domingo, 14 de fevereiro de 2010

São Cirilo


14/02 - Cirilo era irmão de Metódio e nasceu na Macedónia em 826. Ainda jovem, foi levado a estudar em Constantinopla, capital do então Império Bizantino, onde se formou. Posteriormente leccionou filosofia e foi diplomata junto aos árabes. Como o irmão tornou-se monge e, em 861, foi igualmente enviado numa missão de conversão dos povos eslavos. Ambos souberam adaptar os rituais e ensinamentos cristãos à cultura e à língua eslavas, traduzindo para aquele idioma as Sagradas Escrituras e os textos litúrgicos e criando um alfabeto novo que ficou com o nome de alfabeto cirílico. Assim o povo podia rezar, cantar e ler tudo em sua própria língua. Na época, os textos sagrados só existiam em grego ou latim, não podiam ser traduzidos.

Tendo sido perseguidos, os dois irmãos foram chamados a Roma, onde conseguiram o apoio papal e a sua bênção para os livros que haviam traduzido. Cirilo seria sagrado bispo, mas chegou doente da missão, teve a doença agravada com a viagem e acabou por falecer, aos quarenta e dois anos de idade.

Com S. Metódio foi proclamado patronos da Europa, ao lado de São Bento, pelo Papa João Paulo II.
Fonte: evangelhoquotidiano.org

terça-feira, 2 de fevereiro de 2010

Festa da Apresentação do Senhor


02/02 - Quarenta dias após o nascimento, completados os dias da purificação de Maria, conforme prescrito nas Leis de Israel, o Menino Jesus foi apresentado no Templo para ser consagrado a Deus, manifestando a abertura de seu coração à vontade de Deus e à cultura do seu povo. A apresentação do Primogênito equivale a um ato de consagração ao Senhor acompanhado da oferta sacrificial de um par de rolas ou de pombinhos, a oferenda dos pobres.

«Maria, a Virgem Mãe, a primeira a ser verdadeiramente o Templo Santíssimo de Deus vivo, aquela que é toda pura e toda santa, sem necessidade cumpriu o ritual da purificação, levou o Primogênito de Deus ao templo para realizar o que foi prometido a Simeão» (São Basílio).

A Festa da Purificação e da Apresentação do Senhor no Templo é também conhecida como a «Festa da Candelária», devido à procissão de velas que é realizada neste dia, principalmente na Igreja de Jerusalém e nas de tradição eslava. Este rito das velas tem origem nas palavras de Simeão referindo-se ao Menino, «Luz que brilhará sobre todas as nações, e glória do teu povo, Israel»

terça-feira, 12 de janeiro de 2010

Santo Antonio Maria Pucci


12/01 - No batismo recebeu o nome de Eustáquio Pucci e nasceu em Pogiolo de Vernio, na região de Florença, Itália, no dia 16 de abril de 1819. De família católica praticante, teve seis irmãos e enfrentou a resistência destes para seguir a vida de religioso.

Entretanto, aos dezoito anos, ele ingressou no convento dos Servos de Maria da Santíssima Anunciação de Florença, apoiado por todos os familiares, onde mudou o nome para Antonio Maria. Em 1843 fez a profissão religiosa e depois de alguns meses foi ordenado sacerdote. Quatro anos depois foi enviado como vice-pároco para a nova paróquia de santo André, em Viarégio, confiada aos servitas e três anos depois se tornou o pároco, função que executou, durante quarenta e oito anos, até morrer.

Dedicou-se com zelo heróico à cura espiritual e material dos seus fiéis, que o chamavam afetuosamente de "o curador". Padre Antonio Maria enfrentou duas epidemias na cidade, tratando pessoalmente dos mais doente, pois tinha o dom da cura e do conselho. Os paroquianos respondiam com afeto a esta completa doação.

Ao mesmo tempo, durante vinte e quatro anos, foi o superior do seu convento em Viarégio, e por sete anos superior da Província toscana dos Servos de Maria. Antecipou a forma organizadora da Ação Católica, instituindo as Associações conforme a categoria dos seus paroquianos. Para os jovens: a Companhia de são Luiz e a congregação da Doutrina Cristã; para os homens, aperfeiçoou a já existente: Alma companhia da Santíssima Maria das Dores; para as mulheres: a congregação das Mães Cristãs.

