terça-feira, 11 de junho de 2013

Santa Paula Frassinetti



11/06 - Paula Ângela Maria Frassinetti nasceu em 3 de março de 1809, na cidade de Gênova, Itália. Com a morte da sua mãe, seu pai e seus quatro irmãos assumem sua educação. Seu pai incutiu nos filhos um forte sentido cristão e todos seguiram a vida sacerdotal. O mais velho foi o fundador da Congregação dos Filhos de Maria Imaculada.

Paula tinha uma inteligência aguçada e uma preferência para o estudo da filosofia e da teologia. Em 1827, ela foi residir com seu irmão José, que era o pároco da aldeia de Quinto, perto de Gênova. Junto com ele, Paula apressou-se em fundar uma escola paroquial, iniciando uma ação fecunda de apostolado com um pequeno grupo de fiéis seguidoras. Depois, em 1834, com elas Paula fundou uma congregação religiosa, com o nome de Filhas da Santa Fé, com o propósito de "estar plenamente disponíveis nas mãos de Deus para evangelizar por meio da educação, com preferência pelos jovens e pelos mais pobres".

Em visita a Gênova, o sacerdote Luca de Passi, que criava na Itália comunidades apostólicas de Santa Dorotéia, convidou a congregação recém-fundada para executar os trabalhos de sua instituição. Paula aceitou e o antigo Instituto das Filhas da Santa Fé passou a ser chamado de Irmãs de Santa Dorotéia. Sucessivamente, foram abertos novos colégios pelas religiosas. Primeiro em Gênova, depois em Roma, sendo que o de Santo Onofre, instituído em 1844, em Roma, foi mais tarde escolhido para ser a Casa-mãe da instituição.

Inspirada nas regras de santo Inácio, fundador da Companhia de Jesus, dos célebres padres jesuítas, Paula elaborou os estatutos das Irmãs de Santa Dorotéia à semelhança das religiosas francesas do Sagrado Coração. Estabelecida em Roma com seu instituto, madre Paula foi recebida pela primeira vez pelo papa Gregório XVI, por quem foi abençoada, recebendo novo estímulo para sua obra.

Muito cedo a força de sua ação evangelizadora foi reconhecida e difundiu-se com a criação de novas casas por toda a Itália. Em 1866, chegou ao Brasil e logo depois a Portugal. Daí por diante se propagou por todos os continentes, com suas missionárias animadas por suas palavras, que ainda ecoam entre elas: "O Senhor as encha do seu Espírito e as converta em outras tantas chamas ardentes que, onde tocarem, acendam o fogo do amor de Deus".

No dia 11 de junho de 1882, aos setenta e três anos de idade, madre Paula morreu em Roma, sendo enterrada no cemitério de São Lourenço. Em 1903, quando da exumação do seu corpo, este foi encontrado intacto. Três anos depois, foi transferido para a capela da Casa-mãe do Instituto de Santo Onofre, em Roma.

Muitas foram as graças e milagres atribuídos à intercessão de madre Paula, e sua veneração tornou-se vigorosa entre os fiéis. Em 1930, foi beatificada pelo papa Pio XI. Depois, em 1984, Paula Frassinetti foi declarada santa pelo papa João Paulo II, durante uma comovente cerimônia solene em Roma.

Fonte: www.paulinas.org.br

segunda-feira, 10 de junho de 2013

Beato Eduardo Poppe


10/06 - Eduardo João Maria Poppe nasceu na cidade de Temsche, na Bélgica, no dia 18 de dezembro de 1890. Era o terceiro dos onze filhos de uma modesta família de trabalhadores.

Sua educação religiosa começou no seio da própria família, muito cristã. Depois foi estudar no colégio dos Irmãos da Caridade, onde completou o ensino básico.

Aos quinze anos, entrou para o seminário de São Nicolau, na diocese de Gand, destacando-se como exemplo de caridade e piedade. Foi durante o serviço militar, prestado em 1910, que Eduardo percebeu sua vocação religiosa.

