domingo, 27 de novembro de 2011

São Francisco Antônio de Lucera



27/11 - Conhecido também como Antônio Fasani.


Nasceu em Lucera, Apulia, Itália no dia 56 de agosto 1681.

Donato Antonio João Nicholas Fasani nasceu de um família de camponeses. Sua mãe casou-se após a morte de seu pai ainda quando Francisco era muito jovem e foi o seu padrasto que o enviou para os frades Conventual para ser educado. Com a idade de 15 ele foi enviado para Monte Gargano para iniciar seu noviciado. Quando entrou para a Ordem dos Franciscanos em 23 de agosto de 1696 ele mudou seu nome para Francisco Antonio.

Em1703 foi enviado a Assis onde ele foi ordenado sacerdote em 11 de setembro de 1705. Ele completou seu mestrado em teologia no Colégio São Boaventura em Roma. Daquele tempo em diante ele passou a ser chamado de “Padre Mestre” em sua cidade natal onde ele ensinava teologia desde 1707. No Convento de Lucera ele também serviu como guardião, noviço e mestre e ministro provincial em Sant’Angelo. Embora sua escolaridade fosse notável ele era mais conhecido pelos seus sermões na cidade e no campo. Ele falava de um jeito que as pessoas podiam entender e dirigiu seus esforços para catequizar os pobres. Ele produziu vários volumes de sermões, alguns em Latim.

Francisco Antonio era devotado aos pobres, aos que sofriam e aos prisioneiros. Várias vezes ele acompanhava aqueles condenados à morte até o patíbulo.

Francisco Antonio promoveu a devoção a Imaculada Concepção a qual tinha grande devoção e especial amor muito antes deste dogma ter sido definido. Ele trouxe de Nápoles uma estátua da Imaculada Conceição que ele colocou na igreja de São Francisco de Assis e ele escreveu hinos a ela para serem cantados pelo povo de sua terra. Essa estátua ainda é objeto de veneração em Lucera. Ele também estabeleceu a Novena a Nossa Senhora da Imaculada Conceição. No dia 29 de novembro, no primeiro dia desta Novena Francisco Antonio faleceu, como outro notável e também reverenciado Francisco, o de Assis.

Foi beatificado pelo Papa Pio XII em 15 de abril de 1951 e canonizado pelo Papa João Paulo II em 13 de abril de 1986


sábado, 26 de novembro de 2011

São Conrado de Constance




26/11 - Era filho do Conde Henry de Altdorf e um membro da família Guelph. Educado e ordenado em Constance, Suíça ele foi eleito bispo em 934. Foi companheiro e conselheiro do Imperador Otto I (936-973).


Ele usou parte de sua fortuna pessoal para construir e renovar igrejas em sua Sé, e deu todo o restante para os pobres. Em 962 São Conrado acompanhou o Imperador Otto I a Itália e depois ele fez varias peregrinações a Terra Santa. Durante quase 42 anos como bispo, ele nunca se envolveu na política secular.


A lenda diz que quando o bispo de Syracuse o visitou, o bispo perguntou a Conrado se ele tinha algo para oferecer ao hospedes .Conrado respondeu que iria verificar na sua cela. Ele voltou com um bolo acabado de ser feito e que o bispo viu surpreso que se tratava de um milagre.



Conrado retribuiu a visita ao bispo e fez a ele uma confissão geral. Ao retornar foi rodeado de pássaros que cantavam e o escoltaram de volta a até sua casa. Outra lenda diz que ele estava para beber o cálice com o vinho já consagrado em sangue de Jesus quando um aranha caiu dentro do cálice. (na época considerava-se todas as aranhas como venenosas). Conrado por respeito, bebeu o conteúdo do cálice e nada sofreu. Diz a tradição que ele morreu em 975 ajoelhado e orando ante o crucifixo. Foi canonizado em 1123.


Na arte litúrgica da igreja ele é mostrado como um bispo ajoelhado junto ao um crucifixo ou segurado um cálice com uma aranha.



quinta-feira, 24 de novembro de 2011

Santo André Dung-Lac e companheiros



24/11 - A evangelização do Vietnã começou no século XVI, através de missionários europeus de diversas ordens e congregações religiosas. São quatro séculos de perseguições sangrentas que levaram ao martírio milhares de cristãos massacrados nas montanhas, florestas e em regiões insalubres. Enfim, em todos os lugares onde buscaram refúgio. Eram bispos, sacerdotes e leigos de diversas idades e condições sociais, na maioria pais e mães de família e alguns deles catequistas, seminaristas ou militares.



