terça-feira, 10 de julho de 2012

Santo Antônio Percierskij


10/07 - Antônio, que antes se chamava Antipas, nasceu na Ucrânia no ano de 983. Percierskij, na realidade, não é o seu sobrenome, mas sim um apelido e tem um significado: "da gruta". Trata-se de uma referência à cela, escavada por ele mesmo, no vale de Dnjepr, próximo a Kiev, que deu origem à vida monástica russa.

Antônio "da gruta", desde a adolescência, sempre buscou a solidão das cavernas, típicas de sua região, para suas orações contemplativas. Depois viveu, até os quarenta e cinco anos de idade, peregrinando solitário pelos inúmeros mosteiros do monte Athos, na Grécia. Os registros indicam que ele permaneceu alguns anos no mosteiro de Esphigmenon, quando decidiu continuar a vida de penitência e oração na sua pátria. Foi assim que escavou a primeira gruta em Kiev.

Logo surgiram muitos seguidores, e curiosos, que se sentiam atraídos pelos ensinamentos e pela fama de santidade daquele homem de oração e penitência. Todos queriam aprender com o monge sábio e justo, que nunca se mostrava irritado. Era um homem manso e silencioso, pleno de misericórdia com todos. Essa sua personalidade foi muito bem retratada pelo fiel discípulo Nestor, ao escrever "Histórias dos tempos passados".

Contudo Antônio insistia em viver solitário, enquanto os seus seguidores formavam uma comunidade. Com sua permissão, foram construindo várias celas pela região e, depois, uma primeira igreja. Assim, em 1051, surgiu o "Mosteiro das Grutas", cuja arquitetura foi projetada integrando as grutas escavadas por esses monges primitivos.

Esse mosteiro se tornou um dos centros religiosos mais importantes de toda a Rússia. A sua comunidade se tornou famosa pela caridade, instrução, prestígio cultural e pelo esplendor da liturgia ortodoxa cristã. Além das belas igrejas que iam surgindo, consideradas verdadeiras obras de arte da arquitetura eslava. Antônio não desejava dirigir todo esse movimento, mas tinha noção exata do que ocorria. Por isso manteve-se como o exemplo da comunidade e a direção ele confiou ao seu discípulo Teodósio, que sedimentou e estabeleceu as regras da vida monástica.

Por perseguição política, Antônio foi obrigado a abandonar Kiev em 1055. Foi refugiar-se próximo a Cernigov, onde criou um outro mosteiro, conservando a regras de vida do anterior, imprimindo a sua marca pelo exemplo na oração, penitência e caridade. Mas no mosteiro de Kiev, haviam permanecido alguns religiosos, guiados pelo discípulo Teodósio, que é considerado co-fundador do mosteiro. Por isso Antônio conseguiu retornar clandestinamente e lá permaneceu recluso até a sua morte, no dia 10 de julho de 1073.

Do Mosteiro da Gruta de Kiev original restou uma parte não muito grande, pois nos anos de 1299 e 1316 foi quase destruído pelas invasões dos tártaros. Em1926, foi fechado pelo regime comunista. Só em 1988 ele foi reaberto definitivamente. Hoje, ele faz parte do patrimônio da humanidade, como um monumento tombado e conservado pela Unesco.

segunda-feira, 9 de julho de 2012

Beatos Agostinho Zhao Rong e 119 Companheiros Mártires

09/07 - A Igreja Católica levou a luz do Evangelho ao povo chinês a partir do século V. No seguinte, já existia a primeira igreja católica e a primeira sede episcopal, na cidade de Beijin. A adaptação da liturgia católica foi possível porque o cristianismo era visto, naquele período, como uma realidade que enriquecia e não se opunha aos mais altos valores das tradições do povo chinês. Para o qual, o sentimento de natural religiosidade é uma das características mais profundas da história de sua nação, de todos os séculos.

A Igreja Católica deu um novo impulso na evangelização da China após a divulgação de vários decretos imperiais. Estes concediam liberdade religiosa para todos os súditos e autorizavam os missionários a evangelizar em seus vastos domínios. Mas, a questão dos "rituais católicos chineses" começou a irritar o imperador que, influenciado pela perseguição aos cristãos no Japão, resolveu promover a sua também.

No início a perseguição ocorreu disfarçada e veladamente. Os massacres sangrentos dos cristãos só começaram em 1648. Na época todos os decretos foram cancelados e as execuções autorizadas, apenas os que renegassem a fé seriam poupados. Do século XVII até a metade do século XIX muitos missionários e fiéis leigos foram mortos, inclusive Monsenhor João Gabriel Taurin Defresse, das Missões Exteriores de Paris, e que depois também foi beatificado.