Aos vinte e dois anos, ele ingressou no Seminário Filosófico Leão XIII, de Louvain. Durante a Primeira Guerra Mundial, foi convocado a servir o exército, servindo junto à Cruz Vermelha como enfermeiro, atendendo as ambulâncias que chegavam com os feridos.

Em 1915, foi transferido para Gand e, no ano seguinte, era ordenado sacerdote. Logo foi nomeado vigário da paróquia de Santa Colete, naquela diocese, iniciando seu ministério entre a população mais pobre, difundindo a devoção à eucaristia e à Virgem Maria.

Preocupado em preparar as crianças para a primeira comunhão, formou um grupo de jovens catequistas para dar ênfase à devoção eucarística. Logo esse trabalho tornou-se conhecido e instituído em outras paróquias da diocese. Assim, padre Eduardo elaborou e escreveu "O manual do catequista eucarístico", em 1917, idealizado segundo os decretos do papa são Pio X. Mas não criou apenas o "manual", ele instituiu a "Liga da Comunhão Freqüente", estendida aos operários também.

O seu apostolado foi interrompido em 1918, quando foi nomeado diretor do Convento das Irmãs de São Vicente de Paulo, em Moerzeke-lez-Termonde. Lá, continuou com sua preocupação em manter acesa a chama da fé cristã nos jovens catequistas, todos filhos de famílias socialistas e anticlericais. Por isso publicou um semanário intitulado "Zonneland", que significa "País do Sol", direcionado à "Cruzada Eucarística Pio X" de toda a Bélgica.

Mais tarde, os problemas de saúde agravaram-se. Padre Eduardo convivia desde a infância com uma doença congênita no coração. Por tal motivo foi obrigado a viver numa poltrona. E foi nesse período que ele escreveu sua extensa e notável bibliografia catequética com ênfase na eucaristia. Dela se destacaram as obras: "Direção espiritual dos jovens", de 1920; "Salvemos os operários", de 1923; "Apostolado eucarístico paroquial", de 1923; "O amigo dos jovens" e "O método educativo eucarístico", ambas de 1924. Há outras publicadas depois de sua morte também.

Em 1921, o cardeal nomeou-o diretor espiritual do CIBI de Leopoldsburgo, reservado aos noviços que se destinavam ao serviço do altar. Lá também seu ministério floresceu. Porém, aos trinta e quatro anos de idade, padre Eduardo Poppe morreu repentinamente, no dia 10 de junho de 1924, no Convento de Moerzeke-lez-Termonde, durante o período das férias.

A sua morte causou forte comoção popular e no meio do clero, sendo imediatamente venerado por sua santidade. Ele foi beatificado, em 1999, pelo papa João Paulo II, que o nomeou "Pedagogo da Eucaristia".

Fonte: www.paulinas.org.br

domingo, 9 de junho de 2013

Beata Ana Maria Taigi

09/06 - Ana Maria Antonia Gesualda nasceu na bela cidade toscana de Siena, em 29 de maio 1769, na Itália. Era filha única de um conceituado farmacêutico de Siena. A família foi obrigada a emigrar para Roma em busca de melhores condições de vida, quando os negócios pioraram. Ali, viveram na pobreza, com Ana Maria abandonando seus estudos para trabalhar e ajudar no sustento da casa.

Mas a vida mundana de luxo fácil que a cidade eterna proporcionava chegou a tentar esta jovem que sonhou com tudo isto. Conseguiu passar ilesa porque se casou, aos vinte e um anos, com Domingos Taigi, servidor do palácio Chigi. Ele era um homem piedoso, mas de caráter difícil e grosseiro, que nunca compreendeu exatamente os dons especiais da esposa. Vivendo no ambiente da corte o casal acabou buscando a felicidade fútil das festas, vaidades, diversões e fortuna. Depois de três anos ela viu o vazio de sua vida familiar e o quanto estava necessitada de Jesus.

