domingo, 7 de abril de 2013

São João Batista de La Salle


07/04 - A tradição da família de La Salle, na França, é muito antiga. No século XVII, descendente de Carlos Magno, Louis de La Salle era conselheiro do Supremo Tribunal quando sua esposa, também de família fidalga, deu à luz a João Batista de La Salle, em 30 de abril de 1651, na casa da rua de L’Arbatete, que ainda existe, na cidade de Reims.

O casal não era nobre só por descendência, ambos tinham também nobreza de espírito e seguiam os ensinamentos católicos, que repassaram aos sete filhos. João Batista era o mais velho deles. Dos demais, uma das filhas tornou-se religiosa, entrando para o convento de Santo Estevão, em Reims. Dois outros filhos ocuparam cargos elevados no clero secular, mas João Batista revelou-se o mais privilegiado em termos espirituais.

Desde pequeno a vocação se apresentava no garoto, que gostava de improvisar um pequeno altar para brincar de realizar os atos litúrgicos que assistia com a mãe. Paralelamente, teve no pai o primeiro professor. Apaixonado por música clássica, sacra e profana, toda semana havia, na casa dos de La Salle, uma “tarde musical”, onde se apresentavam os melhores e mais importantes artistas da cidade, assistidos pelas famílias mais prestigiadas de Reims. João Batista fazia parte da apresentação, executando as músicas de caráter religioso, o que fez com que o pai o estimulasse a ingressar no coral dos cônegos da catedral. Entretanto, no íntimo, o desejo dos seus pais era que ele seguisse uma carreira política.

Mas esse desejo durou pouco tempo, pois, na hora de definir sua profissão, João Batista confessou que queria ser padre. Seu pai entendeu que não poderia disputar o filho com Deus e ordenou que ele seguisse a voz do Criador, para onde fosse chamado. Ainda jovem, tornou-se coroinha e, com dezesseis anos, era nomeado cônego da catedral de Reims. Como tinha muita cultura e apreciava os estudos, com dezoito anos recebeu o título de mestre das Artes Livres, entrou para a Universidade de Sorbonne e passou a morar no seminário Santo Sulpício, em Paris. Ali se tornou catequista, chegando a ensinar um total de quatro mil crianças, preparando-as para a primeira comunhão.

Ao sair do seminário, João Batista, com vinte e um anos, tinha já perdido o pai e a mãe. Cuidou dos irmãos e depois pôde vestir a batina, em 1678, quando, finalmente, se ordenou sacerdote. Fundou uma escola para a formação de professores leigos e, mesmo em meio a todo esse trabalho, continuou estudando teologia, até receber o título de doutor, em 1681.

Fundou, ainda, a Congregação dos Irmãos das Escolas Cristãs, que em pouco tempo necessitou da implantação de muitas casas. Tão rápido cresceu a Ordem, que já em 1700 foi possível inaugurar um seminário, onde se lecionava pedagogia, leitura, gramática, física, matemática, catolicismo e canto litúrgico. Ele teve a grata felicidade de ver a congregação comportando setecentos e cinqüenta irmãos, possuindo cento e quatorze escolas e sendo freqüentadas por trinta e um mil alunos, todos pobres.

Aqui no Brasil, os Irmãos das Escolas Cristãs se estabeleceram em 1907, espalhando-se pelos estados do Rio Grande do Sul, Rio de Janeiro e Minas Gerais. Ele morreu numa Sexta-Feira Santa, no dia 7 abril de 1719, em Rouen, e foi canonizado, em 1900, pelo papa Pio X. São João Batista de La Salle foi proclamado “padroeiro celeste, junto a Deus, de todos os educadores”, pelo papa Pio XII.

Fonte: www.portalcot.com

sábado, 6 de abril de 2013

Bem-Aventurada Pierina Morosini


06/04 - Neste dia, lembramos com alegria a vida de Pierina Morosini, que se tornou para nós exemplo de quem conseguiu alcançar a santidade no dia-a-dia. Mulher exemplar, era operária, ativista da Ação Católica, doméstica e muito engajada na paróquia e ação missionária.

Pierina Morosini nasceu em Bérgamo, Itália, em 1931, numa numerosa e pobre família de aldeia. Ajudava a mãe a cuidar das crianças, pois era a mais velha, mas isto fazia com muito amor sem deixar seu compromisso com o árduo trabalho na fábrica que ficava distante de sua casa.