Em 1853 fundou a congregação das Irmãs auxiliares Servas de Maria direcionadas para a educação dos adolescentes, e criou o primeiro orfanato mariano para as crianças doentes e pobres. Alem disto, introduziu outras Organizações já existentes, todas dedicadas às obras de caridade que atendiam os velhos, crianças, doentes e pobres.

Depois de socorrer um doente, numa noite fria e de tempestade, contraiu uma pneumonia fulminante, que o levou à morte em 12 de janeiro de 1892. Foi sepultado no cemitério da congregação, onde permaneceu até 1920, intercedendo e alcançando graças para seus devotos. As relíquias do "curador" padre Antonio Maria Pucci foram trasladadas, em 1920, para a igreja de Santo André, onde ele havia desenvolvido todo o seu ministério sacerdotal.

O papa João XXIII celebrou sua canonização em 1962, e elevou a igreja, que guarda a sua memória, a condição de basílica. Na cerimônia solene ele declarou Santo Antonio Maria Pucci "um exemplo fúlgido de vida religiosa e aplicada à pastoral das almas".

sexta-feira, 20 de novembro de 2009

São Félix de Valois


20/11 - Nascido em Paris em 1127, Félix era um príncipe da casa real de Valois da França. Tinha à sua disposição todas as regalias da Corte, mas possuía alma caridosa e despojada de vaidades. Desde a infância demonstrou sua vocação para o sacerdócio, pela precoce preocupação e cuidado que dispensava aos pobres e necessitados.

Possuidor de grande fortuna pessoal, dava aos pobres tudo o que podia e com freqüência se privava, também, do próprio alimento para socorrê-los. Na juventude, tomou a decisão de seguir o chamado de Cristo. Completou os estudos, recebeu a ordenação sacerdotal e renunciou a todos os direitos dos títulos de nobreza e às riquezas terrenas. Escolheu ser um monge eremita, pois ansiava a vida solitária e humilde, dedicado somente à religião.

Contudo, não conseguiu ficar sozinho por muito tempo. Deus tinha outros planos para ele.

Foi procurado pelo amigo João da Mata, doutor e sacerdote, que queria seguir o seu modo de viver a espiritualidade. Félix, que lhe conhecia a cultura e inteligência, aceitou-o como companheiro e não como discípulo. Foram três anos de aprendizado recíproco, onde se uniram a santidade de Félix e a inteligência e praticidade de João da Mata.

Aqueles eram os tempos das incursões dos piratas que aterrorizavam o mar Mediterrâneo, assaltando navios e a Europa, atacando e invadindo as cidades portuárias. Eram turcos muçulmanos, que se consideravam verdadeiros inimigos do cristianismo, por isso matavam, saqueavam e também prendiam os cristãos sobreviventes para que servissem como escravos.

Certo dia, Félix e João estavam caçando nos bosques de Cerfroi, onde estavam retirados, quando tiveram a mesma visão divina. Nela, Deus os chamava para lutar pela libertação dos cristãos que sofriam como escravos nas mãos dos muçulmanos através da fundação de uma Ordem religiosa com tal finalidade. Sem temer o perigo que a missão acarretaria, Félix e João iniciaram a Obra imediatamente. Foram para Roma exclusivamente para narrar ao papa Inocêncio III a visão e pedir autorização para criar a Ordem.

O papa, que, segundo consta, também tivera aquela visão, reconheceu os dois como os sacerdotes indicados pela Providência Divina. Assim, aprovou e apoiou a criação da Ordem da Santíssima Trindade para a Libertação dos Cristãos, ou "Padres Trinitários". O primeiro convento foi erguido em Cerfroi, local da visão original. Enquanto João cuidava da organização da Ordem e de suas atividades apostólicas, Félix trabalhava na formação espiritual dos membros, cujo número crescia sempre mais, atraídos pela santidade de Félix.

A luta foi árdua e dura, mas em pouco tempo recuperaram a liberdade e a condição social de muitos cristãos escravizados. Os padres chegavam a entregar-se como escravos para realizar plenamente o trabalho de resgate. Desse modo, cumpria-se a profecia de outra visão de Félix: a de que os padres da Ordem passariam por vexames, perseguições e maus-tratos para obtenção da liberdade e dignidade de cada um dos cristãos então escravizados.