Foi à uma igreja e fez uma confissão profunda com um sacerdote que se tornou seu orientador espiritual. Foi neste instante que ocorreu sua conversão. A partir de então iniciou uma nova vida, dedicada aos deveres cristãos, e a procura da santificação. Ana Maria quis se entregar a duras penitências, mas o padre a fez compreender que seu sacrifício consistia no amor e fidelidade ao sacramento do casamento e no papel de mãe.

A sua família foi crescendo com a chegada dos sete filhos, três dos quais morreram ainda pequenos, e dos seus velhos pais. Mas encontrava tempo para ajudar nas despesas da casa costurando sob encomenda. O pouco que tinha era sempre dividido com os pobres e doentes que nunca deixou de ajudar. Mais tarde, quando a filha Sofia ficou viúva com seis filhos, foi Ana Maria que os acolheu e criou dando-lhes a formação reta no seguimento de Jesus e na devoção à Maria.

Em 1808 recebeu autorização e ingressou na Ordem Terceira secular da Santíssima Trindade. Favorecida com dons especiais da profecia, tornou-se conhecida por seus conselhos no meio do clero. Ana Maria se tornou muito respeitada durante todos os quarenta e sete anos em que "um sol luminoso aparecia diante dos olhos, onde via os acontecimentos do mundo, os pensamentos e as almas das pessoas", como ela mesma descrevia. Foi conselheira espiritual de vários sacerdotes, hoje todos Santos, como Vincente Pallotti, Gaspar Del Búfalo, Vicente Maria Strambi, de nobres e outras personalidades eclesiásticas ilustres.

Ela faleceu em 09 de junho de 1837. O Papa Bento XV a beatificou em 1920, designou sua celebração para o dia de sua morte e a declarou padroeira das mães de família. O corpo da Beata Ana Maria Taigi, que prodigiosamente se conservou incorrupto, está guardado na igreja de São Crisógono, em Roma, numa Capela à ela dedicada


sábado, 8 de junho de 2013

Santo Efrém


08/06 - Nasceu em Nisibis, Mesopotânia, na Síria , (hoje Turquia) cerca de 306 DC. Efrém dirigiu a escola local de catecismo servindo sob a orientação de São James de Nibisis e acompanhou James ao Consílho de Nicaea em 325.Quando a cidade de Nibisis passou para o controle dos Persas, Efrem foi para Edessa onde se tornou diácono e escreveu vários comentários sobre as Escrituras e vários hinos. Após visitar São Basilio na Caesarea em 370 Efrém retornou a Edessa para servir aos pobres e aos necessitados em um período de extrema fome na região. Ele morreu em 9 de junho de 373 em Edessa.

A fama de São Ephrem está nos seu escritos e nas suas homilias que podem ser lidas em voz alta, porque rimam como hinos. Escreveu os primeiro hinos que foram compostos para uso popular e usado com um caráter didático para a época e em geral eram dirigidos contra as heresias. Ele é o responsável pela introdução dos hinos no culto popular. Notável são os seu hinos Nibesianos e os cânticos para estações do ano. É chamado a "Harpa do Espirito Santo".

Varias composições a ele atribuídas ainda são usadas nas igrejas sírias e sua reputação espalhou-se pelos países de língua grega antes mesmo de sua morte. O hino inglês "Receba o Senhor" foi traduzidos dos hinos de São Ephrem em sirílico.

Ele escreveu ainda vários comentários aos livros bíblicos e um testamento espiritual que foi aditado mais tarde com sua própria letra.

Todo o trabalho de São Ephrem é elevado em estilo, em expressão, cheio de imagens e era um teólogo que escrevia como um poeta. É considerado um grande escolástico na Igreja Síria e muitos dos seus trabalhos foram traduzidos para o Grego, Armênio e Latim.