Agostinho Zhao Rong era um soldado chinês que escoltou Monsenhor Dufresse até a cidade de Beijin e o acompanhou até sua execução por decapitação. Ele ficou muito impressionado com a serenidade e a força espiritual de Defresse que, apesar de torturado, não renegou a fé em Cristo. Foi assim que Agostinho se viu tocado pela luz da fé e rogou para que Defresse o convertesse. Depois, foi batizado e enviado ao Seminário de onde saiu ordenado sacerdote diocesano. Quando foi reconhecido como cristão, ele também sofreu terríveis suplícios carnais antes de morrer decapitado, em 1815. Entretanto, jamais renegou sua fé em Cristo.

No início de 1900 ocorreu a revolução comunista chinesa, provocada por motivos políticos reprimidos há anos, com novas ondas de perseguições aos cristãos. Porém, o motivo foi exclusivamente religioso, como comprovaram os documentos históricos. Desde então uma sangrenta exterminação aconteceu matando um número infindável de catequistas leigos, chineses convertidos, sacerdotes chineses e igrejas. Todos os nomes não puderam ser localizados, porque a destruição e os incêndios continuaram ao longo do novo regime político chinês. A última execução em massa de cristãos na China, que se tem notícia, foi em 25 de fevereiro de 1930.

No ano do Jubileu de 2000, Papa João Paulo II proclamou Beatos, Agostinho Zhao Rong e 119 Companheiros Mártires da China. Eles passarão a ser venerados e homenageados no dia 09 de julho, pois constituem um exemplo de coragem e de coerência para todos cristãos do mundo.



domingo, 8 de julho de 2012

Beato Eugenio III

08/07 -O papa Eugênio III nasceu em Montemagno, numa família cristã, rica e da nobreza italiana. Foi batizado com o nome de Píer Bernardo Paganelli, estudou e recebeu a ordenação sacerdotal na diocese de Pisa, centro cultural próximo da sua cidade natal.

Possuía um temperamento reservado, era inteligente, muito ponderado e calmo. Segundo os registros da época, em 1130 ele teve um encontro com o religioso Bernardo de Claraval, fundador da Ordem dos Monges Cistercienses e hoje um santo da Igreja. A afinidade entre ambos foi tão grande que, cinco anos depois, Píer Bernardo ingressou no mosteiro dirigido pelo amigo e vestiu o hábito cisterciense.

Através da convivência com Bernardo de Claraval, ele se tornou conhecido, pois foi escolhido para abrir um outro mosteiro da Ordem em Farfa, diocese de Viterbo, sendo consagrado o abade pelo papa Inocêncio II. Quando esse papa morreu, o abade Píer Bernardo foi eleito sucessor.

Isto ocorreu não por acaso, ele era o homem adequado para enfrentar a difícil e delicada situação que persistia na época. Roma estava agitada e às voltas com graves transtornos provocados, especialmente, pelo líder político Arnaldo de Bréscia e outros republicanos que exigiam que fosse eleito um papa que forçasse a entrega do poder político ao seu partido. Muitas casas de bispos e cardeais já tinham sido saqueadas. Por isso os cardeais resolveram escolher o abade Píer Bernardo, justamente porque ele estava fora do colégio cardinalício, portanto isento das pressões dos republicanos.

Ele assumiu o pontificado com o nome de papa Eugênio III. Mas teve de fugir de Roma à noite, horas após sua eleição, para ser coroado no mosteiro de Farfa, em Viterbo. Era o dia 18 de fevereiro de 1145. Como a situação da cidade não era segura, o novo papa e seus cardeais decidiram mudar para Viterbo. Quando a população romana foi informada, correu para pedir sua volta. Foi assim, apoiado pelo povo, que o papa Eugênio III retornou para Roma e assumiu o controle da cidade, impondo a paz. Infelizmente, durou pouco.

Em 1146, Arnaldo passou a exigir a destruição total de Trívoli. Novamente o papa Eugênio III teve de fugir. Como se recusou a comandar o massacre, ele corria risco de morte. Teve de atravessar os Alpes para ingressar na França, onde permaneceu exilado por três anos.

