sexta-feira, 20 de novembro de 2009

São Félix de Valois


20/11 - Nascido em Paris em 1127, Félix era um príncipe da casa real de Valois da França. Tinha à sua disposição todas as regalias da Corte, mas possuía alma caridosa e despojada de vaidades. Desde a infância demonstrou sua vocação para o sacerdócio, pela precoce preocupação e cuidado que dispensava aos pobres e necessitados.

Possuidor de grande fortuna pessoal, dava aos pobres tudo o que podia e com freqüência se privava, também, do próprio alimento para socorrê-los. Na juventude, tomou a decisão de seguir o chamado de Cristo. Completou os estudos, recebeu a ordenação sacerdotal e renunciou a todos os direitos dos títulos de nobreza e às riquezas terrenas. Escolheu ser um monge eremita, pois ansiava a vida solitária e humilde, dedicado somente à religião.

Contudo, não conseguiu ficar sozinho por muito tempo. Deus tinha outros planos para ele.

Foi procurado pelo amigo João da Mata, doutor e sacerdote, que queria seguir o seu modo de viver a espiritualidade. Félix, que lhe conhecia a cultura e inteligência, aceitou-o como companheiro e não como discípulo. Foram três anos de aprendizado recíproco, onde se uniram a santidade de Félix e a inteligência e praticidade de João da Mata.

Aqueles eram os tempos das incursões dos piratas que aterrorizavam o mar Mediterrâneo, assaltando navios e a Europa, atacando e invadindo as cidades portuárias. Eram turcos muçulmanos, que se consideravam verdadeiros inimigos do cristianismo, por isso matavam, saqueavam e também prendiam os cristãos sobreviventes para que servissem como escravos.

Certo dia, Félix e João estavam caçando nos bosques de Cerfroi, onde estavam retirados, quando tiveram a mesma visão divina. Nela, Deus os chamava para lutar pela libertação dos cristãos que sofriam como escravos nas mãos dos muçulmanos através da fundação de uma Ordem religiosa com tal finalidade. Sem temer o perigo que a missão acarretaria, Félix e João iniciaram a Obra imediatamente. Foram para Roma exclusivamente para narrar ao papa Inocêncio III a visão e pedir autorização para criar a Ordem.

O papa, que, segundo consta, também tivera aquela visão, reconheceu os dois como os sacerdotes indicados pela Providência Divina. Assim, aprovou e apoiou a criação da Ordem da Santíssima Trindade para a Libertação dos Cristãos, ou "Padres Trinitários". O primeiro convento foi erguido em Cerfroi, local da visão original. Enquanto João cuidava da organização da Ordem e de suas atividades apostólicas, Félix trabalhava na formação espiritual dos membros, cujo número crescia sempre mais, atraídos pela santidade de Félix.

A luta foi árdua e dura, mas em pouco tempo recuperaram a liberdade e a condição social de muitos cristãos escravizados. Os padres chegavam a entregar-se como escravos para realizar plenamente o trabalho de resgate. Desse modo, cumpria-se a profecia de outra visão de Félix: a de que os padres da Ordem passariam por vexames, perseguições e maus-tratos para obtenção da liberdade e dignidade de cada um dos cristãos então escravizados.

Morreu no ano 1212, na Casa-mãe da Ordem, o primeiro convento fundado por ele, em Cerfroi. Beatificado em 1666, teve seu culto confirmado para toda a Igreja no final do século XVII. A celebração da memória de são Félix de Valois ocorre no dia 20 de novembro, data que seria a da sua morte.

terça-feira, 3 de novembro de 2009

Santo Huberto


03/11 - É no dia 3 e Novembro de cada ano que se celebra o dia de Santo Huberto. É o santo patrono dos caçadores. É ainda invocado pelos matilheiros, arqueiros, guardas florestais, matemáticos, fundidores, peleiros, para os cães, pelos bispos que tem que governar regiões muito problemáticas, pela cidade de Liége e ainda para curar as mordeduras de cães e a raiva.

Santo Huberto viveu no período medieval, entre 656 e 728. Era filho do Duque Bertrand da Aquitania e neto do rei Chariberto, de Toulouse.

