sábado, 7 de julho de 2012

São Kitien Siang

07/07 - De antiga família cristã convertida em 1650, irmão de um sarcedote, pai de família, culto, dedicado médico, administrador da pequena comunidade cristã de ye-tcang-ten, era universalmente estimado e amado pelos seus excelentes dotes e pela sua generosidade. Muito fiel às práticas religiosas, queria que todos também o fossem, principalmente em família. Tantas qualidades que foram obscurecidas pelo vício do ópio. Tinha-se resignado a sofrer a maldita escravidão do yinn (tirania do ópio). Resistiu, caiu, volta a resistir e recair muitas vezes, até que o ópio o dominou.

No princípio, absolveram-no repetidamente, mas por último, sendo grave o escândalo, proibiu-lhe de receber a comunhão.

"Ah! Exclamou, tenho apenas uma esperança de salvação, o martírio, sem o martírio não conseguirei encontrar a porta do paraíso”.Esse comportamento paradoxal durou 30 anos. Na manhã de 07 de julho de 1900, cerca de 200 cães boxers entraram na sua aldeia.Marcos e os seus, em numero de 13 pessoas, refugiaram-se num cemitério local, mas foram traídos e levados presos para uma cidade vizinha, diante do mandarim.

Uma grande multidão de amigos e beneficiados imploravam para ele a graça de ser perdoado, mas esta só poderia ser-lhe concedida com a condição de renunciar à fé. Foi incitado pelos amigos para que apostasse para defender a vida. O nosso cristianismo vai tão longe como a dinastia Ming. Preferimos a morte à apostasia. Não podemos renegar a nossa fé.”

Não só não quis apostatar, mas nem mesmo entregar, quase como uma simulação de apostasia, as medalhas e os escapulários que ele e seus familiares levavam.Dignamente agradeceu aos presentes, reafirmou a sua fé e a dos presentes, cantando a ladainha de Nossa Senhora.

Num dos carros que o transportavam, o neto de 8 anos. anos,Francisco,perguntou:"Para onde nos levam,avô? O velho apontou para o céu e respondeu: "Voltamos para casa, meu menino.”Chegando ao lugar do suplício, Marcos disse aos seus: ”Meus filhos, não temais. O paraíso está aberto e próximo”. Depois, pediu como favor ser decapitado em último lugar. Queria estar certo de que ninguém faltaria ao encontro no além. Por fim dobrou a sua cabeça diante da espada. Era o dia 7-7-1900. Marcos tinha 61 anos.

Fonte: www.universocatolico.com.br

sexta-feira, 6 de julho de 2012

Beata Maria Teresa Ledochowska


06/07 - Maria Teresa Ledochowska nasceu no dia 29 de abril de 1863, na Áustria. Os pais eram personalidades ilustres e pertenciam à nobreza cristã polonesa, freqüentando várias cortes da Europa. A irmã mais nova, Úrsula, anos mais tarde, também fundou uma congregação e depois foi canonizada pela Igreja. Outro seu irmão, o padre Vladimir foi o vigésimo sexto Diretor geral da Companhia de Jesus.

Maria Teresa se tornou uma requintada fidalga, muito culta e fluente em vários idiomas. Aos vinte e dois anos, era dama de honra da grã duquesa da Toscana, que tinha residência na corte austríaca e não dispensava sua presença alegre e brilhante. Apesar de conviver neste ambiente de luxo e cheio de frivolidades, ela possuía princípios morais e cristãos íntegros. Dedicava grande parte do seu tempo à caridade ajudando especialmente os pobres.

Certa ocasião, foi apresentada às Irmãs Missionárias Franciscanas de Maria, que tinham encontro com a grã duquesa. Logo em seguida recebeu um impresso de uma conferência do cardeal Lavigérie, narrando seu árduo trabalho para libertar os escravos da África e pedindo missionárias para ajuda-lo na evangelização. Penalizada com a situação dos escravos, Maria Teresa sentiu o chamado de Deus e abraçou aquela causa.

Em 1891 abandonou a corte, apesar da desaprovação de quase todos os amigos e ingressou para a vida religiosa, sob a direção espiritual dos Jesuítas. Depois à ela se juntaram Melania von Ernest e outras religiosas corajosas. Assim, em 1894 fundou o Instituto das Irmãs Missionárias de São Pedro Claver, ou melhor das Irmãs Claverianas, para dar apoio e orientação às missões africanas.

