domingo, 11 de setembro de 2011

São Pafúncio



11/09 - O santo confessor São Paphuncius era um egípcio que após passar vários anos no deserto sob a direção do grande Santo Antônio ,foi feito bispo de Thebaid. Ele era um dos confessores que durante a perseguição do Imperador Maximinus (310-313) teve o seu o olho direito arrancado, ficou paralítico de uma das pernas e depois enviado para trabalhar nas minas. Por milagre não morreu nas minas e com morte de Maximinus, o Imperador Constantino (313-337) restaurou a paz com a Igreja e Pafúncio retornou ao seu rebanho, passando o resto de sua vida com as marcas gloriosas de seu sofrimento em nome do Mestre Crucificado. Ele era um dos mais zelosos em defender a fé católica contra a heresia Ariana e muito conhecido pela sua santidade. Como um dos havia assumido sua fé sem renega-la mesmo ante seus perseguidores e as mais terríveis torturas ele, era uma figura respeitada no primeiro Consilho Geral da Igreja, reunido em Nicea em 325.

Pafúncio, um homem que tinha observado estrita continência durante toda a sua vida é dito como tendo se distinguido entre os membros do Consilho pela oposição ao celibato do clero. Ele dizia que bastava seguir a antiga tradição da Igreja que proibia o casamento somente após a ordenação. Deste dia até hoje é a Lei da Igreja Oriental, onde os católicos ou ortodoxos, que são casados podem ser ordenados e continuarem a viver com suas esposas. São Pafúncio é as vezes chamado de “O grande” para distingui-lo dos outros santos de mesmo nome. São Pafúncio que teve o privilégio de enterrar Santo Onofre (Onouphrius)e foi ele que contou a sua história. Ele teria falecido em torno de 350DC.


quinta-feira, 8 de setembro de 2011

São Tomás de Vilanova



08/09 - Ainda na infância Tomás de Vilanova já demonstrava ser uma pessoa extremamente caridosa. Para compartilhar com os pobres as dores e dificuldades de uma vida de necessidade e sofrimento abriu mão de tudo o que tinha. Tomás de Vilanova nasceu no ano de 1486, em Fuenllana, na Espanha e foi considerado uma das pessoas mais importantes e representativas do seu século.

Em 1516 ingressou na vida religiosa, junto aos agostinianos. Dois anos depois foi ordenado sacerdote e, logo em seguida, contra sua vontade, foi eleito superior, cargo que ocupou até 1544. O imperador Carlos V propôs então que se tornasse bispo da sede de Valência. Seu ingresso no bispado se deu exatamente no dia 1º de janeiro de 1545. Baseou seu trabalho, como pastor, nos ensinamentos de Paulo e nos exemplos de grandes bispos da antiguidade cristã, entre eles Agostinho, Ambrósio e Gregório Magno.

Uma de suas maiores obras foi organizar várias formas de assistência. Entre elas, criou no palácio episcopal um orfanato para as criancinhas abandonadas, dando-lhes abrigo, cuidados e o carinho que tanto necessitavam. Acolhia de tal forma essas crianças que um dia chegou a ceder sua própria cama, pois não havia mais lugar para abrigá-las.

Tomás de Vilanova morreu no dia 08 de setembro de 1555. Só em 1658 foi incluído no álbum dos santos, pelo Papa Alexandre VII.



quarta-feira, 7 de setembro de 2011

Santa Regina

07/09 - Regina ou Reine, seu nome no idioma natal, viveu no século III, em Alise, antiga Gália, França. Seu nascimento foi marcado por uma tragédia familiar, especialmente para ela, porque sua mãe morreu durante o parto. Por essa razão a criança precisou de uma ama de leite, no caso uma cristã. Foi ela que a inspirou nos caminhos da verdadeira fé e da virtude.




Na adolescência, a própria Regina pediu para ser batizada no cristianismo, embora o ambiente em sua casa fosse pagão.



A cada dia, tornava-se mais piedosa e tinha a convicção de que queria ser esposa de Cristo. Nunca aceitava o cortejo dos rapazes que queriam desposá-la, tanto por sua beleza física como por suas virtudes e atitudes, que sempre eram exemplares. Ela simplesmente se afastava de todos, preferindo passar a maior parte do seu tempo reclusa em seu quarto, em oração e penitência.



Entretanto o real martírio de Regina começou muito cedo, e em sua própria casa. O seu pai, um servidor do Império Romano chamado Olíbrio, passou a insistir para que ela aprendesse a reverenciar os deuses. Até que um dia recebeu a denuncia de que Regina era uma cristã. No início não acreditou, mas decidiu que iria averiguar bem o assunto.