Desde jovem que era adepto da caça e muito valente a lutar com as feras. Um dia, num bosque, o seu pai foi atacado por um urso furioso que o ia matar, mas o jovem Huberto chegou a tempo e arremeteu tão fortemente para a fera que esta teve que soltar o Duque Bertrand, assim salvando a sua vida.

Foi enviado para estudar no palácio do rei de Neustria (Bélgica) mas ele tinha fracos costumes e fugiu. Foi então para o palácio do Conde de Austrasia, o­nde recebeu uma boa educação e casou-se com uma filha do conde Dagoberto, Floribane, da qual teve um filho a que chamou Floriberto.

Huberto esqueceu os sábios conselhos da sua santa mãe e dedicou-se unicamente a festas e desportos, deixando de ir à missa. E uma certa Sexta-feira Santa, em vez de assistir às cerimónias religiosas, foi à caça.

Aconteceu então que, diz a lenda, perseguindo um veado em pleno bosque, ele se deteve repentinamente o que fez parar os cães e os cavalos. Entre os cornos do veado apareceu uma cruz luminosa e Huberto ouviu uma voz que lhe dizia: “Se não voltares para Deus cairás no Inferno”.

O jovem príncipe rapidamente foi procurar o Bispo S. Lambert, perante o qual pediu, de joelhos, perdão pelos seus pecados. O santo bispo concedeu-lhe o perdão e dedicou-se a instrui-lo esmeradamente na religião. Pouco tempo depois morria e esposa do príncipe que pode assim dedicar-se totalmente à vida espiritual. Renunciou ao direito de ser herdeiro do trono, repartiu os seus bens pelos pobres e foi ordenado sacerdote. Entrou então para o convento dos Padres Beneditinos e dedicou-se à oração, à leitura e meditação, enquanto se ocupava com trabalhos humildes como lavrador e pastor de ovelhas.

Desejava ir a Roma ver o túmulo dos Apóstolos S. Pedro e S. Paulo, e ouvir o Sumo Pontífice. E assim partiu, a pé, escalando montanhas cobertas de gelo e atravessando em pequenos barcos rios de caudais fortíssimos, até que conseguiu chegar, depois de mil perigos, à Cidade Eterna.

Estando um belo dia numa igreja de Roma, orando devotamente, quando foi mandado chamar pelo Sumo Pontífice Sérgio. Este contou-lhe que o bispo Lambert tinha sido assassinado pelos inimigos da fé e que era de opinião que a melhor pessoa para substituir o bispo morto era ele, o monge Huberto. Apesar do medo em aceitar tal cargo, uma visão sobrenatural convenceu-o que devia aceitar, tendo sido consagrado bispo da igreja católica.

Santo Huberto foi bispo de Tongres, de Maestricht e de Liège, Bélgica.

O território que competiu governar a S. Huberto era povoado por gentes que adoravam ídolos e eram muito cruéis. Ele percorreu todas as regiões ensinado a verdadeira religião e afastando das gentes as falsa crenças e as maléficas superstições.

Deus concedeu-lhe o dom de fazer milagres. Os que tinham maus espíritos, ao encontrarem-se com o santo recuperavam a paz, sendo abandonados pelos maus espíritos. Os que antes adoravam ídolos e deuses falsos, ao ouvi-lo falar tão harmoniosamente de Deus dos Céus, que fez a terra, e tudo quanto existe, exclamavam “Não nos haviam falado assim” e convertiam-se e faziam-se batizar.

Por rios tormentosos, cruzando selvas tenebrosas, fazendo viagens muito cansativas e percorrendo os campos em procissão, cantando e rezando, visitou todo o território da sua diocese, oferecendo os sacrifícios da sua viagem para a conversão dos pecadores, e Deus respondeu-lhe concedendo-lhe que milhares se convertessem à verdadeira fé.

Um dia viu a casinha de uma mulher pobre em chamas. Pôs-se a rezar com toda a sua fé e o incêndio apagou-se milagrosamente.

Construiu um templo a S. Lamberto, o santo bispo assassinado, e para lá levou as relíquias do mártir (ao abrir-se o túmulo, depois de vários anos, o corpo estava incorrupto, como se tivesse sido acabado de sepultar). À passagem do corpo do santo vários paralíticos ficaram sarados e começaram a andar e vários cegos recuperaram a vista.

