sexta-feira, 31 de maio de 2013

São Félix de Nicósia


31/05 - Félix nasceu em Nicósia, na Itália, em 5 de novembro de 1715, filho de Filipe Amoroso e Carmela Pirro, de origem humilde e analfabeto. Diz o postulador de sua causa de canonização, padre Florio Tessari: "Órfão de pai desde seu nascimento, era proveniente de uma família que conseguia sobreviver com muita dificuldade".

Vivia próximo ao convento dos frades capuchinhos. Freqüentava a comunidade dos frades e admirava o seu modo de viver. Sempre que visitava o convento, sentia-se fortemente atraído por aquela vida: alegria na austeridade, liberdade na pobreza, penitência, oração, caridade e espírito missionário.

Aos 18 anos de idade, em 1735, bateu à porta do convento, pedindo para ser acolhido como irmão leigo, por ser analfabeto. A resposta foi negativa. Porém insistiu muitas vezes, sem se cansar. Após dez anos de espera, foi acolhido na Ordem dos Frades Menores Capuchinhos com o nome de irmão Félix de Nicósia. Depois do noviciado e da profissão religiosa, foi destinado a Nicósia, onde permaneceu durante toda a vida, tornando-se, na cidade, uma presença de espiritualidade radicada no meio do povo.

Afirma o padre Florio Tessari: "Analfabeto, mas não de Deus e de seu Espírito, Félix entendeu que o segredo da vida não consiste em indicar, com força, a Deus, a nossa vontade, mas em fazer sempre alegremente a vontade dele. Essa simples descoberta lhe permitiu ver sempre, em tudo e apesar de tudo, Deus e seu amor; particularmente onde é mais difícil identificá-lo. Deixando-se somente invadir e preencher-se de Deus, ia imediatamente ao coração das coisas, à raiz da vida, onde tudo se recompõe na sua originária harmonia. Para fazer isso não precisa muita coisa, não precisa tantas palavras. Basta a essencial sabedoria do coração onde habita, fala e age o Espírito".

Morreu no dia 31 de maio de 1787. Foi beatificado pelo papa Leão XIII em 12 de fevereiro de 1888 e proclamado santo pelo papa Bento XVI no dia 23 de outubro de 2005.

quinta-feira, 30 de maio de 2013

Corpus Chirsti

30/05 - Todos os católicos reconhecem o valor da Eucaristia. Podemos encontrar vários testemunhos da crença da real presença de Jesus no Pão e no Vinho consagrados na Santa Missa desde os primórdios da Igreja.

Mas, certa vez, no século VIII, na freguesia de Lanciano (Itália), um dos monges de São Basílio foi tomado de grande descrença e duvidou da presença de Cristo na Eucaristia. Para seu espanto, e para benefício de toda a humanidade, na mesma hora a Hóstia consagrada transformou-se em Carne e o Vinho consagrado transformou-se em Sangue. Esse milagre tornou-se objeto de muitas pesquisas e estudos nos séculos seguintes, mas o estudo mais sério foi feito em nossa era, entre 1970/71, e revelou ao mundo resultados impressionantes:

A Carne e o Sangue continuam frescos e incorruptos, como se tivessem sido recolhidos no presente dia, apesar dos doze séculos transcorridos. O Sangue encontra-se coagulado externamente em cinco partes; internamente ele continua líquido. Cada porção coagulada de sangue possui tamanhos diferentes, mas todas possuem exatamente o mesmo peso, não importando se pesadas juntas, combinadas ou separadas. São Carne e Sangue humanos, ambos do grupo sanguíneo AB, raro na população do mundo, mas característico de 95% dos judeus. Todas as células e glóbulos continuam vivos. A Carne pertence ao miocárdio, que se encontra no coração (e este órgão sempre foi símbolo de amor!).


Mesmo com esse milagre, entre os séculos IX e XIII surgiram grandes controvérsias sobre a presença real de Cristo na Eucaristia. Alguns afirmavam que a ceia se tratava apenas de um memorial que simbolizava a presença de Cristo. Foi somente em junho de 1246 que a festa de Corpus Christi foi instituída, após vários apelos de Santa Juliana, cujas visões solicitavam a instituição de uma festa em honra ao Santíssimo Sacramento. Em outubro de 1264 o Papa Urbano IV estendeu a solenidade para toda a Igreja. Nessa celebração religiosa, o maior dos sacramentos deixados à Igreja mostra a sua realidade: a Redenção.

A Eucaristia é o memorial sempre novo e sempre vivo dos sofrimentos de Nosso Senhor Jesus Cristo por nós. Mesmo separando Seu Corpo e Seu Sangue, Jesus se conserva por inteiro em cada uma das espécies. É pela Eucaristia, especialmente pelo Pão, sinal do alimento que fortifica a alma, que tomamos parte na vida divina, nos unindo a Cristo e, por Ele, ao Pai, no amor do Espírito Santo. Essa antecipação da vida divina aqui, na Terra, mostra-nos claramente a vida que receberemos no Céu, quando nos for apresentado, sem véus, o banquete da eternidade.


O centro da Celebração Eucarística será sempre a Eucaristia e, por ela, o melhor e o mais eficaz meio de participação no divino ofício. Aumentando a nossa devoção ao Corpo e Sangue de Jesus, como Ele próprio estabeleceu, alcançaremos mais facilmente os frutos da Redenção!


Fonte: www.cancaonova.com.br - Prof. Felipe Aquino 

quarta-feira, 29 de maio de 2013

Santa Úrsula Ledochowska




29/05 - Júlia Ledochowska pertencia à uma família especialmente abençoada. A sua irmã mais velha, Maria Teresa, era religiosa, fundou uma congregação e foi inscrita no Livro dos Santos. O irmão, o padre Vladimiro foi o vigésimo sexto preposto geral dos Jesuítas . Ela nasceu em 17 de abril de 1865 e os pais eram nobres poloneses, que residiam na Áustria.

Até o final da adolescência viveu neste país onde completou os estudos, depois voltou com a família para o solo polonês, estabelecendo-se na Croácia. Aos vinte e um anos ingressou no Convento das Irmãs Ursulinas de Cracóvia, pronunciando os votos definitivos e tomando o nome de Úrsula, em 1899.

Ativa educadora, fundou um pensionato feminino para jovens, promovendo entre os estudantes a Associação das Filhas de Maria, foi também superiora do seu convento por quatro anos. Foi chamada pelo pároco da igreja de Santa Catarina em Petersburgo, na Rússia, que na época reprimia toda atividade religiosa, inclusive as de cunho assistencial, para dirigir um internato de estudantes polonesas exiladas, nesta função teve de usar roupa civis para sua segurança. Em 1909 fundou também uma casa das ursulinas na Finlândia onde inovou com um pensionato e uma escola ao ar livre, para moças doentes, seguindo o estilo inglês, ao mesmo tempo fundou na mesma Petersburgo uma casa das Ursulinas.

A sua cidadania e origem austríaca, a fez objeto de perseguição por parte da polícia russa, durante a Primeira Guerra Mundial , tanto que em 1914 se refugiou na Suécia, onde fundou, também alí, um pensionato e uma escola. O seu grande senso de apostolado a fez fundar para os católicos suecos o jornal "Solglimstar", editado ainda hoje sob outra direção. Em 1917, foi para a Dinamarca dar assistência aos poloneses perseguidos, onde permaneceu por dois anos, quando então regressou para o seu convento na Polônia.

Atendendo um antigo anseio interior, em 1920, separou-se da sua congregação para fundar uma nova ordem: as Irmãs Ursulinas do Sagrado Coração Agonizante, com a função de dar assistência aos jovens abandonados e para cuidar dos pobres, velhos e crianças.

Na Polônia, devido à cor do hábito, se popularizaram como as "ursulinas cinzas" e na Itália, como as "irmãs polonesas". A ordem foi aprovada em 1930 e se desenvolveu com rapidez. Quando sua fundadora, Madre Úrsula, morreu já existiam trinta e cinco casas e mais de mil irmãs. Ela deixou vários livros, todos escritos em polonês, que foram traduzidos para o italiano e francês.