Os conflitos não paravam, o povo estava sempre nas ruas, liderado por Arnaldo, e o papa teve de ser duro com os insubordinados da Igreja que se aproveitavam da situação. Nesse período, convocou quatro concílios para impor disciplina. Também depôs os arcebispos de York e Mainz; promoveu uma séria reforma na Igreja e na Cúria Romana em defesa da ortodoxia nos estudos eclesiásticos. Enviou o cardeal Breakspear, o futuro papa Adriano IV, para divulgá-la na Escandinávia, enquanto ele próprio ainda o fazia percorrendo o norte da Itália.

Só retornou a Roma depois de receber ajuda do imperador alemão Frederico Barba-Roxa, contra os republicanos de Arnaldo. Ainda pôde defender a Igreja contra os invasores turcos e iniciar a construção do palácio pontifício. Morreu no dia 8 de julho de 1153, depois de governar a Igreja por oito anos e cinco meses, num período tão complicado e violento da história. O papa Eugênio III foi beatificado em 1872.

sábado, 7 de julho de 2012

São Kitien Siang

07/07 - De antiga família cristã convertida em 1650, irmão de um sarcedote, pai de família, culto, dedicado médico, administrador da pequena comunidade cristã de ye-tcang-ten, era universalmente estimado e amado pelos seus excelentes dotes e pela sua generosidade. Muito fiel às práticas religiosas, queria que todos também o fossem, principalmente em família. Tantas qualidades que foram obscurecidas pelo vício do ópio. Tinha-se resignado a sofrer a maldita escravidão do yinn (tirania do ópio). Resistiu, caiu, volta a resistir e recair muitas vezes, até que o ópio o dominou.

No princípio, absolveram-no repetidamente, mas por último, sendo grave o escândalo, proibiu-lhe de receber a comunhão.

"Ah! Exclamou, tenho apenas uma esperança de salvação, o martírio, sem o martírio não conseguirei encontrar a porta do paraíso”.Esse comportamento paradoxal durou 30 anos. Na manhã de 07 de julho de 1900, cerca de 200 cães boxers entraram na sua aldeia.Marcos e os seus, em numero de 13 pessoas, refugiaram-se num cemitério local, mas foram traídos e levados presos para uma cidade vizinha, diante do mandarim.

Uma grande multidão de amigos e beneficiados imploravam para ele a graça de ser perdoado, mas esta só poderia ser-lhe concedida com a condição de renunciar à fé. Foi incitado pelos amigos para que apostasse para defender a vida. O nosso cristianismo vai tão longe como a dinastia Ming. Preferimos a morte à apostasia. Não podemos renegar a nossa fé.”

Não só não quis apostatar, mas nem mesmo entregar, quase como uma simulação de apostasia, as medalhas e os escapulários que ele e seus familiares levavam.Dignamente agradeceu aos presentes, reafirmou a sua fé e a dos presentes, cantando a ladainha de Nossa Senhora.

Num dos carros que o transportavam, o neto de 8 anos. anos,Francisco,perguntou:"Para onde nos levam,avô? O velho apontou para o céu e respondeu: "Voltamos para casa, meu menino.”Chegando ao lugar do suplício, Marcos disse aos seus: ”Meus filhos, não temais. O paraíso está aberto e próximo”. Depois, pediu como favor ser decapitado em último lugar. Queria estar certo de que ninguém faltaria ao encontro no além. Por fim dobrou a sua cabeça diante da espada. Era o dia 7-7-1900. Marcos tinha 61 anos.

Fonte: www.universocatolico.com.br

sexta-feira, 6 de julho de 2012

Beata Maria Teresa Ledochowska


06/07 - Maria Teresa Ledochowska nasceu no dia 29 de abril de 1863, na Áustria. Os pais eram personalidades ilustres e pertenciam à nobreza cristã polonesa, freqüentando várias cortes da Europa. A irmã mais nova, Úrsula, anos mais tarde, também fundou uma congregação e depois foi canonizada pela Igreja. Outro seu irmão, o padre Vladimir foi o vigésimo sexto Diretor geral da Companhia de Jesus.

Maria Teresa se tornou uma requintada fidalga, muito culta e fluente em vários idiomas. Aos vinte e dois anos, era dama de honra da grã duquesa da Toscana, que tinha residência na corte austríaca e não dispensava sua presença alegre e brilhante. Apesar de conviver neste ambiente de luxo e cheio de frivolidades, ela possuía princípios morais e cristãos íntegros. Dedicava grande parte do seu tempo à caridade ajudando especialmente os pobres.