Santa Maria Goretti era sua Santa de devoção, tanto assim que no segredo partilhou com uma amiga que com ela assistia a beatificação da Santa da Castidade: "Também eu desejaria morrer como a Goretti; antes de pecar contra a castidade, prefiro deixar-me matar!"

Com tão grande sinceridade ela desejava a vida na pureza da castidade, que mesmo sem poder consagrou-se numa vida religiosa, devido às necessidades da família, Morosini renovava anualmente sua decisão pela castidade e rezava constantemente: "Ó Maria, sempre jovem porque sempre pura, fazei rejuvenescer meu coração com a beleza da castidade".

Esta feliz mulher que lembramos hoje, era ocupada com o drama social, familiar; tinha profunda vida de oração e Eucaristia diária. Pierina Morosini certa vez, voltava da fábrica para casa quando foi atacada e martirizada por um jovem que queria seduzi-la e fazê-la pecar contra a Castidade, isto em 1957. Não precisamos pensar que Deus atendeu ao seu desejo de morrer como Goretti, mas sim que lhe deu a força do mesmo Espírito Santo para que fosse fiel até o fim.

sexta-feira, 5 de abril de 2013

São Vicente Ferrer



05/04 - São Vicente Férrer nasceu em Valência, na Espanha, em 1350. Abria seus olhos para um mundo marcado por múltiplas dificuldades. A “peste negra” havia assolado a Europa e, aos 13 anos de idade, ele já assistia a morte de várias pessoas com este mal. A Espanha era habitada por judeus e muçulmanos e, entre estes, os intelectuais e nobres da época, assim como povo e escritores havia grandes diferenças de classes, de deveres, de direitos.

O ambiente religioso reinante ao longo de toda a vida de São Vicente Férrer foi cheio de conflitos. Basta dizer que havia um grande Cisma na Igreja, o Papa residia fora de Roma, em Avignon (França), por mais de 40 anos. Aos olhos dos cristãos, o pontificado havia perdido a unidade, a universalidade. Um agravante desta situação foram os impostos colocados ao povo pelo pontificado. Os italianos clamavam contra a “Ímpia Babilônia” (Avignon) e a desobediência aos papas da sede romana, alegando horrores feitos em nome da Igreja. Heresias surgiam no meio do povo e entre o próprio clero, que chegava a desconfiar da verdadeira autoridade papal.

Neste clima social e religioso, enegrecido pelo Cisma da Igreja desenvolveu-se a vida e pregação de São Vicente Férrer. Seu pai era Guilhermo Férrer e sua mãe se chamava Constanza Miquel. Eram ao todo 8 filhos: 3 homens e 5 mulheres. Os nomes conhecidos de seus irmãos são: Constanza, Francisca, Inês, Pedro e Bonifácio. De família tradicionalmente católica, Vicente e Bonifácio muito cedo tornaram-se sacerdotes, mais precisamente freis dominicanos. Vicente Férrer estudou em Barcelona (Espanha) e Toulouse (França), onde se especializou no conhecimento das línguas orientais e na Sagrada Escritura.

Nosso dominicano pregava pelo menos 3 sermões diários. Pregou na Espanha, Itália, França e Inglaterra, andando sempre a pé e acompanhado de grande multidão. Faziam parte de suas caminhadas, homens letrados, confessores, mendigos, escritores que anotavam seus sermões.

Mais tarde, Vicente Férrer teve uma perna machucada que lhe causou certas dificuldades em seu trabalho missionário; passou a viajar em um burrinho e levava um pequeno órgão, com o qual compunha suas músicas. Apesar de sua aparência simples, Vicente Férrer foi um dominicano muito culto e sua cidade natal o agracia, até hoje, com muitos títulos: “O Apóstolo da Paz”, “O Patrono de Valência”, “Apóstolo da Europa” e “Doutor da Igreja”. Todos esses honrosos títulos originaram-se não só de suas pregações, conversões, milagres, mas também de seu trabalho político social que teve a oportunidade de desenvolver em toda sua vida, especialmente para pôr um fim no Grande Cisma da Igreja Ocidental. Foi chamado pelos seus conterrâneos do “Santo mais valenciano e do valenciano mais santo”.

Pregou o Evangelho como o “Embaixador de Cristo”; foi um grande defensor da verdadeira fé e da unidade da Igreja, um batalhador pela paz entre os povos e defensor da reforma dos costumes.

quinta-feira, 4 de abril de 2013

Santo Isidoro de Sevilha



04/04 - Nasceu em Sevilha, em 560. Santo Isidoro era irmão de São Leandro, de São Fulgêncio e de Santa Florentina. Foi educado pelo seu irmão São Leandro, bispo de Sevilha. No ano de 600, sucedeu-o no governo da diocese. Em 619, reuniu e presidiu o II Sínodo Sevilhano e, em 633 presidiu o IV Concílio de Toledo.
 