Hoje homenageamos um grupo de cento e dezessete mártires vietnamitas, beatificados no ano jubilar de 1900, pelo Papa Leão XIII. A maioria viveu e pregou entre os anos 1830 e 1870. Dentre eles muito se destacou o padre dominicano André Dung-Lac, tomado como exemplo maior dessas sementes da Igreja católica vietnamita.



Filho de pais muito pobres, que o confiaram desde pequeno à guarda de um catequista, ordenou-se sacerdote em 1823. Durante seu apostolado foi cura e missionário em diversas partes do país. Também foi salvo da prisão diversas vezes, graças a resgates pagos pelos fiéis, mas nunca concordou com esse patrocínio.



Uma citação sua mostra claramente o que pensava destes resgates: "Aqueles que morrem pela fé sobem ao céu. Ao contrário, nós que nos escondemos continuamente gastamos dinheiro para fugir dos perseguidores. Seria melhor deixar-nos prender e morrer". Finalmente, foi decapitado em 24 de novembro de 1839, em Hanói, Vietnã.



Passada esta fase tenebrosa, veio um período de calma que durou cerca de setenta anos. Os anos de paz permitiram à Igreja que se reorganizasse em numerosas dioceses que reuniam centenas de milhares de fiéis. Mas os martírios recomeçaram com a chegada do comunismo à região.



A partir de 1955, os chineses e os russos aniquilaram todas as instituições religiosas, dispersando os cristãos, prendendo, condenando e matando bispos, padres e fiéis, de maneira arrasadora. A única fuga possível era através de embarcações precárias que sucumbiam nas águas que poderiam significar a liberdade, mas que levavam invariavelmente à morte.



Entretanto o Evangelho de Cristo permaneceu no coração do povo vietnamita, pois, quanto mais perseguido maior se tornou seu fervor cristão, sabendo que o resultado seria um elevadíssimo número de mártires. O Papa João Paulo II em 1988 inscreveu esses heróis de Cristo no Livro dos Santos da Igreja, para serem comemorados juntos e como companheiros de Santo André Dung-lac, no dia de sua morte.



quarta-feira, 23 de novembro de 2011

São Clemente



Clemente foi o quarto papa da Igreja de Roma, ainda no século I. Vivia em Roma e foi contemporâneo de são João Evangelista, são Filipe e são Paulo; de Filipe era um dos colaboradores e do último, um discípulo. Paulo até citou-o em seus escritos. A antiga tradição cristã apresenta-o como filho do senador Faustino, da família Flávia, parente do imperador Domiciano. Mas foi o próprio Clemente que registrou sua história ao assumir o comando da Igreja, sabendo do perigo que o cargo representava para sua vida. Pois era uma época de muitas perseguições aos seguidores de Cristo.

Governou a Igreja por longo período, de 88 a 97, quando levou avante a evangelização firmemente centrada nos princípios da doutrina. Enfrentou as divisões internas que ocorriam. Foi considerado o autor da célebre carta anônima enviada aos coríntios, que não seguiam as orientações de Roma e pretendiam desligar-se do comando único da Igreja. Através da carta, Clemente I animou-os a perseverarem na fé e na caridade ensinada por Cristo, e participarem da união com a Igreja.

Restabeleceu o uso do crisma, seguindo a tradição de são Pedro, e instituiu o uso da expressão "amém" nos ritos religiosos. Com sua atuação séria e exemplar, converteu até Domitila, irmã do imperador Domiciano, também seu parente, fato que ajudou muito para amenizar a sangrenta perseguição aos cristãos. Graças a Domitila, muitos deixaram de sofrer ou, pelo menos, tiveram nela uma fonte de conforto e solidariedade.

Clemente I expandiu muito o cristianismo, assustando e preocupando o então imperador Nerva, que o exilou na Criméia. A essa altura, assumiu, como papa, Evaristo. Enquanto nas terras do exílio, Clemente I encontrou mais milhares de cristãos condenados aos trabalhos forçados nas minas de pedra. Passou a encorajá-los a perseverarem na fé e converteu muitos outros pagãos.

A notícia chegou ao novo imperador Trajano, que, irritado, primeiro ordenou que ele prestasse sacrifício aos deuses. Depois, como recebeu a recusa, mandou jogá-lo no mar Negro com uma âncora amarrada no pescoço. Tudo aconteceu no dia 23 de novembro do ano 101, como consta do Martirológio Romano.

