quinta-feira, 31 de janeiro de 2013

São João Bosco




31/01 - São João Bosco nasceu em Castelnuovo d'Asti (agora Castelnuovo Dom Bosco) no dia 16 de agosto de 1815, sendo seus pais Francisco Bosco e Margarida Occhiena. Aos nove anos num "sonho" misterioso conheceu a sua missão e se dedicou ao apostolado entre os companheiros. Por falta de meios e por dificuldades de família, teve que lutar muito para chegar ao sacerdócio, mas a sua constância venceu todos os obstáculos.

Ordenado sacerdote, começou em Turim, no dia 8 de dezembro de 1841, a Obra dos Oratórios, pela qual deveu suportar duríssimas provas. Vítima da incompreensão, perseguido, andou errante com seus meninos de um lugar para outro, até que em 12 de abril de 1846 estabeleceu-se definitivamente em Valdocco.

Fundou em prol da mocidade numerosas instituições, as quais pôs como fundamento a prática da Religião e a frequência aos SS. Sacramentos. Fundou a Sociedade Salesiana e o Instituto das Filhas de Maria Auxiliadora, e quis que os membros das duas Congregações fossem os herdeiros do seu espírito, e transfundiu neles seu grande amor para com a Igreja e para com o seu augusto Chefe, o Romano Pontífice. Suscitou a União dos Cooperadores e das Cooperadoras Salesianas; fundou inúmeras Missões; propagou a boa imprensa. Difundiu o culto de Nossa Senhora Auxiliadora, erguendo-lhe um grandioso Santuário em Turim, ao qual se seguiram outras numerosas igrejas e capelas.

Depois de uma vida de trabalho infatigável e de zelo intenso pela salvação das almas, terminou seus dias no Oratório de Valdocco, pranteado por todos, no dia 31 de janeiro de 1888.

Pio XI o beatificou no dia 2 de junho de 1929, e na Páscoa de 1934 (1º de abril) cingiu-o com a auréola dos Santos.

quarta-feira, 30 de janeiro de 2013

Santa Jacinta Mariscotti


30/01 - Santa Jacinta nasceu no ano de 1585 e recebeu no batismo o nome de Clarissa, que trocou pelo de Jacinta quando se fez religiosa.

Educada no temor de Deus, mostrou, ainda muito jovem, atrativa particular pela virtude; mas, avançando mais em idade, começou a ganhar gosto pelos adornos e vaidades do mundo. Embora tivesse sido mandada para um convento de religiosas, a fim de receber boa educação, ocupava-se unicamente em coisas frívolas. Toda a juventude a passou na dissipação, embora nunca perdesse a pureza de costumes.

Seu pai aconselhou-a a fazer-se religiosa, e, posto que não sentisse nenhuma vocação para a vida monástica, cedeu às instâncias da família e tomou o véu no mosteiro de S. Bernardino de Viterbo, da Ordem Terceira de S. Francisco. Os seus gostos, porém, e o seu caráter não mudou. Logo que chegou ao convento, mandou construir um quarto particular que mobiliou e adornou com suntuosidade. Era sempre com negligência que cumpria os deveres que a regra lhe impunha. A sua única ocupação consistia em satisfazer as fantasias da sua louca vaidade.

Todavia, juntamente com os seus defeitos, tinha boas qualidades. Consagrava amor muito particular à pureza, respeito profundo aos mistérios da religião e grande submissão à vontade dos pais, submissão que a trouxera ao convento.

Tinha Jacinta passado dez anos no meio das virgens do Senhor, conservando sempre os seus hábitos contrários aos santos exemplos de que todos os dias era testemunha. Um dia foi atingida por uma doença perigosa. Mandou chamar o confessor da casa; era um respeitável religioso da Ordem de S. Francisco. Ao entrar no quarto da doente, surpreendido de ver o luxo com que estava adornado, recusou atendê-la e disse-lhe em tom severo que o céu não tinha sido feito para as pessoas vãs e soberbas. Estas palavras produziram em Jacinta um terror salutar. «Já não há esperança para mim!», exclamou ela. O confessor respondeu-lhe que o único meio de salvar a sua alma era pedir perdão a Deus pela vida passada e reparar o escândalo que tinha dado às companheiras, começando desde então uma vida completamente nova.

Jacinta, banhada em lágrimas, prometeu mudar de vida. E, logo que lhe foi possível, seguindo os conselhos do santo religioso, foi ao refeitório quando lá estava toda a comunidade reunida. Derramando muitas lágrimas, prostrou-se no meio da sala, confessou em alta voz os seus defeitos e pediu encarecidamente lhe perdoassem os escândalos que tinha dado. As companheiras, comovidas com um ato de humildade tão heróica, apressaram-se a manifestar-lhe toda a alegria que sentiam com a sua conversão e prometeram-lhe pedir a Deus lhe concedesse a graça de consumar com generosidade o sacrifício que tinha começado.

Começou por dar à superiora da casa tudo o que possuía e entregou-se a todas as austeridades duma vida verdadeiramente penitente. Um feixe de sarmentos tomou-se o seu leito, uma pedra o travesseiro, uma túnica velha o vestido único. Andava quase sempre descalça; as vigílias e privações que se impunha só tinham por limite o perigo de pôr a vida em risco. O que a sustentava e animava nestes santos exercícios eram as suas meditações freqüentes sobre a Paixão de Jesus Cristo.

A narração dos sofrimentos do seu divino Esposo inspirava-lhe tal horror à vida passada, que procurava esquecê-la com austeridades de todo o gênero. Havia nela um único sentimento que subjugava o seu coração e absorvia todos os afetos: era o sentimento do amor de Deus e do próximo. Durante uma peste que desolou Viterbo fundou duas associações: uma com o fim de adquirir esmolas para os convalescentes, pobres envergonhados e prisioneiros; outra com o fim de colocar num hospital, que para isso se fundou, as pessoas idosas e enfermas. Estas duas associações ainda existem em Viterbo, a recordar a memória bendita da fundadora.

Jacinta viveu assim muitos anos, entregue ao cuidado dos desgraçados de quem era mãe, sendo favorecida por Deus com as graças mais preciosas e com o dom da mais sublime oração. Tinha 55 anos quando foi subitamente atingida por uma dor violenta que a levou ao tumulo em poucas horas. Apesar da grandeza do sofrimento, recebeu os Sacramentos com a maior piedade e adormeceu pacificamente no Senhor, no ano de 1640, pronunciando os doces nomes de Jesus e de Maria.

Foi beatificada em 1726 e canonizada em 1807. Ainda hoje se pode ver em Viterbo, no convento das Franciscanas, a cela ocupada por Santa Jacinta durante os últimos anos da vida.

terça-feira, 29 de janeiro de 2013

São Gildásio


29/01 - Santo Gildásio, que tem seu dia comemorado em 29 de janeiro, o seu nome verdadeiro seria “Saint Gildas, the wise” que significa Gildas, o sábio, mas acabou ficando Gildaswise e Gildase.

Nasceu em 500 DC no vale da Clydside, na Escócia.Ele era bem educado e ele se tornou um monge em Llanilltud no sul de Wales, onde ele foi treinado por São Illtyd e Paulo Aurelius. Ele fez uma peregrinação à Irlanda para consultar os monges contemporâneos da região e escrever cartas para monastérios bem distantes.

Fluente pregador, fundou vários monastérios. Foi o Abade de alguns e era um santo que fazia milagres e curava doentes apenas com sua oração e benção.

Escreveu vários trabalhos dirigidos aos monges encorajando-os a serem bondosos humildes e obedientes a Deus. Conselheiro espiritual de muitos.

Ele parece ter tido uma considerável influencia no desenvolvimento da Igreja Irlandesa. Em torno de 540 ele escreveu o famoso trabalho “De exccidio et conquest Britanniae”, com o propósito de fazer conhecer a miséria, os erros e a ruína da moral inglesa. O seu trabalho criticava os clero e os governantes ingleses culpando-os da moral baixo e do triunfo do invasores Anglo-Saxões. Embora a ferocidade de sua retórica tenha sido criticada, a maioria dos escolares julga que o que ele revela é incontestável. Mostra também que ele conhecia bem Igreja da época. O seu trabalho foi citado por São Bede.

Ele é considerado o primeiro historiador inglês. Ele viveu como eremita por algum tempo na ilha de Flatholm em Bristol Channel, onde ele copiou um missal para São Cadoc que pode ter ajudado Gildásio no “De exccidio”.

Gildawise fez uma peregrinação a Roma e no seu retorno ele fundou um Monastério na ilha de Rhuys na Britânia, onde ele centrou o seu trabalho e o culto. Embora ele tenha vivido por pouco tempo na pequena ilha de Morbihan ele conseguiu reunir discípulos ao seu redor e viajou para outros locais da Britania.

Ele é tido como tendo falecido na Ilha de Houat em 570.

O seu trabalho “De exccidio” influenciou a Igreja da Idade Media, mas pode não ter sido escrito totalmente por Gildawise. Alguns acham que ele foi adulterado ou talvez forjado após algum tempo. Ele serve de exemplo da clássica literatura disponível na Inglaterra naquela época. Os escrito de Gildásio foram mais tarde usados por Wulfsatn, Arcebispo de York no 11° século em seu famoso “Sermão do Lobo” para o povo inglês durante a desordem reinante no Principado de Ethelred.