Um dia, enquanto S. Huberto celebrava a missa, entrou na igreja um homem louco, que tinha sido mordido por um cachorro com hidrofobia (ou raiva). Toda a gente saiu a correr da praça, mas o santo deu uma bênção ao louco e este ficou instantaneamente sarado e saiu da praça gritando “Voltem tranquilos ao templo que o santo bispo me curou com a sua bênção”. Por isso muita gente invoca S. Huberto contra as mordeduras de cães raivosos.

Outro dia aproximou-se do mar e viu que uma terrível tempestade afundava uma barca cheia de pessoas, e que todos os passageiros caíam entre as o­ndas embravecidas. O santo ajoelhou-se e orou por eles e milagrosamente os náufragos saíram sãos e salvos. Por isso mesmo os marinheiros têm muita fé a S. Huberto.

No ano 727 Deus anunciou-lhe que estava prestes a morrer, pelo que ao terminar a missa deixou os seus fiéis. “Já não voltarei a a beber deste cálice entre vocês”. Pouco depois adoeceu e morreu santamente, deixando entre as gentes a recordação de uma vida dedicada totalmente ao bem dos demais.

Santo Huberto morreu no dia 30 de Maio de 727.

Santo Huberto foi canonizado em 743.O seu corpo foi exumado da igreja de S. Pedro, em Liége, em 825; embora morto há muitos anos o seu corpo estava em bom estado, provando a sua santidade a todos os que o viram.

quinta-feira, 22 de outubro de 2009

São Donato


22/10 - Donato, filho de nobres cristão, nasceu na Irlanda nos últimos anos do século VIII. Desde criança foi educado na fé católica. Iniciou os estudos religiosos e, devido ao rápido e bom progresso, desejou aperfeiçoar-se.

Mais tarde, abandonou a família e a pátria, seguindo em peregrinação por várias regiões até chegar em Roma, onde se tornou sacerdote em 816. Na volta para a Irlanda, parou na cidade de Fiesole, quando o clero e a população procuravam eleger um novo bispo.

Movidos pela divina inspiração, decidiram escolher aquele desconhecido peregrino. A tradição conta que, quando Donato entrou na igreja, os sinos tocaram e os círios acenderam-se, sem que alguém tivesse contribuído para isso. No início, relutou em aceitar, mas depois se dobrou ao desejo de todos.

Era o ano 829. Existem muitos registros sobre o seu governo pastoral em Fiesole, que durou cerca de quarenta anos. Combateu com sucesso os usurpadores dos bens da Igreja. Em 866, viajou para encontrar-se com o imperador Lotário II, e conseguiu confirmar as doações dos bens concedidos pelo seu predecessor, Alexandre, e outros vários direitos. Teve uma boa relação com os soberanos daquela época, os quais acompanhava nas empreitadas e nas viagens.

Escritos relatam que Donato foi professor, trabalhou para os reis franceses, participou de expedições com os imperadores italianos e chefiou uma campanha contra os invasores árabes muçulmanos na Itália meridional.

Em 850, o bispo Donato esteve em Roma, participando da coroação do imperador Ludovico, feita pelo papa Leão IV. Naquela ocasião, foi convidado a participar, junto com o pontífice e o imperador, do julgamento de uma velha questão pendente entre os bispos de Arezzo e de Siena, resolvida a favor do último.

Era um sacerdote muito instruído, sábio e prudente, por isso se preocupou com a instrução do clero e da juventude.

Escreveu diversas obras, das quais restou apenas um epitáfio, ditado para o seu jazigo, valoroso pelas informações autobiográficas; um credo poético, que recitou antes de morrer, e a "Lauda de Santa Brígida", padroeira da Irlanda.

Pensando nos peregrinos, principalmente nos irlandeses, com recursos próprios Donato construiu naquela diocese a igreja de Santa Brígida, o hospital e um albergue, todos ricamente decorados e bem aparelhados.

Depois, em 850, doou tudo para a abadia fundada por são Columbano de Bobbio.

Morreu em 877, na cidade de Fiesole, Itália. As suas relíquias foram sepultadas na antiga catedral, dedicada a são Rômulo, onde ficaram até o final de 1017, quando foram transferidas para a nova catedral, em uma capela a ele dedicada. A Igreja declarou-o santo e celebra-o no dia 22 de outubro.

