campo, dos desempregados e dos índios. Enfim, de todos aqueles que acabam sendo marginalizados pela sociedade em nome do progresso. Santo Isidoro Lavrador é o padroeiro de Madri.

Fonte: www.prestservi.com.br

segunda-feira, 14 de maio de 2012

São Miguel Garicoits


14/05 - Miguel Garicoits nasceu em 15 de abril de 1797, em Ibarre, França. Seus pais, apesar de humildes, socorriam padres fugitivos do terror da Revolução Francesa.

O pároco da vizinhança se encarregou da educação de Miguel e depois o recomendou ao bispo de Baiona. Dedicado e inteligente, foi estudar no Seminário de Dax, ordenando-se sacerdote em 1823, e dois anos depois se tornou professor de Filosofia no Seminário Maior de Bétharram, nos Baixos Pirineus.

Miguel se tornou formador de novos padres. Preocupava-se com o clero, que se mostrava despreparado e desorientado. Para mudar tal quadro, teve a idéia de fundar um instituto de sacerdotes que atuariam como colaboradores nas paróquias, nos colégios e nos seminários, dando suporte intelectual.

O bispo não ficou muito animado com essa idéia, porém o autorizou a tentar. Assim, Miguel iniciou o seu projeto, procurando padres que estivessem dispostos à missão. Ele os educou e preparou, o que encorajou o novo bispo de Baiona a dar o seu apoio. Em 1841, o instituto, que passou a se chamar Padres do Sagrado Coração de Jesus, recebia a aprovação diocesana.

Porém uma doença seria o novo desafio que Miguel teria de enfrentar. Em 1853, adquiriu uma paralisia que o prenderia à cama. Foram nove anos de sofrimento. A morte chegou em 14 de maio de 1863.

Treze anos depois, teve inicio o seu processo de canonização, que terminou em 1947, quando foi proclamado santo pelo Papa Pio XII.

Hoje, os Padres do Sagrado Coração de Jesus, ou Padres de Bétharram, como também eram chamados, estão presentes na Itália, Espanha, Inglaterra, Argentina, no Uruguai e Brasil.

Fonte: www.derradeirasgracas.com

domingo, 13 de maio de 2012

Santa Maria Domenica Mazzarello


13/05 - Maria Domenica Mazzarello nasceu em 09 de maio de 1837, em Mornese, Itália. Filha de camponeses, era a primogênita de dez filhos e aprendera a trabalhar duro, ajudando a mãe Maria nos trabalhos de casa e o pai José nos vinhedo, até que a irmã Felicina pôde substituí-la em casa.

Os pais eram cristãos fervorosos, muito preocupados com a educação dos filhos, e se dedicaram especialmente à primogênita. Para isso, contaram com a ajuda de padre Domingos Pestarino que teve forte influência na formação espiritual de Maria Domenica.

No dia 09 de dezembro de 1855, nasceu em Mornese a Pia das Filhas da Imaculada, composta por moças escolhidas a dedo por Dom Pestarino. Maria Domenica, então com dezoito anos, era uma delas. Esse grupo se distinguiu pela dedicação às meninas mais desprotegidas, pela preocupação com a catequese e com o acompanhamento às mães cristãs. Entre elas, Maria Domenica sobressaía, pela alegria e pela liderança que exercia.

Em 1857, durante uma epidemia de tifo, Maria Domenica foi cuidar de parentes que haviam contraído a moléstia. Mas o esforço a debilitou e ela também ficou doente. Com muito custo conseguiu se recuperar, mas a antiga energia nunca mais voltou. Assim, impossibilitada de trabalhar nos campos, convidou Petronila, sua grande amiga e Filha da Imaculada, para freqüentarem aulas de corte e costura com o alfaiate do lugar, para aprenderem a profissão.

Quando estavam aptas, abriram uma salinha de costura no povoado, para ensinar às meninas do povo não apenas a costurar, mas a amar muito Jesus e Nossa Senhora e viver sempre na presença deles: "Cada ponto da agulha seja um ato de amor a Deus". Desta salinha de costura nasceu o Instituto das Filhas de Maria Auxiliadora. O número de meninas aumentava e algumas, não tendo para onde ir, permaneciam ali. Vendo o trabalho que faziam, outras moças quiseram juntar-se a elas e, logo, constituíram um grupo de moças, unidas por um mesmo ideal, fortalecidas por uma mesma espiritualidade, vivendo vida comum. Quando Dom João Bosco, hoje Santo, as conheceu, no início de outubro de 1864, percebeu que ali estava a resposta de Deus ao seu desejo de fazer pelas meninas o mesmo que ele já vinha fazendo pelos meninos. E assim, depois de longa preparação, em 1872 nasceu o Instituto das Filhas de Maria Auxiliadora, as Irmãs Salesianas.

Maria Domenica foi logo eleita Superiora e confirmada por Dom Bosco. E sob sua direção, o Instituto cresce e se expande pela Itália, pela Europa e chega até à América. Quando ela morre, aos quarenta e quatro anos de idade, aos 13 de maio de 1881, suas Irmãs já eram realidade na Igreja e em dois continentes. Hoje, sua congregação espalha-se por todo o mundo a serviço da juventude pobre e desamparada.

Maria Domenica Mazzarello foi canonizada pelo Papa Pio XII em 1951 e sua veneração ocorre no festivo dia da celebração de Nossa Senhora de Fátima, data em que a fundadora foi ao encontro do Pai Eterno.

Fonte: www.prestservi.com.br

sábado, 12 de maio de 2012

Santa Joana de Portugal


12/05 - Santa Joana nasceu no dia 6 de fevereiro de 1452. Era filha primogênita de Dom Afonso V, rei de Portugal. Órfã de mãe aos 15 anos, tomou os encargos do governo da casa real. Possuía grande beleza e personalidade marcante. Exerceu a regência do Reino quando seu pai foi à frente de uma esquadra conquistar Arzila e Tânger, na África.

Desejosa de se consagrar a Deus na Ordem Dominicana, precisou vencer a resistência do pai e de seu irmão Dom João (futuro Dom João II), que desejavam um casamento vantajoso para ela. Embora pretendida por muitos príncipes, entre eles o filho de Luis XI da França, para espanto de todos, em 1471 recolheu-se temporariamente no mosteiro de Odívelos. Conseguiu ingressar no convento dominicano de Aveiro, mas devido a sua frágil saúde viu-se impedida.

Continuou passando no convento a maior parte do seu tempo, conservando o hábito religioso; mesmo quando estava fora do convento praticava eximiamente a regra da Ordem. Levava vida penitente, usando cilício sob as vestes reais e passando as noites em oração. Jejuava frequentemente e como divisa ou insígnia real usava uma coroa de espinhos.

Os pobres, os enfermos, os presos, os religiosos viam nela a sua protetora e amparo. Conservava um livro onde anotava os nomes de todos os necessitados, o grau de pobreza de cada um e o dia em que deveria ser dada a esmola. Por ocasião da Semana Santa, lavava os pés de doze mulheres pobres e as presenteava com roupas, alimentos e dinheiro. Dali foi para o mosteiro de Aveiro, onde viveu despojada de tudo até a morte, no dia 12 de maio de 1490 e foi beatificada em 1693.

Fonte: hagiosdatrindade.blogspot.com