Morreu no ano 1212, na Casa-mãe da Ordem, o primeiro convento fundado por ele, em Cerfroi. Beatificado em 1666, teve seu culto confirmado para toda a Igreja no final do século XVII. A celebração da memória de são Félix de Valois ocorre no dia 20 de novembro, data que seria a da sua morte.

terça-feira, 3 de novembro de 2009

Santo Huberto


03/11 - É no dia 3 e Novembro de cada ano que se celebra o dia de Santo Huberto. É o santo patrono dos caçadores. É ainda invocado pelos matilheiros, arqueiros, guardas florestais, matemáticos, fundidores, peleiros, para os cães, pelos bispos que tem que governar regiões muito problemáticas, pela cidade de Liége e ainda para curar as mordeduras de cães e a raiva.

Santo Huberto viveu no período medieval, entre 656 e 728. Era filho do Duque Bertrand da Aquitania e neto do rei Chariberto, de Toulouse.

Desde jovem que era adepto da caça e muito valente a lutar com as feras. Um dia, num bosque, o seu pai foi atacado por um urso furioso que o ia matar, mas o jovem Huberto chegou a tempo e arremeteu tão fortemente para a fera que esta teve que soltar o Duque Bertrand, assim salvando a sua vida.

Foi enviado para estudar no palácio do rei de Neustria (Bélgica) mas ele tinha fracos costumes e fugiu. Foi então para o palácio do Conde de Austrasia, o­nde recebeu uma boa educação e casou-se com uma filha do conde Dagoberto, Floribane, da qual teve um filho a que chamou Floriberto.

Huberto esqueceu os sábios conselhos da sua santa mãe e dedicou-se unicamente a festas e desportos, deixando de ir à missa. E uma certa Sexta-feira Santa, em vez de assistir às cerimónias religiosas, foi à caça.

Aconteceu então que, diz a lenda, perseguindo um veado em pleno bosque, ele se deteve repentinamente o que fez parar os cães e os cavalos. Entre os cornos do veado apareceu uma cruz luminosa e Huberto ouviu uma voz que lhe dizia: “Se não voltares para Deus cairás no Inferno”.

O jovem príncipe rapidamente foi procurar o Bispo S. Lambert, perante o qual pediu, de joelhos, perdão pelos seus pecados. O santo bispo concedeu-lhe o perdão e dedicou-se a instrui-lo esmeradamente na religião. Pouco tempo depois morria e esposa do príncipe que pode assim dedicar-se totalmente à vida espiritual. Renunciou ao direito de ser herdeiro do trono, repartiu os seus bens pelos pobres e foi ordenado sacerdote. Entrou então para o convento dos Padres Beneditinos e dedicou-se à oração, à leitura e meditação, enquanto se ocupava com trabalhos humildes como lavrador e pastor de ovelhas.

Desejava ir a Roma ver o túmulo dos Apóstolos S. Pedro e S. Paulo, e ouvir o Sumo Pontífice. E assim partiu, a pé, escalando montanhas cobertas de gelo e atravessando em pequenos barcos rios de caudais fortíssimos, até que conseguiu chegar, depois de mil perigos, à Cidade Eterna.

Estando um belo dia numa igreja de Roma, orando devotamente, quando foi mandado chamar pelo Sumo Pontífice Sérgio. Este contou-lhe que o bispo Lambert tinha sido assassinado pelos inimigos da fé e que era de opinião que a melhor pessoa para substituir o bispo morto era ele, o monge Huberto. Apesar do medo em aceitar tal cargo, uma visão sobrenatural convenceu-o que devia aceitar, tendo sido consagrado bispo da igreja católica.

Santo Huberto foi bispo de Tongres, de Maestricht e de Liège, Bélgica.

O território que competiu governar a S. Huberto era povoado por gentes que adoravam ídolos e eram muito cruéis. Ele percorreu todas as regiões ensinado a verdadeira religião e afastando das gentes as falsa crenças e as maléficas superstições.