Bispo influente e popular, foi considerado um dos homens mais ativos e empenhados com os problemas do seu tempo. Organizou a vida na Igreja; criou seminários e zelou pela formação dos futuros sacerdotes. Unificou a liturgia e regulamentou a vida monástica.

O seu grande mérito consistiu em salvar a cultura antiga. Era chamado de doutor insigne do nosso século, novíssimo ornamento da Igreja Católica, o último no tempo, mas não na doutrina, o homem mais sábio dos últimos séculos, cujo nome deve ser pronunciado com reverência. É chamado também o último Padre da Igreja do Ocidente.

A sua obra "Etimologias", composta por 20 volumes, é uma síntese de todo o saber antigo e do seu tempo. Para além destas obras, escreveu também diversos tratados de moral, comentários exegéticos, etc.

quarta-feira, 3 de abril de 2013

São Luís Scrosoppi

03/04 - Luís nasceu em 4 de agosto de 1804, em Udine, cidade do Friuli, no Norte da Itália. Foi o último dos filhos de Antônia e Domingos Scrosoppi, cristãos fervorosos que educaram os filhos dentro dos preceitos da fé e na caridade. Aos doze anos, Luís ingressou no seminário diocesano de Udine, e, em 1827, foi ordenado sacerdote.

A região do Friuli, a partir de 1800, mergulhou na miséria em conseqüência das guerras e epidemias, o que serviu ao padre Luís de estímulo para cuidar dos necessitados. Dedicou-se, com outros sacerdotes e um grupo de jovens professoras, à acolhida e à educação das “derelitas”, as mais sozinhas e abandonadas jovens de Udine e dos arredores. A elas ele disponibilizou todos os seus bens, suas energias e seu afeto, sem economizar nada de si. Quando foi preciso, ele não hesitou em pedir esmolas. A sua vida foi, de fato, uma expressão palpável da grande confiança na Providência Divina.

Com essas senhoras, chamadas de “professoras”, hábeis no trabalho de costura e de bordado, que estavam aptas à alfabetização, dispostas a colocarem suas vidas nas mãos do Senhor para servi-lo e optando por uma vida de pobreza, padre Luís Scrosoppi fundou a Congregação das Irmãs da Providência. Mas notou que necessitava de algo mais para dar continuidade a essa obra. Por isso, aos quarenta e dois anos de idade, em 1846, tornou-se um “filho de são Felipe” e, através do santo, aprendeu a mansidão e a doçura, qualidades que lhe deram mais idoneidade na função de fundador e pai da nova família religiosa.

Todas as obras feitas por padre Luís refletiram sua opção pelos mais pobres e necessitados. Ele profetizou certa vez: “Doze casas abrirei antes da minha morte”, e sua profecia concretizou-se. Foram, realmente, doze casas abertas às jovens abandonadas, aos doentes pobres e aos anciãos que não tinham família.

Porém Luís não se dedicava apenas às suas obras de caridade. Ele também oferecia seu apoio espiritual e econômico a outras iniciativas sociais de Udine, realizadas por leigos de boa vontade. Era dele, também, a missão de sustentar todas as atividades da Igreja, em particular as destinadas aos jovens do seminário de Udine.

Depois de 1850, a Itália unificou-se, num clima anticlerical, e os fatos políticos representaram um período difícil para Udine e toda a região do Friuli. Uma das conseqüências foi o decreto de supressão da “Casa das Derelitas” e da Congregação dos Padres do Oratório, de Udine. Após uma verdadeira batalha, conseguiu salvar as “Casas”, mas não conseguiu impedir a supressão da Congregação do Oratório.

Já no fim da vida, padre Luís transferiu a direção de suas obras às irmãs, que aceitaram a missão com serenidade e esperança. Quando sentiu chegar o fim, dirigiu suas últimas palavras às irmãs, animando-as para os revezes que surgiriam, lembrando-as: “… Caridade! Eis o espírito da vossa família religiosa: salvar as almas e salvá-las com a caridade”. Morreu no dia 3 de abril de 1884. Toda a população de Udine e das cidades vizinhas foram vê-lo pela última vez e pedir-lhe ajuda do paraíso celeste.