Quando Olíbrio percebeu que era verdade, denunciou a própria filha ao imperador Décio, que seduziu-a com promessas vantajosas caso renegasse Cristo. Ao perceber que nada conseguiria com a bela jovem, muito menos demovê-la de sua fé, ele friamente a mandou para o suplício. Regina sofreu todos os tipos de torturas e foi decapitada.



O culto a santa Regina difundiu-se por todo o mundo cristão, sendo que suas relíquias foram várias vezes transladadas para várias igrejas. Até que, no local onde foi encontrada a sua sepultura, foi construída uma capela, que atraiu grande número de fiéis que pediam por sua intercessão na cura e proteção. Logo em seguida surgiu a construção de um mosteiro e, ao longo do tempo, grande número de casas. Foi assim que nasceu a charmosa vila Sainte-Reine, isto é, Santa Rainha, na França.



segunda-feira, 5 de setembro de 2011

Beata Madre Teresa de Calcutá



05/09 - Agnes Gouxha Bojaxhiu, madre Teresa de Calcutá, nasceu, no dia 27 de agosto de 1910, em Skopje, Iugoslávia, de pais albaneses. Seus pais, Nicolau e Rosa, tiveram três filhos. Na época escolar, Agnes tornou-se membro de uma associação católica para crianças, a Congregação Mariana, onde cresceu em ambiente cristão. Aos doze anos, já estava convencida de sua vocação religiosa, atraída pela obra dos missionários.

Agnes pediu para ingressar na Congregação das Irmãs de Loreto, que trabalhavam como missionárias em sua região. Logo foi encaminhada para a Abadia de Loreto, na Irlanda, onde aprenderia o inglês e depois seria enviada à Índia, a fim de iniciar seu noviciado. Feitos os votos, adotou o nome Teresa, em homenagem à carmelita francesa, Teresa de Lisieux, padroeira dos missionários.

Primeiramente, irmã Teresa foi incumbida de ensinar história e geografia no colégio da Congregação, em Calcutá. Essa atividade exerceu por dezessete anos. Cercada de crianças, filhas das melhores famílias de Calcutá, impressionava-se com o que via quando saia à rua: pobreza generalizada, crianças e velhos moribundos e abandonados, pessoas doentes sem a quem recorrer.

O dia 10 de setembro de 1946 ficou marcado na sua vida como o "dia da inspiração". Numa viagem de trem ao noviciado do Himalaia, percebeu que deveria dedicar toda a sua existência aos mais pobres e excluídos, deixando o conforto do colégio da Congregação.

E assim fez. Irmã Teresa tomou algumas aulas de enfermagem, que julgava útil a seu plano, e misturou-se aos pobres, primeiro na cidade de Motijhil. A princípio, juntou cinco crianças de um bairro miserável e passou a dar-lhes escola. Passados dez dias, já se somavam cinqüenta crianças. O seu trabalho começou a ficar conhecido e a solidariedade do povo operava em seu favor, com donativos e trabalho voluntário.

Para irmã Teresa, o trabalho deveria continuar a dar frutos sem depender apenas das doações e dos voluntários. Seria necessário às suas companheiras que tivessem o espírito de vida religiosa e consagrada. Logo, uma a uma ouviram o chamado de Deus para entregarem-se ao serviço dos mais pobres. Nascia a Congregação das Missionárias da Caridade, com seu estatuto aprovado em 1950. E ela se tornou madre Teresa, a superiora.

As missionárias saíram às ruas e passaram a recolher doentes de toda espécie. Para as irmãs missionárias, cada doente, cada corpo chagado representava a figura de Cristo, e sua ajuda humanitária era a mais doce das tarefas. Somente com essa filosofia é que as corajosas irmãs poderiam tratar doentes de lepra, elefantíase, gangrena, cujos corpos, em putrefação, eram imagens horrendas que exalavam odores intoleráveis. Todos eles tinham lugar, comida, higiene e um recanto para repousar junto às missionárias.

Reconhecido universalmente, o trabalho de madre Teresa rendeu-lhe um prêmio Nobel da Paz, em 1979. Esse foi um dos muitos prêmios recebidos pela religiosa devido ao seu trabalho humanitário. Nesse período, sua obra já se havia espalhado pela Ásia, Europa, África, Oceania e Américas.

