quinta-feira, 30 de junho de 2011

Santos Protomártires da Igreja de Roma



30/06 - Hoje nossa Igreja tem a celebração introduzida pelo novo calendário romano universal se refere aos Primeiros Mártires da Igreja de Roma, vítimas da perseguição de Nero, logo após o incêndio de Roma, acontecido no dia 19 de julho do ano 64. A culpa do incêndio de Roma recaiu sobre os cristãos, os quais foram cruelmente martirizados.

Naquele tempo em Roma, ao lado da comunidade judaica, vivia a pequena e pacífica comunidade dos cristãos. Sobre estes pouco conhecidos, circulavam notícias caluniosas. Nero descarregou sobre eles, condenando-os a cruéis sacrifícios, as acusações feitas a ele. Nero teve a responsabilidade de haver dado início à absurda hostilidade do povo romano, que na verdade era muito tolerante em matéria de religião, em relação aos cristãos: a ferocidade com a qual atingiu os presumíveis incendiários não encontra justificação nem só supremo interesse do império. A perseguição de Nero não se limitou àquele ano fatal de 64, mas se prolongou até 67.

Nos mais ilustres mártires no circo de Nero temos: o Príncipe dos Apóstolos, crucificado, onde surgiu a basílica de São Pedro, e o Apóstolo dos Gentios, São Paulo, decapitado nas Águas Salvianas e sepultado na via Ostiense.

Ao celebrarmos nesta festividade conjunta dos dois Apóstolos, o novo calendário deseja celebrar a memória dos numerosos mártires que não tiveram um lugar especial na liturgia. Deus, nosso Pai, os Santos são testemunhas da ressurreição de vosso Filho Jesus. Pela fé, mostra-nos que aqueles que crêem em vós viverão para sempre, porque sois um Deus vivo e para os vivos
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terça-feira, 28 de junho de 2011

Santa Vicência Gerosa



28/06 - Catarina Gerosa nasceu em 29 de outubro de 1784, em Lovere, no norte da Itália. Reservada e tímida, viveu um período da sua infância atrás do balcão do pequeno comércio da família. De saúde muito débil, não podia estudar. Modesta e caridosa, vivia uma espiritualidade simples, desenvolvida na missa, que freqüentava todos os dias.

Os anos seguintes à invasão napoleônica da Itália mudaram sua vida. A crise econômica levou à morte primeiro seu pai, depois sua irmã Francisca e, por último, em 1814, também sua mãe. Apesar da tragédia pessoal, com ânimo e fé inabalável, Gerosa aceitou tudo com resignação. Confiante em Deus, sofreu no silêncio do seu coração, encontrando forças na oração e na penitência.

Teve o grande amparo de seu confessor e orientador espiritual, que pediu ajuda a Gerosa nas atividades religiosas desenvolvidas pela paróquia às jovens carentes. Com zelo, ela organizou um oratório feminino com encontros de orações e palestras religiosas.

Foi lá que, em 1824, conheceu Bartolomeia Capitanio. Era uma jovem professora de dezesete anos, nascida também numa família humilde, em Lovere. Desde menina, pensava em dedicar-se a praticar a caridade aos pobres e aos doentes. Por isso se diplomou professora no colégio das clarissas de sua cidade natal.

Conheceram-se por meio do pároco, porque ele queria que Gerosa criasse alguns grupos de orações para jovens. Ele sabia que Bartolomeia havia criado uma escola para instruir e dar formação religiosa às meninas pobres e abandonadas. Lá, Gerosa daria orientação nas práticas das atividades domésticas. A escola tornou-se um centro de encontro para jovens e muitos grupos de orações também foram criados.

Estavam tão empenhadas em auxiliar os pobres e enfermos que foram chamadas para ajudar no hospital de Lovere. Na oportunidade, tiveram a inspiração de dar vida a uma comunidade religiosa feminina do tipo das irmãs de caridade vicentinas. A situação política, entretanto, era desfavorável, não permitia essa interdependência.

Com muita dificuldade, junto com a companheira, Gerosa fundou, em 1827, um novo instituto religioso regular, para dar assistência aos doentes, instrução gratuita às meninas abandonadas, fundar orfanatos e dar assistência à juventude. Foi chamado de Instituto das Irmãs de Maria Menina, com sede em Lovere e com as regras escritas por Bartolomeia. Para evitar objeções de caráter político, o instituto foi fundado autônomo. E assim independente ele permaneceu, cresceu e se difundiu nos anos subseqüentes.

