quarta-feira, 19 de maio de 2010

São Pedro Celestino


19/05 - Pedro nasceu em 1215, na província de Isernia, Itália, de pais camponeses com muitos filhos. Segundo os escritos, decidiu que seria religioso aos seis anos de idade, quando revelou esse desejo à mãe. Cresceu estudando com os beneditinos de Faifoli. Assim que terminou os estudos, retirou-se para um local ermo, onde viveu por alguns anos.

Depois foi para Roma, recebendo o sacerdócio em 1239. Entrou para a Ordem beneditina e, com licença do abade, voltou para a vida de eremita. Assumiu, então, o nome de Pedro de Morrone, pois foi viver no sopé do morro do mesmo nome, onde levantou uma cela, vivendo de penitências e orações contemplativas.

Em 1251, fundou, com a colaboração de dois companheiros, um convento. Rapidamente, sob a direção de Pedro, o convento abrigava cada vez mais seguidores. Assim, ele fundou uma nova Ordem, mais tarde chamada "dos Celestinos", conseguindo, pessoalmente, a aprovação do papa Leão IX, em 1273.

Em 1292, morreu o papa Nicolau V e, após um conclave que durou dois anos, ainda não se tinha chegado a um consenso para sua sucessão. Nessa ocasião, receberam uma carta contendo uma dura reprovação por esse comportamento, pois a Igreja precisava logo de um chefe. A carta era de Pedro de Morrone e os cardeais decidiram que ele seria o novo papa, sendo eleito em 1294 com o nome de Celestino V. Entretanto, a sua escolha foi política e por pressão de Carlos II, rei de Nápoles. Com temperamento para a vida contemplativa e não para a de governança, o erro de estratégia logo foi percebido pelos cardeais.

Pedro Celestino exerceu o papado durante um período cheio de intrigas, crises e momentos difíceis. Reconhecendo-se deslocado, renunciou em favor do papa Bonifácio VIII, seu sucessor. Isso gerou nova crise, com o poder civil ameaçando não reconhecer nem a renúncia, nem o novo sumo pontífice. Para não gerar um cisma na Igreja, Pedro Celestino aceitou, humildemente, ficar prisioneiro no castelo Fumone. Ali permaneceu até sua morte.

Dez meses depois de seu confinamento, Pedro Celestino teve uma visão e ficou sabendo o dia de sua morte. Assim, recebeu os santos sacramentos e aguardou por ela, que chegou exatamente no dia e momento previstos: 19 de maio de 1296. Logo, talvez pelo desejo de uma reparação, a Igreja declarou santo o papa Pedro Celestino, já em 1313.

A Ordem dos Celestinos continuou se espalhando e crescendo, chegando a atingir, além da Itália, a França, a Alemanha e a Holanda. Mas, depois da Revolução Francesa, sobraram poucos conventos da Ordem na Europa.

São Crispim de Viterbo

19/05 - Seu nome de batismo era Pedro Fioretti, e nasceu em 13 de novembro de 1668 na cidade de Viterbo, na Itália. Órfão de pai em tenra idade, atuou como aprendiz de sapateiro, e aos 25 anos de idade decidiu ser religioso capuchinho.

Ao fazer os votos Pedro adotou o nome de Crispim, tendo passado por vários conventos por determinação dos superiores. Sua última moradia terrena foi o convento de Orvietto, onde passou quarenta anos: ali atuou como enfermeiro, cozinheiro, hortelão e esmoler.

Crispim era afável, alegre, e muito devoto da Mãe de Deus, mas consigo mesmo era muito exigente, não admitindo meios termos ao servir a Deus. Mesmo não tendo se aprofundado nos estudos, sendo um simples irmão leigo, era procurado por pessoas escoladas que buscavam conversas e conselhos, inclusive o próprio Sumo Pontífice (o Papa Clemente XI).

De temperamento jovial - o que considerava coerente com o ideal franciscano - sabia estimular o amor à virtude e consolar os sofredores, e para isso, com uma simplicidade edificante, entoava canções, compunha versos, e recitava poesias. Criticado em seu modo de ser por um irmão de ordem, respondia: "eu sou o arauto do grande Rei; deixai-me cantar como São Francisco; estes cantos farão bem ao espírito de quem me ouve".

Crispim partiu para a Casa do Pai em 19 de maio de 1750, aos 82 anos, e a notícia de seu falecimento mobilizou uma multidão de devotos que queriam ver o santo frade pela última vez, além de buscarem relíquias suas, ainda que pequenas. Beatificado em 1806, foi canonizado em 20 de junho de 1982 por ocasião de um capítulo geral da Ordem dos Frades Menores Capuchinhos.

terça-feira, 18 de maio de 2010

São Leonardo Murialdo


18/05 - Leonardo Murialdo nasceu na Itália, em 26 de outubro de 1828, e, aos cinco anos, já era órfão de pai. A família era abastada, numerosa, profundamente cristã e muito tradicional em Turim, sua cidade natal. Isso lhe garantiu uma boa formação acadêmica e religiosa. A mãe, sua primeira educadora, o enviou para Savona, para estudar no colégio dos padres Scolapi.
Na adolescência, atravessou uma séria crise de identidade, ficando indeciso entre ser um oficial do rei Carlos Alberto ou engenheiro. Mas a vida dos jovens pobres e órfãos, sem oportunidades e perspectivas, lhe trazia grandes angústias e desejava fazer algo por eles. Por isso Leonardo escolheu o caminho do sacerdócio e da caridade para aplacar essa grande inquietação de sua alma.

