terça-feira, 24 de agosto de 2010

São Bartolomeu


24/08 - Um dos 12 primeiros apóstolos de Cristo e nascido em Caná, a 14 quilômetros de Nazaré, na Galiléia, e que foi apresentado a Jesus pelo apóstolo e seu maior amigo Filipe, sob uma figueira.

Filho de Tholmai e também conhecido como Natanael, assim como Tomé, era um viajante e atuou em áreas como Índia, Armênia, Irã, Síria e por algum tempo na Grécia, com Filipe, especialmente na Frígia. Além dos evangelhos de João, Mateus, Marcos e Lucas, os Atos referem-se a ele como um dos Doze. Porém de suas atividades apostólicas não há notícias certas. Uma tradição diz que ele trazia consigo o Evangelho Herético de Matias, escrito em hebraico, e o perdeu.

As poucas anotações que restaram da era sub-apostólica e patrística indicam que este evangelho judeu era bastante diferente dos evangelhos gregos gentis de Mateus, Marcos, Lucas e João, assim como eram os tão chamados evangelhos judaico-cristãos heréticos dos Nazarenos, Ebionitas e Hebreus, dos quais só restaram fragmentos. Diferentemente dos evangelhos gentis, estas tradições consideravam o Espírito Santo como a Divina Mãe de Cristo e não adoravam Jesus como uma divindade, mas como um irmão mais velho e líder da comunidade dos santos de Deus Muitas de suas obras são conhecidas através de traduções como O Evangelho de Bartolomeu, Pregação de São Bartolomeu no Oásis e a Pregação de Santo André e São Bartolomeu.

Uma antiga tradição armênia afirma que ele foi para a Índia e lá pregou àquele povo a verdade do Senhor Jesus segundo o Evangelho de São Mateus. Depois que naquela região converteu muitos a Cristo, superando extremas dificuldades, passou para a Armênia Maior, onde converteu o rei Polímio, a sua esposa e muitos outros homens, em mais de doze cidades. Essas conversões, no entanto, provocaram uma enorme inveja dos sacerdotes locais, que, por meio do irmão do rei Polímio, conseguiram a ordem de tirar a sua pele e depois decapitá-lo.

Sua festa votiva é em 24 de agosto.

domingo, 22 de agosto de 2010

Nossa Senhora Rainha


22/08 - A festividade de hoje, paralela à de Cristo Rei, foi instituída por Pio XII em 1955. Era celebrada, até a recente reforma do calendário litúrgico, a 31 de maio, como coroação da singular devoção mariana do mês a ela dedicado. Para o dia 22 de agosto estava reservada a comemoração do Imaculado Coração de Maria, em cujo lugar entrou a festa de Maria Rainha para aproximar a realeza da Virgem à sua gloriosa Assunção ao céu. Este lugar de singularidade e de proeminência, ao lado de Cristo Rei, deriva-lhe dos vários títulos, ilustrados por Pio XII na carta encíclica À Rainha do Céu (11 de outubro de 1954): Mãe da Cabeça e dos membros do Corpo místico, augusta soberana e rainha da Igreja, que a torna participante não só da dignidade real de Jesus, mas também do seu influxo vital e santificador sobre os membros do Corpo místico.

O latim regina, como rex, deriva de regere, isto é reger, governar, dominar. Do ponto de vista humano é difícil atribuir a Maria a função de dominadora, ela que se proclamou a serva do Senhor e passou toda a sua vida no mais humilde escondimento. Lucas, nos Atos dos Apóstolos, coloca Maria no meio dos Onze, após a Ascensão, recolhida com eles em oração; mas não é ela que dá ordens, e sim Pedro. E todavia precisamente naquela circunstância ela constitui o vínculo que mantém unidos ao Ressuscitado aqueles homens ainda não robustecidos pelos dons do Espírito Santo. Maria é rainha porque é Mãe de Cristo, o Rei. É rainha porque excede todas as criaturas em santidade: “Ela encerra toda a bondade das criaturas”, diz Dante na Divina Comédia.