Certa ocasião, foi apresentada às Irmãs Missionárias Franciscanas de Maria, que tinham encontro com a grã duquesa. Logo em seguida recebeu um impresso de uma conferência do cardeal Lavigérie, narrando seu árduo trabalho para libertar os escravos da África e pedindo missionárias para ajuda-lo na evangelização. Penalizada com a situação dos escravos, Maria Teresa sentiu o chamado de Deus e abraçou aquela causa.

Em 1891 abandonou a corte, apesar da desaprovação de quase todos os amigos e ingressou para a vida religiosa, sob a direção espiritual dos Jesuítas. Depois à ela se juntaram Melania von Ernest e outras religiosas corajosas. Assim, em 1894 fundou o Instituto das Irmãs Missionárias de São Pedro Claver, ou melhor das Irmãs Claverianas, para dar apoio e orientação às missões africanas.

Maria Teresa sempre brilhante e ativa, sabia que precisava divulgar muito mais aquela Obra. Rezou muito e inspirada pela Mãe de Deus fundou uma tipografia e passou a publicar dois boletins missionários mensais. O "Eco da África", direcionado para os adultos e o "Juventude Africana" especial para os jovens, ambos eram editados em nove idiomas europeus. Ela mesma escrevia os artigos e apelos para difundir a idéia missionária. Logo passou a participar conferências em diversas línguas e paises. Foram centenas e centenas até sua morte.

Sua incansável dedicação frutificou e pôde enviar aos missionários da África, milhões em dinheiro, numerosos objetos sagrados , além de milhares de livros impressos em línguas indígenas africanas, utilizados para a catequização e alfabetização dos nativos. Dirigiu o Instituto por vinte e oito anos, em meio às turbulências dos tempos e do sacrifício pessoal, até morrer no dia 06 de julho de 1922 em Roma, na Itália.

Desde então, Maria Teresa, passou a ser invocada para interceder por graças e milagres, principalmente nos paises africanos, aos quais dedicou toda a sua vida de missionária. Em 1975, o Papa Paulo VI beatificou aquela que era conhecida em todo o mundo católico como a "Mãe dos Africanos" e a declarou padroeira da Cooperação Missionária da Igreja na Polônia.

quinta-feira, 5 de julho de 2012

Santo Antonio Maria Zacarias




05/07 - Antônio Maria nasceu na rica família Zacarias, da tradicional nobreza italiana, na cidade de Cremona, em 1502. Era o filho único de Lázaro e Antonieta, e seu pai morreu quando ele tinha apenas dois anos de idade. Nessa ocasião não faltaram os pretendentes à mão da jovem viúva, que contava com dezoito anos de idade. Mas Antonieta preferiu afastar-se de todos. Tornou-se exemplo de vida austera, séria e voltada para a fé, dedicando-se exclusivamente à educação e formação do filho. E seu empenho ilustra a alma do homem que preparou para o mundo e para a Igreja.

Em pouco tempo, Antônio Maria era conhecido por sua inteligência precoce e, ao mesmo tempo, pela disposição à caridade e humildade. Contam os escritos que era comum chegar do colégio sem seu caro manto de lã, pois o deixava sobre os ombros de algum mendigo que estava exposto ao rigor do frio.

Ao completar dezoito anos de idade, doou toda sua herança para sua mãe, e foi estudar filosofia em Pávia e medicina em Pádua. Ao contrário dos demais estudantes, que pouco aprendiam e mais se dedicavam à vida de diversões das metrópoles, como em todas as épocas, Antônio Maria usava todo o seu tempo para estudar e meditar. Em vez de vestir-se como fidalgo, preferia as roupas simples e comportava-se com humildade.

Depois de formado, exerceu a medicina junto ao povo, cuidando principalmente dos que não tinham recursos. Conta a tradição que, além de curar os males do corpo, ele confortava as tristezas da alma de seus pobres pacientes.

Distribuía os remédios científicos juntamente com o conforto, a esperança e a paz de espírito. Finalmente, sua espiritualidade venceu a ciência e, em 1528, Antônio Maria ordenou-se sacerdote.

Com as bênçãos da mãe, que ficou feliz, mas sozinha, ele foi exercer seu apostolado em Milão. Ali, na companhia de Tiago Morigia e Bartolomeu Ferrari, fundou a Congregação dos Clérigos Regulares de São Paulo, cujos membros ficaram conhecidos como "barnabitas", pois a primeira Casa da Ordem foi erguida ao lado da igreja de São Barnabé, em Milão. Depois, com apoio da condessa de Guastalla, Ludovica Torelli, fundou também a Congregação feminina das Angélicas de São Paulo e criou o Grupo de Casais, para os leigos. Toda a sua Obra se voltou à reforma do clero e dos leigos, reaproximando-os dos legítimos preceitos cristãos.