São Ephrem era devotado a Virgem Maria e frequentemente invocou a Imaculada Conceição como sua devoção absoluta bem antes do assunto ser discutido pela Igreja e ser considerado um dogma de fé.

Ele tinha certeza da absoluta falta de todos os pecados, inclusive o original, á Virgem Maria. Ele é sempre invocado como testemunha da Imaculada Concepção de Maria porque, segundo a tradição ele, em seus escritos, teria tido uma visão da Virgem e com isto podia provar sua tese com clareza absoluta.

Ele é muito venerado na Igreja Oriental .

Foi declarado Doutor da Igreja pelo Papa Benedito XV(1914-1922).

sexta-feira, 7 de junho de 2013

Beata Ana de São Bartolomeu


07/06 - Ana nasceu em Almendral (Ávila), aos 10/10/1549, numa família pobre em bens materiais, mas riquíssima em virtudes cristãs. Ingressou no Carmelo de São José de Ávila em 1570. Foi a primeira “leiga” da Reforma de Santa Teresa. Desde o início foi muito amada pela Santa Doutora, em cujas mãos fez seus votos no dia 15/8/1572.

Por graça de Deus, méritos de Santa Teresa e obediência da própria beata, passou de simples irmã conversa e analfabeta a secretária particular da doutora mística. Deste modo chegou a ser discípula predileta e herdeira do espírito de Teresa, como o foi Eliseu do grande profeta Elias. Isto vem afirmado os processos da causa da beata Ana.

Como secretária, acompanhou Santa Teresa em suas peregrinações fundacionais. A Santa, reconhecendo o valor de sua colaboração e sua extraordinária santidade, chegou a dizer-lhe: Ana aprendeu a escrever de modo milagroso.

Destacou-se sempre por sua imensa caridade, tanto para Deus quanto para com o próximo.

Através de sua autobiografia ficamos sabendo que ela desejava ansiosamente morrer de amor e suspirava por esta felicidade. É sua esta frase: “Ah, como me pesa este corpo! Eu estou cansada de cuidar dele. Meu desejo é ver-me livre destas correntes".

Quando morreu Santa Teresa, Ana foi para a França, onde fundou vários conventos, dando maravilhosos exemplos de todas as virtudes. Em sua autobiografia, escrita por obediência, deixou-nos o registro das muitas graças místicas que experimentou durante sua vida, como fruto de seu grande amor à Humanidade de Jesus e ao mistério da Santíssima Trindade.

Morreu em 1626 e foi beatificada em 1917, pelo papa Bento XV.

Sua festa é celebrada no dia 7 de junho.

quinta-feira, 6 de junho de 2013

São Norberto



06/06 - Norberto nasceu por volta de 1080, em Xauten, na Alemanha. Filho mais novo de uma família da nobreza, podia escolher entre a carreira militar e a religiosa. Norberto escolheu a segunda, mas buscou apenas prazeres e luxos, como faziam muitos nobres da Europa. Circulava em altas rodas, vestindo riquíssimas roupas da moda, dedicando-se a caçadas e a vida da corte, até que um dia foi atingido por um raio, quando cavalgava no bosque.

Seu cavalo morreu e, quando o jovem nobre despertou do desmaio, ouviu uma voz que lhe dizia para abandonar a vida mundana e fosse praticar a virtude para salvar sua alma. Entendeu o acontecido como um presságio para uma conversa com Deus A partir daquele instante abandonou a família, amigos, posses e a vida dos prazeres. Passou a percorrer na solidão, com os pés descalços e roupa de penitente, os caminhos da Alemanha, Bélgica e França. Para aprimorar o dom da pregação, completou os estudos teológicos no mosteiro de Siegburgo e recebeu a ordenação sacerdotal.

Talvez envergonhado pelo passado, empreendeu a luta por reformas na Igreja, visando acabar com os privilégios dos nobres no interior do cristianismo. Foi muito contestado, principalmente pelo próprio clero, mas conseguiu o apoio do Papa e seu trabalho prosperou. Quando as reformas estavam já implantadas e em andamento, retirou-se para a solidão e fundou a Ordem dos Cônegos Regulares Premonstratenses, também conhecida como "dos Monges Brancos". Uma referência ao hábito que é dessa cor.

