domingo, 31 de julho de 2011

São Justino de Jacobis



31/07 - Nasceu em 9 de outubro de 1800 em San Fele, Luciana, Itália.Foi educado em Nápoles e entrou para os Vicentinos com 18 anos. Foi ordenado em 1824. Destacou-se como notável pregador,especialmente junto à população rural. Ele ajudou a fundar uma casa Vicentina em Monopoli. Mais tarde foi Superior em Lecce.

Trabalhou com os doentes na epidemia de cólera de 1836/37 em Nápoles e milagrosamente não contraiu a doença. Indicado Vigário Apostólico em Adua, Etiópia em 1839, ele começou um trabalho missionário na África que consumiu toda a sua vida.

O povo era primeiramente composto de pagãos, islâmicos, cristãos Cópticos e estrangeiros que não recebiam bem qualquer autoridade, seja civil ou religiosa. Justino aprendeu a língua, viveu com o povo e trabalhou para melhorar as relações da Igreja em nível local.

Tentou que um dos seus monges fosse indicado pelo Vaticano como Patriarca da Igreja da Etiópia, mas não conseguiu. Retornou a Roma para consultas com o Papa, e tentou conseguir que alguns líderes religiosos etíopes voltassem para a Etiópia com ele, mas não conseguiu.

Em 1846 voltou à Etiópia e fundou um Colégio em Guala. Este trabalho e outros esforços missionários provocaram uma reação da Igreja da Etiópia e o catolicismo foi banido e o Bispo de Massawa foi forçado a fugir para Roma. Mesmo ameaçado de morte Justino ficou e tornou-se um missionário no movimento religioso subterrâneo que se seguiu e continuou cuidando dos convertidos.

Consagrado Bispo fugitivo de Massawa em 1848 foi dado a ele autoridade para administrar os sacramentos nos ritos etíopes. Em 1853 havia consagrado 20 padres, 5000 convertidos e reaberto o Colégio em Guala.

Em 1860 Kedaref Kassa tornou-se Rei da Etiópia com a apôio de Abuna Salame, Patriarca da Igreja da Etiópia. Em gratidão ele proibiu o catolicismo e Justino foi preso por vários meses. Ele teve que fazer uma marcha forçada até a área de Jhalai no sul da Eritréia, passando o resto de sua vida em trabalhos missionários ao longo do Mar Vermelho.

Ele é considerado o Apóstolo da África e o fundador das missões Abissinianas. O Beato Hebre Michael é um dos 12.000 convertidos por ele em sua época. Morreu em 31 de julho de 1860 de febre tropical numa pequena estrada lateral perto de Halai durante uma viagem missionária. Foi enterrado na Igreja de Hebo. Foi beatificado em 1939 pelo Papa Pio XII e canonizado em 26 de outubro de 1975 pelo Papa Paulo VI.


sábado, 30 de julho de 2011

São Leopoldo Mandic




30/07 - Leopoldo Mandic nasceu na Dalmácia, atual Croácia, em 12 de maio de 1866. Os pais, católicos fervorosos, batizaram-no com o nome de Bogdan, que significa "dado por Deus". Desde pequeno apresentou como características a constituição física débil e o caráter forte e determinado. O mais novo de uma família numerosa, completou seus estudos primários na aldeia natal.

Nessa época, a região da Dalmácia vivia um ambiente social e religioso marcado por profundas divisões entre católicos e ortodoxos. Essa situação incomodava o espírito católico do pequeno Bogdan, que decidiu dedicar sua vida à reconciliação dos cristãos Orientais com Roma.

Aos dezesseis anos, ingressou na Ordem de São Francisco de Assis, em Udine, Itália, adotando o nome de Leopoldo. Foi ordenado sacerdote em Veneza, onde concluiu todos os estudos em 1890. Sua determinação era ser um missionário no Oriente e promover a unificação dos cristãos. Viajou duas vezes para lá, mas não em missão definitiva.

Leopoldo foi destinado aos serviços pastorais nos conventos capuchinhos por causa da saúde precária. Ele era franzino, tinha apenas um metro e quarenta de altura e uma doença nos ossos. Com grande espírito de fé, submeteu-se à obediência de seus superiores. Iniciou, assim, o ministério do confessionário, que exerceu até a sua morte. No início, em diversos conventos do norte da Itália e, depois, em Pádua, onde se tornou "o gigante do confessionário".