A festa de são Donato espalhou-se por todo o mundo cristão, mas principalmente na Irlanda ele é muito homenageado.

Fonte: www.carmeloonline.com.br

sábado, 3 de outubro de 2009

São Dionísio Aeropagita


03/10 - Os cristãos sempre sofreram intensas perseguições, chacinas e saques durante o transcorrer dos séculos, principalmente no início da formação da Igreja. Tanto que muitos dos escritos foram queimados ou destruídos de outra forma.

Por isso a memória da Igreja, às vezes, tem dados insuficientes sobre a vida e a obra de santos e mártires do seu passado mais remoto. Para que essas poucas evidências não se perdessem, ela se valeu das fontes mais fiéis da literatura mundial, que nada mais são do que as próprias narrações das antigas tradições orais cristãs preservadas pela humanidade.

Interessante é o caso dos dois santos com o nome de Dionísio, venerados pelo cristianismo. A data de hoje é consagrada ao Areopagita, sendo o outro santo, o primeiro bispo de Paris, festejado no dia 9 deste mês.

O Dionísio homenageado foi convertido pelo apóstolo Paulo (At 17,34) durante a sua pregação aos gregos no Areópago, daí ter sido agregado ao seu nome o apelido de Areopagita.

O Areópago era o tribunal supremo de Atenas, na Grécia, onde eram decididas as leis e regras gerais de conduta do povo. Só pertenciam a ele cidadãos nascidos na cidade, com posses, cultura e prestígio na comunidade. Dionísio era um desses areopagitas.

Nascido na Grécia, no seio de uma nobre família pagã, estudou filosofia e astronomia em Atenas. Em seguida, foi para o Egito finalizar os estudos da matemática. Ao regressar a Atenas, foi nomeado juiz. Até ele chegou o apóstolo Paulo, quando acusado ante o tribunal em que se encontrava Dionísio.

Dionísio, ao assistir à eloqüente pregação de Paulo, foi o primeiro a converter-se. Por isso conseguiu para si inimigos poderosos entre a elite pagã que comandava a cidade. Foi então que são Paulo acolheu o areopagita entre seus primeiros discípulos.

Logo em seguida, Dionísio foi consagrado pelo próprio apóstolo como bispo de Atenas. Nessa condição, ele fez muitas viagens a terras estrangeiras, para pregar e aprender a cultura dos outros povos. Segundo se narra, nessas jornadas teria conhecido pessoalmente são Pedro, são Tiago, são Lucas e outros apóstolos. Além de os registros antigos fazerem referência sobre ele na dormição e Assunção da Virgem Maria, a mãe do Filho de Deus.

Em Atenas, seus opositores na política conseguiram sua condenação à morte pelo fogo, mas ele se salvou, viajando para encontrar-se com o papa em Roma. Depois, só temos a informação do Martirológio Romano, na qual consta que são Dionísio Areopagita morreu sob a perseguição contra os cristãos no ano 95.

sábado, 19 de setembro de 2009

Santa Emilia de Rodat


19/09 - Nasceu Marie Guillemette Emilie de Rodat em 1787, em Chateau Druelles, Rodez, sul da França e foi criada por sua avó e educada na Maison San-Cyr Villefrance e na idade de 18 anos passou a ser professora lá, tão grande era sua inteligência e dedicação. Sentindo-se chamada para a vida religiosa ela entrou para três Ordens religiosas, mas não se sentia confortável em nenhuma delas, assim em 1815 ela começou a cuidar de crianças pobres por sua conta e em 1816 ela fundou uma escola de graça para crianças pobres com 3 assistentes e 40 estudantes. Isto foi a o alicerce da fundação de um instituto que mais tarde se tornou a famosa "Congregação Religiosa da Sagrada Família" em Villefrance, dedicada a educação em geral, mas com ênfase especial à educação religiosa. Ela trabalhava com grande esforço e energia e fundou nada menos de 38 instituições, algumas delas dedicadas a cuidar de mulheres em situação delicada, órfãs, prisioneiras, asilos de velhos religiosos e asilos de idosos em geral.

