sábado, 10 de março de 2012

São João Olgivie



10/03 - Neste dia celebramos São João Ogilvie, que se tornou mártir da fé católica.



Nasceu na Escócia, em 1579, duma nobre família que aderiu à separação da Igreja da Inglaterra com a de Roma.



Educado numa rígida doutrina calvinista, São João, com treze anos, foi enviado para a França e Alemanha por causa dos estudos. Ao se deparar com o testemunho de vida dos católicos, iniciou uma crise espiritual, que se findou na sua conversão ao catolicismo, que implicava na época, a ruptura com a família e a perda de seu sustento.



Mesmo com a certeza de ser perseguido em sua pátria, João abraçou a Igreja Católica, pois, de grande honestidade intelectual, decidiu-se radicalmente por reconhecer que caminhava para a verdade, vontade e convite de Deus.



Mais tarde entrou na Companhia de Jesus, onde chamava a atenção pela sua serenidade e alegria de viver. Chegou ao Sacerdócio, o qual pôde também exercer na Escócia, de modo clandestino devido a perseguição, mas de forma corajosa e santa, até ser preso por professar sua fé ao Cristo, a verdade e amor ao Papa; por isso foi humilhado, condenado e martirizado em 1615.



sexta-feira, 9 de março de 2012

Santa Catarina de Bolonha



09/03 - Nasceu em 8 de Setembro de 1413 em Bolonha, Itália. Também é conhecida como Catherine de Vigri.



Filha de um diplomata. A tradição diz que seu pai recebeu uma visão que ela iria nascer. Dama de honra da filha de uma marquesa recebeu a mesma educação da sua patroa. Professou com 14 anos na Ordem Terceira. Depois de estudar letras e artes, em 1431 pediu para se admitida no Mosteiro das Clarissas de Ferrara onde foi mestra de Noviças. Fundou um convento de Clarissas Pobres em Bolonha em 1456 onde foi Abadessa. Fazia milagres e ainda era profetisa e tinha revelações místicas. Também era pintora e decifrava manuscritos como se estivesse iluminada por um anjo. No dia de Natal recebeu uma visão de Jesus nos braços de Maria. Esta visão pintou num quadro que se encontra no Museu do Vaticano.



Morreu a 9 de Março de 1463 em Bolonha, Itália e foi enterrada sem caixão e não foi embalsamada. Exumada dezoito dias depois, devido a milagres que ocorriam junto de sua tumba, o odor de perfume exalou de seu túmulo e o seu corpo estava incorrupto. Perante isso foi chamado o doutor Maestro Giovanni Marcanova que examinou o corpo e não pôde explicar o facto. Assim o seu corpo foi vestido com roupa limpa e colocado numa cadeira, numa capela especial, atrás de barras e vidros onde está ainda hoje.



Na arte litúrgica da Igreja, Santa Catarina é mostrada como uma Clarissa Pobre carregando o Menino Jesus ou num trono com um livro, ou ainda com uma cruz sobre seu peito e descalça.



Escreveu “ Tratado em armas espirituais”e “Revelações”. Foi canonizada a 22 de Maio de 1712 pelo Papa Clemente XI.



É padroeira da Academia de arte de Bolonha, dos pintores e das artes liberais.



quinta-feira, 1 de março de 2012

São Suitberto de Kaisersweth


01/03 - Suitberto era um monge beneditino que dedicou praticamente toda sua força vital, física e espiritual, à evangelização do centro-norte da Europa, território anglo-saxão ainda pagão. Inglês, nascido no ano 647, foi considerado um dos mais genuínos continuadores da obra de São Patrício, que evangelizara o território irlandês, um século antes.

Ele foi educado nas rígidas regras dos mosteiros beneditinos, sob a direção espiritual do bispo Egberto, do qual se tornou discípulo e o acompanhou à Irlanda, enquanto se preparava para o apostolado. Egberto, que depois a Igreja elevou aos altares, tinha um projeto para evangelizar as regiões germânicas ainda pagãs, mas não poderia executa-lo pessoalmente. Por isso enviou outro monge, Vigberto, inicialmente para a Frísia, hoje Holanda.