Maria Teresa sempre brilhante e ativa, sabia que precisava divulgar muito mais aquela Obra. Rezou muito e inspirada pela Mãe de Deus fundou uma tipografia e passou a publicar dois boletins missionários mensais. O "Eco da África", direcionado para os adultos e o "Juventude Africana" especial para os jovens, ambos eram editados em nove idiomas europeus. Ela mesma escrevia os artigos e apelos para difundir a idéia missionária. Logo passou a participar conferências em diversas línguas e paises. Foram centenas e centenas até sua morte.

Sua incansável dedicação frutificou e pôde enviar aos missionários da África, milhões em dinheiro, numerosos objetos sagrados , além de milhares de livros impressos em línguas indígenas africanas, utilizados para a catequização e alfabetização dos nativos. Dirigiu o Instituto por vinte e oito anos, em meio às turbulências dos tempos e do sacrifício pessoal, até morrer no dia 06 de julho de 1922 em Roma, na Itália.

Desde então, Maria Teresa, passou a ser invocada para interceder por graças e milagres, principalmente nos paises africanos, aos quais dedicou toda a sua vida de missionária. Em 1975, o Papa Paulo VI beatificou aquela que era conhecida em todo o mundo católico como a "Mãe dos Africanos" e a declarou padroeira da Cooperação Missionária da Igreja na Polônia.

quinta-feira, 5 de julho de 2012

Santo Antonio Maria Zacarias




05/07 - Antônio Maria nasceu na rica família Zacarias, da tradicional nobreza italiana, na cidade de Cremona, em 1502. Era o filho único de Lázaro e Antonieta, e seu pai morreu quando ele tinha apenas dois anos de idade. Nessa ocasião não faltaram os pretendentes à mão da jovem viúva, que contava com dezoito anos de idade. Mas Antonieta preferiu afastar-se de todos. Tornou-se exemplo de vida austera, séria e voltada para a fé, dedicando-se exclusivamente à educação e formação do filho. E seu empenho ilustra a alma do homem que preparou para o mundo e para a Igreja.

Em pouco tempo, Antônio Maria era conhecido por sua inteligência precoce e, ao mesmo tempo, pela disposição à caridade e humildade. Contam os escritos que era comum chegar do colégio sem seu caro manto de lã, pois o deixava sobre os ombros de algum mendigo que estava exposto ao rigor do frio.

Ao completar dezoito anos de idade, doou toda sua herança para sua mãe, e foi estudar filosofia em Pávia e medicina em Pádua. Ao contrário dos demais estudantes, que pouco aprendiam e mais se dedicavam à vida de diversões das metrópoles, como em todas as épocas, Antônio Maria usava todo o seu tempo para estudar e meditar. Em vez de vestir-se como fidalgo, preferia as roupas simples e comportava-se com humildade.

Depois de formado, exerceu a medicina junto ao povo, cuidando principalmente dos que não tinham recursos. Conta a tradição que, além de curar os males do corpo, ele confortava as tristezas da alma de seus pobres pacientes.

Distribuía os remédios científicos juntamente com o conforto, a esperança e a paz de espírito. Finalmente, sua espiritualidade venceu a ciência e, em 1528, Antônio Maria ordenou-se sacerdote.

Com as bênçãos da mãe, que ficou feliz, mas sozinha, ele foi exercer seu apostolado em Milão. Ali, na companhia de Tiago Morigia e Bartolomeu Ferrari, fundou a Congregação dos Clérigos Regulares de São Paulo, cujos membros ficaram conhecidos como "barnabitas", pois a primeira Casa da Ordem foi erguida ao lado da igreja de São Barnabé, em Milão. Depois, com apoio da condessa de Guastalla, Ludovica Torelli, fundou também a Congregação feminina das Angélicas de São Paulo e criou o Grupo de Casais, para os leigos. Toda a sua Obra se voltou à reforma do clero e dos leigos, reaproximando-os dos legítimos preceitos cristãos.

Tendo como modelo são Paulo, era também um devoto extremado da santa eucaristia. Foi o padre Antônio Maria que instituiu as "quarenta horas de adoração ao Santíssimo Sacramento", e também o soar dos sinos às quinze horas para indicar a Paixão de Jesus na cruz.

Durante uma de suas numerosas missões de oração e pregação que efetuava na Itália meridional, foi acometido pela epidemia que se alastrava na região. Não tinha ainda completado os trinta e sete anos de idade quando isto aconteceu. Como médico que era, sabia que a morte se aproximava, voltou então para os braços da dedicada mãe Antonieta.

