domingo, 7 de agosto de 2011

São Caetano



07/08 - São Caetano, fundador da Ordem dos Caetanos ou Teatinos, nasceu em 1480, em Vicenza, de pais ilustres e virtuosos. Logo após o batismo, foi a criança, pela mãe oferecida e consagrada à Santíssima Virgem. Não ficou sem efeito a oração de sua mãe.

Desde pequeno Caetano mostrava grande amor à oração a obras de caridade. Exemplar em tudo, era entre os companheiros de infância chamado "o Santo".

Mais tarde fez os estudos, doutorou-se em direito civil e eclesiástico e do Papa Júlio II recebeu a ordenação sacerdotal. Morto este Papa, Caetano voltou à sua terra e dedicou-se quase exclusivamente ao serviço hospitalar. Sua única ambição era salvar almas. O povo dizia: "Caetano no altar é Anjo, no púlpito Apóstolo". Não perdia ocasião de conduzir almas a Deus Nosso Senhor, o que lhe importou o apelido: "Caçador de almas" .

Na segunda viagem a Roma, fundou, com três companheiros, uma nova Ordem, cujo plano era: A santificação própria, combater a tibieza e ignorância entre o clero, regenerar os costumes da sociedade, observar escrupulosamente as cerimônias litúrgicas, restabelecer o respeito e reverência na casa de Deus, exterminar as heresias e assistir aos doentes moribundos; numa palavra: - praticar a verdadeira ação apostólica.

Os companheiros co-fundadores da Ordem, foram: 1. Bonifácio de Colli, sacerdote do Oratório, reunia qualidades semelhantes a do seu amigo Caetano. Amabilidade, serenidade e doçura, faziam de si homem repleto do amor de Deus. 2. Paulo Consiglieri, pertencia à família Chislieri, da qual sairia mais tarde o Papa São Pio V (Antônio Chislieri). 3. João Pedro Carafa, bispo da Igreja, dotado de habilidades diplomáticas e prestígio incomparável. Os Papas lhe confiaram diversas missões, dentre as quais, planos de reforma empreendidas pela cúria romana. A urgência de levar a Igreja a uma transformação radical e necessária foi que levou-o a conhecer o belo projeto de São Caetano, a quem humildemente pediu admissão como companheiro na Ordem. Trinta anos depois, veio a assumir o trono pontifício com o nome de Paulo IV, em cujo pontificado permaneceu de 1555 a 1559.

Aos religiosos deu uma regra, que os obrigava à perfeita pobreza, proibindo-lhes não só aceitar a mínima recompensa pelos trabalhos, mas vedando-lhes até pedir esmola. Por mais rigoroso que isto o parecesse, houve muitos que pediram ser aceitos como membros da nova Ordem. A primeira casa foi fundada em Roma. Um ano depois a invasão do Exército Imperial fê-los sair da Cidade Eterna. Uma segunda casa foi fundada em Nápoles. Devido à intervenção enérgica de Caetano, a heresia luterana não conseguiu tomar pé naquela cidade.

Apóstolo do bem, era Caetano de extremo rigor contra si mesmo. A vida era-lhe o jejum contínuo, uma penitência sem fim. Verdade é que, nisto não lhe consistindo a santidade, Deus o distinguiu com privilégios e dons extraordinários. Muitas vezes teve aparições de Nossa Senhora, das quais a memorável foi a da noite de Natal, em que Maria Santíssima se dignou apresentar-lhe o Divino Infante. Contam-se às centenas as curas maravilhosas feitas pela oração do santo servo de Deus. Em muitas ocasiões predisse o futuro, com uma certeza tal, que não deixou dúvida de tê-la recebido diretamente de Deus.