Com muito estudo, tornou-se doutor em teologia, em 1850, e depois foi ordenado sacerdote, em 1851. Seus primeiros anos de ministério se distinguiram pela dedicação à catequese das crianças e à criação de vários orfanatos dedicados aos jovens pobres da periferia, aos órfãos e abandonados. A sua mentalidade aberta e o trabalho voltado à juventude lhe trouxeram o convite para ser reitor do Colégio de Jovens Artesãos, o qual aceitou com amor. Na direção do colégio, Leonardo instaurou um clima de moralidade, harmonia, formação religiosa e disciplina familiar, apoiado por competentes colaboradores, leigos e religiosos.

Com essa política, assegurou a muitos jovens o acesso a uma adequada formação cristã, cultural e profissional. Ali, os jovens, assistidos de perto por Leonardo, ingressavam com a idade de oito anos e recebiam formação até os vinte e quatro anos, quando conseguiam um trabalho qualificado. O êxito da sua pedagogia do amor fez com que o pequeno colégio crescesse em tamanho e em expressão.

Surgiram, de várias partes da Itália, solicitações para a criação desses colégios de apoio à juventude. Nesse momento, Leonardo criou a Pia Sociedade Turinense de São José, mais conhecida como Congregação de São José, que se espalhou pela Europa, África e Américas. A entrega total a essa missão e as extenuantes horas de trabalho lhe custaram graves danos à saúde.

Em 30 de março de 1900, depois de várias crises de pneumonia, Leonardo morreu. Em 1970, foi canonizado pelo papa Paulo VI. A festa de são Leonardo Murialdo foi designada para o dia 18 de maio.

Fonte: www.paulinas.org.br

terça-feira, 11 de maio de 2010

Santo Afonso Navarro Oviedo


11/05 - Santo Afonso Navarro, era um sacerdote diocesano que teve sua vida comprometida com o Reino, com os pobres de Deus explorados, injustiçados e crucificados pelo poder constituído em El Salvador.
Sofreu um atentado no dia 13 de janeiro de 1977. Uma bomba explodira na garagem, destruindo completamente seu carro, tendo continuado a repressão, culminando com o assassinado de Pe. Rutilo Grande, no dia 12 de março. Mesmo com todos esses acontecimentos, Afonso Navarro continuou a denunciar.

No dia de seu assassinato, havia sido intimado a depor por causa de uma gravação feita por uma aluna, filha de militar graduado, não tendo sido nada comprovado, a não ser a sua luta sincera e evangélica pela justiça em favor do povo oprimido.

Santo Afonso Navarro Oviedo, foi assassinado por quatro homens armados, que invadiram sorrateiramente a casa paroquial e o crivaram de balas, juntamente com Luisito Torres, um jovem de 14 anos, testemunha do crime, no dia 11 de maio de 1977.

segunda-feira, 10 de maio de 2010

São João de Ávila


10/05 - Santo espanhol nascido em Almodóvar del Campo, próximo a Toledo, de espírito reformista e um do maior pregadores do seu tempo, conselheiro de bispos e nobres, diretor de almas, coluna da Igreja e um dos paladinos da Contra-Reforma católica no século XVI, considerado o pai espiritual de um grande número de santos na Espanha de sua época.

Descendentes de uma família de judeus convertidos e de boas posses, era filho único de Alonso de Ávila e Catarina Xixón, aos 14 anos entrou para a famosa Universidade de Salamanca para estudar Direito. Porém seu apego a fé em Jesus Cristo pesou mais fortemente e abandonou os estudos para voltar para casa.

Depois de três anos de profunda dedicação à religiosidade, dirigiu-se a famosa Universidade de Alcalá, com o objetivo de seguir o sacerdócio e estudou filosofia e teologia. Foi discípulo do renomado Domingos de Soto e recebeu sua ordenação.

Com a morte dos pais vendeu sua grande fortuna em heranças, distribuiu com os necessitados e passou a viver de esmolas. Dirigiu-se a Sevilha com o intuito de embarcar para as Índias, mas foi persuadido a permanecer na Espanha, onde deu início a sua brilhante carreira apostólica, que o tornaria conhecido como o grande Apóstolo da Andaluzia.

Autor e diretor espiritual cuja liderança religiosa a Espanha durante o século XVI, morreu em Montilla, de problemas renais. Foi beatificado (1894) e canonizado (1970) e seu dia de devoção é 10 de maio.