A obra desse primeiro discípulo, foi impedida pelo príncipe pagão Radibodo e Vigberto teve de retornar ao solo inglês, sem atingir os resultados desejados. Então Egberto trabalhou duramente para organizar outra expedição que seguiu para lá com doze missionários, chefiada por Willibrordo, depois também canonizado, que desembarcou às margens do rio Reno, na Alemanha, em 690. Suitberto fazia parte desse grupo.

Ele foi designado para pregar na Frígia. A região era dominada pelo pagão Radibodo, mas acabara de ser conquistada pelo rei Pepino, cristão e muito devoto, como também era a própria rainha. Suitberto estendeu sua árdua missão evangelizadora também para Flandres, atual Bélgica. Sua atuação foi tão produtiva que conseguiu converter milhares de pagãos que viviam nessas extensões, de modo que acabou sendo nomeado Bispo da Frígia pelo Papa Sérgio I. Suitberto pôde então ampliar ainda mais sua evangelização, alcançando o ducado de Berg e o condado de Mark, na Alemanha.

Tudo isso ele realizou enfrentando, além dos problemas com os pagãos, sucessivas invasões das tribos bárbaras dos saxões que, muitas vezes, impediam ou desfaziam todo seu trabalho. Depois de vinte anos nessa intensa luta evangelizadora de apostolado, Suitberto recolheu-se ao mosteiro fundado por ele na ilha de César, situada no rio Reno e que lhe fora doada pelo rei Pepino. Lá ele faleceu, consumido pela fadiga de sua missão apostólica, no dia primeiro de março de 713, sendo sepultado na igreja desse mosteiro.

A fama de sua santidade correu veloz por todas regiões que atravessara levando a Palavra de Cristo. Por sua intercessão, muitas graças e prodígios foram confirmados, tornando vigorosa a sua veneração entre os fiéis cristãos. Em 810, o Papa Leão III proclamou Santo Suitbeto, oficializando o seu culto para o dia de sua morte.

Mais tarde, um braço do rio Reno foi desviado, de forma que a ilha deixou de existir. No lugar se formou a próspera cidade de Kaiserswesth, Alemanha. Em 1126, quando Santo Suitberto já era chamado de "o velho", para ser distinguido do outro, que viveu um século depois, sua urna foi transladada para a catedral da cidade, onde permanece até hoje.

Fonte: www.prestsevi.com.br/diaconoalfredo

quarta-feira, 29 de fevereiro de 2012

São Gregório de Narek



29/02 - Nasceu na Armênia pelo ano de 944, e faleceu em Narek (Turquia) mais ou menos em 1010. É um dos grandes poetas da literatura universal As suas OBRAS-PRIMAS andam dispersas no Livro das orações, trabalho de cerca de 20.000 versos que ele dizia ter composto em três anos.


Entrou ainda jovem no mosteiro de Narek, governado por Ananias, o Filósofo, seu tio materno. Aí devia passar a vida inteira. Logo que foi ordenado sacerdote, encarregaram-no de formar os noviços e ao mesmo tempo de reformar os conventos vizinhos. Tais encargos, vindo somar-se aos talentos que tinha, valeram-lhe grandes inimizades e perseguições. Acusaram-no de heresia, para o lançar definitivamente na sombra. O Sinaxário armênio narra como Deus veio em auxílio do seu poeta:


Entre os teólogos que tinham, os bispos armênios encontraram dois homens inteligentes que mandaram examinar qual era a heresia de Gregório. Estes, nada desejosos de se medir com tão alto espírito, combinaram chegar a Narek numa sexta-feira e oferecem-lhe uns pombos assados. "Se ele os comer, pensavam, é sinal de que é herege". Mas, quando lhos apresentaram, Gregório abriu a janela, bateu as mãos e disse aos pombos:


"Ide brincar, meus amiguinhos, o que se come hoje é peixe". Os animaizinhos ressuscitados voaram logo para as árvores. E os dois teólogos perderam o apetite; prostrando-se de joelhos, pediram a bênção ao santo e despediram-se para ir certificar os seus bispos de que, teologicamente falando, tal prodígio estava acima das leis da natureza, e que um herege não o poderia ter feito.



terça-feira, 28 de fevereiro de 2012

Santo Osvaldo




28/02 - Osvaldo figura entre os grandes nomes católicos da Inglaterra e da Europa ao final do primeiro milênio. De origem dinamarquesa, ele era sobrinho de Oto, arcebispo da Cantuária e parente de Osil, arcebispo de York. Para abraçar a religião escolheu a vida de monge beneditino e, por isso, ingressou no convento de Fleury-sur-Lofre, na França.