A série de obras de caridade para com o próximo quis Caetano rematá-lo com uma, que lhe mereceu a gratidão do povo de Nápoles. As autoridades civis e eclesiásticas de Nápoles tinham resolvido estabelecer o tribunal da Inquisição, para ter uma arma forte contra a heresia que vinha da Alemanha. O povo se opôs a esta idéia e a tal ponto chegou sua excitação, que era para se recear um levantamento geral. Os homens mais influentes em vão se esforçavam para tranqüilizar a população. São Caetano, prevendo o enorme prejuízo que daí resultaria para as almas, ofereceu sua vida a Deus, pedindo-lhe que a aceitasse, para que fosse conservada a paz e concórdia entre o povo e as autoridades. Deus aceitou o sacrifício. Caetano adoeceu gravemente e morreu. Imediatamente amainou a tempestade e os espíritos se acalmaram, fato que todos atribuíram à intervenção do Santo. As últimas palavras que disse foram: " Não há outro caminho para o céu, a não ser o da inocência e o da penitência. Quem abandonou o primeiro, tem de trilhar o segundo". Caetano morreu em 1547.


sábado, 6 de agosto de 2011

Santo Hormidas



06/08 - Nasceu em Frosinone, Campanha di Roma, Itália. São Hormidas era um viúvo e um diácono. O Bispo São Ennodius de Pávia havia profetizado que ele, um dia seria papa. Dois dias após a morte do Papa Symmachus em 514 a profecia aconteceu. Ele foi escolhido papa no dia 21 de julho.

A maior parte do seu pontificado foi dedicado a acabar com o cisma provocado por Accacius entre as igrejas do leste e do oeste. O cisma foi resultado da tentativa de Accacius de Constantinopla de aplacar os monofisistas. A Igreja de Constantinopla foi de novo reunida com a de Roma em 519 por meio da confissão de fé que leva o nome do papa: A Formula de Hormidas.A formula engendrada por Hormidas formalmente condenou Accacius e inequivocamente alertou para o primado e a infalibilidade do Bispo de Roma.

O Patriarca João de Constantinopla, assim como 250 bispos assinaram o documento. Esta foi o alicerce que consubstanciou a supremacia de Roma. Pouco se sabe de Hormidas, a não ser a sua vida pública, e sua habilidade curar os cismas o que indica que ele era hábil, sagaz e amante da paz.



Hormidas severamente advertiu alguns monges africanos pela sua indiferença. Hormidas também recebeu de volta ao seio da Igreja o último grupo dos Laurencianos que haviam se afastado durante o cisma. Seus últimos dias foram também muito felizes, pois conseguiu que os Vândalos terminassem suas perseguições no Norte da África.


Faleceu no dia 6 de agosto de 523. Na arte litúrgica da Igreja Hormidas é mostrado como um jovem com um camelo. Ele é o padroeiro dos noivos e dos jovens que cuidam dos estábulos.


quarta-feira, 3 de agosto de 2011

Santa Lidia




03/08 - Os apóstolos Silas, Timóteo e Lucas acompanhavam Paulo em sua segunda missão na Europa, quando chegaram em Filipos, uma das principais cidades da Macedônia, que desfrutava de direitos de colônia romana. Alí encontraram uma mulher que lhes foi de grande valor. Eles já haviam passado alí alguns dias na cidade. Mas, Paulo e seus companheiros pensavam em ficar até o sábado, pelo menos. Este era o dia em que os correligionários judeus se reuniriam para as orações. Como Filipos não tinha sinagoga, o local mais provável para este encontro seria as margens do pequeno rio Gangas que passava fora da porta da cidade.



Assim entendendo, ao procurarem o lugar ideal para suas preces, como nos narra São Lucas nos Atos dos apóstolos, capítulo 16, eles foram para lá e começaram a falar com as mulheres que já estavam alí reunidas. Entre elas estava Lídia, uma comerciante de púrpura, nascida em Tiatira, na Ásia. Ela escutava com muita atenção, pois não era pagã idólatra, acreditava em Deus, o que quer dizer que tinha se convertido à fé dos judeus. E o Senhor abrira o seu coração para que aderisse às palavras de Paulo.