Mas, em 1833, Bartolméia morreu, com apenas vinte e seis anos de idade. Gerosa continuou sozinha, recebendo, mais uma vez, o apoio e o estímulo de seu orientador espiritual. O instituto estabeleceu-se e recebeu aprovação canônica em 1840. Catarina Gerosa emitiu os votos, vestiu o hábito e tomou o nome de Vicência, sendo eleita madre superiora.

Morreu depois de uma longa doença, em 28 de junho de 1847, e foi sepultada ao lado da co-fundadora, no santuário da Casa-mãe, em Lovere. Atualmente, o Instituto das Irmãs da Caridade das Santas Bartolomeia Capitanio e Vicência Gerosa, ou Irmãs de Maria Menina, atua em toda a Europa, África, Ásia e nas Américas. Santa Vicência Gerosa é celebrada no dia de sua morte e foi canonizada pelo papa Pio XII em 1950.



Fonte: www.derradeiragracas.com

domingo, 26 de junho de 2011

São José Maria Escrivá Belaguer



26/06 - Nasceu em 9 de janeiro de 1902 em Barbastro, Espanha. Um dos seis filhos de José e Dolores Escrivá .Três dos seus irmãos morreram na infancia. Seu pai era um pequeno negociante e quando seu negocio faliu em 1915 a família mudou-se para Logrovo. Quando jovem José Maria viu as pegadas na neve deixadas por um monge descalço e aquele sinal o comoveu e acendeu o seu desejo de ser um religioso. Ele estudou para padre em Logrovo e Saragossa. Seu pai faleceu em 1924 e Jose Maria simultaneamente sustentava sua família enquanto estudava. Ordenado em Saragossa em 28 de março de 1925.

Indicado para uma paroquia rural e depois para Saragossa. Em 1927 foi para Madri estudar leis. Logo após um profundo retiro espiritual ele fundou a Opus Dei em 2 de outubro de 1928, a qual abriu um novo caminho para os devotos se santificarem no meio do ambiente mundano através de seus trabalhos e ainda cumprir seus deveres pessoais, familiares e sociais. Nos anos que se seguiram ele estudou na Universidade de Madri e ensinou para sustentar sua mãe e irmãos, e ainda pregando aos pobres e doentes, e trabalhando na Fundação Opus Dei.

Com a guerra civil e a perseguição religiosa na Espanha ele atendia as escondidas apenas aos paroquianos. Escapou através dos Pirineus para Burgos. No fim da guerra em 1939 ele voltou aos seus estudos em Madri e formou-se em Doutor em Leis.

Em 14 de fevereiro de 1943 ele fundou a Sociedade da Santa Cruz, unida com o Opus Dei e mudou-se para Roma em 1946. Conseguiu um doutorado em Teologia na Universidade Laterana.

Foi consultor em duas congregações do Vaticano. Membro honorário da Pontifícia Academia de Teologia e indicado prelado de honra pelo papa Pio XII.

Opus Dei recebeu a aprovação da Santa Sé em 16 de junho de 1950. José Maria viajava frequentemente pela Europa e America Latina para trabalhar para o crescimento da Opus Dei. Quando da sua morte a Opus Dei já tinha se espalhado pelos 5 continentes, com 60.000 membros de 80 nacionalidades, a maioria leigos.

Ele faleceu em 26 de junho de 1975 de causas naturais em seu escritório em Roma foi enterrado na Capela da Paz na Via Bruno Nuozii 75, em Roma, Itália.

Em 1976 uma freira Carmelita Conceição Boullon Rúbio estava para morrer quando, repentinamente ficou curada de lipomatosis após um membro da família orar a Deus através da intercessão de José Maria. Sua cura iniciou o seu processo de canonização em 19 de fevereiro de 1981. Em 9 de abril de 1990 o Papa João Paulo II declarou que ele tinha virtudes em um grau heróico. A cura da irmã Rúbio foi aprovada pela Câmara do Médicos da Congregação Para A Causa de Santos em 6 de julho de 1991. Em 20 de dezembro um segundo milagre atribuído a José Maria foi decretado pela Congregação e aprovado pelo Papa Joao Paulo II. Foi beatificado em 17de maio de 1992 e canonizado em 6 de outubro de 2002.



domingo, 19 de junho de 2011

Santa Juliana Falconieri



19/06 - Juliana nasceu em Florença no ano de 1270. Era filha única do já idoso casal Caríssimo e Ricordata, da riquíssima disnatia dos Falconieri. De grande tradição na aristocracia, bem como no clero, a família contribuiu ao longo do tempo com muitos santos venerados nos altares da Igreja. Ela era sobrinha de santo Aleixo Falconieri, um dos sete fundadores da Ordem dos Servos de Maria, e como ele também trilhou o caminho para a santidade.