A principal regra da nova Ordem era fazer com que os sacerdotes vivessem sua vida apostólica com a disciplina e a dedicação dos monges, uma concepção de vida religiosa revolucionária para a época. Mas não encerrou aí seu apostolado, pois desejava continuar como pregador fora do mosteiro. Reiniciou sua obra de evangelização itinerante como um simples sacerdote mendicante.

Em 1126 foi nomeado Arcebispo de Magdeburgo, lutando contra o cisma que ameaçava dividir a Igreja naquele tempo. Respeitado pelo rei Lotário III, da Alemanha, foi por ele escolhido para seu conselheiro espiritual e chanceler junto ao Papa. Norberto morreu no dia 06 de junho de 1134, na sua sede episcopal, onde foi sepultado.

Ele foi canonizado em 1582 pelo Papa Gregório XIII. Devido a Reforma Protestante, suas relíquias foram trasladadas para a Abadia de Strahov, na cidade de Praga, capital da República Tcheca, em 1627, onde estão guardadas até hoje.

Ao lado de São Bernardo, São Norberto é considerado um dos maiores reformadores eclesiásticos do século XII. Atualmente existem milhares de monges da Ordem de São Norberto, em vários mosteiros encontrados em muitos países de todos os continentes, inclusive no Brasil.

Fonte: www.portalangels.com

quarta-feira, 5 de junho de 2013

São Bonifácio


05/06 - Pertencendo a uma rica família de nobres ingleses, ao nascer, em 672 ou 673, em Devonshire, recebeu o nome de Winfrid. Como era o costume da época, foi entregue ao mosteiro dos beneditinos ainda na infância para receber boa educação e formação religiosa.

Logo, Winfrid percebeu que sua vocação era o seguimento de Cristo. Aos dezenove anos professou as regras na abadia de Exeter, iniciando o apostolado como professor de regras monásticas primeiro nesta mesma abadia, depois na de Nurslig.

Em seguida, decidiu iniciar seu trabalho missionário para a evangelização dos povos germânicos do além Reno, mas por questões políticas entre o duque Radbod, um pagão, e o rei cristão Carlos Martel, os resultados foram frustrantes.

Em 718, fez, então, uma peregrinação a Roma, onde, em audiência com o papa Gregório II, conseguiu seu apoio para reiniciar sua missão na Alemanha. Além disso, o papa o orientou também a assumir, como missionário, o nome de Bonifácio, célebre mártir romano.

Bonifácio parou primeiro na Turíngia, depois dirigiu-se à Frísia, realizando as primeiras conversões nessas regiões. Durante três anos percorreu quase toda a Alemanha e, numa segunda viagem a Roma, o papa, agora já outro, entusiasmado com seu trabalho, nomeou-o bispo de Mainz. Esse contato constante com os pontífices foi importante, pois a Igreja na Alemanha foi implantada em plena consonância com a orientação central da Santa Sé.

Bonifácio fundou o mosteiro de Fulda, centro propulsor da cultura religiosa alemã, só comparável ao italiano de Montecassino. E muitos outros mosteiros masculinos e femininos, igrejas e catedrais de norte a sul do país, recrutando os beneditinos da Inglaterra. Acabou estendendo sua missão até a França.

Incansável, com sua sede episcopal fixada em Mainz, atuou em vários concílios e promulgou várias leis. Em 754, foi para o norte da Europa, região onde atualmente se encontra a Holanda.

No dia 5 de junho do mesmo ano, dia de Pentecostes, foi ao encontro de um grande grupo de catecúmenos de Dokkun, os quais receberiam o crisma. Mal iniciou a santa missa, o local foi invadido por um bando de pagãos frísios. Os cristãos foram todos trucidados e Bonifácio teve a cabeça partida ao meio por um golpe de espada.