Deus concedeu-lhe o dom de fazer milagres. Os que tinham maus espíritos, ao encontrarem-se com o santo recuperavam a paz, sendo abandonados pelos maus espíritos. Os que antes adoravam ídolos e deuses falsos, ao ouvi-lo falar tão harmoniosamente de Deus dos Céus, que fez a terra, e tudo quanto existe, exclamavam “Não nos haviam falado assim” e convertiam-se e faziam-se batizar.

Por rios tormentosos, cruzando selvas tenebrosas, fazendo viagens muito cansativas e percorrendo os campos em procissão, cantando e rezando, visitou todo o território da sua diocese, oferecendo os sacrifícios da sua viagem para a conversão dos pecadores, e Deus respondeu-lhe concedendo-lhe que milhares se convertessem à verdadeira fé.

Um dia viu a casinha de uma mulher pobre em chamas. Pôs-se a rezar com toda a sua fé e o incêndio apagou-se milagrosamente.

Construiu um templo a S. Lamberto, o santo bispo assassinado, e para lá levou as relíquias do mártir (ao abrir-se o túmulo, depois de vários anos, o corpo estava incorrupto, como se tivesse sido acabado de sepultar). À passagem do corpo do santo vários paralíticos ficaram sarados e começaram a andar e vários cegos recuperaram a vista.

Um dia, enquanto S. Huberto celebrava a missa, entrou na igreja um homem louco, que tinha sido mordido por um cachorro com hidrofobia (ou raiva). Toda a gente saiu a correr da praça, mas o santo deu uma bênção ao louco e este ficou instantaneamente sarado e saiu da praça gritando “Voltem tranquilos ao templo que o santo bispo me curou com a sua bênção”. Por isso muita gente invoca S. Huberto contra as mordeduras de cães raivosos.

Outro dia aproximou-se do mar e viu que uma terrível tempestade afundava uma barca cheia de pessoas, e que todos os passageiros caíam entre as o­ndas embravecidas. O santo ajoelhou-se e orou por eles e milagrosamente os náufragos saíram sãos e salvos. Por isso mesmo os marinheiros têm muita fé a S. Huberto.

No ano 727 Deus anunciou-lhe que estava prestes a morrer, pelo que ao terminar a missa deixou os seus fiéis. “Já não voltarei a a beber deste cálice entre vocês”. Pouco depois adoeceu e morreu santamente, deixando entre as gentes a recordação de uma vida dedicada totalmente ao bem dos demais.

Santo Huberto morreu no dia 30 de Maio de 727.

Santo Huberto foi canonizado em 743.O seu corpo foi exumado da igreja de S. Pedro, em Liége, em 825; embora morto há muitos anos o seu corpo estava em bom estado, provando a sua santidade a todos os que o viram.

quinta-feira, 22 de outubro de 2009

São Donato


22/10 - Donato, filho de nobres cristão, nasceu na Irlanda nos últimos anos do século VIII. Desde criança foi educado na fé católica. Iniciou os estudos religiosos e, devido ao rápido e bom progresso, desejou aperfeiçoar-se.

Mais tarde, abandonou a família e a pátria, seguindo em peregrinação por várias regiões até chegar em Roma, onde se tornou sacerdote em 816. Na volta para a Irlanda, parou na cidade de Fiesole, quando o clero e a população procuravam eleger um novo bispo.

Movidos pela divina inspiração, decidiram escolher aquele desconhecido peregrino. A tradição conta que, quando Donato entrou na igreja, os sinos tocaram e os círios acenderam-se, sem que alguém tivesse contribuído para isso. No início, relutou em aceitar, mas depois se dobrou ao desejo de todos.

Era o ano 829. Existem muitos registros sobre o seu governo pastoral em Fiesole, que durou cerca de quarenta anos. Combateu com sucesso os usurpadores dos bens da Igreja. Em 866, viajou para encontrar-se com o imperador Lotário II, e conseguiu confirmar as doações dos bens concedidos pelo seu predecessor, Alexandre, e outros vários direitos. Teve uma boa relação com os soberanos daquela época, os quais acompanhava nas empreitadas e nas viagens.

Escritos relatam que Donato foi professor, trabalhou para os reis franceses, participou de expedições com os imperadores italianos e chefiou uma campanha contra os invasores árabes muçulmanos na Itália meridional.