Lídia era uma proprietária de sucesso, rica, influente e popular, exercendo sua liderança entre os filipenses e, principalmente, dentro da própria família. Isto porque a púrpura, era um corante usado em tecidos finos, como a seda e a lã de qualidade. Na época, o tecido já tingido era chamado de púrpura, e o mais valioso existente. Usado como símbolo de alta posição social era consumido apenas pela elite das cortes. Quando terminou a pregação, Lídia se tornou cristã. Com o seu testemunho, conseguiu converter e batizar toda sua família. Depois disto, ela os convidou: "Se vocês me consideram fiel ao Senhor, permaneçam em minha casa". E os forçou a aceitar.



Esta, com certeza, foi a primeira e maior conquista dos primeiros apóstolos de Cristo. A casa de Lídia se tornou a primeira igreja católica no solo europeu. Lídia usou todo o seu prestígio social, sucesso comercial e poder de sua liderança para, junto de outras mulheres, levar para dentro dos lares a palavra de Cristo, difundindo assim a Boa Nova entre os filipenses. A importância de Lídia foi tão grande na missão de levar o Evangelho para o Ocidente que cativou o apóstolo Paulo, criando um forte e comovente laço de amizade cristã entre eles.



O culto à Santa Lídia, é uma tradição cristã das mais antigas que a Igreja Católica tem notícia. A sua veneração é respeitada pois seus atos são sinais evidentes de sua santidade. Considerada a padroeira dos tintureiros, Santa Lídia é festejada no dia 03 de agosto.



terça-feira, 2 de agosto de 2011

Santo Estevão I



02/08 - Estevão era italiano, de origem romana e seu pai se chamava Júlio. Não se tem registro de mais nada sobre sua família. Ele viveu no século II, quando a Igreja estava estremecida pela crise interna e sofria com as perseguições impostas aos fiéis, pelos imperadores de Roma. Ele foi eleito sucessor do Papa Lúcio I e o primeiro com este nome. O seu pontificado foi marcado, no início, por um período de paz, concedido aos cristãos, pelo então imperador Valeriano e, depois, pelos inúmeros problemas internos, que dividia os sacerdotes católicos na ocasião.

A Igreja estava dividida quanto ao tratamento a ser dado aos "lapsi", como eram chamados os fiéis que renegaram Jesus Cristo, abandonando a Igreja com medo do martírio no período das perseguições e que depois arrependidos queriam retornar ao Cristianismo. Este era o árido terreno que dividia o clero entre rigorosos e indulgentes.

Nesta época, dois Bispos da Espanha, ambos "arrependidos", desejavam voltar ao Cristianismo. Os cristãos concordavam que fossem aceitos, mas apenas como simples fiéis. Estes, porém, queriam ser aceitos como antes, na condição de Bispo e à frente das mesmas dioceses. Ambos, enganando o Papa Estevão I, reassumiram os postos, dizendo à todos que tinham a sua autorização. Houve então muita confusão e revolta em toda a Igreja, que se espalhou da Espanha alcançando o norte da África, onde o Bispo de Cartago era o grande Cipriano, hoje venerado como Santo.

Estevão I, teve de enfrentar toda a rejeição daquela decisão, que não havia sido sua, por parte de Cipriano que, de Cartago, liderou um movimento de revolta contra ele. O seu pontificado se complicou ainda mais quando em 257, a Igreja inteira voltou a ser perseguida pelo imperador Valeriano, que endureceu o governo, na tentativa de manter o Império unificado na guerra contra a Pérsia.

No dia 02 de agosto de 257, o Papa Estevão I morreu martirizado na sede da Igreja em Roma. Encontramos, esta narração no Martirológio Romano, que diz: o Papa Estevão I, celebrava o Santo Sacrifício da Missa, quando repentinamente apareceram alguns soldados. Corajoso continuou firme diante do altar celebrando os santos mistérios. Foi morto e alí mesmo o decapitaram.