Mesmo que são Bonifácio não tenha evangelizado por completo a Alemanha, ao menos se pode afirmar que foi graças a ele que isso aconteceu, nos tempos seguintes, como herança de seu trabalho.

São Bonifácio é venerado como o "Apóstolo da Alemanha".

Seu corpo foi sepultado na igreja do mosteiro de Fulda, que ainda hoje o conserva, pois em vida havia expressado essa vontade.

Fonte: http://www.derradeirasgracas.com/

terça-feira, 4 de junho de 2013

São Francisco Caracciolo




04/06 - A história religiosa de São Francisco Caracciolo tem início devido a uma coincidência. Ascânio Caracciolo, como se chamava antes de assumir os votos religiosos, morava próximo à Congregação dos Brancos da Justiça, uma ordem que se dedicava a assistir pessoas condenadas à morte.
 
Nessa congregação havia um sacerdote de nome idêntico a Ascânio Caracciolo. Uma carta endereçada ao sacerdote chegou às mãos justamente deste santo. Nela, Agostinho Adorno, venerável, e Fabrício Caracciolo, abade de Santa Maria Maior de Nápoles, solicitavam a colaboração do sacerdote para a fundação de uma nova ordem.

O jovem Caracciolo não imaginava sua extraordinária vocação apostólica, mas demonstrou-a cada vez melhor. Francisco Caracciolo introduziu um quarto voto religioso além dos comuns de pobreza, castidade e obediência, que foi o de não aceitar dignidade eclesiástica alguma.

São Francisco Caracciolo fundou, juntamente com João Agostinho Adorno, a Ordem dos Clérigos Menores Regulares que até 1593 estava em uma moradia muito pequena próxima à igreja da Misericórdia.

A sua fé e boa vontade estava para ser recompensada, pois ao celebrar o primeiro capítulo geral, Francisco foi obrigado a aceitar o cargo de preposto geral, possibilitando que sua congregação se estabelecesse em Roma, na igreja de Santa Inês, na praça Navona.

Logo depois, Francisco Caracciolo terminou o seu mandato e se dirigiu à Espanha para fundar uma casa religiosa em Valladolid e um colégio em Alcalá.

São Francisco Caracciolo ainda exerceu outras funções e atividades e talvez seja por isso que sua saúde tenha enfraquecido deixando-o gravemente doente até a sua morte, em 4 de junho de 1608. Foi sepultado em Nápoles, cidade em que também nasceu, na igreja de Santa Maria Maior.

Realizou numerosos milagres, entre eles a cura de um aleijado. São Francisco Caracciolo foi canonizado pelo papa Pio VII no dia 24 de maio de 1807. Desde 1840, é conhecido como co-padroeiro da cidade de Nápoles, na Itália.

segunda-feira, 3 de junho de 2013

Santos Carlos Lwanga e Companheiros




03/06 - O povo africano talvez tenha sido o último a receber a evangelização cristã, mas já possui seus mártires homenageados na história da Igreja Católica. O continente só foi aberto aos europeus depois da metade do século XIX. Antes disso, as relações entre as culturas se davam de forma violenta, principalmente através do comércio de escravos. Portanto, não é de estranhar que os primeiros missionários encontrassem ali enorme oposição que lhes custava, muitas vezes, as próprias vidas.

A pregação começou por Uganda em 1879, onde conseguiu chegar os "Padres Brancos", congregação fundada pelo cardeal Lavigérie. Posteriormente, se somaram à eles os Padres Combonianos. A maior dificuldade era mostrar a diferença entre missionários e colonizadores. Aos poucos, com paciência, muitos nativos africanos foram catequizados, inclusive pajens da corte do rei. Isso lhes causou a morte, quase sete anos depois de iniciados os trabalhos missionários, quando um novo rei assumiu o trono, em 1886.