O corpo do santo papa Clemente I, no ano 869, foi levado para Roma pelos irmãos missionários Cirilo e Metódio, também venerados pela Igreja, e entregue ao papa Adriano II. Em seguida, numa comovente solenidade, foi conduzido para o definitivo sepultamento na igreja dedicada a ele. Na cidade de Collelungo, nas ruínas da propriedade de Faustino, seu pai, foi construída uma igreja dedicada a são Clemente I. A sua celebração ocorre no dia da sua morte.



segunda-feira, 21 de novembro de 2011

Apresentação de Nossa Senhora no Templo



21/11 - Honramos no dia 21 de novembro a Apresentação de Nossa Senhora no Templo. Esta festa antiquíssima lembra que Nossa Senhora, então com 3 anos foi levada por seus pais São Joaquim e Santa Ana ao Templo, onde com outras meninas e piedosas mulheres foi instruida cuidadosamente a respeito da fé de seus pais e sobre seus deveres para com Deus.

Historicamente a origem desta festa foi a dedicação da Igreja de Santa Maria a Nova em Jerusalem, no ano de 543. Comemora-se no Oriente desde o século VI. Dela fala até o Imperador Miguel Comneno na Constituição de 1166.

Um nobre francês, chanceler na Corte do Rei de Chipre, tendo sido enviado a Avignon em 1372, na qualidade de Embaixador junto ao Papa Gregorio XI, contou-lhe a magnificência com que na Grecia era celebrada no dia 21 de novembro. O Papa então a intriduziu em Avignon e Sixto V a extendeu a toda a Igreja.


Fonte: www.fatima.com.br

domingo, 20 de novembro de 2011

Santo Edmundo Rich



20/11 - Edmundo Rich nasceu em Abington, perto de Oxford. Nesta cidade fez os seus estudos, seguindo depois para Paris onde os completou com sucesso e onde professou durante algum tempo ciências profanas.

Voltando para a sua Inglaterra natal, ensinou arte e matemática em Oxford onde se converteu, e ali foi depois ordenado sacerdote, continuado agora a professar, não ciências profanas, mas teologia.

Em 1222 foi nomeado tesoureiro da Catedral de Salisbúria, vindo a ser, 12 anos mais tarde — enquanto pregava uma cruzada decidida pelo Papa Gregório IX —, em 1234, nomeado arcebispo de Cantuária onde batalhou com grande ardor pela disciplina e justiça.

Edmundo Rich era um pregador eloquente, um teólogo eminente e um conselheiro procurado por muitos dos seus contemporâneos, o que o levou a tornar-se também o conselheiro do Rei Henrique III (1216-1272). Mais tarde presidiu a ratificação por Henrique III da Carta Magna em 1237. Mas quando o Cardeal Olt se tornou o Legado Papal com a protecção de Henrique, Edmundo protestou.

Um desgastante e demorado feudo se fez entre o Rei e Edmundo e finalmente em 1240 ele abdicou de seu posto e da sua diocese. Foi para a França onde foi acolhido por S. Luís, rei de França e entrou no mosteiro Cisterciense de Pontivy, onde desejava repousar.

Ele morreu em Soissons no dia 16 de Novembro de 1240.

Foi canonizado em 1246.

No dia 27 de Maio de 1247, durante uma cerimónia à qual participaram S. Luís, seus irmãos e irmãs, assim como a mãe do rei, Branca de Castela, o seu túmulo foi aberto e procedeu-se ao reconhecimento dos seus restos mortais.



Fonte://alexandrinabalasar.free.fr

sábado, 19 de novembro de 2011

Santa Inês de Assis



19/11 - É impossível passar por este dia, dia de Santa Inês de Assis, sem sentir a alma inundada de alegria e de profunda comoção. Nasceu em Assis, em 1197. Irmã carnal de Santa Clara de Assis (três anos mais nova), Santa Inês chamava-se Catarina na casa paterna. Com quinze anos apenas, abandona a família, os amigos, as riquezas, o brasão nobre e o futuro brilhante..., e atira-se destemida à aventura divina.


Com quinze anos apenas!...


Se Clara foi a primeira Clarissa e a fundadora da nossa Ordem, Santa Inês foi o segundo elemento desta nossa Família Sagrada, sem dúvida a mais fiel discípula de Clara, a primeira jovem que teve a ousadia de trilhar os caminhos altos de Clara, no seguimento de Cristo pobre e crucificado.