No dia 5 de setembro de 1997, madre Teresa veio a falecer, na Índia. A comoção foi mundial. Uma fila de quilômetros formou-se durante dias a fio, diante da igreja de São Tomé, em Calcutá, onde o seu corpo estava sendo velado. Ao fim de uma semana, o corpo da madre foi trasladado ao estádio Netaji, onde o cardeal Ângelo Sodano, secretário de Estado do Vaticano, celebrou a missa de corpo presente.

Em 2003, o papa João Paulo II, seu amigo pessoal, ao comemorar o jubileu de prata do seu pontificado, beatificou madre Teresa de Calcutá, reconhecida mundialmente como a "Mãe dos Pobres". Na emocionante solenidade, o sumo pontífice disse: "Segue viva em minha memória sua diminuta figura, dobrada por uma existência transcorrida a serviço dos mais pobres entre os mais pobres, porém sempre carregada de uma inesgotável energia interior: a energia do amor de Cristo".


Fonte: www.derradeiragracas.com


sábado, 3 de setembro de 2011

São Marino



03/09 - Nas últimas décadas do século III, dois cristãos chamados: Marino e Leão, procedentes da ilha de Arbe na Dalmacia, viajaram para Rimini, Itália, atraídos pela oportunidade de trabalhar como escultores, onde evangelizaram a região e ali morreram. Os dados que temos alem destes fazem parte de uma vigorosa tradição cristã.



Ela nos conta que, assim que Marino chegou, procurando pedras para o seu trabalho, descobriu a região do Monte Titano ficando maravilhado pela imponência do Monte e beleza do local, tanto assim que sempre que podia voltava para lá. Além trabalhar no seu ofício, ele desenvolvia a missão de converter a população riminiense ao cristianismo. Devido a esta atividade, certa vez, uma senhora pagã, maldosa e sem caráter, querendo impedí-lo de propagar a religião, dizendo ser sua esposa o acusou às autoridades de professar o Cristianismo.



Como era época de perseguição aos cristãos imposta pelo imperador Diocleciano, ele foi obrigado a se refugiar na floresta do Monte Titano, a qual conhecia muito bem. Todavia a citada senhora foi atrás dele tentando dar crédito às suas acusações. Marino não encontrou outra maneira de se defender dela, a não ser com suas orações e jejum, aguardando por um milagre da Providência Divina. E ele chegou. A senhora vendo sua total entrega à vontade de Deus, se converteu e se redimiu. Voltou à Rimini, onde se explicou às autoridades e à população.



A tradição narra também que Marino e Leão, para evitar outras experiências daquele tipo, se retiram para junto de uma pequena comunidade que vivia no alto do Monte Titano, estabelecendo a região como seu definitivo refúgio. Depois, Leão se transferiu sozinho no vizinho Monte Feretrio, atual Montefeltro. Mas o terreno onde ficou Marino era de propriedade de Dona Felicíssima, uma das mais influentes matronas da comunidade, cujo filho Veríssimo amante da caça, decidiu fazer de Marino sua presa. Ao ser encontrado, ele se defendeu da violência somente com a força das orações ao Senhor; foi escutado imediatamente, pois quando o jovem tentou atingí-lo, ficou paralisado como uma estátua.



Sabendo do fato prodigioso, a mãe, Dona Felicíssima, foi em seu socorro, suplicando à Marino o perdão pelo ato tão violento do filho Veríssimo que, graças ao desespero da mãe e a intercessão das orações de Marino, voltou à normalidade. Depois, ele converteu todos da família de Dona Felicíssima que doou à Marino as terras daquela região do Monte Titano. Além disto, pelo seu trabalho de pregação e a conversão de cristãos, o Bispo de Rimini, Gaudêncio, também venerado com Santo, conferiu à Marino a ordem do diaconato.



Marino morreu no ano 366. Foi sepultado na igreja que ele mesmo havia erguido e dedicado à São Pedro, atualmente dedicada à São Marino. O local tornou-se meta de uma peregrinação tão vigorosa que seu culto foi reconhecido pela Igreja pela devoção dos fiéis, sendo festejado no dia 03 de setembro. O mais interessante é que da sua atuação evangelizadora frutificou em um país. Assim na História de Igreja, São Marino é o único Santo fundador de um país e padroeiro da República que leva o seu nome, a pequenina e bela República de São Marino.