Madre Úrsula Ledochowska, faleceu em Roma no dia 29 de maio de 1939, na casa mãe da ordem, que conserva as suas relíquias. O Papa João Paulo II em 1983 a beatificou, numa comovente cerimônia em Poznan, quando visitava a Polônia. Vinte anos depois ele mesmo a canonizou, declarando ser seu devoto. O culto em sua homenagem foi designado para o dia de sua morte.

Fonte: www.catolicanet.com

terça-feira, 28 de maio de 2013

Beata Margarida Pole

28/05 - Nobres, eclesiásticos e funcionários da corte de Henrique VIII, rei da Inglaterra, foram decapitados porque se opunham ao seu divórcio e a sua consequente separação da Igreja de Roma. Alguns deles tiveram sua morte reconhecida como autêntico martírio e foram elevados à honra dos altares. A perseguição não poupou a sobrinha dos reis Eduardo IV e Ricardo III da Inglaterra, Margarida, filha do Duque de Clarence, irmão daqueles monarcas, e de Isabel Neville, a filha de Ricardo Neville, Conde de Warwick.

Margarida nasceu em 14 de agosto de 1471, no Castelo de Farleigh, em Somerset (Inglaterra), e cresceu na corte, junto com os filhos de Eduardo IV, porque seus pais haviam falecido quando ela tinha poucos anos de vida. Margaret, por parte de seu avô paterno, Ricardo de York, era herdeira da Casa de York, a principal Casa Real que ainda conseguia ofuscar a Casa dos Tudor.

Aos 18 anos, conforme o costume da época, desposaram-na com Sir Reginaldo Pole de Buckinghamshire, que havia prestado grandes serviços ao rei na campanha da Escócia e em outros empreendimentos militares. Reginaldo faleceu 12 anos depois, deixando-a viúva com cinco filhos. Uma família para cuidar no meio de dificuldades econômicas, porque sua família tivera todas as propriedades e títulos nobiliárquicos confiscados.

Devia ser um modelo de esposa, mãe e viúva, devota e piedosa, pois Henrique VIII, subindo ao trono em 1509, quando ela já era viúva, considerava-a “a mulher mais santa da Inglaterra”. Era tão grande a estima que ele nutria por ela, que restituiu todos os bens que tinham sido confiscados, reintegrou-a a todos os direitos da sua família, criou-a Condessa de Salisbury e, quando sua filha Maria Tudor nasceu, confiou a Margarida a educação da princesa.

A sua reabilitação, entretanto, foi tão rápida quanto a sua queda na desgraça. A Condessa Margarida não se deixou seduzir pelas boas graças do rei e não aprovou seu casamento com Ana Bolena após ter se divorciado da esposa legítima. Sua reprovação é tão decisiva e pública, que atraiu a ira do rei que, como primeira reação a exonerou do cargo de governanta da princesa e a obrigou a deixar a corte. Este procedimento continuou após a queda de Ana Bolena, que foi decapitada.

Além disso, Margaret cometia o “grave erro” de ser católica. Um de seus filhos, Reginaldo Pole, havia mesmo se tornado um clérigo eminente da Igreja Católica. Quando se recusou a conceder ao rei o direito de se divorciar de sua esposa, Catarina de Aragão, atacando a política do rei, Reginaldo atraiu para si e sua família a ira do monarca, principalmente ao redigir um tratado a favor da unidade da Igreja e contra a supremacia do rei.Quando Sir Henry Neville se levantou em armas no norte, o rei enviou alguns emissários para interrogar Margarida, com a esperança de envolvê-la na conspiração Esta, porém, sujeita a um extenuante interrogatório durante um dia inteiro, enfrentou seus opositores com sua habilidade intelectual e sobretudo com a sua dignidade e elevação moral que todos reconheciam. Apesar de sua hábil defesa, Margarida foi aprisionada, primeiro na casa de Lord Southampton, em Cowdray, e depois na Torre de Londres. Ali sofreu muito durante o inverno, já que não tinha roupas suficientes e não podia acender fogo, e passou fome também.

Como não existiam provas para condená-la em um julgamento legal, Henrique VIII obrigou o Parlamento a declará-la culpada de alta traição e condenaram-na à morte por decapitação.

No dia 28 de maio de 1541, Margarida foi conduzida ao pátio da Torre para ser decapitada. Lord Herbert conta que ela se negou a ajoelhar-se e a reclinar a cabeça no tronco, porque não se considerava culpada de traição. O verdugo, que carecia de prática no ofício, errou várias vezes o golpe. Segundo o relato do embaixador francês, Margarida não se negou a ajoelhar-se, porém o carrasco principal estava ausente e o substituto manejou o machado com suma torpeza. Margarida morreu aos setenta anos de idade.

A 2 de fevereiro de 1886, Leão XIII proclamou beata Margarida Pole, a condessa que não teve medo de se opor ao rei, ainda que isso lhe custasse a vida. Várias dioceses da Inglaterra celebram sua festa.
 
Fonte: heroinasdacristandade.blogspot.com.br

domingo, 26 de maio de 2013

Santa Maria Ana de Jesus Paredes

26/05 - Maria Ana nasceu no dia 31 de outubro de 1618, em Quito, capital do Equador. Sua família era rica: o pai, Jerônimo Paredes e Flores, era um capitão espanhol e a mãe, Mariana Jaramillo, pertencia à nobreza.

A pequena ficou órfã dos pais aos quatro anos de idade e quem assumiu sua educação foi a mais velha de suas sete irmãs, Jerônima, casada com o capitão Cosme de Miranda, os quais educaram a menina como própria filha. Ela logo começou a despertar para a religião, tornando-se devota fervorosa de Jesus e da Virgem Maria. Muito inteligente e prendada, gostava das aulas de canto, onde aprendia as músicas religiosas, depois entoadas durante as orações.

Orientada espiritualmente pelo jesuíta João Camacho, aos oito anos recebeu a primeira comunhão e quis fazer voto de virgindade perpétua, sendo de pronto atendida. E em sua casa, sem ingressar em nenhuma Ordem religiosa, intuída pelo Espírito Santo, se consagrou somente às orações e a penitência, até os limites alcançados apenas pelos adultos mais santificados.

Em 1639, ingressou na Ordem Terceira Franciscana e tomou o nome de Mariana de Jesus. Ela fora agraciada por Deus com o dom do conselho e da profecia, sabendo como ninguém interpretar a alma humana. A sua palavra promovia a paz entre as pessoas em discórdia e contribuía para que muitas almas retornassem para o caminho do seguimento de Cristo.

Em conseqüência das severas penitências que se impunha, Marianita, era assim chamada por todos, tinha um físico delicado e a saúde muito frágil, sempre sujeita a doenças. Em uma dessas enfermidades, teve de ser submetida a uma sangria, e a enfermeira que a atendia deixou em uma vasilha o sangue que tinha extraído de Marianita para ir buscar as ataduras que faltavam. Ao retornar, viu que na vasilha que continha seu sangue brotara um lírio. A notícia se espalhou e passou a ser conhecida como "o Lírio de Quito".

Como Marianita profetizara, em 1645 a cidade de Quito foi devastada por um grande terremoto, que causou muitas mortes e espalhou muitas epidemias. Os cristãos todos foram convocados pelos padres jesuítas a rezarem pedindo a Deus e à Virgem Maria socorro para o povo equatoriano. Nessa ocasião Marianita, durante a celebração da santa missa, anunciou que oferecera sua vida a Deus para que os terremotos cessassem. O que de fato ocorreu naquela mesma manhã. Logo em seguida ela morreu, no dia 26 de maio de 1645.

Desde então nunca mais ocorreram terremotos nessas proporções no Equador. Os milagres por sua intercessão se multiplicaram de tal maneira que ela foi beatificada pelo papa Pio IX em 1853. Santa Mariana de Jesus Paredes, o Lírio de Quito, foi decretada "Heroína da Pátria" em 1946 pelo Congresso do Equador. Festejada no dia 26 de maio, foi canonizada pelo papa Pio XII em 1950, tornando-se a primeira flor franciscana desabrochada para a santidade na América Latina.