No terceiro milênio, as irmãs da Providência continuam a obra do fundador nos seguintes países: Romênia, Moldávia, Togo, Índia, Bolívia, Brasil, África do Sul, Uruguai e Argentina.

Padre Luís Scrosoppi foi proclamado santo pelo papa João Paulo II em 2001. Nessa solenidade estava presente um jovem sul-africano que foi curado, em 1996, da Aids. Por esse motivo, esse mesmo pontífice declarou São Luis Scrosoppi padroeiro dos portadores do vírus da Aids e de todos os doentes incuráveis. O jovem sul-africano que se curou desse vírus entrou no Oratório de São Felipe Néri, tomando o nome de Luís.


terça-feira, 2 de abril de 2013

Beato Leopoldo de Gaiche

02/04 - O Beato Leopoldo nasceu em Gaiche, na diocese de Perusa, sendo filho de pais humildes, e foi batizado com o nome de João. Um sacerdote vizinho ajudou-o a educar-se, e em 1751, aos 18 anos, recebeu o hábito de franciscano no convento de Cibotola, adotando o nome de Leopoldo.

Depois da ordenação sacerdotal, em 1757, foi enviado a pregar cursos de sermões quaresmais que logo o tornaram famoso. Como resultado de sua eloqüência e seu fervor, ocorreram numerosas conversões, os inimigos se reconciliaram e os penitentes assediavam seu confessionário. Durante 10 anos, desde 1786, quando foi nomeado missionário pontifício dos Estados da Igreja, pregou missões em diversas dioceses, e mesmo depois de se tornar ministro provincial continuou seu labor apostólico.

Inflamado pelo exemplo do Beato Tomás de Cori e de S. Leonardo de Porto Maurício, ansiava por encontrar uma casa onde os missionários e pregadores pudessem se recolher para seu retiro anual e onde outros irmãos e amigos da Ordem pudessem se revigorar espiritualmente. Contudo, teve de superar muitas dificuldades e sofrer muitos dissabores, antes que pudesse realizar seu desejo, em uma colina solitária de Monte Luco, perto de Espoleta.

Quando, em 1808, Napoleão invadiu Roma e prendeu o Papa Pio VII, as casas religiosas foram fechadas e seus ocupantes expulsos. O Beato Leopaldo, venerável ancião de 77 anos, foi obrigado a abandonar seu querido convento e viver com três de seus irmãos em uma miserável choupana em Espoleto. Durante esse tempo, serviu como auxiliar de um pároco local, mas em seguida assumiu o encargo de uma paróquia inteira; cujo pastor fora expulso pelos franceses. Depois, foi preso também, por se recusar a prestar um juramento que ele considerava ilegítimo. Mas seu confinamento teve curta duração, porque em breve o encontramos mais uma vez pregando santas missões. Sua fama cresceu graças a seus dons proféticos e a fenômenos estranhos que o acompanhavam; por exemplo, quando  pregava, os ouvintes tinham a impressão de que sua cabeça estava coroada de espinhos.

Depois da queda de Napoleão, o Beato Leopoldo apressou-se em voltar a Monte Luco, onde procurou fazer com que as coisas voltassem ao que eram antes, mas viveu apenas mais alguns meses, morrendo a 15 de abril de 1815, aos 83 anos de idade. As notícias dos numerosos milagres operados junto a seu túmulo motivaram a rápida introdução do processo de beatificação que se concluiu favoravelmente em 1893.

segunda-feira, 1 de abril de 2013

Santo Hugo




01/04 - Lembramos a vida de santidade de Santo Hugo que nasceu em Castelo Nova na França , isto em 1053. O Santo de hoje pertencia ao clero da diocese de Valência , até se tornar cônego e mais ordenado Bispo e enviado para Genoble, onde tornou-se santo pastor.

A diocese de Genoble era extensa e numerosa em almas, além de estar com um clero, na sua maioria, decadente na disciplina e muitos leigos depredavam a Igreja Local. Com missionário e reformador, Santo Hugo, que sempre foi tendido a vida monástica , acabou se retirando por dois anos, mas por obediência ao Santo Padre Gregório, deixou a paz da vida monástica para "guerrear" pela reforma da diocese.

Durante o governo Santo e sofrido, Santo Hugo acolheu carinhosamente São Bruno com seu companheiros que fundaram na sua diocese a Ordem dos Cartuxos. Com coração acolhedor, foi também Hugo muito sábio, prudente, perseverante e homem duma fé que mereçeu permanecer aqui na terra e no cuidado do rebanho de Cristo até os 80 anos .