O rei Muanga decidiu acabar com a presença cristã em Uganda. Um pajem de dezessete anos chamado Dionísio foi apanhado pelo rei ensinando religião. De próprio punho Muanga atravessou seu peito com uma lança, deixou-o agonizando por toda uma noite e só permitiu sua decapitação na manhã seguinte. Usou o exemplo para avisar que mandaria matar todos os que rezavam, isto é, os cristãos.

Compreendendo a gravidade da situação, o chefe dos pajens, Carlos Lwanga, reuniu todos eles e fez com que rezassem juntos, batizou os que ainda não haviam recebido o batismo e se preparam para um final trágico. Nenhum destes jovens, cuja idade não passava de vinte anos, alguns com até treze anos de idade, arredou pé de suas convicções e foram todos encarcerados na prisão em Namugongo, a setenta quilômetros da capital Kampala. No dia seguinte, os vinte e dois foram condenados à morte e cruelmente executados.

Era o dia 03 de junho de 1886, e para tentar não fazer tantos mártires, que poderiam atrair mais conversões, o rei mandou que Carlos Lwanga morresse primeiro, queimado vivo, dando a chance de que os demais evitassem a morte renegando sua fé. De nada adiantou e os demais cristãos também foram mortos, sob torturas brutais e alguns queimados vivos.

Os vinte e dois mártires de Uganda foram beatificados em 1920. Carlos Lwanga foi declarado o "padroeiro da juventude africana" em 1934. Trinta anos depois, o Papa Paulo VI canonizou este grupo de mártires. O mesmo pontífice, em 1969 consagrou o altar do grandioso santuário construído no local onde fora a prisão em Namugongo, na qual os vinte e um pagens, dirigidos por Carlos Lwanga, rezavam aguardando a hora de testemunhar a fé em Cristo.

Fonte: www.portalangels.com

domingo, 2 de junho de 2013

Santos Marcelino e Pedro


02/06 -Esta página da história da Igreja foi-nos confirmada pelo próprio papa Dâmaso, que na época era um adolescente e testemunhou os acontecimentos. Foi assim que tudo passou.

Na Roma dos tempos terríveis e sangrentos do imperador Diocleciano, padre Marcelino era um dos sacerdotes mais respeitados entre o clero romano. Por meio dele e de Pedro, outro sacerdote, exorcista, muitas conversões ocorreram na capital do império. Como os dois se tornaram conhecidos por todos daquela comunidade, inclusive pelos pagãos, não demorou a serem denunciados como cristãos. Isso porque os mais visados eram os líderes da nova religião e os que se destacavam como exemplo entre a população. Intimados, Marcelino e Pedro foram presos para julgamento. No cárcere, conheceram Artêmio, o diretor da prisão.

Alguns dias depois notaram que Artêmio andava triste. Conversaram com ele e o miliciano contou que sua filha Paulinha estava à beira da morte, atacada por convulsões e contorções espantosas, motivadas por um mal misterioso que os médicos não descobriam a causa. Para os dois, aquilo indicava uma possessão demoníaca. Falaram sobre o cristianismo, Deus e o demônio e sobre a libertação dos males pela fé em Jesus Cristo. Mas Artêmino não lhes deu crédito. Até que naquela noite presenciou um milagre que mudou seu destino.

Segundo consta, um anjo libertou Pedro das correntes e ferros e o conduziu à casa de Artêmio. O miliciano, perplexo, apresentou-o à sua esposa, Cândida. Pedro, então, disse ao casal que a cura da filha Paulinha dependeria de suas sinceras conversões. Começou a pregar a Palavra de Cristo e pouco depois os dois se converteram. Paulinha se curou e se converteu também.