Em 850, o bispo Donato esteve em Roma, participando da coroação do imperador Ludovico, feita pelo papa Leão IV. Naquela ocasião, foi convidado a participar, junto com o pontífice e o imperador, do julgamento de uma velha questão pendente entre os bispos de Arezzo e de Siena, resolvida a favor do último.

Era um sacerdote muito instruído, sábio e prudente, por isso se preocupou com a instrução do clero e da juventude.

Escreveu diversas obras, das quais restou apenas um epitáfio, ditado para o seu jazigo, valoroso pelas informações autobiográficas; um credo poético, que recitou antes de morrer, e a "Lauda de Santa Brígida", padroeira da Irlanda.

Pensando nos peregrinos, principalmente nos irlandeses, com recursos próprios Donato construiu naquela diocese a igreja de Santa Brígida, o hospital e um albergue, todos ricamente decorados e bem aparelhados.

Depois, em 850, doou tudo para a abadia fundada por são Columbano de Bobbio.

Morreu em 877, na cidade de Fiesole, Itália. As suas relíquias foram sepultadas na antiga catedral, dedicada a são Rômulo, onde ficaram até o final de 1017, quando foram transferidas para a nova catedral, em uma capela a ele dedicada. A Igreja declarou-o santo e celebra-o no dia 22 de outubro.

A festa de são Donato espalhou-se por todo o mundo cristão, mas principalmente na Irlanda ele é muito homenageado.

Fonte: www.carmeloonline.com.br

sábado, 3 de outubro de 2009

São Dionísio Aeropagita


03/10 - Os cristãos sempre sofreram intensas perseguições, chacinas e saques durante o transcorrer dos séculos, principalmente no início da formação da Igreja. Tanto que muitos dos escritos foram queimados ou destruídos de outra forma.

Por isso a memória da Igreja, às vezes, tem dados insuficientes sobre a vida e a obra de santos e mártires do seu passado mais remoto. Para que essas poucas evidências não se perdessem, ela se valeu das fontes mais fiéis da literatura mundial, que nada mais são do que as próprias narrações das antigas tradições orais cristãs preservadas pela humanidade.

Interessante é o caso dos dois santos com o nome de Dionísio, venerados pelo cristianismo. A data de hoje é consagrada ao Areopagita, sendo o outro santo, o primeiro bispo de Paris, festejado no dia 9 deste mês.

O Dionísio homenageado foi convertido pelo apóstolo Paulo (At 17,34) durante a sua pregação aos gregos no Areópago, daí ter sido agregado ao seu nome o apelido de Areopagita.

O Areópago era o tribunal supremo de Atenas, na Grécia, onde eram decididas as leis e regras gerais de conduta do povo. Só pertenciam a ele cidadãos nascidos na cidade, com posses, cultura e prestígio na comunidade. Dionísio era um desses areopagitas.

Nascido na Grécia, no seio de uma nobre família pagã, estudou filosofia e astronomia em Atenas. Em seguida, foi para o Egito finalizar os estudos da matemática. Ao regressar a Atenas, foi nomeado juiz. Até ele chegou o apóstolo Paulo, quando acusado ante o tribunal em que se encontrava Dionísio.

Dionísio, ao assistir à eloqüente pregação de Paulo, foi o primeiro a converter-se. Por isso conseguiu para si inimigos poderosos entre a elite pagã que comandava a cidade. Foi então que são Paulo acolheu o areopagita entre seus primeiros discípulos.

Logo em seguida, Dionísio foi consagrado pelo próprio apóstolo como bispo de Atenas. Nessa condição, ele fez muitas viagens a terras estrangeiras, para pregar e aprender a cultura dos outros povos. Segundo se narra, nessas jornadas teria conhecido pessoalmente são Pedro, são Tiago, são Lucas e outros apóstolos. Além de os registros antigos fazerem referência sobre ele na dormição e Assunção da Virgem Maria, a mãe do Filho de Deus.

Em Atenas, seus opositores na política conseguiram sua condenação à morte pelo fogo, mas ele se salvou, viajando para encontrar-se com o papa em Roma. Depois, só temos a informação do Martirológio Romano, na qual consta que são Dionísio Areopagita morreu sob a perseguição contra os cristãos no ano 95.