A cidade de Pádua é famosa por ser um centro de numerosas peregrinações. É em sua basílica que repousam os restos mortais de santo Antônio. Leopoldo dedicava quase doze horas por dia ao ministério da confissão. Para os penitentes, suas palavras eram uma fonte de perdão, luz e conforto, que os mantinham na fidelidade e amor a Cristo. Sua fama correu, e todos o solicitavam como confessor.

Foi quando ele percebeu que o seu Oriente era em Pádua. E fez todo o seu apostolado ali, fechado num cubículo de madeira, durante trinta e três anos seguidos, sem tirar um só dia de férias ou de descanso. Pequenino e frágil, com artrite nas mãos e joelhos, e com câncer no esôfago, ofereceu toda a sua agonia alegremente a Deus.

Frei Leopoldo Mandic morreu no dia 30 de julho de 1942, em Pádua. O seu funeral provocou um forte apelo popular e a fama de sua santidade espalhou-se, sendo beatificado em 1976. O papa João Paulo II incluiu-o no catálogo dos santos em 1983, declarando-o herói do confessionário e "apóstolo da união dos cristãos", um modelo para os que se dedicam ao ministério da reconciliação.



quinta-feira, 28 de julho de 2011

Santo Inocêncio I



28/07 - Inocêncio I era italiano, nasceu em Albano, uma província romana do Lazio. Ele foi eleito no ano 401, governou a Igreja por dezesseis anos, num período dos mais difíceis para o Cristianismo. A sua primeira atividade pastoral foi uma intervenção direta no Oriente, exortando a população de Constantinopla a seguir as orientações do seu Bispo, São João Crisostomo e assim viver em paz.

Mas, um dos maiores traumas de seu pontificado foi a invasão e o saque de Roma, cometidos pelos bárbaros godos, liderados por Alarico. Roma estava cercada por eles desde o ano 408 e só não tinha sido invadida graças às intervenções do Papa junto a Alarico. Pressionado pelo invasor, e tentando salvar a vida dos cidadãos romanos, Inocêncio viajou até a diocese de Ravena, onde se escondia o medroso imperador Honório.

O Papa tentava, há muito tempo, convence-lo a negociar e conceder alguns poderes especiais a Alarico, para evitar o pior, que ele saqueasse a cidade e matasse a população. Não conseguiu e o saque teve início. Foram três dias de roubo, devastação e destruição. Os bárbaros respeitaram apenas as igrejas, por causa dos anos de contato e mediação com o Papa Inocêncio I. Mesmo assim a invasão foi tão terrível que seria comentada e lamentada depois, por Santo Agostinho e São Jerônimo.

Apesar de enfrentar inúmeras dificuldades, conseguiu manter a disciplina e tomou decisões litúrgicas que perduram até hoje. Elas se encontram na inúmera correspondência deixada pelo Papa Inocêncio I. Aliás, com essas cartas se formou o primeiro núcleo das coleções canônicas, que faz parte do magistério ordinário dos pontífices, alvo de estudos ainda nos nossos dias.

Também foi ele que estabeleceu a uniformidade que as várias Igrejas devem ter com a doutrina apostólica romana. Além disto, estratificou em forma e conteúdo a doutrina dos Sacramentos da penitência, da unção aos enfermos, do batismo e do casamento. Durante o seu pontificado se difundia a heresia pelagiana, condenada no ano 416 pelos Concílios regionais de Melevi e de Cartago convocados por iniciativa de Santo Agostinho e com aprovação do Papa Inocêncio I, que formalmente sentenciou Pelágio e seu discípulo Celestio.

O Papa Inocêncio I morreu no dia 28 de julho de 417, sendo sepultado no cemitério de Ponciano, na Via Portuense, em Roma.


quarta-feira, 27 de julho de 2011

São Celestino I



27/07 - O Papa Celestino I eleito em 10 de setembro de 422, nasceu na Campânia, no sul da Itália. Considerado um governante de atitude, foi também um pioneiro em muitos aspectos. Enfrentou as graves questões da época de tal maneira, que passou para a História, embora o seu mandato tenha durado apenas uma década.

Era um período de reconstrução para Roma, que fora quase destruída pela invasão dos bárbaros, liderados por Alarico. O Papa Clementino I participou ativamente restaurando numerosas Basílicas, entre elas a de Santa Maria em Trastevere, a primeira dedicada à Nossa Senhora, e construiu a de Santa Sabina. Além disto, entendia que o Papa tinha o direito de responder pessoalmente a correspondência enviada pelos cristãos leigos e não apenas das autoridades e dos clérigos. E ele o exerceu, através de suas Cartas, as quais chamava de Decretais, e que se tornaram a semente do Direito Canônico. Também foi vigoroso o intercâmbio de correspondência que manteve com seu amigo e contemporâneo, Santo Agostinho, o Bispo de Hipona, do qual foi ferrenho defensor.