As perseguições continuaram violentas por todas as regiões do Império, chegando no ano seguinte na África, onde o Bispo Cipriano também foi decapitado, na sua diocese de Cartago. As relíquias de São Estevão I, foram encontradas na Sepultura dos Papas, no Cemitério São Calisto, em Roma. Em 1682, seu corpo foi transferido para a Catedral da cidade de Pisa, na Itália. A sua veneração litúrgica foi designada para o dia de sua morte.



domingo, 31 de julho de 2011

São Justino de Jacobis



31/07 - Nasceu em 9 de outubro de 1800 em San Fele, Luciana, Itália.Foi educado em Nápoles e entrou para os Vicentinos com 18 anos. Foi ordenado em 1824. Destacou-se como notável pregador,especialmente junto à população rural. Ele ajudou a fundar uma casa Vicentina em Monopoli. Mais tarde foi Superior em Lecce.

Trabalhou com os doentes na epidemia de cólera de 1836/37 em Nápoles e milagrosamente não contraiu a doença. Indicado Vigário Apostólico em Adua, Etiópia em 1839, ele começou um trabalho missionário na África que consumiu toda a sua vida.

O povo era primeiramente composto de pagãos, islâmicos, cristãos Cópticos e estrangeiros que não recebiam bem qualquer autoridade, seja civil ou religiosa. Justino aprendeu a língua, viveu com o povo e trabalhou para melhorar as relações da Igreja em nível local.

Tentou que um dos seus monges fosse indicado pelo Vaticano como Patriarca da Igreja da Etiópia, mas não conseguiu. Retornou a Roma para consultas com o Papa, e tentou conseguir que alguns líderes religiosos etíopes voltassem para a Etiópia com ele, mas não conseguiu.

Em 1846 voltou à Etiópia e fundou um Colégio em Guala. Este trabalho e outros esforços missionários provocaram uma reação da Igreja da Etiópia e o catolicismo foi banido e o Bispo de Massawa foi forçado a fugir para Roma. Mesmo ameaçado de morte Justino ficou e tornou-se um missionário no movimento religioso subterrâneo que se seguiu e continuou cuidando dos convertidos.

Consagrado Bispo fugitivo de Massawa em 1848 foi dado a ele autoridade para administrar os sacramentos nos ritos etíopes. Em 1853 havia consagrado 20 padres, 5000 convertidos e reaberto o Colégio em Guala.

Em 1860 Kedaref Kassa tornou-se Rei da Etiópia com a apôio de Abuna Salame, Patriarca da Igreja da Etiópia. Em gratidão ele proibiu o catolicismo e Justino foi preso por vários meses. Ele teve que fazer uma marcha forçada até a área de Jhalai no sul da Eritréia, passando o resto de sua vida em trabalhos missionários ao longo do Mar Vermelho.

Ele é considerado o Apóstolo da África e o fundador das missões Abissinianas. O Beato Hebre Michael é um dos 12.000 convertidos por ele em sua época. Morreu em 31 de julho de 1860 de febre tropical numa pequena estrada lateral perto de Halai durante uma viagem missionária. Foi enterrado na Igreja de Hebo. Foi beatificado em 1939 pelo Papa Pio XII e canonizado em 26 de outubro de 1975 pelo Papa Paulo VI.


sábado, 30 de julho de 2011

São Leopoldo Mandic




30/07 - Leopoldo Mandic nasceu na Dalmácia, atual Croácia, em 12 de maio de 1866. Os pais, católicos fervorosos, batizaram-no com o nome de Bogdan, que significa "dado por Deus". Desde pequeno apresentou como características a constituição física débil e o caráter forte e determinado. O mais novo de uma família numerosa, completou seus estudos primários na aldeia natal.

Nessa época, a região da Dalmácia vivia um ambiente social e religioso marcado por profundas divisões entre católicos e ortodoxos. Essa situação incomodava o espírito católico do pequeno Bogdan, que decidiu dedicar sua vida à reconciliação dos cristãos Orientais com Roma.

Aos dezesseis anos, ingressou na Ordem de São Francisco de Assis, em Udine, Itália, adotando o nome de Leopoldo. Foi ordenado sacerdote em Veneza, onde concluiu todos os estudos em 1890. Sua determinação era ser um missionário no Oriente e promover a unificação dos cristãos. Viajou duas vezes para lá, mas não em missão definitiva.