Entretanto, Osvaldo foi chamado por seu tio Oscil que, desejando fazer reformas em sua diocese, escolheu o sobrinho para encabeçá-las, por causa de seu senso de justiça e da generosidade para com os pobres.



Assim, ele foi nomeado bispo de Worcester e uniu-se a dois outros religiosos da mesma estirpe da região: Dunstan, arcebispo de Cantuária e Eteluolde , bispo de Winchester. Desse modo, Osvaldo conseguiu restabelecer a disciplina monástica que levou a diocese de seu tio a recuperar o caminho correto dentro do cristianismo. Fundou dois mosteiros em Westburi, perto de Bristol e o mais influente, o de Ramsei.



Por esta e muitas outras obras, o rei Edgar, o nomeou arcebispo de York, em 972. Osvaldo fundou ainda uma abadia de beneditinos em Worcester e desenvolveu muito o estudo científico nos mosteiros e conventos que dirigiu.

Mas, ao mesmo tempo em que dava grande importância aos estudos terrenos, em nenhum momento se desprendeu das obrigações e regras espirituais, alcançando a graça de receber dons especiais e vivenciar muitos fatos prodigiosos. Consta que ele operou diversas graças em vida.



No dia 28 de fevereiro de 992, como de hábito o bispo Osvaldo reproduzia durante a Quaresma a cerimônia do lava-pés e estava banhando ele próprio os pés de doze mendigos, quando morreu. O seu corpo foi transladado para uma nova sepultura na igreja de Santo Vulfistano, ele também bispo de Worcester de 1062 até 1095.



sábado, 25 de fevereiro de 2012

Santa Valburga



25/02 - Valburga nasceu em Devonshire, na Inglaterra meridional em 710. Era uma princesa dos Kents, cristãos que desde o século III se sucediam no trono. Ela viveu cercada de nobreza e santidade. Seus parentes eram reverenciados nos tronos reais, mas muitos preferiram trilhar o caminho da santidade e foram elevados ao altar pela Igreja, como seu pai, são Ricardo e os irmãos Vilibaldo e Vunibaldo.

Valburga tinha completado dez anos quando seu pai entregou o trono ao sobrinho, que tinha atingido a maioridade e levou a família para viver num mosteiro. Poucos meses depois, o rei e os dois filhos partiram em peregrinação para Jerusalém, enquanto ela foi confiada à abadessa de Wimburn. Dois anos depois seu pai morreu em Luca, Itália. Assim ela ficou no mosteiro onde se fez monja e se formou. Depois escreveu a vida de Vunibaldo e a narrativa das viagens de Vilibaldo pela Palestina, pois ambos já eram sacerdotes.

Em 748, foi enviada por sua abadessa à Alemanha, junto com outras religiosas, para fundar e implantar mosteiros e escolas entre populações recém-convertidas. Na viagem, uma grande tempestade foi aplacada pelas preces de Valburga, por ela Deus já operava milagres. Naquele país, foi recebida e apoiada pelo bispo Bonifácio, seu tio, que consolidava um grande trabalho de evangelização, auxiliado pelos sobrinhos missionários.

Designou a sobrinha para a diocese de Eichestat onde Vunibaldo que havia construído um mosteiro em Heidenheim e tinha projeto para um feminino na mesma localidade. Ambos concluíram o novo mosteiro e Valburga eleita a abadessa. Após a morte do irmão, ela passou a dirigir os dois mosteiros, função que exerceu durante dezessete anos. Nessa época transpareceu a sua santidade nos exemplos de sua mortificação, bem como no seu amor ao silêncio e na sua devoção ao Senhor. As obras assistenciais executadas pelos seus religiosos fizeram destes mosteiros os mais famosos e procurados de toda a região.

Valburga se entregou a Deus de tal forma que os prodígios aconteciam com freqüência. Os mais citados são: o de uma luz sobrenatural que envolveu sua cela enquanto rezava, presenciada por todas as outras religiosas e o da cura da filha de um barão, depois de uma noite de orações ao seu lado.