Fonte: www.dec.ufcg.edu.br

sexta-feira, 7 de maio de 2010

São Pacômo

A extraordinária vida dos eremitas, com suas mortificações às vezes excessivas e com aquele acúmulo e sobrecarga de abstinência, jejuns, vigílias seria na realidade a tradução prática do Evangelho? Sua solidão podia de fato esconder as insídias do orgulho. Para eliminar este perigo um monge egípcio do século IV, S. Pacômio, teve a idéia de uma nova forma de vida monástica: o cenobitismo ou vida comum, em que a disciplina e a autoridade substituíam a anarquia dos anacoretas.

Ele educou os seus discípulos na vida em comum, constituindo pouco distante das margens do Nilo a primeira “Koinonia”, uma comunidade cristã, nos moldes daquela fundada pelos apóstolos em Jerusalém, baseada na comunhão de oração, de trabalho e de refeição, e concretizada no serviço recíproco. O documento fundamental que regulava esta vida era a Sagrada Escritura, que o monge decorava e recitava-a em silêncio (ou em voz baixa) enquanto trabalhava em serviços manuais. Essa era também a principal forma de oração: um contato com Deus mediante o sacramento da Palavra.

São Pacômio nasceu no Alto Egito, no ano de 287, de pais pagãos. Engajado à força no exército imperial com a idade de vinte anos, acabou prisioneiro em Tebas com todos os recrutas. Protegidos pela escuridão, alguns cristãos levaram-lhes comida. O gesto dos desconhecidos comoveu Pacômio, que lhes perguntou quem os havia levado a fazer aquilo. “O Deus dos céus,” foi a resposta dos cristãos. Naquela noite Pacômio orou para o Deus dos cristãos pedindo que o livrasse das correntes, comprometendo-se em troca dedicar-lhe sua própria vida ao seu serviço. Obtida a liberdade, cumpriu a promessa agregando-se a uma comunidade cristã de um povoado do sul, o atual Kasr-es-Sayad, onde teve a instrução necessária ao batismo.

Durante algum tempo conduziu vida de asceta, dedicando-se ao serviço da gente do lugar, depois se submeteu à guia de um velho monge, Palamon, por sete anos. Durante um intervalo de solidão no deserto, uma voz misteriosa convidou-o a fixar sua morada naquele lugar, ao qual bem logo teriam vindo numerosos discípulos. Na época de sua morte os mosteiros masculinos já eram nove, mais um feminino. Ficou desconhecido o lugar da sepultura do santo, pois no seu leito de morte fez o discípulo Teodoro prometer que esconderia seu corpo para evitar que sobre o seu túmulo se construísse uma igreja, imitando o costume de se construir capelas sobre a sepultura dos mártires.

quinta-feira, 6 de maio de 2010

Beata Madre Rosa Gattorno


06/05 - Religiosa, fundadora do Instituto das Filhas de Santa Ana, nasceu em Génova (Itália), no dia 14 de Outubro de 1831. Em 1852, com a idade de 21 anos, contraiu matrimônio com Jerónimo Custo e transferiu-se para Marselha (França). Uma imprevista crise financeira perturbou a felicidade da nova família, obrigada a retornar a Génova. A sua primeira filha, Carlota, afetada de repentina enfermidade, ficou surda-muda para sempre; e apesar da alegria de outros dois filhos, ela foi novamente abalada com o falecimento do esposo, após seis anos de matrimônio, e com a morte do seu último filho. Estes acontecimentos marcaram a sua vida e levaram-na a uma mudança radical, a que ela chamara "a sua conversão", isto é, à entrega total ao Senhor. Orientada pelo seu confessor, emitiu de forma privada os votos perpétuos de castidade e obediência, precisamente na festa da Imaculada: 8 de Dezembro de 1858, e depois, como terciária franciscana, professou também o voto de pobreza. Viveu intimamente unida a Cristo, recebendo a Comunhão todos os dias, privilégio que naquele tempo era pouco comum. Em 1862 recebeu o dom dos estigmas ocultos, percebidos mais intensamente nas sextas-feiras.

Num clima de intensa oração, diante do Crucifixo, recebeu a inspiração de fundar uma Congregação religiosa: "Filhas de Santa Ana, Mãe de Maria Imaculada". Depois de a ter escutado durante longo tempo, o Papa Pio IX confirmou-a na sua missão de Fundadora. Vestiu o hábito religioso no dia 26 de Julho de 1867 e a 8 de Abril de 1870 emitiu a profissão, com outras doze religiosas.

Com esta fundação, realizou muitas obras de atendimento aos pobres e doentes, às pessoas sozinhas, anciãs e abandonadas; cuidou da assistência às crianças e às jovens, proporcionando-lhes uma instrução religiosa e adequada, a fim de as inserir no mundo do trabalho. Assim, foram abertas muitas escolas para a juventude pobre e a promoção humano-evangélica, segundo as necessidades mais urgentes da época.

Sofreu provas, humilhações, dificuldades e tribulações de todo o género, mas sempre confiou em Deus e, cada vez mais, atraía outras jovens para o seu apostolado. Assim, a Congregação difundiu-se rapidamente na Itália, Bolívia, Brasil, Chile, Peru, Eritreia, França e Espanha. Ana Rosa faleceu no dia 6 de Maio de 1900.

Fonte: www.gentilbittencourt.com.br