Foi ele o primeiro a determinar que os Bispos não deveriam nunca negar a absolvição a alguém que estivesse morrendo. Também proibiu que os Bispos vestissem cintos e mantos como os monges. Combateu as heresias, ajudou a esclarecer dúvidas doutrinais e combateu os abusos que se instalavam nas sedes episcopais. Seus atos pareciam acertar todo alvo escolhido. Enviou São Patrício à Irlanda e São Paladio à Escócia e, como se sabe, ambos se tornaram histórica e espiritualmente ligados a esses países para todo o sempre.

Outro evento importantíssimo realizado sob sua direção foi o Concílio de Éfeso, em 431. A importância deste Concílio, o segundo realizado pela Igreja e do qual participaram apenas cento e sessenta bispos, foi nele que se confirmou o dogma de Maria como "Mãe de Deus" e não apenas "mãe do homem", como pregava o arcebispo de Constantinopla, Nestório. Ele defendia a tese de que Jesus não era Deus quando nasceu e, portanto, Maria era apenas a mãe do homem Jesus e não de Deus feito homem.

O Papa Celestino I, para acabar com a confusão que se generalizara no mundo cristão determinou que São Cirilo, Bispo de Alexandria dirigisse o Concílio, que iniciou a 22 de junho de 431. Ao seu final, foi restabelecida a verdade bíblica do nascimento do Cristo. O Papa enviou comunicados a todas as autoridades do mundo, não só explicando a decisão, mas informando a destituição e condenação do Bispo Nestório, que foi poupado da excomunhão.

Este foi seu último documento oficial expedido na data de 15 de março de 432 que fechou com chave de ouro seu pontificado, pois, morreria alguns meses depois, em 27 de julho. São Celestino I, foi sepultado numa capela do cemitério de Priscila. Em 817 suas relíquias foram colocadas na Basílica de Santa Praxedes e uma parte delas enviadas para a Catedral de Mantova.


terça-feira, 26 de julho de 2011

São Jorge Preca



26/05 - Jorge Preca nasceu em Valeta, na ilha de Malta, no dia 12 de fevereiro de 1880, filho de pais cristãos fervorosos. Logo depois de concluir os estudos básicos, sentindo o chamado para a vida religiosa, ingressou no seminário. Quando ainda era diácono, ficou gravemente doente, sem esperança de recuperação, mas, pela intercessão de são José, melhorou e recebeu a ordenação sacerdotal em 1906.

No ano seguinte, o jovem padre fundou a Sociedade da Doutrina Cristã, para a formação religiosa de jovens, orientados a instruir outros. Tomou como lema desta associação as letras M.U.S.E.U.M., abreviação da frase latina Magister Utinam Sequator Evangelium Universus Mundus! que significa: "Mestre, que o mundo inteiro siga o Evangelho!"

O fato de levar a Bíblia e a teologia ao alcance da população era realmente revolucionário. Mais fascinante ainda era o sonho de Jorge em formar leigos, homens e mulheres, para mandá-los proclamar a Palavra de Deus em todos os lugares. Para conseguir isso, inovou outra vez, pois era ele próprio que ensinava e escrevia em maltese, a língua popular, para todos entenderem corretamente. Foram cerca de 150 publicações, entre livros e panfletos. Em 1910, criou a seção feminina e a dos leigos para a Sociedade da Doutrina Cristã, concluindo, assim, as metas do seu ideal.

Nesta época, as escolas do governo eram poucas e a presença dos alunos não era obrigatória. Assim o surgimento das escolas da Sociedade da Doutrina Cristã nas paróquias deu-se com a rapidez de um rastilho de pólvora. Todos os dias, crianças, jovens e adultos iam, espontaneamente, às escolas dos catequistas de padre Jorge, onde eram alfabetizados dentro dos princípios cristãos. A Sociedade da Doutrina Cristã teve a aprovação oficial da Igreja em 1932.

Jorge também se destacou como apóstolo do Evangelho. Seus livros de orações foram numerosos. O pensamento central de sua espiritualidade foi Cristo Jesus, o Verbo encarnado. Tornou-se, ainda, um confessor muito procurado por causa de suas palavras consoladoras.