A cronologia da vida de Gildawise tem sido objeto de controvérsia e disputas. Alguns dizem que a vida de dois homens com o mesmo nome foi confundida. Mas historiadores como Lanigan, Mabelon e O’Hanlon garantem que só existiu um santo.

Alguns martirologistas irlandeses comemoram sua festa no Missal Leofric (1050) e o calendário Anglo-Saxão do nono século, comemora no dia 29 de janeiro.

Suas relíquias estão preservadas na Catedral de Vannes. Seus trabalhos estão preservados na Livraria da Universidade de Cambridge.

Fonte: www.presenteparahomem.com.br

segunda-feira, 28 de janeiro de 2013

São Tomás de Aquino




28/01 - Tomás nasceu em 1225, filho do conde de Aquino, no castelo de Roccasecca. Aos 18 anos, contrariando a vontade dos familiares, ingressou na Ordem dos Pregadores de são Domingos. Estudou em Colônia na escola de santo Alberto Magno e depois em Paris. Em Paris, de aluno passou a mestre de filosofia e teologia. Ensinou depois em Orvieto, Roma e Nápoles.

Manso e silencioso, em Paris foi apelidado de boi mudo. Era gordo contemplativo e devoto. Respeitava a todos e por todos era amado. Era antes de tudo um intelectual. Imerso nos estudos seguidamente perdia a noção de tempo e de lugar. Seus estudos foram proveitosos a todos. Sua norma era: oferecer aos outros os frutos da contemplação. Seus escritos constituem um dos maiores monumentos de filosofia e teologia católicas. Tinha só 48 anos quando morreu.

Morreu no dia 7 de março de 1274, no mosteiro cisterciense de Fossanova. Estava de viagem para o concílio de Lião, convocado por Gregório X. Sua obra principal é a Suma teológica. É uma síntese da teologia. Quando queriam os milagres para canonizá-lo, o papa João XXII disse: “Ele fez tantos milagres, quantas proposições teológicas escreveu.

”A primazia da inteligência é a mola mestra de toda a obra filosófica e teológica do Doutor angélico. Não se tratava, porém, de um intelectualismo abstrato, pois a inteligência é condicionada e o amor é condicionante: “Luz intelectual de amor cheia...”, diz Dante que foi um dos primeiros tomistas.

O pensamento de são Tomás de Aquino foi e continua sendo a base dos estudos filosóficos e teológicos dos seminaristas desde os seus tempos a até nós. O papa Leão XIII e o filósofo Jacques Maritain fizeram reflorescer os estudos tomistas. Suas obras, não tanto as grandes Sumas, como especialmente os opúsculos pastorais e espirituais, foram reimpressos.

Fonte: http://www.cleofas.com.br/

domingo, 27 de janeiro de 2013

Santo Henrique de Ossó


27/01 - Enrique nasceu em Vinebre, Espanha, no dia 15 de outubro de 1840.

Aos 14 anos perdeu sua querida mãe, vitima do cólera. Esta perda prematura, despertou no jovem Enrique o desejo de ser sacerdote: “Serei sempre de Jesus, seu ministro, seu apóstolo, seu missionário de paz e de amor”. Foi ordenado sacerdote aos 27 anos. Teve uma vida curta, pois morreu antes de completar 56 anos, mas nem por isso foi menos intensa na entrega a Deus e no serviço aos irmãos.

Profundamente movido pela experiência de ser criatura amada e acompanhada por Deus e pelo desejo de fazer com que outras pessoas também “Conhecessem e amassem a Jesus” desenvolveu uma série de atividades, atingindo especialmente as crianças e a mulher.

Sua vida toda foi a confirmação do desejo de ser ministro, apóstolo e missionário de Jesus. Desde muito jovem aproximou-se de Santa Teresa, através da leitura de seus escritos.

Cativado pelos ensinamentos e pela vida de Teresa, tornou-se um incansável propagador de sua doutrina, despertando nos seus leitores e seguidores admiração e amor. Quem se aproxima de Enrique, inevitavelmente chega a Teresa.

Santo Enrique foi o fundador da Companhia de Santa Teresa de Jesus, Congregação das irmãs teresianas.

É importante conhece-lo para compreender melhor qual o papel da educação teresiana na sociedade de hoje.

sábado, 26 de janeiro de 2013

São Tito


26/01 - Tito veio do mundo pagão e Timóteo veio do mundo judeu. Trabalharam com o apóstolo Paulo, que os liderou sem lhes tirar o brilho. E deu à eles “a gloria de uma perene lembrança”, como disse Eusébio de Cesarea no primeiro milênio, e será ainda assim nos outros que se seguirão: toda a Igreja os veneram juntos. Mas suas trajetórias foram tão distintas, que são relatadas em páginas individuais.As únicas informações concretas nos são dadas pelas cartas do apóstolo Paulo.

Tito era grego e pagão. Ainda jovem se converteu ao cristianismo e se tornou companheiro e inestimável colaborador do apóstolo. Quando Paulo disse a Tito: “Isto deves ensinar, recomendar e reprovar com toda autoridade”, fez surgir um outro grande evangelizador, que permaneceu trabalhando ao seu lado.Encarregado pelo apóstolo para executar importantes missões, foi uma vez a Jerusalém para entregar a importância duma coleta em favor dos cristãos pobres. . “Meu companheiro e colaborador” como escreveu o apóstolo na segunda carta aos Corintos. Companheiro dos momentos importantes, como a famosa reunião do concílio de Jerusalém, que tratou da necessidade de renovação e diversificação dos ritos devido a evangelização no mundo pagão. Tito, porém, foi também um mediador persuasivo, e entusiasmou Paulo resolvendo uma grave crise entre ele e os Corintos.

Entre os anos 64 e 65, tendo sido libertado da prisão romana o apóstolo Paulo foi com ele para a ilha de Creta, onde fundou uma comunidade cristã, que confiou à Tito. Mais tarde, visitou a Paulo em Nicópolis. Voltou novamente à Ilha de Creta, onde recebeu uma carta do próprio mestre, Paulo, que figura entre os livros sagrados. Depois, retornou à Roma para se avistar com o apóstolo que o mandou provavelmente evangelizar a Dalmácia, onde seu culto ainda hoje é intenso.


Segundo a tradição mais antiga, Tito permaneceu como bispo de Creta até sua morte, que ocorreu em idade avançada, por causa natural e não por martírio. Ele teria conservado a virgindade até a morte. São Paulo o chama repetidamente “meu companheiro e colaborador”, e na segunda carta aos Corintos, num momento de especial amargura, diz: “Deus me consolou com a chegada de Tito”.As três cartas escritas pelo apóstolo Paulo a estes dois discípulos têm alto valor, pelo conteúdo exclusivamente pastoral, de tal modo que podem ser consideradas como primeiro guia pastoral dos bispos de todos os tempos.

sexta-feira, 25 de janeiro de 2013

São Paulo




25/01 - O martírio de São Paulo é celebrado junto com o de São Pedro, em 29 de junho, mas sua conversão tem tanta importância para a história da Igreja que merece uma data à parte. Neste dia, no ano 1554, deu-se também a fundação da que seria a maior cidade do Brasil, São Paulo, que ganhou seu nome em homenagem a tão importante acontecimento. Saulo, seu nome original, nasceu no ano 10 na cidade de Tarso, na Cilícia, atual Turquia. À época era um pólo de desenvolvimento financeiro e comercial, um populoso centro de cultura e diversões mundanas, pouco comum nas províncias romanas do Oriente.

Seu pai Eliasar era fariseu e judeu descendente da tribo de Benjamim, e, também, um homem forte, instruído, tecelão, comerciante e legionário do imperador Augusto. Pelo mérito de seus serviços recebeu o título de Cidadão Romano, que por tradição era legado aos filhos. Sua mãe uma dona de casa muito ocupada com a formação e educação do filho. Portanto, Saulo era um cidadão romano, fariseu de linhagem nobre, bem situado financeiramente, religioso, inteligente, estudioso e culto.

Aos quinze anos foi para Jerusalém dar continuidade aos estudos de latim, grego e hebraico, na conhecida Escola de Gamaliel, onde recebia séria educação religiosa fundamentada na doutrina dos fariseus, pois seus pais o queriam um grande Rabi, no futuro. Parece que era mesmo esse o anseio daquele jovem baixo, magro, de nariz aquilino, feições morenas de olhos negros, vivos e expressivos.

Saulo já nessa idade se destacava pela oratória fluente e cativante marcada pela voz forte e agradável, ganhando as atenções dos colegas e não passando despercebido ao exigente professor Gamaliel.

Saulo era totalmente contrário ao cristianismo, combatia-o ferozmente, por isso tinha muitos adversários. Foi com ele que Estêvão travou acirrado debate no templo judeu, chamado Sinédrio. Ele tanto clamou contra Estevão que este acabou apedrejado e morto, iniciando-se então uma incansável perseguição aos cristãos, com Saulo à frente com total apoio dos sacerdotes do Sinédrio.

Um dia, às portas da cidade de Damasco, uma luz, descrita nas Sagradas Escrituras como "mais forte e mais brilhante que a luz do Sol", desceu dos céus, assustando o cavalo e lançando ao chão Saulo , ao mesmo tempo em que ouviu a voz de Jesus pedindo para que parasse de persegui-Lo e aos seus e, ao contrário, se juntasse aos apóstolos que pregavam as revelações de Sua vinda à Terra. Os acompanhantes que também tudo ouviram, mas não viram quem falava, quando a luz desapareceu ajudaram Saulo a levantar pois não conseguia mais enxergar.