Dias depois, Artêmio libertou Marcelino e Pedro, provocando a ira de seus superiores. Os dois foram recapturados e condenados à decapitação. Entrementes, Artêmio, Cândida e Paulinha foram escondidos pelos cristãos, mas eles passaram a evangelizar publicamente, conseguindo muitas conversões. Assim, logo foram localizados e imediatamente executados. Artêmio morreu decapitado, enquanto Cândida e Paulinha foram colocadas vivas dentro de uma vala que foi sendo coberta por pedras até morrerem sufocadas.

Quanto aos santos, o prefeito de Roma ordenou que fossem também decapitados, porém fora da cidade, para que não houvesse comoção popular. Foram levados para um bosque isolado onde lhes cortaram as cabeças. Era o dia 2 de junho de 304.

Os seus corpos ficaram escondidos numa gruta límpida por muito tempo. Depois foram encontrados por uma rica e pia senhora, de nome Lucila, que desejava dar uma digna e cristã sepultura aos santos de sua devoção. O culto dedicado a eles se espalhou no mundo católico até que o imperador Constantino mandou construir sobre essas sepulturas uma igreja. Outros séculos se passaram e, em 1751, no lugar da igreja foi erguida a belíssima basílica de São Marcelino e São Pedro, para conservar a memória dos dois santos mártires, a qual existe até hoje.

Fonte: www.paulinas.org.br

sábado, 1 de junho de 2013

Santo Aníbal Maria di Francia


01/06 - Filho de nobres da aristocracia siciliana, Aníbal Maria di Francia nasceu na cidade italiana de Messina no dia 5 de julho de 1851.

Terceiro de quatro filhos, aos quinze meses ficou órfão de pai. A dura experiência de não conviver com a figura paterna desenvolveu-lhe um especial amor e compreensão às necessidades das crianças órfãs, pobres e abandonadas. Para elas dedicou toda a sua vida de apostolado e por elas nunca deixou de ser um simples padre, embora as oportunidades no clero não lhe faltassem.

Aos dezoito anos recebeu o forte chamado à vida religiosa e ordenou-se sacerdote em 1878. O contato com o terrível mundo dos miseráveis e pobres deu-se poucos meses antes de sua consagração, quando conheceu a Casa de Avignon, o pior e mais esquecido local da cidade. Local que depois se tornou o campo de atuação do seu ministério.

Nele realizou o que definiu como o "espírito da dupla caridade: evangelização e socorro aos pobres", iniciando a criação dos Orfanatos Antonianos, masculinos e femininos, colocados sob a guarda de santo Antônio de Pádua. Para mantê-los, não teve dúvidas, tornou-se mendicante, indo de porta em porta pedir subsídios. Depois desenvolveu a devoção do "pão de santo Antônio", responsável, por muito tempo, pela sustentação de suas obras.

Os milhões e milhões de pessoas ainda não-evangelizadas eram um pensamento constante que o consumia. Pregando ao Espírito Santo, encontrou a luz para essa inquietação no próprio Senhor Jesus, que disse: "Rogai ao Senhor da messe, para que envie trabalhadores para sua messe". Assim inspirado, fundou duas congregações religiosas: as Filhas do Divino Zelo, em 1887, e, dez anos depois, os Rogacionistas do Coração de Jesus.

Dizia freqüentemente que a Igreja, para realizar a sua missão, tem necessidade de sacerdotes, numerosos e santos, segundo o Coração de Jesus. Padre Aníbal viveu por esta grande causa, com fama de santidade, em meio aos mais necessitados e abandonados. Além disso, deu uma atenção concreta às necessidades espirituais e materiais dos sacerdotes.

Amado e respeitado por todos, foi reconhecido como o "Pai dos órfãos e pobres", até morrer, no dia 1o de junho de 1927. O seu corpo foi sepultado no Templo da Rogação Evangélica do Coração de Jesus e Santuário de Santo Antonio de Pádua, fundado por ele em 1926, em Messina.

O papa João Paulo II proclamou santo o padre Aníbal Maria di Francia, marcou sua celebração litúrgica para o dia de seu trânsito e o definiu como o "apóstolo da moderna pastoral vocacional" em 2004.