Fonte: http://www.catolicanet.com/


sexta-feira, 2 de setembro de 2011

Santa Dorotéia

02/09 - Nascida em Cesaréia da Capadócia no Século III, Santa Dorotéia teve seus pais martirizados. Em sua liberdade e formação herdada principalmente dos pais, Dorotéia escolheu viver sua juventude na castidade perfeita (virgindade consagrada), em jejum e com muita oração, atraindo desta maneira a afeição daqueles que eram testemunhas de sua humildade, doçura e prudência.



Dorotéia foi uma das primeiras vítimas do governador Fabrício, que recebeu ordens imperiais para exterminar a religião cristã. Após um interrogatório, que não a fez renunciar a Jesus, ela continuava cheia de alegria, e dizia: "Tenho pressa de chegar junto de Jesus, meu Senhor, que chamou para si os meus pais".



Teófilo, um advogado, em tom de brincadeira, disse para Dorotéia que enviasse do jardim de seu esposo frutos ou rosas, e Dorotéia, levando a sério, disse que se ele acreditasse em Deus ela faria o que ele havia pedido.



Aconteceu que antes dela morrer, pediu uns instantes para rezar, chamou um menino de seis anos e entregou-lhe o lenço com o qual havia enxugado o rosto a fim de que chegasse para o advogado Teófilo.



O menino entregou o lenço, justamente na hora em que Dorotéia foi decapitada (no ano de 304) e Teófilo entendeu a mensagem de Cristo, e de perseguidor dos cristãos, converteu-se pelo testemunho e intercessão da santa mártir aceitando livremente morrer decapitado por causa do nome de Jesus.



Fonte: www.cancaonova.com

quinta-feira, 1 de setembro de 2011

Santo Egídio



01/09 - São poucos os dados que existem sobre a vida de Egídio. Mas com certeza temos que ele era grego, pertencia à uma rica família da nobreza de Atenas. Depois da morte de seus pais, decidiu ser um ermitão, para viver na pobreza e totalmente dedicado à Deus. Para isto, distribuiu todos os bens que herdou entre os pobres e doentes e viveu isolado na oração e penitência, sendo agraciado pelo Espírito Santo com os dons especiais da cura, da sabedoria e dos milagres.



Um dos primeiros à ele atribuídos diz que, um dia encontrou na porta de uma igreja um mendigo muito doente e esfarrapado. Penalizado com a situação do pobre, Egídio cobriu-o com seu velho manto e naquele instante um prodígio aconteceu: o homem, que até então agonizava se levantou completamente curado. Depois estas curas se repetiram e foram se multiplicando de tal forma que ele ganhou fama de santidade. Mas os devotos passaram a procurá-lo com freqüência, então Egídio decidiu partir.



Em 683 ele viajou para a França. Conta a tradição que ele salvou o navio repleto de passageiros, no qual viajava também. Uma enorme tempestade teria desabado sobre a embarcação. Todos já tinham perdido as esperanças quando Egídio, em prece, ergueu as mãos aos céus. As ondas ameaçadoras se acalmaram na mesma hora e todos desembarcaram com segurança.



Na França viveu numa caverna de uma floresta próxima de Nimes, cuja entrada era escondida por um arbusto espinhoso. Na mais completa pobreza, alimentava-se apenas de ervas, de raízes e do leite de uma corsa que, segundo a tradição, lhe foi enviada por Deus.



Certa vez, o rei Vamba, dos visigodos foi caçar nas proximidades da caverna de Egídio e ao invés de flechar uma corsa que se escondera atrás de um arbusto, flechou a mão do pobre ermitão, que tentava proteger o animal acuado. Foi descoberta, assim, a residência do eremita. O rei para se desculpar passou a visitá-lo com seus médicos até sua cura completa.



Depois disso, o rei continuou a visitá-lo com freqüência presenciando vários prodígios que divulgava na corte. Assim a fama de santidade de Egídio ganhou vulto e ele passou a ter vários discípulos. O rei então mandou construir um mosteiro e uma igreja, que doou para ele, que foi eleito abade. O mosteiro passou a ter uma disciplina própria escrita por Egídio. Mais tarde, ao seu redor surgiu o povoado que deu origem à cidade de Santo Egídio e o mosteiro foi entregue aos beneditinos.



A morte de Egídio ocorreu, provavelmente, no dia 01 de setembro de 720. Logo após, os devotos fizeram da sua sepultura um ponto obrigatório de peregrinação. O seu culto se tornou vigoroso e se estendeu por todo o mundo cristão. Santo Egídio teve sua festa confirmada pela Igreja, que o colocou na lista dos catorze "Santos auxiliadores" do povo, sendo invocado contra a convulsão da febre, contra o medo e contra a loucura.