Saulo foi levado pela mão até a cidade de Damasco, onde recebeu outra "visita" de Jesus que lhe disse que nessa cidade deveria ficar alguns dias pois receberia uma revelação importante. A experiência o transformou profundamente e ele permaneceu em Damasco por três dias sem enxergar, e à seu pedido também sem comer e sem beber. Depois Saulo teve uma visão com Ananias, um velho e respeitado cristão da cidade, na qual ele o curava. Enquanto no mesmo instante Ananias tinha a mesma visão em sua casa. Compreendendo sua missão, o velho cristão foi ao seu encontro colocando as mãos sobre sua cabeça fez Saulo voltar a enxergar, curando-o.

A conversão se deu no mesmo instante pois ele pediu para ser Batizado por Ananias. De Damasco saiu a pregar a palavra de Deus, já com o nome de Paulo, como lhe ordenara Jesus, tornando-se Seu grande apóstolo. Sua conversão chamou a atenção de vários círculos de cidadãos importantes e Paulo passou a viajar pelo mundo, evangelizando e realizando centenas de conversões.

Perseguido incansavelmente, foi preso várias vezes e sofreu muito, sendo martirizado no ano 67, em Roma. Suas relíquias se encontram na Basílica de São Paulo Fora dos Muros, na Itália, festejada no dia de sua consagração em 18 de novembro. O Senhor fez de Paulo seu grande apóstolo, o apóstolo dos gentios, isto é, o evangelizador dos pagãos.

Ele escreveu 14 cartas, expondo a mensagem de Jesus, que se transformaram numa verdadeira "Teologia do Novo Testamento". Também é o patrono das Congregações Paulinas que continuam a sua obra de apóstolo, levando a mensagem do Cristianismo a todas as partes do mundo, através dos meios de comunicação.

quinta-feira, 24 de janeiro de 2013

São Francisco de Sales


24/01 - Se erro, prefiro que seja por excesso de bondade que por demasiado rigor.” Nessa afirmação está o segredo da simpatia que são Francisco desfrutava entre os seus contemporâneos. Nasceu em 1567 no castelo de Sales (nobre família em Sabóia). A extraordinária mansidão que possuía era fruto de muitos esforços e trabalhos e não algo de inato como tantos podiam pensar. Certa vez disse: “Vocês querem que eu perca num quarto de hora aquele pouco de mansidão que adquiri em vinte anos de lutas?”

Laureou-se em jurisprudência pela universidade de Pádua, decepcionou as pretensões do pai, quando aos 26 anos, abraçou a carreira eclesiástica. Queria pregar o Evangelho entre os calvinistas de Genebra. Os resultados das pregações estavam sendo escassos. Resolveu então imprimir volantes e colocá-los debaixo das portas, nos muros e por toda a parte. Por isso ele tornou-se o patrono dos que se servem da escrita para difundir as verdades reveladas por Deus. Ainda assim não teve muito sucesso.

O duque de Sabóia quis ajudá-lo, mas estava por fora dos esquemas do santo, pois era intolerante. Ele preferiu batalhar sozinho com toda a caridade e mansidão. Escreveu dois tratados que lhe deram o título de doutor da Igreja: introdução à vida devota e Tratado do amor de Deus. O Tratado do amor de Deus serviu para muitos hereges voltarem à Igreja.

Aos trinta e dois anos era bispo auxiliar e dois anos mais tarde já era bispo titular de Genebra. Introduziu na diocese as reformas do concílio de Trento. Foi diretor espiritual de S. Vicente de Paulo e de S. Francisca de Chantal (com ela fundou a Ordem da Visitação). Morreu em Lião em 28 de dezembro de 1622. Foi canonizado em 1655. Sua festa é celebrada, conforme o novo calendário, no dia 24 de janeiro, dia em que seu corpo foi levado à sepultura definitiva, em Anecy.

quarta-feira, 23 de janeiro de 2013

Santo Ildefonso


23/01 - Segundo os escritos foi por intercessão de Nossa Senhora, a pedido de seus pais, que Ildefonso nasceu. Assim, o culto mariano tomou grande parte de sua vida religiosa, ponteada por aparições e outras experiências de religiosidade.

Ildefonso veio ao mundo no dia 08 de dezembro de 607, em Toledo, na Espanha. De família real, que resistiu aos romanos, mas, que se renderam politicamente aos visigodos, foi preparado muito bem para o futuro. Estudou com Santo Isidoro em Sevilha. Depois de fugir para o mosteiro de São Damião nos arredores de Toledo, Ildefonso conseguiu dos pais aprovação para se tornar monge, o que aconteceu no mosteiro próximo de sua cidade natal.

Pouco depois de tornar-se diácono, herdou enorme fortuna devido à morte dos pais.
Empregou todas as posses em favor dos pobres e fundou um mosteiro para religiosas. Seu trabalho era tão reconhecido que após a morte do abade de seu mosteiro, foi eleito por unanimidade para sucedê-lo. Em 636 dirigiu o IV Sínodo de Toledo, sendo o responsável pela unificação da liturgia espanhola.

Mais tarde, quando da morte de seu tio e bispo de Toledo, Eugênio II, contra sua vontade foi eleito para o cargo. Chegou a se esconder para não ter que aceitá-lo, sendo convencido pelo rei dos visigodos que o procurou pessoalmente. Depois disso, Ildefonso desempenhou a função com reconhecida e admirada disciplina nos preceitos do cristianismo, a mesma que exigia e obtinha de seus comandados.

Nessa época Ildefonso escreveu uma obra famosa contra os hereges que negavam a virgindade de Maria Santíssima, sustentando que a Mãe de Deus foi Virgem antes, durante e depois do Parto. Exerceu importante influência na Idade Média com seus livros exegéticos, dogmáticos, monásticos e litúrgicos.

Entre suas experiências de religiosidade constam várias aparições. Além de ter visto Nossa Senhora rodeada de virgens, entoando hinos religiosos, recebeu também a "visita" de Santa Leocádia, no dia de sua festa, 09 de dezembro. Ildefonso tentava localizar as relíquias da Santa e esta lhe indicou exatamente o lugar onde seu corpo fora sepultado.

O sábio bispo morreu em 23 de janeiro de 667, sendo enterrado na igreja de Santa Leocádia. Mas, anos depois, com receio da influência que a presença de seus restos mortais representava, os mouros pagãos os transferiram para Zamora, onde ficaram até 888. Somente em 1400 seus despojos foram encontrados sob as ruínas do local e expostos à veneração novamente.

Santo Ildefonso recebeu o título de doutor da Igreja e é tido pela Igreja como o último Padre do Ocidente. Dessa maneira são chamados os grandes homens da Igreja que entre os séculos dois e sete eram considerados como "Pais" tanto no Oriente como no Ocidente, porque foram eles que firmaram os conceitos da nossa fé, enfrentando as heresias com o seu saber, carisma e iluminação. São aos responsáveis pela fixação das Tradições e Ritos da Igreja.

Fonte: www.portalangels.com

terça-feira, 22 de janeiro de 2013

São Vicente de Zaragoza


22/01 - São Vicente é um dos três grandes diáconos que deram sua vida por Cristo. Junto com Lourenço e Estevão Corona, Laurel e Vitória forma o mais insigne triunvirato. Este mártir celebrado por toda a Cristandade, encontrou sua panegirista em Santo Agostinho, São Leão Magno e Santo Ambrósio.

Vicente descendia de uma família consular de Huesca, e sua mãe, segundo alguns, era irmã do mártir São Lourenço. Estudou a carreira eclesiástica em Zaragoza, ao lado do bispo Valero, quem por sua falta de facilidade de expressão, o nomeou primeiro diácono para supri-lo na sagrada cátedra.

Paralelamente, o imperador Diocleciano havia decretado uma das mais cruéis perseguições contra a Igreja, e que foi aplicado por Daciano na Espanha. Os cárceres, que estavam reservados antes para os delinqüentes comuns, logo se encheram de bispos, presbíteros e diáconos. Ao passar Daciano por Barcelona, sacrifica São Cucufate e a menina Santa Eulália. Quando chega a Zaragoza, manda deter o bispo e seu diácono, Valero e Vicente, e transferidos a Valência. Ali ocorreu o primeiro interrogatório. Vicente responde pelos dois, intrépido e com palavra ardorosa.

Daciano se irrita, manda Valero ao desterro, e Vicente é submetido à tortura do potro. Seu corpo é desgarrado com unhas metálicas. Enquanto o torturavam, o juiz intimava o mártir à abjuração.

Vicente rejeitava,indignado, tais oferecimentos. Daciano, desconcertado e humilhado perante aquela atitude, oferece-lhe o perdão se lhe entregasse os livros sagrados. Mas a valentia do mártir é inexpugnável. Exasperado novamente o Prefeito, mandou aplicar-lhe o supremo tormento, colocá-lo sobre um leito de ferro incandescente. Nada pode abater a fortaleza do mártir que, recordando a seu amigo São Lourenço, sofre o tormento sem se queixar e gracejando entre as chamas. O atiraram então a um calabouço sinistro, escuro e fétido "um lugar mais negro que as próprias trevas", diz Prudêncio. Em seguida apresenta o poeta um coro de anjos que vem consolar o mártir. Iluminam o antro horrível, cobrem o chão de flores, e alegram as trevas com suas harmonias. Até o carcereiro, comovido, converte-se e confessa a Cristo. Daciano manda curar o mártir para submetê-lo novamente aos tormentos. Os cristãos se apressam para curá-lo. Mas apenas colocado em um leito, deixa o tirano frustrado, pois o espírito vencedor de Vicente voa ao paraíso. Era o mês de janeiro de 304.