Todos os cristãos vêem e veneram nela a superabundante generosidade do amor divino, que a cumulou de todos os bens. Mas ela distribui real e maternalmente tudo o que recebeu do Rei, protege com o seu poder os filhos adquiridos em virtude da sua co-redenção, e os alegra com os seus dons, pois o rei determinou que toda graça passe por suas mãos de rainha. Por isso a Igreja convida os fiéis a invocá-la não só com o doce nome de mãe, mas também com aquele reverente de rainha, como no céu a saúdam com felicidade e amor os anjos, os patriarcas, os profetas, os apóstolos, os mártires, os confessores, as virgens. Maria foi coroada com o dúplice diadema de virgindade e de maternidade divina: “O Espírito Santo virá sobre ti, e o poder do Altíssimo vai te cobrir com a sua sombra; por isso o Santo que nascer será chamado Filho de Deus.”

sábado, 21 de agosto de 2010

Santa Humbelina


21/08 - Ela nasceu no castelo dos Fontaines de Dijon na França, filho de Tescelin Sorrel e Aleth de Montbard em 1092 e era irmã de São Bernardo Claraval, França. Casou-se e era socialmente popular. Humbelina visitava freqüentemente o seu irmão e acabou sendo convertida por ele. Ela se tornou uma ardorosa devota da Paixão de Cristo e desejava entrar para um mosteiro. Logo depois recebeu permissão do seu marido, Guy de Marcy, para viverem separados e ela entrou para o Monastério Beneditino em Jully-Les-Nonnais e algum tempo depois ela se tornou Abadessa do Mosteiro.

Dia a tradição que ela influenciou o irmão a escrever o “De Consideratione” que é considerado um tesouro de fé e várias de suas cartas demonstram uma extraordinária fé em Jesus e na Virgem Maria.

Diz ainda a tradição que ela curava certas doenças apenas com sua benção e oração, inclusive doenças contagiosas sem nunca contrair nenhuma delas.

Faleceu de causas naturais nos braços de seu irmão (São Bernardo Claraval, Doutor da Igreja) em 12 de fevereiro de 1135 e logo seu túmulo passou a ser local de peregrinação e vários milagres foram creditados a sua intercessão.

Foi canonizada em 1763. Sua festa é celebrada no dia 21 de agosto.

quinta-feira, 19 de agosto de 2010

São João Eudes


19/08 - João Eudes nasceu em 14 de novembro de 1601, na pequena vila de Ri, próxima de Argentan, no norte da França. Era o primogênito de Isaac e Marta que tiveram sete filhos. Cresceu num clima familiar profundamente religioso. Inicialmente estudou no Colégio Real de "Dumont" em Caen, dos padres jesuítas. Nos intervalos das aulas costumava ir à capela rezar, deixando as brincadeiras para o segundo plano. Na adolescência, por sua grande devoção à Maria, secretamente se consagrou à ela. Depois, sentindo sua vocação religiosa, foi aconselhado a terminar os estudos, antes de se ordenar sacerdote.

Em 1623, com o consentimento dos pais foi para Paris onde ingressou na Congregação do Oratório, sendo recebido pelo próprio fundador o cardeal Pedro de Bérulle. Dois anos depois recebeu sua ordenação dedicando-se integralmente à pregação entre o povo. Pleno do carisma dos oratorianos centrados no amor à Cristo e de sua especial devoção à Maria, passou ao ministério de pregação entre o povo. Visitou vilas e cidades de Ile de França, Bolonha, Bretanha e da sua própria região de origem, a Normandia.

Esta última, quando em 1627 estourou a epidemia da peste, João percorreu quase todas, principalmente as vilas mais distantes e esquecidas. Como sensível pregador, levou a Palavra de Cristo, dando assistência aos doentes e suas famílias. Nunca temeu o contágio. Costumava dizer em tom de brincadeira que de sua pele até a peste tinha medo. Mas temia pela integridade daqueles que viviam à sua volta, que ao seu contato, poderiam ser contagiados. Por isto não entrava em casa e à noite dormia dentro de um velho barril abandonado ao lado do paiol.