Ainda criança, vivia com o coração dedicado às virtudes, longe das ambições terrenas e das vaidades. Junto com algumas amigas, em vez das brincadeiras típicas da idade, preferia cantar e rezar para o Menino Jesus e a Virgem Maria.

Aos quinze anos de idade, fez voto de castidade, ingressando na Ordem das Servitas, sob a orientação de Filipe Benício, hoje santo. Foi seguida por suas amigas aristocratas e, com o apoio de religiosas, passaram a visitar hospitais e a desenvolver dezenas de obras de caridade e assistenciais. Essas jovens se organizaram de tal forma que logo optaram por ter sua própria instituição. Com inspiração em regras escritas por Juliana, fundaram a Congregação das Servas de Maria, também chamadas de "Mantellate", numa referência ao hábito que vestem. Ordem que obteve a aprovação canônica em 1304.

A dedicação de Juliana foi tão radical ao trabalho junto aos pobres e doente, às orações contemplativas e às severas penitências que acabou por adoecer. Mesmo assim, continuou dormindo no chão e fazendo os jejuns a que se tinha proposto. Por isso os problemas estomacais surgiram, passaram a ser freqüentes e depois se tornaram crônicos, padecendo de fortes dores.

Apesar disso, não diminuiu as penitências, nem mesmo o trabalho com seus pobres e doentes abandonados. Aos setenta anos, o problema gástrico era tão grave que não conseguia manter nenhum alimento no estômago. Nem mesmo a hóstia.

No dia 10 de junho de 1341, poucos momentos antes de morrer, Juliana pediu ao sacerdote que colocasse uma hóstia sobre seu peito e, pronunciando as palavras: "Meu doce Jesus", ingressou no Reino de Deus.

Ao prepararem o corpo para ser sepultado, as irmãs constataram no seu peito uma mancha roxa, como se fosse uma hóstia impressa na sua carne, tendo no centro a imagem de Jesus crucificado. Em memória desse milagre, as irmãs "Mantellate" trazem sobre o lado esquerdo do escapulário a imagem de uma hóstia.

Canonizada em 1737 pelo papa Clemente XII, santa Juliana Falconieri é celebrada no dia de sua morte.



sábado, 18 de junho de 2011

São Gregório Barbarigo



18/06 - Gregório João Barbarigo nasceu em Veneza, no dia 16 de setembro de 1625, numa família rica da aristocracia italiana. Aos quatro anos de idade ficou órfão de mãe, sendo educado pelo pai que encaminhou os filhos no seguimento de Cristo. Foi tão bem sucedido que Gregório aos dezoito anos de idade era secretário do embaixador de Veneza.



Em 1648, acompanhou este embaixador à Alemanha para as negociações do Tratado de Vestefália, referente a guerra dos trinta anos. Nesta ocasião conheceu Fábio Chigi, o núncio apostólico, que o orientou nos estudos e o encaminhou para o sacerdócio.



Quando este núncio foi eleito Papa, com o nome de Alexandre VII, nomeou Gregório Barbarigo cônego de Pádua; em 1655, prelado da Casa Pontifícia e dois anos mais tarde foi consagrado Bispo de Bérgamo. Finalmente, em 1660, tormou-se cardeal.



O Papa sabia o que estava fazendo, pois as atividades apostólicas de Gregório Barbarigo marcaram profundamente a sua época. Dotou o seminário de Pádua com professores notáveis, provenientes não só da Itália mas também de outros países da Europa, aparelhando a instituição para o estudo das línguas orientais. E fundou uma imprensa poliglota, uma das melhores que a Itália já teve.



Pôde desenvolver plenamente seu trabalho pastoral, fundando escolas populares e instituições para o ensino da religião, para orientação de pais e educadores. Num período de peste, fez o máximo na dedicação ao próximo. Cuidou para estender a assistência à saúde, à mais de treze mil assistidos.



Gregório Barbarigo fundou ainda inúmeros seminários, que colocou sob as regras de São Carlos Borromeu e constituiu a Congregação dos Oblatos dos Santos Prosdócimo e Antonio. Foi um dos grandes pacificadores do seu tempo, intervindo pessoalmente nas graves disputas políticas de modo que permanecessem apenas no campo das idéias.