Diz a tradição que ela cuidava dos doente pessoalmente e curava alguns apenas com oração e sua benção. Assim sua fama se espalhou por toda a região e varias pessoas de todas as classes sociais vinha procurá-la para conforto e cura. Faleceu em 19 de setembro 1852 e seu túmulo passou a ser local de peregrinação e inúmeros são os milagres creditados a sua intercessão.

Foi canonizada em 1950 pelo Papa Pio XII.

terça-feira, 8 de setembro de 2009

Natividade de Nossa Senhora


08/09 - Como celebrar o nascimento de Maria? Que homenagens prestar àquela que deu à luz Nosso Senhor ? São Pedro Damião definiu bem a natividade de Nossa Senhora, quando disse em seu segundo sermão: “Mas como poderá a palavra mortal, passageira e transitória, exaltar Aquela que deu à luz a Palavra que fica? Como dizer que o Criador nasce da criatura?”. Quando Deus percebeu o declínio da raça humana, deu início ao seu plano de salvação. Era fundamental mandar seu Filho à Terra para que a humanidade fosse redimida. Mas, antes de qualquer coisa, era preciso construir um lindo palácio, alicerçado nos dons do Espírito Santo, para que o Rei descesse e o habitasse. Assim nasceu Maria, a mãe de Cristo, filha de São Joaquim, que descendia de Davi, e de Santa Ana, ligada à família sacerdotal. Alguns dias após seu nascimento, a menina é levada ao templo onde lhe é dado o nome Maria. Lá seria amamentada e cresceria com o desígnio de ser a Mãe do Messias prometido, a Mãe de Deus.

A festa da natividade de Nossa Senhora, como a maioria das solenidades de Maria, também é de origem oriental. Só foi introduzida na igreja latina no século VII, pelo então papa São Sérgio I. Comemorada desde os primeiros séculos, até hoje é celebrada com muito fervor pelos cristãos.

domingo, 6 de setembro de 2009

São Zacarias


06/09 - Zacarias, depois de Isaías, foi o profeta mais citado no Novo Testamento. Foi chamado ao ministério profético no mesmo ano de Ageu, 520. d.C. Ele anuncia o convite de Deus à penitência, condição para que se realizem as promessas. "Assim fala o Senhor dos exércitos: 'Convertei-vos a mim, e eu me voltarei a vós'".As suas profecias referem-se ao futuro do novo Israel, futuro próximo, futuro messiânico. Zacarias põe em evidência o caráter espiritual do novo Israel, a sua santidade realizada pouco a pouco, ao lado da reconstrução material.Deus vai agindo na santificação do seu povo, até chegar à plenitude com o reino do Messias, fruto do amor de Deus e da Sua onipotência:"Eis que eu libertarei o me povo. Reconduzi-lo-ei para habitar em Jerusalém, será o meu povo e eu serei o seu Deus, na fidelidade e na justiça". A promessa: "Eis que teu Rei vem a ti, ele é justo e vitorioso, é humilde e cavalga um burrinho" profecia esta que se realizou ao pé da letra, com a entrada solene de Jesus em Jerusalém. O burrinho, em oposição ao cavalo de guerra e à discriminação, simboliza a paz e o amor de Jesus por nós. "Ele anunciará a paz aos povos".

Outra profecia: “Que felicidade, que beleza! O trigo dará vigor aos jovens e o vinho doce às meninas”.São Zacarias, teria feito muitas profecias sobre o fim dos tempos e o duplo juízo divino, morreu com a idade avançada e provavelmente foi sepultado ao lado do túmulo do profeta Ageu.
São Zacarias é o profeta mais venerado pelos palestinos.

sexta-feira, 3 de julho de 2009

São Leão II - Papa


03/07 - O Papa Leão II era filho de um médico chamado Paulo e nasceu na Sicília. Os outros poucos dados que temos sobre ele foram extraídos do seu curto período frente ao governo da Igreja de Roma, quase onze meses. Em 681, ele já estava em Roma onde exercia a função de esmoler-mor da Igreja. Era um homem extremamente culto, eloqüente, professor de ciências, profundo conhecedor de literatura eclesiástica. Além de falar fluentemente o grego e o latim, era especialista em canto e salmodia. Por tudo isto os historiadores entendem que ele deve ter sido um mestre em alguma escola teológica cristã, do seu tempo e região.