Inconformado com o contexto social que evoluía perigosamente, onde as elites dos intelectuais valorizavam a razão e desprezavam a fé. João Eudes, sabendo interpretar esses sinais dos tempos, fundou em 1643 a Congregação de Jesus e Maria com um grupo de sacerdotes de Caen que se uniram a ele. A missão dos eudianos é a formação espiritual e doutrinal dos padres e seminaristas e a pregação evangélica inserida às necessidades espirituais e materiais do povo. Além de difundir através destas missões a devoção dos Sagrados Corações de Jesus e Maria.

Seguindo este pensamento também fundou a Congregação Nossa Senhora da Caridade do Refúgio, para atender as jovens que de desviavam pelos caminhos da vida e as crianças abandonadas. Esta Ordem deu origem, no século XIX à Congregação de Nossa Senhora da Caridade do Bom Pastos, conhecidas como as Irmãs do Bom Pastor. Com os seus missionários, João dedicou-se à pregação de missões populares, num ritmo de trabalho simplesmente espantoso. As regiões atingidas pelo esforço dos seus missionários foram aquelas que mais resistiram ao vendaval anti-religioso da Revolução Francesa.

Coube a João Eudes a glória de ter sido o precursor do culto da devoção dos Sagrados Corações de Jesus e de Maria. Para isto ele próprio compôs missas e ofícios, festejando pela primeira vez com um culto litúrgico do Coração de Maria em 1648, e do Coração de Jesus em 1672. Hoje estas venerações fazem parte do Calendário da Igreja. Morreu em Caen, norte da França, no dia 19 de agosto de 1680, deixando uma obra escrita de grande valor teológico pela clareza e profundidade. Foi canonizado pelo Papa Pio XII em 1925. A festa de São João Eudes se comemora no dia de sua morte.

domingo, 15 de agosto de 2010

Assunção de Nossa Senhora


15/08 - Nossa Igreja celebra hoje, Maria. Ela aparece pela última vez nos escritos do Novo Testamento no primeiro capítulo dos Atos dos Apóstolos: Ela está no meio dos apóstolos, em oração no cenáculo, aguardando a descida do Espírito Santo.

Proclamado como dogma de fé, ou seja, uma verdade doutrinal, pelo Papa Pio XII no ano de 1950, declarando que Maria não precisou aguardar, como as outras criaturas, o fim dos tempos para obter também a ressurreição corpórea, quis por em evidência o caráter único da sua santificação pessoal, pois o pecado nunca ofuscou, nem por um instante, o brilho de sua alma. A Imaculada Mãe de Deus, a sempre Virgem Maria, foi assunta em corpo e alma à glória celestial.

Esta celebração foi decretada no Oriente no século VII, com decreto do imperador bizantino Maurício. Neste mesmo século a festa da Dormitio (passagem para a outra vida), também foi introduzida em Roma pelo Papa oriental, Sérgio I. Passou-se então um século antes que o termo dormitio cedesse o lugar ao nome Assunção de Nossa Senhora aos Céus. Sendo assim, os santos que já têm a visão beatífica, estão de certo modo aguardando a plenitude final da redenção, que em Maria já se dera com singular graça da preservação do pecado.

quinta-feira, 12 de agosto de 2010

Santo Inocêncio XI


12/08 - O Beato Odescalchi nasceu em Como (norte da Itália) em 16-5-1611, de família nobre. Fez os estudos primários ou elementares em Como com Jesuítas, passando depois a Gênova, Roma e Nápoles. Era formado em direito civil e econômico. Pouco depois entrou na carreira eclesiática, recebendo apenas a tonsura. Inocêncio X, que muito o estimava pelas suas virtudes, o fez cardeal legado apostólico em Ferrara (administrador civel da região). Em 1650 foi nomeado bispo de Novara, quando recebeu a ordenação sacerdotal e a sagração epsicopal.