Daciano ordena mutilar o corpo e atirá-lo ao mar. Mas as ondas piedosas o devolvem à terra para proclamar perante o mundo o Vicente o Invicto. Seu culto estendeu-se muito por toda a cristandade.

Fonte: www.acidigital.com

segunda-feira, 21 de janeiro de 2013

Santa Inês


21/01 - A existência desta mártir de doze anos, que viveu no início do século IV e foi vítima da feroz perseguição de Diocleciano, é bem documentada. Sua popularidade e devoção se estenderam por toda a cristandade desde o início até agora. Acreditando em uma tradição grega o papa Damaso diz que Inês foi martirizada numa fogueira. O poeta Prudêncio e toda a tradição latina afirma que Inês não quis sacrificar à deusa Vesta e por isso foi decapitada. Isso é verossímil.

O fato foi comentado por santo Ambrósio com estas palavras: “Em um corpo tão pequeno, havia lugar onde ferir? As meninas da sua idade não resistem ao olhar repreensivo dos pais e o cutucão de uma agulha as faz chorar. Inês, porém, oferece o corpo inteiro ao fio da espada que o carrasco vibra com todo o furor sobre ela."

Em volta de sua pessoa quiseram tecer as mesmas vicissitudes das outras virgens romanas, também inscritas no Cânon da missa. Segundo essa lenda até o filho do prefeito de Roma foi tentar contra a pureza de Inês. Uma vez desprezado, delatou-a como cristã. O prefeito ordenou-lhe prestar homenagem à deusa Vesta. Levaram-na a um lugar infame. O primeiro homem que se aproximou dela caiu morto a seus pés. Então, decapitaram-na.

A obstinação do prefeito não lhe permitiu avaliar o prodígio do testemunho dado a Cristo por esta vida tenra e pura: ele não se rendeu. Um rito antigo perpetua a lembrança deste exemplo de pureza. Na manhã de 21 de janeiro são benzidos dois cordeiros e, depois, oferecidas ao papa as lãs deles para servir de pálio aos arcebispos. Essa antiquíssima cerimônia se desenvolvia na basílica de santa Inês, construída na via Nomentana por Constantina, filha do imperador Constantino, pelos anos de 345, mais ou menos.

Fonte:www.cleofas.com.br

domingo, 20 de janeiro de 2013

São Sebastião


20/01 - O seu nome deriva do grego sebastós, que significa divino. Originário de Narbonne e cidadão de Milão, foi um mártir e santo cristão, morto durante a perseguição levada a cabo pelo imperador romano Diocleciano.


De acordo com a tradição oral, atribuídos a Santo Ambrósio de Milão, Sebastião era um soldado que teria se alistado no exército romano por volta de 283 d.C. com a única intenção de afirmar o coração dos cristãos, enfraquecido diante das torturas. Era querido dos imperadores Diocleciano e Maximiliano, que faziam tudo para tê-lo sempre por perto e, por isso, o designaram capitão da sua guarda pessoal conhecida na época de Guarda Pretoriana.


São Sebastião nunca deixou de ser um cristão convicto e ativo. Fazia de tudo para ajudar os irmãos na fé, procurando revelar o Deus verdadeiro aos soldados e aos prisioneiros. Secretamente, Sebastião conseguiu converter muitos pagãos ao cristianismo. Até mesmo o governador de Roma, Cromácio, e seu filho, Tibúrcio, foram convertidos por ele.


Por volta de 286, Sebastião foi denunciado, pois estava contrariando o seu dever de oficial da lei. Teve, então, que comparecer ante o imperador para dar satisfações sobre o seu procedimento. O imperador se queixou de que tinha confiado nele, esperava dele uma brilhante carreira e a sua conduta branda para com os prisioneiros cristãos era inaceitável. Portanto, o imperador o julgou como traidor e ordenou a sua execução por meio de flechas. Diante do Imperador, Sebastião não negou a sua fé.


Amarrado a um tronco, foi varado por flechas, na presença da guarda pretoriana. Foi dado como morto e atirado no rio, porém, Sebastião não havia falecido. Encontrado e socorrido por uma viúva chamada Irene (futura Santa Irene) que retirou as flechas do peito de Sebastião e o tratou.
Assim que se recuperou, demonstrando muita coragem, se apresentou novamente diante do Imperador, censurando-o pelas injustiças cometidas contra os cristãos, acusando-o de inimigo do Estado. Perplexo com tamanha ousadia, Diocleciano ordenou que os guardas o açoitassem até a morte. O fato ocorreu no dia 20 de janeiro de 288, por isso comemoramos seu dia nesta data.


Acabou sendo morto transpassado por uma lança. São Sebastião foi um dos soldados romanos mártires e santos, cujo culto nasceu no século IV e que atingiu o seu auge na Baixa Idade Média, designadamente nos séculos XIV e XV, tanto na Igreja Católica como na Igreja Ortodoxa.


sábado, 19 de janeiro de 2013

São Canuto


19/01 - São Canuto, o quarto deste nome entre os reis da Dinamarca, nasceu pelo meado do século onze. Menino ainda, revelou uma índole bem diferente da dos companheiros; tudo que era trivial e baixo, lhe desagradava.

Tanto mais era amigo da oração e em tudo se deixava guiar pelo temor de Deus. Quando a divina Providência lhe depositou nas mãos os destinos da nação, seu primeiro cuidado foi trabalhar pela cristianização do povo, como daqueles outros povos, que em guerras justas foram sujeitos ao seu cetro.

Casado com Elta, nobre princesa de Flandres, teve um filho, Carlos, que mereceu da Igreja a honra dos altares. Para os súditos foi Canuto um verdadeiro pai; seu regime era a caridade e a justiça. As leis eram severas, mas obedeciam aos ditames da justiça; era necessário um certo rigor, para exterminar rudes vícios e implantar sentimentos cristãos nos corações dos semibárbaros. Caridoso em extremo para com os órfãos, viúvas e necessitados, era inquebrantável quando malvados lhe provocavam a sentença de juiz. Sabendo que o melhor educador duma nação é o bom exemplo que vem de cima, considerou como primeiro dever seu servir de modelo aos súditos. Em casa lhe reinava o Espírito de Deus, e nada lá se percebia que não se coadunasse com os bons costumes e regras da vida cristã. Para consigo era de grande rigor. Por baixo das vestes régias trazia sempre cilício. Horas inteiras eram dedicadas à oração. Em compensação não ia atrás dos divertimentos, como fossem a caça, o jogo e outros. Terníssima devoção tinha à Mãe de Nosso Senhor. Em toda a parte do reinado se ergueram igrejas, conventos, escolas e hospitais, todos subvencionados pelo santo rei. “Para Deus o melhor”, costumava dizer. “O mais precioso convém ser aplicado ao adorno dos templos e não deve servir à vaidade ou à ambição dos poderosos do mundo”.

Infeliz nos empreendimentos bélicos contra a Inglaterra, Canuto introduziu o dízimo eclesiástico, medida que não teve o apoio da nação. O rigor com que foi extorquido o imposto, causou grande descontentamento, e em muitos lugares franca oposição. Houve casos em que o povo, exasperado, linchou os fiscais. O descontentamento degenerou em rebelião, que obrigou o rei a procurar abrigo em Odensee. Os inimigos, porém, perseguiram-no até à igreja, onde o assassinaram ao pé do altar. Canuto IV foi canonizado por Pascoal I.

Fonte: www.paginaoriente.com

sexta-feira, 18 de janeiro de 2013

Santa Prisca


18/01 - Prisca, é um nome que nos soa um pouco estranho, significa: "a primeira". Mas evoca uma grande Santa, que se impôs à admiração de todos nos primeiros tempos do Cristianismo. Ela foi considerada a mais antiga santa romana e se tornou uma das mulheres mais veneradas na Igreja.

Segundo a tradição, Prisca foi batizada aos treze anos de idade por São Pedro e se tornou a primeira mulher do Ocidente a testemunhar com o martírio, sua fé em Cristo. Ela morreu decapitada durante a perseguição do imperador Cláudio, na metade do século I, em Roma.

As "Atas de Santa Prisca" registram, de fato, que ela foi martirizada durante o governo desse tirano e seu corpo sepultado na Via Ostiense, nas catacumbas de Priscila, as mais antigas de Roma. Depois foi transladado para a igreja do monte Aventino.

Uma igreja construída sobre os alicerces de uma grande casa romana do primeiro século, como atestam as mais recentes descobertas arqueológicas, muito importante para os cristãos. Ainda hoje, mantém uma cripta que guarda uma preciosa relíquia: a concha com que São Pedro apóstolo batizou seus seguidores e discípulos.

Mas, a partir do século VIII, alguns dados vieram à tona dando total veracidade da existência dessa mártir romana, como mulher evangelizadora atuante, descrita numa carta escrita por São Paulo, em que falou: "Saúdem Prisca e Áquila, meus colaboradores em Jesus Cristo, os quais expuseram suas cabeças para me salvar a vida. À isso devo render graças não somente eu, mas também todas as igrejas dos gentios" (Rm 16,3).