Ele morreu, sob o teto da mesma casa onde nasceu, em 5 de julho de 1539, e foi canonizado em 1897. Tendo em vista a criação do Grupo de Casais, santo Antônio Maria Zacarias é considerado o pioneiro da Pastoral Familiar na história da Igreja.

quarta-feira, 4 de julho de 2012

Santo Ulrich


04/07 - Ele nasceu em 890DC na cidade de Kyburg, Zurique , Suíça , filho do conde Hucpald e Thebirga, parente do duque de Alamannis e da família do Imperador Otto. Menino doente, ele foi educado na escola monástica de São Call e era excelente estudante e mais tarde tornou-se ajudante do seu tio Adalberto, bispo de Augsburg e foi ordenado padre em 28 de dezembro de 923.

Ele construiu igrejas, capelas, visitava paróquias e trabalhava com os doentes nos hospitais, trouxe relíquias de santos de Roma para os santuários que ele construiu, fez um bom trabalho e deu um exemplo para elevar a moral e melhorar as condições sociais do clero e dos leigos na Suíça.

Quando os magiares invadiram a Alemanha e sitiaram Augburg, Ulrich com sua coragem e sua liderança organizou a resistência até a chegada dos reforços do imperador Oto. Em 10 de agosto de 955 uma batalha final ocorreu em Lechfeld e os invasores foram derrotados. A tradição diz que São Ulrich lutou nesta batalha e teria garantido sua vitória pelas orações, visto que o seu cavalo e os de sua tropa atravessaram o rio e os cavalos dos inimigos afundaram, mas isto parece ser uma lenda, visto a sua precária saúde.

Foi indicado bispo e após 48 anos de bispado com a sua saúde exaurida ele renunciou ao seu posto e sua diocese a favor de seu sobrinho, em uma atitude que teve a benção do Imperador Otto, mas o Sínodo de Ingelheim decidiu ser não canônico. Eles acusaram o bispo de nepotismo e tentaram julgar o velho bispo. Ulrich teve que pedir desculpas públicas e fazer penitencia e foi perdoado, mas a mensagem de seu perdão final só chegou ao seu leito de morte em 4 de julho de 963.


Um carta que circulou por uns tempos dizia que Ulrich era contra o celibato dos padres e via o mesmo como uma carga desnecessária, mas mais tarde especialistas do clero provaram ser a mesma forjada e é certo que Ulrich disciplinava a si próprio e ao seu clero na questão do celibato. As suas relíquias estão no santuário da igreja de Santa Afra. A tradição diz que a terra próxima ao seu túmulo repete os ratos e por vários anos ela tem lido levada pelos peregrinos, para este fim.

Diz ainda a tradição que a mulher grávida que bebe do seu cálice, terá um parto fácil e assim ele é também padroeiro de um parto sem problemas.O toque de sua cruz pastoral também era usada para curar pessoas mordidas por cães raivosos. Diz a tradição que certa vez ele deu a um pedinte uma perna de um ganso pedindo a este que guardasse a mesma até o dia seguinte (Sexta Feira da Paixão) e a perna de ganso seca, no dia seguinte de manhã, havia se tornado um grande e saboroso peixe.

São Ulrich foi o primeiro santo a ser canonizado por um Papa, o que levou a criação do processo formal de canonização que é feito até hoje.Foi canonizado em 993 pelo Papa João XV .Na arte litúrgica da Igreja ele é representado como: 1) um bispo segurando um peixe, 2) jantando com Santa Wolfgang, 3) gratificando um mensageiro com uma perna de ganso 4) dando sua túnica a um pedinte, 5) com Santa Afra 6)atravessando um rio a cavado enquanto todos os demais afundam, 7) com um anjo dando a ele uma cruz.

Sua festa é celebrada no dia 4 de julho.


terça-feira, 3 de julho de 2012

Santo Anatólio de Constantinopla

03/07 - Anatólio (449 — 458) foi o décimo patriarca a figurar na Lista sucessória dos Patriarcas Ecumênicos de Constantinopla, ele foi elevado ao Patriarcado em substituição a Flaviano de Constantinopla, por imposição de Dióscoro, Patriarca de Alexandria, imediatamente após o Segundo Concílio de Éfeso, em 449.