Como bispo foi muito zeloso, procurando imitar em todos S.Carlos Borromeu, cujas constituições sinodais seguir à risca. Depois foi chamado e retido em Roma pelos papas, por isso pediu renúncia da sua diocese, que não foi aceita. No conclave de 1676 não pôde se eximir de aceitar o peso do sumo pontificado, assumindo o nome de Inocêncio XI, em homenagem ao seu benfeitor Inocêncio X. Foi papa de 21-9-1676 até a data da sua morte em 12-8-1686. Está sepultado no Vaticano, na de S. Pedro.

O operoso pontificado de Inocêncio XI decorreu num período convulso. Expreendeu uma poderosa atividade diplomáica e de reforma postal. Piedosíssimo, detestou toda forma de negativismo. Vivia com seus bens próprios, e não à custa da Igreja. Era chamado de pai dos pobres, fama que já tinha desde dos tempos de sua administração civil em Ferrara. Mas foi muito firme em relação ao rei da França, Luís XIV, a quem se pôs tenazmente na questão das regalias das embaixadas. Exatamente por isso, por política, para não desagradar aos reis absolutos e não humilhar a França, o seu processo de beatificação esteve paralisado por quase dois séculos. Apenas em 1956, passandas os razões "políticas", pode ser canonizado por Pio XII.

quarta-feira, 11 de agosto de 2010

Santa Clara de Assis


11/08 - Clara nasceu em Assis, em 1193, da nobre família dos Offreducci. Teve duas irmãs, Catarina e Beatriz, e um irmão, Bosone. Sua mãe Ortolana, era cristã fervorosa, não é pois de se estranhar a profunda piedade de Clara, desde menina.

Nos domingos de 1211, Francisco pregou na Igreja de São Jorge e Clara foi ouvi-lo. Cada palavra penetrava em sua alma e incendiava seu coração. Chegava o domingo de Ramos, escolhido por Francisco para a doação de Clara a Deus. Pe. Francisco lhe ordena que, no dia da festa, adornada e elegante, vá pegar a palma em meio à multidão e, na noite seguinte, converta a alegria mundana no pranto da paixão do Senhor.

Clara entrou na igreja e, ajoelhada diante do altar da Virgem Maria, consagrou-se a Deus, pelas mãos de Francisco, e em sinal de consagração, teve seus cabelos cortados. Tão logo foi informado do acontecido, seu pai reuniu os homens da casa, enviando-os ao convento, para trazer Clara de volta. Clara porém, não renunciou a sua decisão e, tirando o véu da cabeça, mostrou-lhes o cabelo para provar que não era mais Clara de Offreducci, mas Irmã Clara.

Ela ficou no convento beneditino onde foi acompanhada de sua irmã Catarina, que logo após passou-se a chamar Inês. Em 1215, Clara tornou-se superiora da comunidade, o Papa Inocêncio III deu a eles a regra da pobreza absoluta, e então Clara fundou a ordem das Clarissas Pobres.

Clara permaneceu por toda a vida fiel e coerente com a Regra que ela havia ditado. Não conhecia limites à caridade, ao serviço junto às irmãs, aceitando com alegria mesmo incumbência mais humildes. Considerava honra lavar os pés das externas, quando voltavam ao convento. Penitência e mortificação impõe a si mesma em medida tão dura que suscitava preocupação e advertências da parte de Francisco. A moderação recomenda às outras, não a si mesma.

Clara morreu, a 11 de agosto de 1253. O Pontífice, qua se achava em Assis, propôs celebrar o ofício das virgens e não o dos mortos, como demonstração de que considerava Clara já santa. A igreja converteu-se logo em santuário, meta de numerosíssimos fiéis, mesmo porque Clara começou logo a fazer milagres. O culto, assim, cresceu espontâneamente, enquanto se difundia a fama de curas prodigiosas. O início imediato do processo de canonização baseava-se em vasta e crescente devoção popular. Dois anos após sua morte (1255) Clara é declarada Santa.

Fonte: www.comunidade fraterna.com