Fonte: www.paulinas.org.br

segunda-feira, 20 de maio de 2013

Santo Ambrósio de Sena

20/05 - Santo Ambrósio de Sena nasceu em 1220 em Siena. Filho de um contador Santo Ambrósio de Sena tão deformado que sua mãe o deu para os cuidados de uma enfermeira. A enfermeira contava que a única hora que a criança tinha paz era quando estava dentro da igreja dominicana especialmente perto das relíquias dos santos.

A tradição diz que um dia na igreja a enfermeira cobriu a face do bebê com um lenço e um peregrino que estava por perto disse a ela: “não cubra a face desse bebê. Ele será, um dia, o orgulho desta cidade”. Poucos dias mais tarde a criança esticou seus membros deformados e pronunciou o nome “Jesus” e toda a deformidade o deixou para sempre.


Uma criança piedosa ele se levantava a noite para orar e meditar. Na idade de quatro doze deram para ele escolher dois dos livros de seu pai. E ele escolheu um sobre santos. Na idade de 7 ele recitava já recitava de cor o Pequeno Oficio da Virgem. Caridoso mesmo quando jovem, ele trabalhava com os pobres, os doentes e os abandonados. Quando ele anunciou que queria se juntar aos frades seus pais e amigos tentaram dissuadi-lo mas Ambrósio não mudou sua decisão e entrou para o mosteiro com 17 anos. Ele estudou em Paris com São Tomas de Aquinio e com São Alberto, o Magnus e foi para Colonha com Alberto.

Santo Ambrósio queria escrever, mas vendo a grandeza de Santo Tomas de Aquino ele decidiu não tentar segui-lo e dedicou-se a pregar. Foi um dos maiores pregadores de seu tempo. Trabalhou em missões de paz com grande sucesso. Evangelizou grande parte da Alemanha, França e Itália. Místico ele recebeu extasies. Visionário. Algumas vezes levitava quando pregava, e por várias vezes foi visto cercado de luzes e pássaros brilhantes. Faleceu em 1287 de causas naturais.

Foi beatificado em 1622 e seu culto confirmado em 1622. Apesar de não ter sido formalmente canonizado ele foi chamado de Santo Ambrósio de Siena, logo após sua morte. Seu túmulo se tornou um local de peregrinação e vários milagres foram creditados a sua intercessão. Na arte litúrgica da Igreja é representado como um dominicano monge cercado de luzes e pássaros, ou com uma pomba ao seu ouvido.



domingo, 19 de maio de 2013

Beato Agostinho Novello

19/05 - Mateus nasceu na cidade de Termini Imerese, antiga Terano, na Sicília, Itália, pelo ano 1240. Era filho de um alto funcionário daquela corte, e foi enviado pelos pais à Universidade de Bolonha para estudar direito civil e eclesiástico. Um dos seus companheiros de estudos foi o futuro rei Manfredi, do reino da Sicília, o qual, ao assumir o trono pela morte de seu pai, mandou chamar o amigo para ser seu chanceler. Nessa corte, Mateus se distinguiu pela notável cultura e humildade.

Em 1266, o rei Manfredi morreu num combate, e Mateus teve de fugir, mesmo ferido como estava. Sentindo o chamado de Deus, decidiu mudar de vida, mas ocultando sua origem e cultura. Foi procurar acolhida no convento dos agostinianos de Siena, no qual vestiu o hábito como um simples irmão leigo, tomando o nome de Agostinho.

Frei Agostinho viveu algum tempo muito feliz no convento como um pobre analfabeto e um frade sem grande inteligência. Mas sua identidade foi descoberta quando houve necessidade de defender os direitos do convento numa demanda jurídica. O fato chegou ao conhecimento do geral da Ordem, então Clemente de Osimo, que pediu sua transferência para a cúria da Ordem em Roma.

Ali ordenou-se sacerdote, e logo em seguida ganhou o apelido de Novello, porque, a exemplo do grande santo Agostinho na sua época, ele se distinguia pela apurada e precisa compreensão da doutrina cristã. Pouco depois foi nomeado pelo papa Nicolau IV para o cargo de penitente apostólico e seu confessor particular. Cargo e função que exerceu junto aos pontífices que se seguiram: Celestino V e Bonifácio VIII.

Nesse meio tempo, auxiliou a Cúria Romana na elaboração das constituições de 1290. Eleito geral da Ordem em 1298, permaneceu no cargo dois anos, quando pediu sua renúncia. Esse notável superior dos agostinianos se retirou para o Ermo de São Leonardo, em Siena, continuando sua vida totalmente dedicada a serviço de Deus.

No Ermo, Agostinho Novello auxiliou na fundação da Ordem dos Clérigos Hospitaleiros, destinados ao serviço dos doentes terminais. Morreu com fama de santidade no dia 19 de maio de 1309, no Ermo de São Leonardo, onde foi sepultado.

A fama de sua intercessão em muitos milagres deu início ao seu culto no dia de sua morte. De tal modo que suas relíquias foram transferidas para a igreja de Santo Agostinho, na cidade de Siena. Em 1759, o papa Clemente XIII o beatificou e manteve o dia do culto ao beato Agostinho Novello.

Em 1977, as suas relíquias foram trasladadas para a igreja construída e dedicada a ele, pelos habitantes de Termini Imerese, sua cidade natal. Beato Agostinho Neovello também foi escolhido por eles para ser o seu padroeiro celestial.

Fonte: www.paulinas.org.br

sábado, 18 de maio de 2013

São Félix de Cantalício




18/05 - Félix Porro nasceu na pequena província agrícola de Cantalício, Rieti, Itália, em 1515. Filho de uma família muito modesta de camponeses, teve de trabalhar desde a tenra idade, não podendo estudar. Na adolescência, transferiu-se para Cittaducale, para trabalhar como pastor e lavrador numa rica propriedade. Alimentava sua vocação à austeridade de vida, solidariedade ao próximo, lendo a vida dos Padres, o Evangelho e praticando a oração contemplativa, associada à penitência constante e à caridade cristã.

Aos trinta anos de idade entrou para os capuchinhos. E, em 1545, depois de completar um ano de noviciado, emitiu a profissão dos votos religiosos no pequeno convento de Monte São João. Ele pertenceu à primeira geração dos capuchinhos. Os primeiros anos de vida religiosa passou entre os conventos de Monte São João, Tívoli e Palanzana de Viterbo, para depois, no final de 1547, se transferir, definitivamente, para o convento de São Boaventura, em Roma, sede principal da Ordem, onde viveu mais quarenta anos, sendo chamado de frei Félix de Cantalício.

Nesse período, trajando um hábito velho e roto, trazendo sempre nas mãos um rosário e nas costas um grande saco, que fazia pender seu corpo cansado, ele saía, para esmolar ajuda para o convento, pelas ruas da cidade eterna. Todas as pessoas, adultos, velhos ou crianças, pobres ou ricos, o veneravam, tamanha era sua bondade e santidade. A todos e a tudo agradecia sempre com a mesma frase: "Deo Gracias", ou seja, Graças a Deus. Mendigou antes o pão e depois, até à morte, vinho e óleo para os seus frades.

Quando já bem velhinho foi abordado por um cardeal que lhe perguntou por que não pedia aos seus superiores um merecido descanso, frei Felix foi categórico na resposta: "O soldado morre com as armas na mão e o burro com o peso do fardo. Não permita Deus que eu dê repouso ao meu corpo, que outro fim não tem senão sofrer e trabalhar".
Em vida, foram muitos os prodígios, curas e profecias atribuídos a frei Félix, testemunhados quase só pela população: os frades não julgavam oportuno difundi-los. Mas quando ele morreu, ficaram atônitos com a imensa procissão de fiéis que desejavam se despedir do amado frei, ao qual, juntamente com o papa Xisto V, proclamavam os seus milagres e a sua santidade.