Desta maneira, se soube que Prisca não morreu logo apos seu batizado, mas alguns anos depois, ainda durante aquela perseguição. No Sínodo Romano de 499, se determinou que os dados fossem acrescentados às "Atas de Prisca", confirmando ainda mais a sua valorosa contribuição à Igreja dos primeiros tempos.

Para homenagear e perpetuar o seu exemplo, aquela igreja de monte Aventino foi consagrada com o nome de Santa Prisca e se manteve no dia 18 de janeiro a sua tradicional festa litúrgica.

quinta-feira, 17 de janeiro de 2013

São Sulpício


17/01 - Ele é também listado como Sulpicius II Pius. Era filho de parentes ricos e nasceu em Berry em 624, França é titular do seminário e da Igreja de Saint Sulpice, em Paris. Na sua juventude ele deu o seu patrimônio para a Igreja e devotou-se para Cristo. Após a ordenação ele serviu ao Rei Clotaire II como capelão do seu exercito. Certa vez o Rei estava muito doente e ele conseguiu cura-lo apenas com a suas orações e jejuns. Em 624 Sulpicius sucedeu Santo Austregésius como o segundo Bispo de Bourges .Ele ganhou admiração popular pela sua generosidade, solicitude e por defender seus paroquianos da tirania dos reis Merovingians, particularmente do oficial Dagoberto. Sua caridade parecei inexaurível, e ele era tido como tendo poderes miraculosos. É relatado que ele converteu todos os judeus de sua diocese e passava todo o seu tempo em orações e trabalhos episcopais.

Teria sido amigo e conselheiro de Santa Clara de Marmoutier e foi o escritor da biografia de São Martin de Tours, e o responsável por difundir a santidade dele e torna-lo o mais popular santo da França. Em 627 São Sulpicius atendeu o Consilho de Clichy. Mais tarde ele renunciou a sua posição de modo a ter mais tempo para meditar. Vários milagres foram creditados a sua intercessão. Morreu em 17 de janeiro de 647. Seu funeral foi uma extraordinária demonstração de fervor e devoção popular e foi muito difícil conduzir os serviços funerários. A coleção de cartas de São Desiderio de Cahors, contem um volume intitulado “Para o Santo Patriarca, Sulpicius e vários de nossos santos para ele”. O famoso monastério de Saint Sulpice em Bourges é tido com sendo fundado por ele sob a invocação da Santa Virgem e agora pertence a congregação de Saint Maur e enriquecida com as suas relíquias e do sangue de São Stephen , santo titular da Catedral. Um osso de um braço de São Sulpicius é guardado na famosa Igreja de Saint Sulpice em Paris. Na arte litúrgica ele é mostrado visitando os doentes.

Fonte: www.catolicosdobrasil.com.br

quarta-feira, 16 de janeiro de 2013

Santo Honorato de Arles

16/01 - Honorato era filho de uma nobre família romana, tendo vivido lá pela metade do século IV. Como todo nobre, recebeu educação elevada que, ao contrário do que esperava a família, usou-a como monge e pastor para firmar-se como líder da Igreja. Converteu-se depois de adulto, mesmo pressionado pelos pais para que abandonasse a fé. Acabou conseguindo converter o irmão, Venâncio.

Assim que os pais morreram, os dois irmãos se desfizeram de todos os bens, doando tudo aos necessitados e se transformando em pregadores. Tendo Crepácio como guia espiritual, viajaram espalhando o Catolicismo pela Síria, Grécia e outras terras. Quando Venâncio morreu, Honorato resolveu voltar à Itália, onde se ordenou sacerdote.

Mas voltou a viajar com Crepácio, até que fincou raízes numa ilha desabitada, chamada Lerins. Que, aliás, passou a ser conhecida como "Ilha Feliz". Isso porque Honorato fundou ali um mosteiro de elevada inspiração espiritual e intelectual. Tornou-se rapidamente uma venerada escola de monges.

Dali saíram santos e escritores célebres como Santo Hilário, São Lupo, Cesário de Arles, Vicente de Lerins e tantos outros. O apelido de "Ilha Feliz" veio da alegria com que se praticavam os preceitos cristãos no mosteiro, graças à orientação de Santo Honorato. Ele costumava dizer a seus discípulos que "quem é virtuoso não precisa estar triste" e seu humor contagiava a todos que o rodeavam.

O mosteiro resistiu e semeou fé até a Revolução Francesa, quando os monges foram desterrados e a construção confiscada. Somente 50 anos depois é que o bispo de Fréjus conseguiu reconstruí-lo, trazendo-o de volta para sua função original.

Quanto a Santo Honorato, que teve que deixá-lo quando foi eleito bispo de Arles, faleceu em 429. Sobre ele escreveu Santo Hilário: "Se fosse preciso representar a caridade, eu retrataria a efígie de Santo Honorato".

terça-feira, 15 de janeiro de 2013

Santo Amaro


15/01 - Santo Amaro é o nome que nós brasileiros conhecemos São Mauro, um monge do século VI que desde garoto serviu à ordem dos Beneditinos. Foi confiado a São Bento, ainda menino, juntamente com seu amigo Plácido, que também foi canonizado. Os meninos entraram para o mosteiro de Subiaco para estudarem e aprofundarem sua fé em Deus.

Certo dia, São Bento estava rezando enquanto São Mauro se ocupava com as tarefa do mosteiro, e São Bento teve uma visão do menino Plácido, que havia ido buscar água no riacho, estava se afogando. São Bento então chamou São Mauro e avisou que seu amigo estava se afogando e pediu a ele que corresse até lá e tentasse salvá-lo de qualquer forma. São Amaro apressou-se para salvar Plácido, e chegando ao riacho pronto para cumprir a tarefa que lhe havia pedido São Bento, caminhou sobre as águas e retirou o amigo. Este foi seu primeiro milagre.

Por sua prova de humildade e paciência, São Bento pediu que fosse à França e abrisse um mosteiro beneditino. Seu nome foi dado à Congregação Beneditina Francesa de Saint Maur, uma das mais importantes instituições católicas pela formação de seus monges. Santo Amaro faleceu no mosteiro francês aos setenta e dois anos, a 15 de janeiro de 567, depois de uma peste que também levou à morte muitos de seus monges. É invocado contra várias doenças e especialmente enxaquecas, artrose e artrite.
Fonte: www.catolicanet.com

segunda-feira, 14 de janeiro de 2013

São Félix de Nola


14/01 - Nasceu no terceiro século, em Nola, perto de Nápoles, Itália. Filho mais velho de Hermias, um soldado sírio que tinha se retirado para Nola. Após a morte de seu pai, Félix vendeu quase todos os seus bens e deu para os pobres e passou a seguir a sua vocação clerical. Ordenado pelo bispo Maximus de Nola.

Durante as perseguições do Imperador Décius, o velho bispo ajudado por Félix fugiu para as montanhas e Félix foi preso, surrado e torturado para renegar a sua fé. A lenda diz que um anjo o livrou da prisão para que ele cuidasse de seu bispo doente. Félix escondeu Maximus em uma casa abandonada. Diz ainda a tradição que quando os dois estavam seguros dentro desta velha casa uma aranha rapidamente teceu uma enorme teia sobre a porta de modo que todos pensassem que a casa estava abandonada há tempos.

Os soldados imperiais por lá passaram e não entraram devido a enorme teia e os dois cristãos ficaram assim seguros lá dentro.

Com a morte de Décius em 251DC as autoridades encerraram as perseguições aos cristãos.

Após a morte do Bispo Maximus Félix foi escolhido para ser o bispo de Nola, mas recusou a favor de Quintus um padre mais antigo e mais experiente.

Félix passou a explorar a sua pequena fazenda e dava tudo que nela produzia para os pobres e doentes. A pouca informação que temos sobre São Félix vem de cartas e poesias que enviava para São Paulinus de Nola, que serviu como um porteiro na igreja dedicada a São Félix e que reuniu informações sobre ele dos peregrinos e dos paroquianos e mais tarde escreveu uma espécie de biografia de São Félix de Nola.

Félix faleceu em 255 de causas naturais, mas é normalmente listado como mártir, devido às torturas e privações de que foi vítima durante as perseguições aos cristãos.

Seu túmulo tornou-se local de peregrinações e vários milagres foram creditados a sua intercessão. Ele é invocado contra doenças dos olhos e picadas de insetos.

Na arte litúrgica da Igreja ele é representado como:
1 ) jovem padre na prisão;
2) um jovem padre carregando um velho bispo;
3) um padre acorrentado com um anjo removendo os grilhões;
4) um jovem com um aranha;
5) um jovem com uma teia de aranha a sua frente;
6) um jovem em uma velha casa com uma teia de aranha na porta.

Fonte: hagiosdatrindade.blogspot.com

domingo, 13 de janeiro de 2013

Santo Hilário de Poitiers


13/01 - Hilário era francês, acredita-se que tenha nascido no ano 315, de família rica e pagã, recebendo educação e instrução privilegiada. Durante anos buscou na filosofia as respostas para seus questionamentos em busca da Verdade. Mas só as encontrou no Evangelho e então se converteu ao cristianismo.

Hilário foi batizado aos trinta anos de idade, junto com a esposa e a filha, Abrè, a quem amava ternamente. A partir daí passou a levar uma vida familiar guiada pelos preceitos cristãos.

Este era um período de paz externa para a Igreja, que precisava se fortalecer no seu próprio seio. Mas que, no entanto, se apresentava cheia de pequenas rupturas internas, provocadas principalmente pela chamada "heresia ariana", uma doutrina que negava a divindade de Nosso Senhor Jesus Cristo.