Tendo como modelo são Paulo, era também um devoto extremado da santa eucaristia. Foi o padre Antônio Maria que instituiu as "quarenta horas de adoração ao Santíssimo Sacramento", e também o soar dos sinos às quinze horas para indicar a Paixão de Jesus na cruz.

Durante uma de suas numerosas missões de oração e pregação que efetuava na Itália meridional, foi acometido pela epidemia que se alastrava na região. Não tinha ainda completado os trinta e sete anos de idade quando isto aconteceu. Como médico que era, sabia que a morte se aproximava, voltou então para os braços da dedicada mãe Antonieta.

Ele morreu, sob o teto da mesma casa onde nasceu, em 5 de julho de 1539, e foi canonizado em 1897. Tendo em vista a criação do Grupo de Casais, santo Antônio Maria Zacarias é considerado o pioneiro da Pastoral Familiar na história da Igreja.

quarta-feira, 4 de julho de 2012

Santo Ulrich


04/07 - Ele nasceu em 890DC na cidade de Kyburg, Zurique , Suíça , filho do conde Hucpald e Thebirga, parente do duque de Alamannis e da família do Imperador Otto. Menino doente, ele foi educado na escola monástica de São Call e era excelente estudante e mais tarde tornou-se ajudante do seu tio Adalberto, bispo de Augsburg e foi ordenado padre em 28 de dezembro de 923.

Ele construiu igrejas, capelas, visitava paróquias e trabalhava com os doentes nos hospitais, trouxe relíquias de santos de Roma para os santuários que ele construiu, fez um bom trabalho e deu um exemplo para elevar a moral e melhorar as condições sociais do clero e dos leigos na Suíça.

Quando os magiares invadiram a Alemanha e sitiaram Augburg, Ulrich com sua coragem e sua liderança organizou a resistência até a chegada dos reforços do imperador Oto. Em 10 de agosto de 955 uma batalha final ocorreu em Lechfeld e os invasores foram derrotados. A tradição diz que São Ulrich lutou nesta batalha e teria garantido sua vitória pelas orações, visto que o seu cavalo e os de sua tropa atravessaram o rio e os cavalos dos inimigos afundaram, mas isto parece ser uma lenda, visto a sua precária saúde.

Foi indicado bispo e após 48 anos de bispado com a sua saúde exaurida ele renunciou ao seu posto e sua diocese a favor de seu sobrinho, em uma atitude que teve a benção do Imperador Otto, mas o Sínodo de Ingelheim decidiu ser não canônico. Eles acusaram o bispo de nepotismo e tentaram julgar o velho bispo. Ulrich teve que pedir desculpas públicas e fazer penitencia e foi perdoado, mas a mensagem de seu perdão final só chegou ao seu leito de morte em 4 de julho de 963.


Um carta que circulou por uns tempos dizia que Ulrich era contra o celibato dos padres e via o mesmo como uma carga desnecessária, mas mais tarde especialistas do clero provaram ser a mesma forjada e é certo que Ulrich disciplinava a si próprio e ao seu clero na questão do celibato. As suas relíquias estão no santuário da igreja de Santa Afra. A tradição diz que a terra próxima ao seu túmulo repete os ratos e por vários anos ela tem lido levada pelos peregrinos, para este fim.

Diz ainda a tradição que a mulher grávida que bebe do seu cálice, terá um parto fácil e assim ele é também padroeiro de um parto sem problemas.O toque de sua cruz pastoral também era usada para curar pessoas mordidas por cães raivosos. Diz a tradição que certa vez ele deu a um pedinte uma perna de um ganso pedindo a este que guardasse a mesma até o dia seguinte (Sexta Feira da Paixão) e a perna de ganso seca, no dia seguinte de manhã, havia se tornado um grande e saboroso peixe.

São Ulrich foi o primeiro santo a ser canonizado por um Papa, o que levou a criação do processo formal de canonização que é feito até hoje.Foi canonizado em 993 pelo Papa João XV .Na arte litúrgica da Igreja ele é representado como: 1) um bispo segurando um peixe, 2) jantando com Santa Wolfgang, 3) gratificando um mensageiro com uma perna de ganso 4) dando sua túnica a um pedinte, 5) com Santa Afra 6)atravessando um rio a cavado enquanto todos os demais afundam, 7) com um anjo dando a ele uma cruz.

Sua festa é celebrada no dia 4 de julho.