Morreu no dia 25 de fevereiro de 779 e seu corpo foi enterrado no mosteiro de Heidenheim, onde permaneceu por oitenta anos. Mas, ao ser trasladado para a igreja de Eichestat, quando de sua canonização, em 893, o seu corpo foi encontrado ainda intacto. Além disso, das pedras do sepulcro brotava um fluído de aroma suave, como um óleo fino, fato que se repetiu sob o altar da igreja onde o corpo foi colocado.

Nesta mesma cerimônia, algumas relíquias da Santa foram enviadas para a França do Norte, onde o rei Carlos III, o Simples, havia construído no seu palácio de Atinhy, uma igreja dedicada a Santa Valburga. O seu culto, em 25 de fevereiro, se espalhou rápido, porque o óleo continuou brotando. Atualmente é recolhido em concha de prata e guardado em garrafinhas distribuídas para o mundo inteiro. Os devotos afirmam que opera milagres.


sexta-feira, 24 de fevereiro de 2012

Santo Sérgio



24/02 - Sérgio, mártir da Cesarea, na Capadócia, por muito pouco não se manteve totalmente ignorado na história do cristianismo. Nada foi escrito sobre ele nos registros gregos e bizantinos da Igreja dos primeiros tempos. Entretanto, ele passou a ter popularidade no Ocidente, graças a uma página latina, datada da época do imperador romano Diocleciano, onde se descreve todo seu martírio e o lugar onde foi sepultado.

O texto diz que no ano 304, vigorava a mais violenta perseguição já decretada contra os cristãos, ordenada pelo imperador Diocleciano. Todos os governadores dos domínios romanos, sob pena do confisco dos bens da família e de morte, tinham de executá-la. Entretanto alguns, já simpatizantes dos cristãos, tentavam em algum momento amenizar as investidas. Não era assim que agia Sapricio, um homem bajulador, oportunista e cruel que administrava a Armênia e a Capadócia, atual Turquia.

A narrativa seguiu dizendo que durante as celebrações anuais em honra do deus Júpiter, Sapricio, estava na cidade de Cesarea da Capadócia, junto com um importante senador romano. Num gesto de extrema lealdade, ordenou que todos os cristãos da cidade fossem levados para diante do templo pagão, onde seriam prestadas as homenagens àquele deus, considerado o mais poderoso de todos, pelos pagãos. Caso não comparecessem e fossem denunciados seriam presos e condenados à morte.

Poucos conseguiram fugir, a maioria foi ao local indicado, que ficou tomado pela multidão de cristãos, à qual se juntou Sérgio. Ele era um velho magistrado, que há muito tempo havia abandonado a lucrativa profissão para se retirar à vida monástica, no deserto. Foi para Cesarea, seguindo um forte impulso interior, pois ninguém o havia denunciado, o povo da cidade não se lembrava mais dele, podia continuar na sua vida de reclusão consagrada, rezando pelos irmãos expostos aos martírios. A sua chegada causou grande surpresa e euforia, os cristãos desviaram toda a atenção para o respeitado monge, gerando confusão. O sacerdote pagão que preparava o culto ficou irado. Precisava fazer com que todos participassem do culto à Júpiter, o qual, segundo ele, estava insatisfeito e não atendia as necessidades do povo. Desta forma, o imperador seria informado pelo seu senador e o cargo de governador continuaria com Sapricio. Mas, a presença do monge produziu o efeito surpreendente de apagar os fogos preparados para os sacrifícios. Os pagãos atribuíram imediatamente a causa do estranho fenômeno aos cristãos, que com suas recusas haviam irritado ainda mais o seu deus.

Sérgio, então se colocou à frente e explicou que a razão da impotência dos deuses pagãos era que estavam ocupando um lugar indevido e que só existia um único e verdadeiro Deus onipotente, o venerado pelos cristãos. Imediatamente foi preso, conduzido diante do governador, que o obrigou a prestar o culto à Júpiter. Sérgio não renegou a Fé, por isto morreu decapitado naquele mesmo instante. Era o dia 24 de fevereiro. O corpo do mártir, recolhido pelos cristãos, foi sepultado na casa de uma senhora muito religiosa. De lá as relíquias foram transportadas para a cidade andaluza de Ubeda, na Espanha.