Ele vivenciou o seguimento de Jesus descrito nas constituições da Ordem, na simplicidade do seu carisma, nunca servilmente. Conviveu com muitos frades e religiosos ilustres, sendo amigo pessoal de Felipe Néri, Carlo Borromeo, hoje também santos, e do papa Xisto V, ao qual predisse o seu papado.

No dia 18 de maio de 1587, aos setenta e dois anos, depois de oito anos de sofrimentos causados por uma doença nos intestinos, e tendo uma visão da Santíssima Virgem, frei Félix deu seu último suspiro e partiu para os braços do Pai Eterno. O papa Clemente XI o canonizou em 1712. O corpo de são Félix de Cantalício repousa na igreja da Imaculada Conceição, em Roma.

Fonte: www.paulinas.org.br

sexta-feira, 17 de maio de 2013

São Pascoal Baylon




17/05 - Neste dia, comemoramos São Pascoal Baylon, nascido na cidade de Torre Hermosa no reino espanhol de Aragona, no dia 16 de maio de 1540, dia de Pentecostes.
 
Depois de ter tentado ser admitido sem muito êxito no convento de Santa Maria de Loreto, no dia 2 de fevereiro de 1524, conseguiu ingressar no convento dos franciscanos descalços, em Valença. Como era chamado "irmão leigo" , foi porteiro, cozinheiro, responsável pelos bens da comunidade e pela distribuição de esmolas. Foi enviado a Franá para tratar de assuntos da Ordem, e fez a viagem descalço e com hábito de franciscano e sob a ameaça dos calvinistas. Sendo iletrado e tendo recebido a sabedoria e os dons do Espírito Santo, é considerado um dos primeiros teólogos da Eucaristia.

São Pascal Baylon, teve outro centro de atenção, foi a eucaristia e por isto foi proclamado pelo Papa Leão XIII, patrono das obras e congressos eucarísticos internacionais.

Morreu em Villareal no dia 17 de maio de 1592, aos 52 anos de idade. Vinte seis anos após a sua morte, no dia 29 de outubro de 1618 foi proclamado bem-aventurado e no ano de 1690, Santo.


quinta-feira, 16 de maio de 2013

Santo André Bobola


16/05 - Filho de pais nobres, cristãos e poloneses, André nasceu no dia 30 de novembro de 1591, na cidade de Sandomir. Aos vinte anos, ingressou no seminário dos jesuítas de Vilna, atual Vilnius, Lituânia. Lá se ordenou sacerdote em 1622, com o desejo único de evangelizar, mas acabou se tornando enfermeiro durante uma epidemia de cólera, dando prioridade à esse trabalho.

Depois foi eleito superior em Bobruik, percorrendo a região por vinte anos, com seu apostolado de pregação e evangelização. O sacerdócio era um risco contínuo nesse território devastado pelas freqüentes guerras entre poloneses, lituanos, russos "brancos" e "moscovis", suecos e cossacos. Esses nômades foram também para a Polônia, que tentava controlar o ingresso com normas rígidas de permissão, sem interromper, contudo, os confrontos sangrentos.

Além do conflito político, havia o religioso entre: os católicos romanos; os cristãos orientais, divididos entre si; e os grupos da Reforma. É nesse cenário que padre Bobola marcou sua presença de fé tranqüila e pacífica, alicerçada pelo estudo e pelo gosto pessoal dos diálogos e debates vigorosos com as demais pessoas.

Ele não vivia sem a pregação. Todos, católicos ou não, admiravam sua coragem. Os inimigos o chamavam de "caçador de almas" com uma aversão que era mais um reconhecimento ao seu valor e a sua coragem frente a tudo e todos.

Uma revolta dos cossacos, a serviço do Império Russo, inimigo da Polônia, desencadeou uma perseguição político-religiosa sem precedentes. As igrejas, conventos e seminários foram incendiados e os católicos torturados e martirizados. Todavia, padre André Bobola não desistiu do apostolado nem diminuiu sua pregação. No dia 16 de maio de 1657, os cossacos o capturaram e após muito suplício e tortura, foi cruelmente assassinado.

Os católicos levaram seu corpo para Pinsk, onde todos foram venerá-lo, mesmo os ortodoxos e os dissidentes. Alí suas relíquias repousaram até o ano de 1808, quando foi trasladado para Polock, na Rússia Branca, antiga União Soviética.

Em 1922, depois da revolução bolchevista seu corpo foi levado para um museu médico em Moscou. Mas no ano seguinte o entregaram à uma comissão de jesuítas, depois de acertos oficiais entre o Papa Pio XI e as autoridades do governo russo.

Assim, a urna do jesuíta mártir foi conduzida a Roma, em 1924, e depositada na Igreja de Jesus. Em 1938, o Papa Pio XI o proclamou santo e suas relíquias seguiram, numa última viagem, à Varsóvia, Polônia. Santo André Bobola viveu apenas sessenta e seis anos, mas seu corpo viajou por toda a Europa ao longo de três séculos. Ele foi declarado: padroeiro da Polônia, junto com Nossa Senhora de Czestochowa, e apóstolo da Lituânia.

quarta-feira, 15 de maio de 2013

Santa Dymphna



15/05 - Santa muito popular na Europa e é conhecida pela sua lendária historia, na qual era uma linda filha de um chefe Céltico pagão. Convertida ao cristianismo, ela fugiu de casa após a morte de sua mãe para escapar aos torpes assédios de seu pai, que tentou até mesmo violenta-la.

Fugiu para a Bélgica em companhia do seu confessor São Gerebernus, um velho padre amigo da família e dois companheiros ajudantes. Eles fundaram um oratório perto de Amsterdã e passaram a viver como eremitas.

O pai de Dymphna entretanto mandou caça-los e acabou encontrando-os e ele matou Gerebernus e os dois companheiros. Ele ordenou que ela retornasse com ele, mas ela se recusou e acabou sendo torturada e finalmente num acesso de fúria ele a degolou.

As relíquias dos quatro mártires foram descobertos anos mais tarde em Gheel, perto de Amsterdã, no século 13 e milagres foram relatados entre os doentes de insanidade, possessão e epilepsia.

Por isto um asilo foi construído no exato local do achado, e ainda está por lá e continua a tratar dos mentalmente doentes e milagres ainda são reportados como creditados a intercessão de Santa Dymphna.

Ela é protetora dos mentalmente insanos, dos que sofrem colapsos nervosos, stress, dos epilépticos e é invocada contra o sonambulismo e a insônia. É a padroeira do profissionais que trabalham com a saúde mental, psiquiatras e psicólogos.

Em alguns locais é comum orar o Rosário de Santa Dymphna com 18 contas amarelas representando seus poucos anos de vida e duas contas límpidas e transparentes representando sua pureza e no final a sua medalha.

Na arte litúrgica da Igreja, ela é representada 1) com uma princesa segurando uma espada, 2) afugentando o demônio com a espada, 3)com São Gerebernus, 4) como uma princesa segurando uma lâmpada, 5)orando enquanto seu pai assassinava Gerebernus, 6) orando numa nuvem cheia de lunáticos presos com correntes de ouro, 7) sendo decapitada pelo pai.


terça-feira, 14 de maio de 2013

São Matias - Apóstolo




14/05 - Matias, o apóstolo "póstumo". É assim chamado porque surgiu depois da morte do apóstolo Judas Iscariotes, o traidor. Alguns teólogos se referem à ele como o décimo terceiro apóstolo, pois foi eleito para ocupar esse posto, conforme consta dos Atos dos Apóstolos, na Bíblia.

A eleição dos onze apóstolos, se deu dias depois da Ascensão de Jesus e da vinda do Espírito Santo e assim foi descrito: "Depois da Ascensão de Jesus, Pedro disse aos demais discípulos: Irmãos, em Judas se cumpriu o que Dele se havia anunciado na Sagrada Escritura: com o preço de sua maldade se comprou um campo". O salmo 109 ordena "Que outro receba seu cargo".

"Convém então que elejamos um para o lugar de Judas. E o eleito deve ser dos que estiveram entre nós o tempo todo em que o Senhor conviveu entre nós, desde que foi batizado por João Batista até que ressuscitou e subiu aos céus". (Atos 1, 21-26) .