Em Santa Inês encontramos uma vocação forte, combativa e perseverante; nela admiramos o perfil de uma mulher que tudo enfrentou, até ao fim, com uma fortaleza de carácter e uma firmeza de ânimo fora do vulgar; nela contemplamos o vigor evangélico de uma jovem que não recuou perante nada, para seguir a Cristo na total doação. Com quinze anos apenas dá-nos uma lição gloriosa de coragem, de ousadia e de amor, uma lição de maturidade e de heroísmo, uma lição única que ilumina o mundo e os séculos com a beleza incomparável do Evangelho de Cristo.


Conta Tomás de Celano, na Legenda de Santa Clara: «...Dezesseis dias depois da conversão de Clara, Catarina, inspirada pelo divino Espírito, dirigiu-se pressurosa para junto de sua irmã e comunicou-lhe o segredo da sua decisão: consagrar-se inteiramente ao Senhor. Abraçando-a com intensa alegria, Clara exclamou: “Dou graças ao Senhor, querida irmã, porque atendeu a minha oração a teu favor”.


À maravilhosa conversão seguiu-se uma não mesma maravilhosa defesa da mesma. Sucedeu que, enquanto as felizes irmãs seguiam as pegadas de Cristo na Igreja de Santo Ângelo de Panzo e Clara, já com mais experiência, iniciava a sua irmã e noviça, os familiares levantaram-se contra elas e começaram a persegui-las.


Quando se aperceberam de que Catarina tinha passado para o lado de Clara, juntaram-se doze homens no dia seguinte e, cheios de fúria, dirigiram-se para o local. Exteriormente fingiam uma visita pacífica, mas no seu íntimo tinham urdido um plano malvado. Tendo já antes perdido toda a esperança de demover Clara da sua decisão, dirigiram-se a Catarina e interpelaram-na: “O que vieste fazer a este lugar? Prepara-te depressa para regressar a casa conosco!”


Quando ela respondeu que de maneira nenhuma estava disposta a separar-se de sua irmã Clara, um dos cavaleiros precipitou-se para ela. Enfurecido e à força de socos e pontapés, tentou arrastá-la pelos cabelos, enquanto os outros a empurravam e lhe pegavam pelos braços. Vendo-se a jovem arrebatada das mãos do Senhor como presa de leões, gritou por socorro: “Querida irmã, ajuda-me e não permitas que me separem de Cristo Senhor”. Enquanto os salteadores arrastavam violentamente a jovem encosta acima, rasgando-lhe os vestidos e deixando atrás de si os cabelos arrancados, Clara, banhada em lágrimas, orava. Pedia que a irmã se mantivesse firme e constante e que nela o poder divino superasse a força dos homens.


De repente, aquele corpo caído no chão tornou-se tão pesado que o esforço daqueles homens não foi suficiente para o transportar para o outro lado dum riacho que ali passava. Mesmo com a ajuda de outros, que dos campos e vinhas acorreram ao local, não a conseguiram levantar do solo.


Quando, já cansados, desistiram do seu intento e não querendo aceitar a evidência do milagre, comentaram jocosamente: “Não admira que pese tanto, passou a noite toda a comer chumbo!”
Monaldo, tio paterno, desesperado e furioso, levantou os braços com a intenção de lhe acertar um soco brutal. Mas quando levantou a mão sentiu uma dor muito forte, que o incomodou durante muito tempo.


Depois de tanto sofrimento, Clara aproximou-se e pediu aos parentes que desistissem dos seus intentos e lhe confiassem Catarina que jazia ali morta. E, enquanto eles, mal humorados, se afastaram sem terem logrado os seus intentos, levantou-se Catarina cheia de alegria. Feliz por ter travado o primeiro combate pela cruz de Cristo, consagrou-se inteiramente ao serviço de Deus»

Tal é a têmpera desta clarissa, nobre de sangue e de vida, irmã mais nova de Clara. Em memória de Santa Inês, virgem e mártir, que aos doze anos de idade derramou o seu sangue por amor de Cristo, Francisco muda o nome da jovem Catarina de Offredúccio para Inês.


Para Inês de Assis o nome diz tudo. Com alegria e amor imensos abraçou prontamente a Pobreza, a Castidade, a Obediência e a Clausura, sendo um modelo evangélico para todos.


Quarenta e dois anos viveu ela, humilde, pobre, penitente e silenciosa na clausura. Uma vida totalmente entregue por amor a Cristo. Durante anos desempenhou o cargo de superiora no Mosteiro de Florença, mas partiu para a eternidade já no Mosteiro de S. Damião, em 1260, poucos dias depois da morte de sua irmã Santa Clara.