Ele havia professado na Ordem Terceira do Carmo em 1919, tomando o nome de frei Franco, e permaneceu filiado à Ordem do Carmo até 1952. Devoto fervoroso e pregador entusiasmado de Nossa Senhora do Carmo, ele colocava o escapulário da Virgem do Carmo em todos os seus catequistas e nas crianças das escolas paroquianas.

Morreu aos oitenta e dois anos, no dia 26 de julho de 1962, em Santa Venera, na ilha de Malta. A sua obra está presente na Austrália, Sudão, Quênia, Inglaterra, Albânia e Peru. Jorge Preca sempre foi fiel à Igreja, vivendo em intimidade e união com Deus, dedicando-se ao serviço dos mais pobres.

Foi beatificado por João Paulo II em sua visita pastoral a Malta em 2001, teve sua festa designada para o dia de sua morte.

Bento XVI, 3 de junho de 2007, preside a canonização do novo santo. "Um amigo de Jesus e testemunha da santidade que vem dEle": assim o Papa descreveu Jorge Preca, ao proclamá-lo santo.


segunda-feira, 25 de julho de 2011

São Cristóvão



25/07 - Viveu em 251 DC e é o patrono dos viajantes e é um dos "Quatorze Santos Ajudantes" que apareceram para Santa Joana D'Arc. Um mártir, São Cristóvão chamado Kester morreu em Lycia, na Ásia Menor (atualmente Turquia).



Diz a tradição que ele era um homem muito forte que ajudava as pessoas a cruzarem o rio. Um dia um menino pediu para ajuda-lo e São Cristóvão colocou-o nos ombros e começou a atravessar o rio. A cada passo a criança ficava mais pesada e São Cristóvão se esforçava ao máximo para salvar o menino. São Cristovão disse a criança que estava muito difícil e que parecia estar carregando o mundo! E a criança respondeu:" Não fique surpreso! Você está carregando o mundo, voce carrega o criador do mundo nos ombros! O menino era Jesus!



Por isso São Cristovão é invocado por todos antes de fazerem uma jornada. Raramente se vê um taxi ou onibus sem a medalhinha de São Cristovão em alguns lugar do painel.

Christopher significa "carregador de Cristo". (Christo-phoros).


As sua relíquias estão em Roma e Paris. Ele é invocado contra acidentes.


Em algumas cidades é costume os motoristas levarem seus veículos para serem bentos no dia 25 de julho na igreja de São Cristóvão.


Existe uma tradição antiga, que diz que quem olhasse a imagem de São Cristovão, passaria aquele dia sem qualquer dano.


domingo, 24 de julho de 2011

Santa Luisa de Sabóia




24/07 - "Em 24 de julho, em Orbe, na Sabóia, a beata Luísa, viúva, da ordem segunda de S. Francisco (clarissa). Se ilustre era pela nobreza de linhagem, mais ilustre se tornou pela santidade de vida. Seu culto foi confirmado pelo sumo pontífice Gregório XVI ( do martirológio franciscano). Efetivamente Ludovica (ou Luísa, em português) nasceu em 28-12-1462, filha do duque Amadeu IX de Sabóia e Iolanda de França. Em 1479 casou-se com Hugo de Châlon-Arlay, senhor de Château-Guyon.



Toda a sua vida, desde a juventude, na corte e depois como esposa, foi sempre marcada por uma grande austeridade e uma profunda piedade. Mas em 1490, com 11anos de casada, ficou viúva. Passados dois anos, retirou-se para o mosteiro das clarissas de Orbe (Vaud) doando à Igreja do mosteiro todos os seus bens. No claustro atingiu rapidamente o vértice das virtudes cristãs, decorrendo a sua vida na prática do exercício da oração, do silêncio e da pobreza mais austera, conforme a regra de Santa Clara. A irmã morte a alcançou no dia 24 de julho de 1503 nesse mosteiro.


Recordamos esta beata porque a sua família veio a reinar no Piemonte e Sardenhar e foi exatamente com a sua família que se deu a unificação da Itália em 1870. Aliás a família da casa de Sabóia sempre foi muito dedicada à Igreja, e entre as mulheres sempre houve grandes santas, algumas a caminho dos altares.


O famoso sudário de Turim também pertenceu à casa de Sabóia que governou a Itália até o final da segunda guerra mundial, quando foi proclamada a república. Ultimamente, o último rei da Itália, ao morrer, deixou o sudário de Turim para a Santa Sé. Como foi dito inicialmente canonizada, mas venerada desde a sua morte pelo povo.


O culto foi confirmado pela Santa Sé depois de muitos séculos e hoje ainda é comemorada na familia franciscana nas dioceses do antigo reinado do Piemonte e em Lausanha.