Leopoldo foi destinado aos serviços pastorais nos conventos capuchinhos por causa da saúde precária. Ele era franzino, tinha apenas um metro e quarenta de altura e uma doença nos ossos. Com grande espírito de fé, submeteu-se à obediência de seus superiores. Iniciou, assim, o ministério do confessionário, que exerceu até a sua morte. No início, em diversos conventos do norte da Itália e, depois, em Pádua, onde se tornou "o gigante do confessionário".

A cidade de Pádua é famosa por ser um centro de numerosas peregrinações. É em sua basílica que repousam os restos mortais de santo Antônio. Leopoldo dedicava quase doze horas por dia ao ministério da confissão. Para os penitentes, suas palavras eram uma fonte de perdão, luz e conforto, que os mantinham na fidelidade e amor a Cristo. Sua fama correu, e todos o solicitavam como confessor.

Foi quando ele percebeu que o seu Oriente era em Pádua. E fez todo o seu apostolado ali, fechado num cubículo de madeira, durante trinta e três anos seguidos, sem tirar um só dia de férias ou de descanso. Pequenino e frágil, com artrite nas mãos e joelhos, e com câncer no esôfago, ofereceu toda a sua agonia alegremente a Deus.

Frei Leopoldo Mandic morreu no dia 30 de julho de 1942, em Pádua. O seu funeral provocou um forte apelo popular e a fama de sua santidade espalhou-se, sendo beatificado em 1976. O papa João Paulo II incluiu-o no catálogo dos santos em 1983, declarando-o herói do confessionário e "apóstolo da união dos cristãos", um modelo para os que se dedicam ao ministério da reconciliação.



quinta-feira, 28 de julho de 2011

Santo Inocêncio I



28/07 - Inocêncio I era italiano, nasceu em Albano, uma província romana do Lazio. Ele foi eleito no ano 401, governou a Igreja por dezesseis anos, num período dos mais difíceis para o Cristianismo. A sua primeira atividade pastoral foi uma intervenção direta no Oriente, exortando a população de Constantinopla a seguir as orientações do seu Bispo, São João Crisostomo e assim viver em paz.

Mas, um dos maiores traumas de seu pontificado foi a invasão e o saque de Roma, cometidos pelos bárbaros godos, liderados por Alarico. Roma estava cercada por eles desde o ano 408 e só não tinha sido invadida graças às intervenções do Papa junto a Alarico. Pressionado pelo invasor, e tentando salvar a vida dos cidadãos romanos, Inocêncio viajou até a diocese de Ravena, onde se escondia o medroso imperador Honório.

O Papa tentava, há muito tempo, convence-lo a negociar e conceder alguns poderes especiais a Alarico, para evitar o pior, que ele saqueasse a cidade e matasse a população. Não conseguiu e o saque teve início. Foram três dias de roubo, devastação e destruição. Os bárbaros respeitaram apenas as igrejas, por causa dos anos de contato e mediação com o Papa Inocêncio I. Mesmo assim a invasão foi tão terrível que seria comentada e lamentada depois, por Santo Agostinho e São Jerônimo.

Apesar de enfrentar inúmeras dificuldades, conseguiu manter a disciplina e tomou decisões litúrgicas que perduram até hoje. Elas se encontram na inúmera correspondência deixada pelo Papa Inocêncio I. Aliás, com essas cartas se formou o primeiro núcleo das coleções canônicas, que faz parte do magistério ordinário dos pontífices, alvo de estudos ainda nos nossos dias.

Também foi ele que estabeleceu a uniformidade que as várias Igrejas devem ter com a doutrina apostólica romana. Além disto, estratificou em forma e conteúdo a doutrina dos Sacramentos da penitência, da unção aos enfermos, do batismo e do casamento. Durante o seu pontificado se difundia a heresia pelagiana, condenada no ano 416 pelos Concílios regionais de Melevi e de Cartago convocados por iniciativa de Santo Agostinho e com aprovação do Papa Inocêncio I, que formalmente sentenciou Pelágio e seu discípulo Celestio.

O Papa Inocêncio I morreu no dia 28 de julho de 417, sendo sepultado no cemitério de Ponciano, na Via Portuense, em Roma.