Foi eleito dias após a morte do Papa Ágato. Mas, o centro do império, em Constantinopla, opunha-se à sua posse, por não ter tido tempo suficiente para influenciar na escolha do sucessor ao pontificado como seria mais conveniente aos interesses dos Bispos do Oriente.

Então, num verdadeiro ato de chantagem, o imperador exigiu uma compensação financeira. Um ano demoraram as negociações entre Roma e Constantinopla, até que o imperador desistiu da absurda exigência e o Papa Leão II pode assumir o governo da Santa Sé, sendo consagrado em 17 de agosto de 682. Sua primeira providência foi confirmar o VI Concílio Ecumênico. Enalteceu de maneira mais didática os argumentos do seu antecessor, aliviando a tensão que se formara com os Bispos do Oriental.

Depois, instituiu a aspersão da água benta nos ritos litúrgicos e sobre o povo. Também conseguiu que a escolha do Bispo de Ravena ficasse sujeita à determinação de Roma e não por indicação política, como ocorria na época. E ainda valer sua autoridade diante do abuso do poder dos bispos usurpadores dos bens da Igreja.

Zelou pela pureza da fé e dos costumes, dando ele próprio o exemplo, confortando os pobres com vigoroso socorro espiritual e material, através de obras de caridade financiadas pela Igreja.

Mandou restaurar a Igreja de Santa Bibiana especialmente para acolher as relíquias dos Santos Mártires: Simplício, Faustino e Beatrix, que ainda estavam sepultados num campo que antes fora um templo pagão. Além disto, por ter muita devoção pelos soldados mártires, São Sebastião e São Jorge, propagou-a entre os fiéis, que passaram a considera-los padroeiros dos militares.

O Papa Leão II morreu no dia 03 de julho de 683, sendo festejado como Santo pela Igreja no dia do seu trânsito.

Fonte: http://www.nossasenhoradocarmo.com.br/

quinta-feira, 2 de julho de 2009

São Bernardinho Realino


02/07 - Com Bernardinho Realino (1530-1616) aconteceu um fato talvez único na historia dos santos: ainda em vida foi nomeado padroeiro da cidade de Lecce.

Ao espalhar-se a notícia de que o padre Bernardinho estava morrendo, o prefeito da cidade reuniu a câmara e dirigiu-se ao colégio dos jesuítas. Ante o leito do morimbundo, leu um documento que tinha preparado: "Grande é nossa dor, pai amado, ao ver que nos deixais, pois nosso mais ardente desejo seria que permanecêsseis sempre conosco. Não querendo, contudo, opor-nos à vontade de Deus, que vos convida para o céu, desejamos pelo menos encomendar-vos a nós mesmos e a toda esta cidade tão amada por vós e que tanto vos tem amado e reverenciado. Assim o fareis, ó pai, pela vossa inesgotavél caridade, a qual nos permite esperar que queirais ser nosso protetor e patronono paraíso, pois já por tal vos elegemos desde agora para sempre, seguros de que aceitareis por fiéis servos e filhos... Com esforço respondeu o padre: "Sim, senhores".

De fato, o padre Bernadinho tinha dedicado mais da emtade de sua longa vida, e a quase totalidade de sua ação apostólica como padre, à cidade de Lecce. A Lecce chegou em 1574 como superior da nova comunidade de jesuítas; depois foi fundador e reitor do colégio, diretor da congregação mariana, e sobretudo apóstulos dos pobres e enfermos. "O que foi S. Felipe Neri para a cidade Eterna - escreveu Leão XIII na bula de canonização - foi para Lacce Bernardinho Realino. Desde a mais alta nobreza até os últimos esfarrapados, encarcerados e escravos turcos não havia quem não o conhecesse como apóstolo e benfeitor da cidade.

Assim sem grandes feitos exteriores, desenvolveu-se com a rotina de uma dedicação total aliária a santidade de Bernardinho Realino. Apesar de ter sido chamado tarde à vida religiosa (contava trinta e quatro anos quando ingressou na Companhia de Jesus), sua vida se apresenta como uma grande continuidade sempre em busca da verdade e do bem.