As outras informações existentes sobre Matias fazem parte das tradições e dos escritos da época. Esses registros, entretanto, são apenas fragmentos com algumas citações e frases, que foram recuperadas e segundo os teólogos são de sua autoria. De fato, existe uma certa confusão entre os apóstolos: Matias e Mateus em alguns escritos antigos.

Segundo a tradição Matias evangelizou na Judéia, Capadócia e depois na Etiópia. Ele sofreu perseguições e o martírio, morreu apedrejado e decapitado em Colchis, Jerusalém, testemunhando sua fidelidade à Jesus.

Há registros de que Santa Helena, mãe do imperador Constantino, o grande, mandou trasladar as relíquias de São Matias para Roma, onde uma parte está guardada na igreja de Santa Maria Maior, em Roma. O restante delas se encontra na antiqüíssima igreja de São Matias em Treves, na Alemanha, cidade que a tradição diz ter sido evangelizada por ele e da qual os devotos o têm como seu padroeiro.

São Matias era comemorado no dia 24 de fevereiro, mas atualmente sua festa ocorre no dia 14 de maio.

segunda-feira, 13 de maio de 2013

Nossa Senhora de Fátima



13/05 - A 13 de Maio de 1917, três crianças apascentavam um pequeno rebanho na Cova da Iria, freguesia de Fátima, concelho de Vila Nova de Ourém, hoje diocese de Leiria-Fátima. Chamavam-se Lúcia de Jesus, de 10 anos, e Francisco e Jacinta Marto, seus primos, de 9 e 7 anos.

Por volta do meio dia, depois de rezarem o terço, como habitualmente faziam, entretinham-se a construir uma pequena casa de pedras soltas, no local onde hoje se encontra a Basílica. De repente, viram uma luz brilhante; julgando ser um relâmpago, decidiram ir-se embora, mas, logo abaixo, outro clarão iluminou o espaço, e viram em cima de uma pequena azinheira (onde agora se encontra a Capelinha das Aparições), uma "Senhora mais brilhante que o sol", de cujas mãos pendia um terço branco.

A Senhora disse aos três pastorinhos que era necessário rezar muito e convidou-os a voltarem à Cova da Iria durante mais cinco meses consecutivos, no dia 13 e àquela hora. As crianças assim fizeram, e nos dias 13 de Junho, Julho, Setembro e Outubro, a Senhora voltou a aparecer-lhes e a falar-lhes, na Cova da Iria. A 19 de Agosto, a aparição deu-se no sítio dos Valinhos, a uns 500 metros do lugar de Aljustrel, porque, no dia 13, as crianças tinham sido levadas pelo Administrador do Concelho, para Vila Nova de Ourém.

Na última aparição, a 13 de Outubro, estando presentes cerca de 70.000 pessoas, a Senhora disse-lhes que era a "Senhora do Rosário" e que fizessem ali uma capela em Sua honra. Depois da aparição, todos os presentes observaram o milagre prometido às três crianças em Julho e Setembro: o sol, assemelhando-se a um disco de prata, podia fitar-se sem dificuldade e girava sobre si mesmo como uma roda de fogo, parecendo precipitar-se na terra.

Posteriormente, sendo Lúcia religiosa de Santa Doroteia, Nossa Senhora apareceu-lhe novamente em Espanha (10 de Dezembro de 1925 e 15 de Fevereiro de 1926, no Convento de Pontevedra, e na noite de 13/14 de Junho de 1929, no Convento de Tuy), pedindo a devoção dos cinco primeiros sábados (rezar o terço, meditar nos mistérios do Rosário, confessar-se e receber a Sagrada Comunhão, em reparação dos pecados cometidos contra o Imaculado Coração de Maria) e a Consagração da Rússia ao mesmo Imaculado Coração. Este pedido já Nossa Senhora o anunciara em 13 de Julho de 1917.

Anos mais tarde, a Ir. Lúcia conta ainda que, entre Abril e Outubro de 1916, tinha aparecido um Anjo aos três videntes, por três vezes, duas na Loca do Cabeço e outra junto ao poço do quintal da casa de Lúcia, convidando-os à oração e penitência.

Desde 1917, não mais cessaram de ir à Cova da Iria milhares e milhares de peregrinos de todo o mundo, primeiro nos dias 13 de cada mês, depois nos meses de férias de Verão e Inverno, e agora cada vez mais nos fins de semana e no dia-a-dia, num montante anual de cinco milhões.


domingo, 12 de maio de 2013

São Pancrácio




12/05 - Nascido na então cidade turca de Frigia no ano 289 d.C., Pancrácio era filho de nobres romanos muito ricos e que não tinham como religião o cristianismo . Perdeu seu pai quando tinha 8 anos, mudando-se na ocasião para Roma com sua mãe , indo morar junto ao tio , Dionísio.
 
O Imperador Diocleciano iniciou nesta época a mais terrível perseguição feita aos cristãos. O Papa Marcelino refugiou-se no sítio vizinho ao de Dionísio. Pancrácio, embora muito jovem, ficou entusiasmado com a fé de muitos cristãos que estavam dispostos a dar a vida por Jesus Cristo. Interessou-se por conhecer o Evangelho e foi batizado. Algumas fontes ressaltam que o próprio Papa Marcelino foi quem o catequizou e batizou. Era o ano 303 d.C..

A perseguição ordenada por Diocleciano intensificou-se, condenando todos aqueles que não ofereciam incenso aos deuses e ao Imperador. Pancrácio foi descoberto e levado diante do Imperador que ordenou a sua morte. Aos 12 de maio do ano 304 da era Cristã, na cidade de Roma, na Via Aurélia, Pancrácio foi decapitado.

Os cristãos se incumbiram de sepultar o jovem mártir em um cemitério nas proximidades dessa importante via da Roma Antiga, a Catacumba de Calepódio , que, em seguida, teve o seu nome mudado em homenagem a ele. Neste local lê-se “ HIC DECOLLATUS FUIT SANCTUS PANCRATIUS ” (Aqui foi degolado São Pancrácio).

O culto a São Pancrácio iniciou-se desde o dia de seu martírio; muitos devotos visitavam a tumba, convertendo-a em um autêntico santuário de peregrinação de pessoas vindas de todos os lugares. Acima de sua catacumba foi erguida uma Basílica , no início do século VI. Mais tarde, o pontífice Honório I construiu, entre os anos 625 e 638, uma nova Basílica em honra de São Pancrácio, uma vez que a antiga corria risco de ruir.

A Devoção a São Pancrácio propagou-se pelo Ocidente e pelo Oriente no decorrer dos anos, em boa parte graças à narração de sua paixão e de dois atrativos que ajudaram a sua veneração: a sua tenra idade por ocasião da morte e os milagres que por sua intercessão lhe foram atribuídos. Sua devoção expandiu-se inclusive na Inglaterra onde, São Agostinho de Canterbury lhe dedicou uma igreja em meados do século VI.

São Pancrácio é considerado padroeiro dos jovens e das crianças, amparo dos idosos e intercessor dos enfermos. Apesar do patrono dos trabalhadores ser São José, São Pancrácio é também outro dos santos a quem muitos devotos recorrem para encontrar trabalho.

sexta-feira, 10 de maio de 2013

Santo Antonino de Florença



10/05 - Antonino Pierozzi nasceu em Florença, na Itália, em 1389. Seu pai era tabelião e sua mãe dona de casa, ambos muito religiosos. Sendo filho único e obedecendo ao desejo dos pais, fez o curso de direito e se tornou um perito na matéria. Mas, seu sonho era entregar-se à vida religiosa e, para tanto, Antonino procurou ingressar na Ordem Dominicana. Foi recusado, pois o superior não confiou em seu corpo pequeno e magro, aparentemente fraco. Disse à Antonino que só seria aceito se ele decorasse completamente todo o código de direito canônico, coisa julgada impossível e que ninguém fizera até então. Mas Antonino não se deu por vencido e, poucos meses depois, procurou novamente o superior e provou que cumprira a tarefa.