Depois de executar esta exuberante obra reformista, ele morreu em Pádua no dia 18 de junho de 1697. Foi canonizado por seu conterrâneo, o Papa João XXIII, em 1960, que, como afirmou no seu discurso nesta solenidade, elevou São Gregório João Barbarigo ao posto que ele merecia ocupar na Igreja.



sexta-feira, 17 de junho de 2011

São Ranieri de Pisa



17/06 - A cidade de Pisa era, nos séculos XI e XII, um importante pólo comercial marítimo da Itália, que contribuía também no combate aos piratas sarracenos. Assim, paralelamente, ao burburinho dos negócios, a vida mundana da corte era exuberante e tentadora, principalmente para os mais jovens.



Foi nessa época, no ano 1118, que Ranieri Scacceri nasceu em Pisa. Era filho único de Gandulfo e Emengarda, ambos de famílias tradicionais de nobres mercadores riquíssimos. A sua educação foi confiada ao bispo de Kinzica, para que recebesse boa formação religiosa e para os negócios. Porém Ranieri, mostrando forte inclinação artística, preferiu estudar lira e canto. E para desgosto dos pais e do bispo, seu tutor, ele se entregou à vida fútil e desregrada, apreciando as festas da corte onde se apresentava. Com isso, tornou-se uma figura popular e conhecida na cidade de Pisa.



Aos dezenove anos de idade, impressionado com a vida miserável dos pobres da cidade e percebendo a inutilidade de sua vida, decidiu mudar. Contribuiu para isso o encontro que teve com o eremita Alberto da Córsega, que o estimulou a voltar para a vida de valores cristãos e a serviço de Deus. Foi assim que Ranieri ingressou no Mosteiro de São Vito, em Pisa, apenas como irmão leigo.



Depois de viver, até os vinte e três anos de idade, recolhido como solitário, doou toda a sua fortuna aos pobres e necessitados e partiu em peregrinação à Terra Santa, onde permaneceu por quase quatorze anos. Viajou por todos os lugares santos de Jerusalém, Acre e outras cidades da Palestina, conduzindo a sua existência pelo caminho da santidade. Foi nessa ocasião que sua virtude taumatúrgica para com os pobres passou a manifestar-se. Vestido com roupas pobres, vivendo só de esmolas, Ranieri lia segredos nos corações, expulsava demônios, realizava curas e conversões.



Já com fama de santidade, em 1154 retornou a Pisa e ao Mosteiro de São Vito, mas sempre como irmão leigo. Em pouco tempo, tornou-se o apóstolo e diretor espiritual dos monges e dos habitantes da cidade. Segundo os registros da Igreja, os seus prodígios ocorriam por meio do pão e da água benzidos, os quais distribuía a todos os aflitos que o solicitavam, o que lhe valeu o apelido de "Ranieri d'água".



Depois de sete anos do seu regresso da longa peregrinação, Ranieri morreu no dia 17 de junho de 1161. E desde então os milagres continuaram a ocorrer por sua intercessão, por meio da água benzida com sua oração ou colocada sobre sua sepultura.



Canonizado pelo papa Alexandre III, são Ranieri de Pisa foi proclamado padroeiro dos viajantes e da cidade de Pisa. A catedral dessa cidade conserva suas relíquias, que são veneradas no dia de sua morte.



quinta-feira, 16 de junho de 2011

Santa Lutgarda



16/06 - Nasceu em Tongres - Holanda no ano de 1182. Morreu aos 64 anos de idade, no dia 16 de junho de 1246, no convento de Aswieres.



Uma das místicas mais notáveis dos séculos doze e treze. Aos doze anos foi recomendada às monjas beneditinas do convento de Santa Catarina. Teve a graça de compartilhar, misticamente, o sofrimento de Nosso Salvador, quando meditava sobre Sua Paixão; nessas ocasiões, apareciam sobre sua fronte pequenas gotas de sangue. Sentia como próprias as dores dos seres humanos.



Fazia doze anos que Lutgarda vivia na convento de Santa Catarina, quando sentiu chamada a prosseguir as regras mais estritas dos cistercienses. Decidiu entrar à casa do Cister em Aywieres. Deus lhe concedeu poderes para curar enfermidades, para profetizar e conhecer, o significado das Sagradas Escrituras.



Onze anos antes de morrer perdeu a visão, assumiu esta dor com alegria, entendendo-a como uma graça de Deus para desprendê-la mais do mundo visível. A Beata Maria de Oignies assegurava que nada havia tão eficaz para conseguir a conversão dos pecadores e a libertação das almas do purgatório, como as orações de Santa Lutgarda.



Faleceu a noite anterior à festa da Santíssima Trindade, precisamente quando começava o ofício noturno para o domingo.