Foi justamente pela vida exemplar que levava, assim como pelos conhecimentos intelectuais e espirituais que, povo e clero, o elegeram bispo, convidando-o para o cargo. Era uma decisão difícil, pois um bispo alçado da sua condição tinha que, obrigatoriamente abandonar a família para abraçar o clero. Mas não vacilou e aceitou a incumbência e desafios que ela lhe trazia. Foi consagrado bispo de Poitiers e lutou vigorosamente contra o arianismo. Debate após debate, polêmica após polêmica com os hereges, sua defesa da Fé foi se tornando conhecida e o respeito por sua atuação cada vez maior.

Foi por isso chamado "o Atanásio do Ocidente". Como ele, Hilário foi perseguido pelos imperadores e sofreu o exílio. Enviado para o Oriente, não se sentiu derrotado, aproveitou para estudar o grego e conhecer as comunidades cristãs mais antigas e os ensinamentos dos maiores sábios da Igreja, o que só fortaleceu sua missão.

Corajoso, durante o exílio de cinco anos, escreveu livros contra os imperadores Constâncio e Auxêncio. Também foi o autor de diversas obras: sobre a Santíssima Trindade, Comentários sobre os Salmos, e algumas obras cujos textos interpretou. Contribuindo intensamente para o desenvolvimento da teologia da revelação.

Hilário ficou realmente fascinado pela liturgia oriental. Compôs hinos litúrgicos para familiarizar os fiéis com a teologia e mantê-los mais intimamente unidos às celebrações. Pastor zeloso, procurou, ao retornar para sua diocese na França, oferecer a seu rebanho o que de melhor aprendera neste período de exílio. Mas nem por isso esqueceu a família, cuja filha ele mesmo ministrou o sacramento do matrimônio e a esposa ingressou num mosteiro, com seu auxílio e aprovação.

Faleceu em 367, quando passou a ser venerado como santo logo após seu último suspiro. Uma conhecida frase sua mostra bem a coragem e a valentia com que viveu e atuou, enfrentando hereges e poderosos: "Enganam-se os que acreditam que me farão calar. Falarei pelos escritos e a palavra de Deus, que ninguém pode aprisionar, voará livre". O Papa Pio IX, o canonizou e o honrou com o título de "Doutor da Igreja", confirmando a sua celebração para o dia 13 de janeiro.

sábado, 12 de janeiro de 2013

São Bento Biscop


12/01 - Nasceu em 628 em Northumbria, Inglaterra como Benet Biscop, da nobreza Anglo-saxônica, cresceu na corte do Rei Oswy de Northumbria e ocupou postos oficiais no reino.Seguindo a uma peregrinação a Roma ele renunciou a sua fortuna e posição e dedicou aos estudos das escrituras e as orações. Foi monge no Monastério de São Honorato perto de Canes, França em 666 tomando o nome de Benedito (no Brasil Bento) e ali ficou por dois anos observando estritamente as rígidas regras da Ordem.

A sua terceira peregrinação a Roma em 69 coincidiu com a visita do Arcebispo eleito Wuighart de Canterbury que veio a falecer logo após a sua consagração. Teodoro foi selecionado para ser o novo Arcebispode Canterbury e o Papa Vitalian ordenou que Biscop acompanhasse Teododo e São Adriano a Inglaterra como missionários. São Bento viajou entre a Inglaterra e Roma retornando sempre com livros e trazendo também mão de obra especializada para construir e enriquecer as igrejas da Grã-bretanha. Sua quarta jornada foi feita com vistas em se aperfeiçoar nas Regras Beneditinas e praticar uma vida monástica e quando ele ficava em Roma e visitava vários outros monastérios da Ordem.Em 674 ele foi agraciado com vários acres de terra do filho de Oswy, Egfrid na foz do rio Wear em Wearmouth onde ele construiu uma grande igreja de pedra e um Monastério dedicado a São Pedro. Ele foi o primeiro a introduzir janelas de vidro na Inglaterra, que ele trouxe da França junto com pedras e outros materiais. Seus pedreiros, vidraceiros e carpinteiros ensinaram suas especialidades aos Anglo-saxões. Ele não mediu esforços no sentido de buscar o melhor e o mais belo para embelezar a sua igreja em Wearmouth.


Da viajem em Roma em 679 ele trouxe o Abade John de Sanmartin, o cantor da Basílica de São Pedro em Roma.Para isso ele persuadiu o Papa Agatho que o Abade John instruiria os monges ingleses de modo que as músicas e as cerimônias em Wearmouth seguissem o modelo romano.

Depois de seu retorno a Roma John treinou sua classe no uso e na pratica da musica religiosa, liturgia hinos e cânticos. John também ensinou aos monges ler e escrever manuscritos e escreveu várias instruções litúrgicas romanas para eles.
Biscop principalmente trouxe muitos livros como um colecionar apaixonado, e os traduzia para língua inglesa. Ele desejava construir uma grande livraria no Monastério de Wearmouth. Ele também importou quadros e pinturas de Roma e de Viena bem como imagens coloridas e músicas.Entre os tesouros importados de Roma havia uma serie de pinturas das cenas dos Evangelhos, de Nossa Senhora dos Apóstolos, dos incidentes descritos no Livro das Revelações, tudo isto para ser colocado em sua igreja, um privilegio que assegurou a Wearmouth uma especial proteção da Santa Sé.
Bento também fez sua regra baseada na Regra de São Benedito, aperfeiçoando-a e com as dos 17 monastérios que havia visitado.Sem dúvida ele organizou um “escritorium” no qual foi escrito o manuscrito da Bíblia para o seu sucessor como Prior em Wearmouth que recebeu em 716 de presente do Papa Gregório II. O livro foi identificado e certificado na Biblioteca Laurenciana em Florença em 1887, o famoso “Codex Amiantinus”. Isto enriqueceu em muito a Igreja Inglesa.
Por causa de seu monastério e sua igreja em Wearmouth, em 682 Egfrid deu a ele mais 400 agres de terra desta vez no rio Tyne. Ali ele construiu um segundo monastério a oito kilometros do Monasterio de São Pedro, e dedicado a São Paulo (hoje chamado Jarrow). Terminado em 685 ele se tornou um grande centro de ensino no Ocidente e o lar do Venerável Bede.
Por que São Bento estava sempre muito ocupado com seus afazeres ele delegava um pouco de sua autoridade. Em primeiro lugar, ele levou para ajudá-lo o seu sobrinho e em Jarrow ele colocou Ceofrid como encarregado. Enquanto Bento chefiava os mosteiros ele fez desses monges uma espécie de sub abades, na direção de duas fundações de modo que os monastérios não ficavam sem liderança durante sua ausência. Este procedimento foi copiado por muitos e é muito utilizado hoje em dia. Bento fez sua ultima viagem a Roma em 685 retornando com muito livros, imagens sacras e sedas para roupas finas as quais ele trocou na corte, por mais terras para seus monastérios.
Devido a São Bento é que muito material pode ser estudado por Bede e outros escolares e um sólido alicerce foi erigido para a gloria da Igreja Inglesa. Após sua morte só em Jarrow 600 escolares estudavam os livros, sem contar as centenas de visitantes. É também graças a ele que a Igreja de Northumbia passou do rito Céltico ao rito Romano.
No final de sua vida ele sofreu uma dolorosa paralisia de seus membros inferiores, mas durante os anos de seu confinamento em sua cama ele continuou seus trabalhos de traduzir varias obras importantes, antes de falecer aos 62 anos de idade no dia 12 de janeiro de 690.
Alguns historiadores insistem que a civilização aprendeu muito no século 18, graças aos monasterios fundado por São Bento Briscop. A prova do culto bem cedo a São Bento Biscop vem de um sermão de Bede sobre ele (Homilia 17) para a sua festa, mas o culto tornou-se mais difundido quando do traslado de suas relíquias em 980. As relíquias de São Bento Biscop estão atualmente a Abadia de Thorney, embora Glastonbury tambem insise que as possui.

Na arte litúrgica São Bento Biscop é mostrado como um abade em vestimentas episcopais com dois monastérios ao seu lado. As vezes ele é mostrado com o venerável Bede. Ele é o patrono dos beneditinos ingleses, pintores e músicos.
 

sexta-feira, 11 de janeiro de 2013

São Teodósio


11/01 - Teodósio nasceu na Capadócia, atual Turquia, em 423, de pais ricos, nobres cristãos. Recebeu uma boa e sólida formação desde a infância sendo educado dentro dos preceitos da fé católica. Quando ainda muito jovem, era ele quem fazia as leituras nas assembléias litúrgicas de sua cidade. Um dia, lendo a história de Abraão, identificou-se com ele e descobriu que seu caminho era o mesmo do patriarca, que deixara sua terra para se encaminhar aonde Deus lhe apontava. Teodósio decidiu fazer o mesmo, seguindo inicialmente em peregrinação à Terra Santa, para conhecer os caminhos trilhados por Jesus.

Dotado de dons especiais como da profecia, prodígio, cura e conselho, sentiu a confirmação do seu chamado por Deus, ao se encontrar com Simeão, o estilista, outro Santo que havia optado por viver acorrentado e numa torre alta construída por ele mesmo. Simeão que nunca o tinha visto ou conhecido, o chamou pelo próprio nome e o avisou de que Deus o havia escolhido para converter e salvar muita gente. Teodósio entrou então para um convento próximo à Torre de Davi, onde rapidamente foi escolhido para a provedoria de uma igreja consagrada a Nossa Senhora. Mas sentia que aquela não era a sua obra, preferia a vida solitária da comunidade monástica do deserto, como era usual naquela época.