Foi admitido de imediato e se fez um modelo de religioso, apesar de poucos acreditarem que ele pudesse resistir à disciplina e aos rígidos deveres físicos que a Ordem exigia. Ordenado sacerdote ocupou cargos muito importantes. Foi superior em várias casas, provincial e vigário-geral da Ordem. Deixou escritos teológicos de grande valor. Entretanto, mais que seus discursos, seu exemplo diário é que angariava o respeito de todos, que acabavam por naturalmente imitá-lo numa dedicada obediência às regras da Ordem.

Quando ficou vaga a Sé Episcopal de Florença, o Papa Eugênio IV decidiu nomear Antonino para o cargo. Entretanto ele fugiu para não ter que assumir o posto, mas afinal foi encontrado pelo amigo beato Frà Angélico e teve por força que aceitá-lo. A Igreja, até hoje, comemora o quanto a fé ganhou com isso. Antonino de Florença, em todos os registros, é descrito como pastor sábio, prudente, enérgico e, sobretudo, santo.

Combateu o neopaganismo renascentista e defendeu o Papado no Concílio de Basiléia. Conseguiu tanto apoio popular que acabou com o jogo de azar na diocese. No palácio episcopal todos os que o procuravam encontravam as portas abertas, principalmente os pobres e necessitados. Havia ordem expressa sua para que nenhum mendigo fosse afastado dali antes de ser atendido.

A fama de sua santidade era tanta que, certa vez, o Papa Nicolau V declarou em público que o julgava tão digno de ser canonizado ainda em vida quanto Bernardino de Sena, que acabava de ser inscrito no livro dos Santos da Igreja.

Antonino resistiu até aos setenta anos, quando o trabalho ininterrupto o derrotou. Morreu no dia 02 de maio de 1459. O Papa Adriano VI canonizou Santo Antonino de Florença em 1523 Seu corpo incorrupto é venerado na Basílica Dominicana de São Marco em Florença. A Ordem Dominicana o celebra no dia 10 de maio.


Fonte: www.aper.org.br

quinta-feira, 9 de maio de 2013

Beata Maria Teresa de Jesus ou Carolina Gerhardinger




09/05 - Carolina Francisca Gerhardinger nasceu em 20 de junho de 1797 no subúrbio da cidade de Regensburg-Stadtamhof, na Alemanha. Pertencia a uma família de classe média muito religiosa e com ela aprendeu desde cedo os valores humanos e cristãos.

Carolina estudou na escola das Irmãs de Notre Dame, mas durante o governo napoleônico as instituições religiosas foram suspensas, inclusive essa na Alemanha. Por isso o bispo decidiu escolher as três melhores alunas e formá-las professoras, para dar continuidade ao ensino das crianças daquela comunidade. Carolina foi escolhida por ser muito aplicada e responsável nos seus deveres de filha e aluna.

Ainda muito jovem, recebeu o diploma de professora primária, começando o trabalho de educadora de crianças e jovens, função que exerceu até 1833. Nessa época, a restrição napoleônica foi suspensa e as instituições religiosas puderam retomar a tarefa do ensino.

A jovem Carolina acolheu o chamado de Deus e se tornou uma religiosa. Sua grande preocupação era que seus alunos se tornassem pessoas felizes e preparadas para a vida. E essa inquietação lhe deu a idéia de criar uma congregação religiosa organizada de maneira que pudesse enviar, duas a duas, professoras para atender as escolas rurais.

Com a orientação do bispo, em 1833 fundou a congregação das Irmãs Escolares de Nossa Senhora, em Neunburg vor dem Wald, na Baviera, Alemanha, sendo eleita a superiora.

Um de seus grandes desafios era oferecer uma boa educação às crianças e jovens, principalmente às mais pobres e abandonadas. Acreditava que uma boa educação humana e cristã era fundamental para a mudança da sociedade.

Em 1835, fez sua profissão pelas mãos do bispo de Regensburg, trocando o nome para Maria Teresa de Jesus. Com a ajuda do imperador Ludovico I da Baviera, transferiu a Casa mãe de Neunburg para Mônaco. Ela administrou e desenvolveu a congregação, de modo efervescente, apesar das inúmeras dificuldades, durante quarenta anos.

Em 1847, Maria Teresa de Jesus, aceitando o pedido dos missionários americanos, partiu junto com mais cinco religiosas para os Estados Unidos. Ali, com a ajuda do beato João Neumann, fundou um orfanato em Baltimore, abriu escolas em Pittsburg e Philadelphia, destinadas a atender os filhos dos emigrantes alemães. Três anos mais tarde, a congregação já se expandira por toda a Alemanha, ultrapassando as fronteiras para a Hungria e a Inglaterra.

Em 1859, a fundadora foi nomeada superiora-geral vitalícia. Após uma grave enfermidade, ela morreu no dia 9 de maio de 1879, em Mônaco, na Casa mãe da sua congregação. Em 1985, o papa João Paulo II a proclamou beata Maria Teresa de Jesus, instituindo sua festa litúrgica para o dia de sua morte.

Fonte: www.cot.org.br

quarta-feira, 8 de maio de 2013

São Vítor, o Mouro


08/05 - Vítor, o Mouro, era africano natural da Mauritânia. Cristão desde criança, quando adulto ingressou no exército do imperador Maximiano. Quando este desejou sufocar uma rebelião na Gália, atual França, recrutou, então, um grande contingente de homens do Oriente e do norte da África.

O destacamento em que veio Vítor se estabeleceu em Milão, na Itália. Entretanto o imperador exigia que todos os soldados, antes de irem para a batalha, oferecessem sacrifícios aos deuses pagãos do Império. Os que se recusavam eram condenados à morte.

Pois Vítor se recusou, mantendo e reafirmando sua fé cristã a cada ordem recebida nesse sentido. Ele foi levado ao tribunal e interrogado. Confessou novamente sua doutrina, entretanto, renovando sua lealdade ao imperador, quanto às ordens militares. O soldado Vítor, mesmo assim, foi encarcerado, permanecendo por seis dias sem comida ou água.

Essa cadeia onde ficou, ao lado da Porta Romana, até hoje é tristemente conhecida como o cárcere de São Vítor. Findo esse prazo, Vítor foi arrastado pelas ruas da cidade até o hipódromo do Circo, situado junto à atual Porta Ticinense, onde, interrogado novamente pelo próprio imperador, se negou a abandonar sua religião. Foi severamente flagelado, mas manteve-se firme. Levado de volta ao cárcere, teve as feridas cobertas por chumbo derretido, mas o soldado africano saiu ileso do pavoroso castigo.

Rapidamente Vítor se recuperou e, na primeira oportunidade, fugiu da cadeia, refugiando-se numa estrebaria junto a um teatro, onde hoje se encontra a Porta Vercelina. Acabou descoberto, levado a uma floresta próxima e decapitado. Era o dia 8 de maio de 303.

Conta a tradição milanesa que seu corpo permaneceu sem sepultura por uma semana, quando o bispo são Materno o encontrou intacto e vigiado por duas feras. Ali mesmo foi construída uma imensa igreja, a ele dedicada. Aliás, não é a única. Há, em Milão, várias outras igrejas e monumentos erguidos em sua homenagem, mas o mais significativo, sem dúvida, é o seu cárcere.

Vítor é um dos santos mais amados e venerados pelos habitantes de Milão. Tendo sido martirizado naquela cidade, sua prisão e seu martírio permanecem vivos na memória do povo, que sabe contar até hoje, detalhadamente, seu sofrimento, apontando com precisão os locais onde as tristes e sangrentas cenas aconteceram no início do século IV.

O culto ao mártir são Vítor, o Mouro, se espalhou pelo mundo católico do Ocidente e do Oriente, sendo invocado como o padroeiro dos prisioneiros e exilados.

terça-feira, 7 de maio de 2013

Santa Flávia Domitila


07/05 - Há muito mais tradições envolvendo a existência de Flávia Domitila do que documentos históricos comprovados. Seu nome e santidade tanto se espalharam, nos primeiros tempos do cristianismo, que sua vida se mesclou a essas tradições pela transmissão dos próprios fiéis que fixaram o seu culto.