Embora adepto do Monofisismo, Anatólio, viu-se obrigado a ceder à imposição da Imperatriz Pulquéria, que pretendia auxiliar ao papa na reversão do quadro político em que se via metida a Igreja, vitimada por Eutiques e seus simpatizantes.

Ela ordenou ao patriarca Anatólio que cedesse à posição romana e estreitasse os laços com a ortodoxia, se quisesse conservar a sua posição. Anatólio, intimidado com as ameaças, reuniu um concílio para o qual convidou os legados do papa, a fim de dar conhecimento da já conhecida carta de São Leão Magno O Tomo ad Flavianus endereçada a Flaviano, seu antecessor. Os presentes ao novo Concílio declararam sua aprovação a todo conteúdo da carta, e Anatólio pronunciou o anátema contra Nestório e Eutiques, condenou a sua doutrina. Em conseqüência de seus atos foi reconhecido como patriarca legítimo de Constantinopla.









segunda-feira, 2 de julho de 2012

Santos Processo e Martiniano




02/07 - Com muita alegria lembramos neste início de mês de dois grandes mártires que fizeram parte do grupo dos protomártires que celebramos no dia de ontem. Santos Processo e Martiniano se destacam dos demais não porque são mais testemunhas de que os outros, mas sim por muito bem representarem a fibra dos cristãos de Roma.

Segundo o Papa Gregório Magno foram eles pagãos e soldados que trabalhavam no Cárcere Mamertino, lugar frio, úmido e apertado, mas privilegiado com a presença de um preso todo especial: São Pedro. Processo e Martiniano diante do testemunho do chefe da Igreja e firme pedra de Jesus, foram abertos a evangelização e recepção do Batismo, encontrando assim a salvação e felicidade.

Depois do martírio de São Pedro em 67, estes Santos que de pagãos não tinham mais nada, não conseguiram ficar indiferentes e se declararam cristãos. Pegos pelo juiz receberam ameaças e até mesmo muitas torturas, até que na Via Aurélia foram condenados ao martírio e desta forma entraram com a palma da vitória nas mãos!

Fonte: www.cnbb02.org.br

domingo, 1 de julho de 2012

Santo Galo




01/07 - Filho de pais nobres e ricos, descendente de família tradicional da corte da França, Galo nasceu no ano 489 na cidade de Clermont, na diocese de Auvergne. Foi tio e professor de outro Santo da Igreja, o Bispo Gregório de Tours. Na sua época era costume os pais combinarem os matrimônios dos filhos. Por isto, ele estava predestinado a se casar com uma jovem donzela de nobre estirpe. Mas Galo desde criança já havia dedicado sua alma à vida espiritual. Para não ter de obedecer à tradição social, ele fugiu de casa, refugiando-se no convento de Cournou, daquela mesma diocese.

Após intensas negociações, seu pai acabou permitindo que ele ingressasse na comunidade monástica. Foi assim que Galo iniciou uma carreira totalmente voltada para a fé e aos atos litúrgicos. Ele era tão dedicado às cerimônias da Santa Missa que se especializou nos cânticos. Contam os escritos que, além do talento para a música, era também dotado de uma voz maravilhosa que encantava e atraía fiéis para ouvi-lo cantar no coro do convento.

Mas, suas virtudes cristãs não se limitavam às liturgias. Sua atuação religiosa logo lhe angariou prestígio e, em pouco tempo, foi designado para atuar na corte de Teodorico, rei da Austrásia, atualmente Bélgica. Em 527, quando morreu o bispo Quinciano, Galo era tão querido e respeitado que o povo o elegeu para ocupar o posto.

Se não bastasse sua humildade, piedade e caridade, para atender às necessidades do seu rebanho, Galo protagonizou vários prodígios ainda em vida. Um dos mais citados, foi ter salvado a cidade de um pavoroso incêndio que ameaçava transformar em cinzas todas as construções locais. As orações de Galo teriam aplacado as chamas que se apagavam na medida em que ele rezava. Outro muito conhecido foi o que livrou os habitantes de morrerem vítimas de uma peste que assolava a região. Diante da bênção de Galo, o fiel ficava curado da doença.

Ele morreu em 01 de julho de 554, causando forte comoção na população que logo começou a invocá-lo como santo nas horas de dor e necessidade, antes mesmo que sua canonização fosse decretada. Com o passar dos séculos São Galo, foi incluído no Livro dos Santos da Igreja de Roma, cuja festa litúrgica foi mantida no dia da sua morte como quer a tradição cristã.

Fonte: http://www.catolicanet.com/