Depois, seguindo a orientação de São Longuinho, que o aconselhava em sonhos, foi habitar numa caverna, que segundo dizem fora ocupada pelos Reis Magos ao regressarem de Belém. Alí se entregou às duras penitencias e orações, passando a pregar com um senso de humildade que contagiava a todos que por lá passavam.

Logo começou a receber discípulos e outros monges formando uma nova comunidade religiosa cenobítica, isto é, viviam uma vida retirada mas em comunicação servindo a comunidade movidos pelos mesmos interesses, princípios e prerrogativas cristãs.

Numerosos discípulos, de diversas nacionalidades, foram atraídos e reunidos por ele. Edificou três conventos, um para os que falavam grego, outro para os eslavos e o terceiro para os de idiomas orientais como hebreu, árabe e persa. Todos nos arredores de Belém. Construiu também três hospitais, um para anciãos, outro para atender todos os tipos de doenças e o terceiro para os que tinham enfermidades mentais. Aliás uma idéia muito nova para essa época e pouco freqüente no mundo inteiro. Além disso ergueu quatro igrejas.

Sua fama o levou ao posto de arquimandrita da Palestina, isto é, superior geral de todos os monges. Mas sua atuação contra os hereges acabou por condená-lo ao exílio, por confrontar-se com o Imperador Anastácio. Só quando o imperador morreu é que ele pôde voltar à Palestina reconquistando seu posto de liderança entre os monges.

Quando Teodósio morreu, com cento e cinco anos, em 529, seu corpo foi depositado na cova feita por ele mesmo, há muitos anos, naquela gruta onde os Reis Magos dormiram, entre Jerusalém e Belém. Seu enterro foi acompanhado pelo Arcebispo de Jerusalém e muitos cristãos da Cidade Santa assistiram ao seu funeral onde aconteceram inúmeras graças e prodígios, que ainda sucedem no local de sua sepultura, embora tenha sido profanada e saqueada pelos árabes sarracenos. Seu culto se difundiu rapidamente pelo mundo cristão e se mantém ainda hoje muito forte.

Fonte: www.diaconoalfredo.com.br

quinta-feira, 10 de janeiro de 2013

São Guilherme de Bourges


10/01 - Guilherme, era filho dos condes de Nervers e neto de Pedro, o eremita. Sua educação foi muito religiosa. Desde a infância mostrou o desejo de dedicar a sua vida à serviço de Cristo. Mais tarde, com a vocação definida se consagrou sacerdote e foi nomeado o vigário geral de Soissons e depois de Paris.

Entretanto, assim como seu avô, decidiu deixar a vida da sociedade para se retirar à solidão santa. A princípio foi para o mosteiro de Gradmont, mas depois ingressou para a Ordem de Cister e se tornou um monge. Muito preparado espiritualmente e com uma imensa bagagem cultural, foi sucessivamente abade de Pontigny, de Fontaine-Jean, na diocese de Soissons, e finalmente em Chaalis.

Entretanto a morte o arcebispo de Bourges em setembro de 1200 ocasionou uma grande contestação para se saber quem seria designado como sucessor. Para acabar com as divergências foi chamado o bispo de Paris, Otto, o qual, depois de haver rezado ao Senhor, resolveu sortear o cargo e o vencedor foi Guilherme.

Guilherme aceitou mesmo contra a vontade esta designação, se tornando assim o bispo de Bourges. Como novo pastor se ocupou ativamente da sua diocese dando prova de piedade, firmeza, de bondade e humanidade. Foi sob todos os pontos de vista um modelo para o seu rebanho. A sua fama era tal que a nação francesa, e a universidade de Paris, o escolheram como patrono.

Combateu a heresia dos albigenses, que pregavam uma doutrina contrária à do cristianismo, através das orações. Durante o pontificado de Inocêncio III, pediu para participar e seguir com a sua cruzada, sendo prontamente autorizado por ele. Quando se preparava para partir ficou muito doente, morrendo no dia 10 de janeiro de 1209.

Os milagres que se verificaram por sua intercessão logo após o seu falecimento o levaram à canonização, que foi concedida após oito anos de sua morte em 17 de maio de 1218, pelo papa Honório III.

O seu corpo foi colocado em uma urna de ouro e transferido para a sepultura em frente do altar maior da catedral de Bourges. Algumas relíquias foram doadas à abadia de Chaalis e à igreja de São Leodegário em Alvernia. Depois com a perseguição dos calvinistas elas foram jogadas e dispersadas, mas em seguida, recolhidas pela população alverniense, para em 1793, serem novamente dispersadas.

Os ugonotas, por sua vez, haviam queimado, aquelas remanescentes da catedral de Bourges e de Chaalis e jogado as cinzas ao vento. São Guilherme de Bourges, como ficou conhecido, é festejado no dia 10 de janeiro, o mesmo em que morreu.

quarta-feira, 9 de janeiro de 2013

Santo Adriano



09/01 - Santo Adriano era nascido na África. Viveu entre o final do século VI e o início do século VII, quando era papa São Vitalino. Foi abade do mosteiro de São Pedro de Canterbury. Era um estudioso da Sagrada Escritura, profundo conhecedor de grego e de latim e professor de ciências eclesiásticas e humanas.

Grande amigo de São Teodoro, que foi teólogo, depois monge, e mais tarde, arcebispo da Inglaterra. O próprio Santo Adriano o apresentou ao papa Vitalino, para que fosse nomeado arcebispo em seu lugar, cuja indicação foi aceita com a condição: a de que ele acompanhasse o amigo Gregório à Inglaterra, já que conhecida aquele país.

Santo Adriano viveu na Inglaterra por 39 anos totalmente dedicados ao serviço da Igreja.

Em Santo Adriano os ingleses encontraram um guia cheio de sabedoria de Deus. Muitos iluminou com os seus exemplos de vida profundamente evangélica. Morreu no ano 710 e foi enterrado na igreja de seu mosteiro.

Fonte: www.cleofas.com.br

terça-feira, 8 de janeiro de 2013

São Severino


08/01 -São Severino nasceu em 410, provavelmente era romano. Viveu uma vida simples, apesar de sua origem nobre, este abade viveu durante muitos anos como eremita no deserto do Egito, mas abandonou a solidão para dedicar-se à evangelização de pessoas sem nenhuma fé. Depois de deixar o Egito fixou-se na região de Viena, que vinha sofrendo constantes invasões de bárbaros germânicos. É neste contexto histórico que surge a grandiosa figura de São Severino, o apóstolo da Nórica.

Severino foi capaz de ler as entranhas dos acontecimentos, vendo nas invasões bárbaras o prenúncio de uma nova época, a surgir do decadente Império. Por isso ele se sente impelido a levar a Boa Nova do Evangelho aos jovens povos bárbaros. A sua caridade concreta, sua integridade de vida, sua fé profunda sensibilizam o coração dos bárbaros, a começar dos chefes. Flaciteu, rei dos rúgios, consultava-o com freqüência e nada fazia sem o seu conselho.

Foi estimado e respeitado por todos: reis, guerreiros, gente humilde. Vivia na simplicidade, desapegado de tudo, usava apenas uma única túnica como roupa até 482, quando faleceu.

segunda-feira, 7 de janeiro de 2013

São Raimundo de Penafort


07/01 - Gregório IX teve-o como precioso colaborador durante seis anos. Quando porém lhe comunicou sua intenção de nomeá-lo arcebispo de Tarragona, Raimundo ficou tão consternado a ponto de cair gravemente enfermo. O humilde e douto frade, nascido entre 1175 e 1180, tinha se esforçado para evitar honrarias e prestígio, mas nem sempre conseguiu. Renunciando a uma vida folgada e alegre (era filho do nobre castelão de Peñafort, na Catalunha) dedicou-se muito cedo aos estudos filosóficos e jurídicos. Aos vinte anos ensinava filosofia em Barcelona e aos trinta, recém-laureado, ensinava jurisprudência em Bolonha. Excepcionalmente recebia do município um salário que se dispersava imediatamente em numerosas direções para aliviar e socorrer os indigentes. Voltou a Barcelona a convite do seu bispo em 1220. Foi nomeado Cônego e recebeu do amigo Pedro Nolasco o convite para redigir as Constituições da nascente Ordem dos Mercedários. Mas quando os dominicanos, já dele conhecidos em Bolonha, chegaram em Barcelona, Raimundo abandonou tudo para vestir o hábito alvinegro. Dezesseis anos mais terde (1238) tornou-se o terceiro mestre geral da Ordem, um cargo a que não pôde recusar. Por dois anos visitou a pé os convites da Ordem. Depois reuniu o capítulo geral em Bolonha onde conseguiu demitir-se. Pôde assim, aos setenta anos, voltar ao ensino e ao cuidado das almas.

Aceitando o cargo de confessor do rei Tiago de Aragon, não titubeou em reprovar seu comportamento escandaloso numa expedição à ilha de Maiorca. Conta-se que, tendo o rei proibido a todas as embarcações de velejar para o continente, Raimundo querendo discordar do soberano, estendeu o manto sobre as águas e chegou até Barcelona sobre essa estranha barca e vela.