Flávia Domitila teria sido convertida ao cristianismo por dois eunucos. Enquanto ela se preparava para o casamento com o filho de um cônsul, Nereu e Aquiles lhe falaram sobre Cristo e a beleza da virgindade, "irmã dos Anjos". Ela teria abandonado o casamento e se convertido imediatamente.

Contudo o próprio imperador, inconformado, tentou vencer a recusa pelo compromisso da jovem com uma tarde dançante em sua homenagem. A morte repentina do próprio noivo aconteceu em meio às danças. Segundo a tradição, Flávia Domitila morreu queimada num incêndio criminoso que destruiu sua casa, sendo provocado por um irmão do noivo.

Mas o que existe de real sobre a vida de santa Flávia Domitila é que ela era uma nobre dama romana, esposa do cônsul Flávio Clemente e sobrinha do imperador Vespasiano, pai de Domiciano. Esses dados foram encontrados em uma inscrição da época, conservada na basílica dos santos Nereu e Aquiles, que também morreram decapitados pelo testemunho em Cristo.

No primeiro século, ela enfrentou a ira da corte por não esconder sua fé em Cristo. Banida do convívio social, foi depois julgada e condenada ao exílio, sendo deportada para a ilha de Ponza.

Sua morte aconteceu de forma lenta, cruel e dolorosa, numa ilha abandonada, sem as menores condições de sobrevivência, conforme escreveu sobre ela são Jerônimo.

segunda-feira, 6 de maio de 2013

Beata Catarina Troiani

06/05 - A parábola evangélica do bom samaritano, onde Jesus revela que o amor verdadeiro se reconhece nos gestos de solidariedade para com quem está próximo e sofre, é a mais bela imagem para exprimir o que foi a vida de Catarina Troiani. Como discípula e missionária de Jesus Cristo, ela esteve ao lado de cada irmão, oferecendo-lhe amorosamente a sua mão benévola e pagando o preço com a própria vida.

Nasceu na Itália, na cidadezinha de Juliano de Roma, no dia 9 de janeiro de 1813. Terceira filha de uma rica família, viveu tranqüilamente sua infância até os 6 anos de idade, quando, com a perda da mãe, foi acolhida no convento e escola "Santa Clara da Caridade" em Ferentino, para ser educada.

Aos 16 anos sentiu-se chamada por Deus e decidiu consagrar-se a Ele. Como religiosa, desenvolveu neste mesmo convento, o serviço de professora e secretária.

Mulher perspicaz e dinâmica, intuiu que o Senhor ia abrindo largos horizontes na sua vida, e sentiu o forte chamado para a missão "além-mar". Seu desejo era viver e anunciar a todos que, em Jesus, Deus caminha ao nosso lado e nos quer bem, por isso, viver uma vida digna deste amor é glorificá-lo.

Depois de uma longa espera e contatos com alguns missionários, foi convidada para ir ao Egito e acolheu a proposta juntamente com outras 6 irmãs. Tinha 46 anos de idade. Lá dedicam-se a várias iniciativas missionárias, entre elas a educação, o resgate de crianças escravizadas e rejeitadas, às quais tinha uma particular sensibilidade, à promoção da dignidade da pessoa e da família.

Alguns anos depois, destacando-se das Irmãs de Ferentino, deu início ao novo Instituto, que logo obtém a aprovação da Igreja: hoje, as franciscanas missionárias do Coração Imaculado de Maria que, no primeiro momento de fundação eram chamadas "Irmãs Franciscanas Missionárias do Egito".

Jesus, a quem Catarina se consagrou e amou durante os anos de clausura, tornou-se agora, com maior força, o "seu amor crucificado" a quem serviu nos pobres e sofredores do Egito. Em seguida, a missão iniciada por ela cresceu e se desenvolveu em vários outros países da Europa, da Ásia, da América e da África. No ano de 1907 as missionárias chegam também ao Brasil.

Completou sua vida em 6 de maio de 1887. Estimada pela sua grande caridade para com todos, foi beatificada pelo papa João Paulo II no dia 14 de abril de 1985.

Para o povo do Cairo foi a "mãe dos pobres", mas para todos nós continua sendo uma luz: a vida se torna significativa quando tem um propósito que vale a pena, quando se torna dom de amor e solidariedade.




domingo, 5 de maio de 2013

Beato Núncio Sulprizio


05/05 - Hoje se recorda um jovem operário, morto com apenas 19 anos. Nasceu em 14-4-1817, filho de Domingos e Domingas Rosa Luciani, em Pescosansonesco ( Pescara, Itália). Depois da morte dos pais, a avó materna Ana Rosária o tomou consigo. Com 9 anos, tendo morrido também a avó, entrou como aprendiz na oficina do tio Domingos Luciani, ferreiro, que exigia do rapaz um trabalho superior às suas forças.

Atingido na tíbia do pé esquerdo por uma dolorosa doença, teve de passar três meses no hospital de S. Salvador, em Áquila.

Depois de um retorno doloroso à oficina do tio, foi para Nápoles em 1832 a pedido de um outro tio, Francisco Sulprizio. Por intermédio do Coronel Félix Welchinger, que o amou como um filho, Núncio foi internado no hospital chamado "dos incuráveis". Para uma melhor recuperação, o coronel levou-o para o Castel-Nuovo de Nápoles, antigo palácio real adaptado para caserna. Também na nova morada não lhe faltaram novas dolorosas experiências, que ele suportou com muita paciência. No fim de 1835, os médicos tinham decido pela amputação da sua perna, mas a operação não pode se realizar devido à extrema fraqueza em que encontrava o enfermo.

Preciso em tudo, Núncio, tinha escrito um regulamento de vida e observou fielmente, procurando não cair nem no menor defeito. Morreu em Nápoles, em 5 de maio de 1836. Devido a sua grande paciência no sofrimento, religioso sincero, foi considerado um exemplo e logo se pensou no processo de beatificação do humilde e pobre rapaz órfão o infeliz no sofrimento, mas muito conformado com a vontade de Deus. De fato Paulo VI o proclamou beato em 1º de dezembro de 1963, quando lhe traçou um magnífico perfil espiritual em sua homília.

sábado, 4 de maio de 2013

São Floriano




04/05 - O mais antigo registro sobre Floriano foi encontrado num documento de doação datado do século VIII, através do qual o presbítero Reginolfo oferecia para a Igreja algumas propriedades de terras, dentre as quais, "as do lugar aonde foi enterrado o precioso mártir Floriano".

Floriano viveu na cidade de Mantem, próxima de Kems, Alemanha. Na época, Diocleciano era o imperador e Aquilino, o comandante do exército romano na região do Danúbio, atual Áustria, onde existiam numerosas colônias do Império e vários batalhões de soldados que faziam sua defesa. Floriano era militar em um desses batalhões.

Os legionários romanos cristãos foram muito importantes, porque levaram a fé de Cristo às regiões mais remotas do Império Romano, pagando por essa difusão com a própria vida. Famosos e numerosos foram os mártires que pertenceram a essas legiões, mortos sob a perseguição do imperador Diocleciano no início do século IV. Entre eles encontramos Floriano e seus companheiros.

Diocleciano foi imperador de grande energia, estadista de rara habilidade e inteligência, mas se tornou um fanático inimigo da Igreja. Desencadeou a mais longa e duradoura perseguição contra ela, na intenção de varrer todos os vestígios do cristianismo. Contava, para isso, com a ajuda de seu genro Galério, colega nas armas e no domínio do Império.

Foi dele o decreto que proibia qualquer tipo de culto cristão. Exigia que todos os livros religiosos, começando pela Bíblia Sagrada, fossem queimados e ampliou a perseguição para dentro do seu próprio exército. Os soldados eram obrigados a prestar juramento de fidelidade ao imperador e levar oferendas aos ídolos, sob pena de morte.