Uma de suas obras apostólicas mais digna de nota são as missões para a conversão dos hebreus e dos maometanos estabelecidos na Espanha. Segundo a tradição foi ele que convidou S. Tomás de Aquino a escrever a Suma contra os Gentios, para que seus pregadores pudessem recorrer a argumentos sólidos nas controvérsias com os hereges e os infiéis. Ele mesmo redigiu importantes obras de teologia moral e de direito. Uma delas é a Suma de casos para administração correta e frutífera do sacramento da reconciliação. Tinha quase cem anos quando morreu (1275). Foi canonizado em 1601.

domingo, 6 de janeiro de 2013

Reis Magos



06/01 - Segundo a tradição, os Reis Magos eram três: Gaspar, cujo nome significa "Aquele que vai inspecionar"; Melquior, que quer dizer; "Meu Rei é Luz"; e Baltazar, que se traduz por "Deus manifesta o Rei". Tudo indica que os Magos eram sábios procedentes da Babilônia. A referência "a visita dos Magos" encontra-se assim descrita em Mateus:

"Tendo Jesus nascido em Belém da Judéia, no tempo do rei Herodes, eis que vieram magos do Oriente a Jerusalém, perguntando: "Onde está o Rei dos judeus recém-nascido? Com efeito, vimos a sua estrela no céu surgir e viemos homenageá-lo". (Mt 2,1-3ss.; cf. Lc 2,1-7).

" A intenção do evangelista é mostrar que os pagãos, os gentios, os povos que viviam além das fronteiras de Israel, reconhecem Jesus como Rei-Messias. Ao passo que o povo judeu rejeita o Salvador nascido em seu seio.

Ouro, incenso e mirra simbolizam as riquezas e os perfumes da Arábia, oferecidos como tributo ao Rei dos Reis, Jesus. Os Padres da Igreja vêem no outro o símbolo da realeza de Jesus; no incenso, a sua divindade; e na mirra, a paixão de Cristo.

Na adoração dos Magos cumprem-se as profecias messiânicas: Eu vejo - mas não agora, eu contemplo - mas não de perto: um astro procedente de Jacó se torna chefe, um cetro se levanta, procedente de Israel. (Ns 24,17ss.; cf.também Isaías 49,23; 60,5s.; Salmo 72, 10-15).

Fonte: http://www.catolicanet.com/

sábado, 5 de janeiro de 2013

São João Nepomuceno Neumann



05/01 - São João Neumann nasceu em Prachatitz, Boêmia, no dia 28 de março de 1811, filho de Philip Neumann e Agnes Lebis. Freqüentou a escola em Budweis e lá entrou para o seminário no ano 1831. Dois anos depois, passou para a Universidade de Charles Ferdinand, em Praga, onde estudou teologia.

Quando completou sua preparação para o sacerdócio em 1835, desejava ser ordenado, mas o bispo decidiu que não haveria mais ordenações lá. João estava certo de sua vocação para o sacerdócio, mas todas as portas pareciam estar fechadas. João foi um dos 36 padres para mais de 200.000 católicos de sua época. Como missionário, visitava um povoado atrás de outro, escalando até montanhas para visitar as pessoas doentes e celebrar missas.

Sonhava viver em uma comunidade. Foi, então, que ingressou para a Congregação de padres e irmãos que se dedicava em ajudar os pobres e os mais abandonados. Foi o primeiro padre que entrou para a Congregação Redentorista na América; professou seus votos em Baltimore, no dia 16 de janeiro de 1842. Desde o princípio, destacou-se por sua piedade, santidade e por seu zelo e amabilidade. O seu conhecimento de seis idiomas modernos o tornou particularmente apto para o trabalho na sociedade americana, com grande diversidade de línguas no século XIX.

Depois de trabalhar em Baltimore e Pittsburgh, em 1847, foi nomeado Visitador ou Superior Maior dos Redentoristas nos Estados Unidos. Neste cargo, preparou os confrades da fundação americana para se tornarem uma Província autônoma, o que aconteceu em 1850. O Padre Neumann foi nomeado Bispo de Filadélfia e ordenado bispo em Baltimore, no dia 2 de março de 1852. A diocese dele era muito grande e passava por um período de desenvolvimento considerável. Como bispo, foi o primeiro a organizar um sistema diocesano de escolas católicas e para isso, fundou as Irmãs da Ordem Terceira de São Francisco para lecionar nas escolas.

Entre as mais de oitenta igrejas que construiu durante o seu bispado, deve ser mencionada a catedral de São Pedro e São Paulo, iniciadas por ele. São João Neumann era de estatura pequena; nunca teve uma saúde robusta, mas sua vida foi marcada por inúmeras atividades, conjugadas entre sua piedade e sua fortaleza. Ele, ainda, achou tempo para uma atividade literária considerável, além de suas obrigações pastorais. Escreveu numerosos artigos, publicou dois catecismos e, em 1849, uma história da Bíblia para as escolas.

No dia 5 de janeiro de 1860 (com 48 anos de idade apenas) caiu na rua, em sua cidade episcopal e morreu antes que lhe pudessem administrar os últimos Sacramentos. Foi beatificado pelo Papa Paulo VI, no dia 13 de outubro de 1963, e canonizado pelo mesmo Papa, no dia 17 de junho de 1977.

Fonte: www.provinciadorio.org.br

sexta-feira, 4 de janeiro de 2013

Santa Elizabeth Seton


04/01 - Elizabeth Ann Seton é a primeira santa dos Estados Unidos, canonizada pela Igreja Católica. Fundou a primeira Comunidade das Irmãs Americanas da Caridade de S. José e iniciou as Escolas Católicas Paroquiais dos Estados Unidos.

Elizabeth Ann Seton nasceu a 28 de Agosto de 1774 em Nova Yorque. Era Filha de Ricardo Bayley e Catarina Chariton. Sendo os dois episcopalianos fervorosos. Foi battizada e educada na Igreja episcopaliana. O Pai, médico e cirurgião de renome, foi o primeiro delegado de Saúde no Porto de Nova Yorque e depois professor de anatomia no colégio Real (Universidade de Colúmbia).

Elizabeth cresceu em Nova York e em Nova Rochelle. A 25 de Janeiro de 1794, Elizabeth Anne casou com william Magee Seton, filho de uma rica família de armadores e habitava em State Sreet, em Manhattan. O seu casamento foi abençoado com o nascimento de três meninas e dois rapazes.

Infelizmente, Wiliam depressa cai doente atacado por uma terrível tuberculose. Ele parte para Itália acompanhado por Elizabeth e a sua filho mais velha, Ana, com esperança de recuperar a saúde. Mas ele morre a 27 de Dezembro de 1803, deixando-a viúva com 5 filhos e apenas 29 anos.

A Família Felicchi de Livorno, em Itália, sócios de negócios e grandes amigos de Elzabeth e William, oferecem-lhe hospitalidade, apoio e consolação. Elizabeth Anne, que era muito espiritual, ficou muito tocada pela devoção e a fé da família Felicchi que era católica.

Um ano depois do seu regresso a Nova York, Elizabeth decide converter-se ao catolicismo e a 14 de Março de 1805, é recebida na Igreja de S. Pedro em Barclay Street. Esta decisão custou muito a Elizabeth por causa do afastamento da sua família e das suas amigas.

Os anos seguintes são muito duros para Elizabeth. Viúva, com cinco filhos, sem meios económicos para os sustentar por causa da falência da empresa familiar, pouco antes da morte de William, e sem poder contar com o apoio da sua família e dos seus amigos.

Em Junho, de 1808 o Padre William Louis Dubourg, padre sulpiciano, de MarYland, encontra Elzabeth durante uma visita a Nova York e convida-a a mudar para Baltimore, prometendo-lhe abrir aí uma escola para meninas.

Graças à generosidade de um benfeitor, a escola pôde instalar-se em Emmitsburg, Maryland. Esta nova obra começou em 31 de Julho de 1809 em Saint José Valley. Em breve, este projecto atrai outras mulheres que lhe seguem os passos para se consagrar à instrução das crianças pobres, começando assim a Comunidade das Irmãs da Caridade.

A 17 de Janeiro de 1812, Elizabeth recebe a confirmação oficial das regras e das Constituições das Irmãs da Caridade nos Estados Unidos. Estas Regras são redigidas com base nas Regras comuns das Filhas da Caridade de S. Vicente de Paulo, fundadas em França por S. Vicente de Paulo e Santa Luísa de Marillac em 1633. Assim nasceu a primeira comunidade religiosa americana.

Muito antes de ser acolhida na Igreja Católica, Elizabeth tinha descoberto Cristo nos pobres, especialmente nas mulheres e nas crianças carenciadas.

A santidade de Elizabeth foi reconhecida por causa da sua busca da vontade de Deus na sua vida e pela sua fidelidade em responder-Lhe. A sua santidade enraíza-se na sua fidelidade à oração e à liturgia na Igreja protestante episcopaliana do seu tempo. Fiel praticante da Paróquia da Santíssima Trindade, ela orava longo tempo diante do santíssimo Sacramento na vizinha capela de S. Pedro, que era católica.

Morreu a 4 de Janeiro de 1821 em Emmitsburg, com 46 anos. A 25 de Março de 1850,a Comunidade de Emmitsburg uniu-se à Companhia das Filhas da Caridade de S. Vicente de Paulo de França. A 17 de Março de 1963, Elizabeth Ann Seton foi beatificada pelo Papa João XXIII. Foi canonizada em Setembro de 1975, por Paulo VI.