Muitos militares recusaram obedecer à ordem do imperador e foram executados. Um deles foi Floriano, acompanhado por mais quarenta companheiros. Eles se apresentaram ao comandante Aquilino, do acampamento de Lorch, Áustria, para comunicar que eram cristãos e que não poderiam servir ao exército do imperador. Por esse motivo foram presos.

Durante o processo de julgamento, nenhum deles renunciou à fé em Cristo. Foram condenados a serem jogados no rio Ens, com uma pedra amarrada no pescoço. A sentença foi executada no dia 4 de maio de 304.

O corpo de Floriano foi recolhido por uma senhora cristã, que o sepultou.

No século VIII, sua veneração foi oficialmente introduzida na Igreja pelo Martirológio Romano, que manteve esta data para a festa litúrgica.

No local da sua sepultura construíram um convento beneditino. Mais tarde, passou para os agostinianos, que difundiram a sua memória e a de seus companheiros.

O seu culto se popularizou rapidamente na Áustria e na Alemanha, onde os fiéis recorrem a ele pedindo proteção contra as inundações. Por essa sua tradição com a água, ao longo do tempo são Floriano se tornou o protetor contra os incêndios e padroeiro dos bombeiros.

sexta-feira, 3 de maio de 2013

São Tiago Apóstolo, o Menor




03/05 - São Tiago, cognominado o Menor, recebeu, devido à grande santidade, o título de Justo. São Paulo chama-o "irmão de Nosso Senhor", por causa do parentesco próximo com Jesus Cristo. Era filho de Alfeu e Maria. Era irmão do Apóstolo Judas Tadeu e de Simão, o Zelador. Chamado por Jesus, no segundo ano de sua vida pública, Tiago com o irmão Tadeu, foi incorporado ao Colégio dos Apóstolos. Bem poucas vezes encontramos o nome deste Apóstolo nas narrações evangélicas.
 
De quão alta estima gozava da parte de Nosso Senhor, prova é ter Jesus Cristo distinguido a São Tiago, com uma aparição particular depois da gloriosa Ressurreição. Antes de subir ao céu, Jesus Cristo deu ao Apóstolo o Dom da ciência, como recompensa de sua santidade.

Segundo são Jerônimo e Epifânio, Nosso Senhor, antes de subir ao céu, teria recomendado a São Tiago a Igreja de Jerusalém. Certamente por esse motivo os Apóstolos, antes da separação, deixaram São Tiago como primeiro Bispo de Jerusalém. Santo Epifânio elogia em São Tiago a grande pureza, vivendo extraordinariamente uma vida santa e austera.

Após a morte do governador Festo e o do Sumo Sacerdote Anás, os cristãos foram duramente perseguidos pelos judeus, tendo São Tiago sido martirizado pelo conselho após testemunhar a verdadeira fé. Tal aconteceu em 10 de abril do ano 62, quando tinha 96 anos. Suas últimas palavras foram: "Pai, perdoai-lhes, porque não sabem o que fazem". O corpo foi sepultado no lugar do martírio e, após oito anos, Jerusalém foi destruída. Os Judeus reconheceram nisso o castigo de Deus, tendo o corpo em 572 sido transferido para Constantinopla, e hoje se encontra na Igreja "Dodeci Apostoli", em Roma.

Fonte: www.paginaoriente.com

quinta-feira, 2 de maio de 2013

Santo Atanásio





02/05 - Houve o dia em que a Igreja se viu livre da perseguição mortal dos pagãos. Era o ano 313 e o famoso Edito de Milão transformou o cristianismo, de perseguido à favorecido pelos imperadores romanos. Mas a luta não terminou aí, pois na mesma época a semente da discórdia foi plantada no interior do catolicismo, com a heresia de Ário. Foi então que a fé extrema e a dedicação na defesa da divindade de Cristo transformaram Atanásio, o bispo de Alexandria, no mais vigoroso combatente dos hereges.

Atanásio nasceu no Egito em 296, filho da cidade da qual seria o bispo mais lembrado. Ainda adolescente foi considerado um dos homens mais inteligentes de Alexandria entre as celebridades que ali vivam. Ingressou na Igreja por meio do bispo Alexandre. Na qualidade de seu assessor especial, embora fosse apenas diácono, Atanásio participou do Concílio de Nicéia, em 325, e passou para a História da Igreja.

Em todos os registros sobre esse Concílio, que definiu o arianismo como heresia, o nome de Atanásio é o mais citado. O arianismo negava a santidade de Jesus. Considerava-o apenas "uma criatura do Pai" e não parte Dele, equivalente a Ele. Atanásio foi um dos responsáveis na luta para que a Igreja retomasse o caminho apontado e definido pelos apóstolos.

Conta-se que os seus discursos empolgantes, com uma argumentação bíblica brilhante e a lucidez de sua doutrina foram essenciais na defesa e manutenção da ortodoxia cristã. Apontou um por um os erros históricos e dogmáticos dos hereges, conquistando a vitória para a causa católica e, conseqüentemente o ódio profundo dos arianos.

Atanásio foi um religioso muito atuante, discípulo e contemporâneo de figuras muito importantes do clero que a Igreja honrou com a veneração nos altares. Quando morreu o bispo Alexandre, tanto o povo como o clero, apontaram Atanásio como seu sucessor. Seu bispado durou quarenta e seis anos recheados de perseguição e sofrimento. Apoiados pelo imperador, os arianos espalharam calúnias incríveis. Atanásio sofreu cinco exílios seguidos, intercalados com fugas e com afastamentos por vontade própria, que suportou com paciência e determinação. Foi assim que conheceu Santo Antão, de quem escreveu a biografia, contando também como era a vida monástica no deserto, o que atraiu muitos cristãos aos mosteiros eremitas.

Atanásio morreu com setenta e sete anos, no dia 02 de maio de 373. Logo depois foi inserido entre os celebres "Padres da Igreja" , sendo canonizado e declarado : "Doutor da Igreja". Sua festa litúrgica é celebrada no dia de sua morte em todo o mundo cristão

Fonte: www.prestservi.com.br

quarta-feira, 1 de maio de 2013

São Peregrino


01/05 - São Peregrino nasceu em Forli, Itália. Foi um jovem idealista, revestido de caráter fogoso de sua terra, com isso foi apelidado de furacão. A cidade de Forli era conhecida ineversalmente pelo espírito impulsivo e revolucionário, tinha muita desordem e atitudes rebeldes e em 1282, foi castigada com um interdito eclesiástico.

São Filipe Benício foi mandado para lá em missão pacificadora, era uma missão desafiadora para São Filipe pois em Forli se encontrava Peregrino e quando São Filipe chamou a multidão, Peregrino começou a gritar, fora o missionário do papa.

Humilhado, Filipe deixou o local rezando pela conversão daquele moço sacrílego. Deus em sua infinita bondade acolheu a sua oração Peregrino que era rebelde, mas tinha bom coração se comoveu e caindo em si arrependeu-se e foi em busca de Filipe e prostrou-se a seus pés pedindo perdão. A graça triunfara! Peregrino se convertera!

Através de oração e penitências o jovem amadureceu no ideal de consagrar-se a Deus, foi então para Sena atrás de São Filipe Benício para que este o aceitasse entre os Servos de Maria.

Em sua vida religiosa, Peregrino era fiel na observância da regra, caridoso com os pobres e com zelo apostólico, principalmente pelo espírito de mortificação e penitência. Durante 30 anos não se deitou em cama para dormir ou descansar, para ele bastava encostar-se em uma parede ou deitar-se no chão recostando sua cabeça em uma pedra.

Um de seus milagres foi a conversão de 30 ladrões que, de salteadores tornaram-se penitentes e eremitas. Peregrino voltou para Forli, sob a admiração de todos, exercer o apostolado de bem onde outrora semeava revoltas.

Em idade avançada, foi provadoduramente com câncer em uma das pernas e rezando certo dia em frente ao crucifixo, viu Jesus soltar uma das mãos e tocar-lhe a ferida que sarou no mesmo instante.

No dia 1 de maio de 1354, Peregrino faleceu. O Papa Bento XIII canonizou-o em 1726 e Pio XII o proclamou padroeiro dos cancerosos.