domingo, 31 de julho de 2011

São Justino de Jacobis



31/07 - Nasceu em 9 de outubro de 1800 em San Fele, Luciana, Itália.Foi educado em Nápoles e entrou para os Vicentinos com 18 anos. Foi ordenado em 1824. Destacou-se como notável pregador,especialmente junto à população rural. Ele ajudou a fundar uma casa Vicentina em Monopoli. Mais tarde foi Superior em Lecce.

Trabalhou com os doentes na epidemia de cólera de 1836/37 em Nápoles e milagrosamente não contraiu a doença. Indicado Vigário Apostólico em Adua, Etiópia em 1839, ele começou um trabalho missionário na África que consumiu toda a sua vida.

O povo era primeiramente composto de pagãos, islâmicos, cristãos Cópticos e estrangeiros que não recebiam bem qualquer autoridade, seja civil ou religiosa. Justino aprendeu a língua, viveu com o povo e trabalhou para melhorar as relações da Igreja em nível local.

Tentou que um dos seus monges fosse indicado pelo Vaticano como Patriarca da Igreja da Etiópia, mas não conseguiu. Retornou a Roma para consultas com o Papa, e tentou conseguir que alguns líderes religiosos etíopes voltassem para a Etiópia com ele, mas não conseguiu.

Em 1846 voltou à Etiópia e fundou um Colégio em Guala. Este trabalho e outros esforços missionários provocaram uma reação da Igreja da Etiópia e o catolicismo foi banido e o Bispo de Massawa foi forçado a fugir para Roma. Mesmo ameaçado de morte Justino ficou e tornou-se um missionário no movimento religioso subterrâneo que se seguiu e continuou cuidando dos convertidos.

Consagrado Bispo fugitivo de Massawa em 1848 foi dado a ele autoridade para administrar os sacramentos nos ritos etíopes. Em 1853 havia consagrado 20 padres, 5000 convertidos e reaberto o Colégio em Guala.

Em 1860 Kedaref Kassa tornou-se Rei da Etiópia com a apôio de Abuna Salame, Patriarca da Igreja da Etiópia. Em gratidão ele proibiu o catolicismo e Justino foi preso por vários meses. Ele teve que fazer uma marcha forçada até a área de Jhalai no sul da Eritréia, passando o resto de sua vida em trabalhos missionários ao longo do Mar Vermelho.

Ele é considerado o Apóstolo da África e o fundador das missões Abissinianas. O Beato Hebre Michael é um dos 12.000 convertidos por ele em sua época. Morreu em 31 de julho de 1860 de febre tropical numa pequena estrada lateral perto de Halai durante uma viagem missionária. Foi enterrado na Igreja de Hebo. Foi beatificado em 1939 pelo Papa Pio XII e canonizado em 26 de outubro de 1975 pelo Papa Paulo VI.


sábado, 30 de julho de 2011

São Leopoldo Mandic




30/07 - Leopoldo Mandic nasceu na Dalmácia, atual Croácia, em 12 de maio de 1866. Os pais, católicos fervorosos, batizaram-no com o nome de Bogdan, que significa "dado por Deus". Desde pequeno apresentou como características a constituição física débil e o caráter forte e determinado. O mais novo de uma família numerosa, completou seus estudos primários na aldeia natal.

Nessa época, a região da Dalmácia vivia um ambiente social e religioso marcado por profundas divisões entre católicos e ortodoxos. Essa situação incomodava o espírito católico do pequeno Bogdan, que decidiu dedicar sua vida à reconciliação dos cristãos Orientais com Roma.

Aos dezesseis anos, ingressou na Ordem de São Francisco de Assis, em Udine, Itália, adotando o nome de Leopoldo. Foi ordenado sacerdote em Veneza, onde concluiu todos os estudos em 1890. Sua determinação era ser um missionário no Oriente e promover a unificação dos cristãos. Viajou duas vezes para lá, mas não em missão definitiva.

Leopoldo foi destinado aos serviços pastorais nos conventos capuchinhos por causa da saúde precária. Ele era franzino, tinha apenas um metro e quarenta de altura e uma doença nos ossos. Com grande espírito de fé, submeteu-se à obediência de seus superiores. Iniciou, assim, o ministério do confessionário, que exerceu até a sua morte. No início, em diversos conventos do norte da Itália e, depois, em Pádua, onde se tornou "o gigante do confessionário".

A cidade de Pádua é famosa por ser um centro de numerosas peregrinações. É em sua basílica que repousam os restos mortais de santo Antônio. Leopoldo dedicava quase doze horas por dia ao ministério da confissão. Para os penitentes, suas palavras eram uma fonte de perdão, luz e conforto, que os mantinham na fidelidade e amor a Cristo. Sua fama correu, e todos o solicitavam como confessor.

Foi quando ele percebeu que o seu Oriente era em Pádua. E fez todo o seu apostolado ali, fechado num cubículo de madeira, durante trinta e três anos seguidos, sem tirar um só dia de férias ou de descanso. Pequenino e frágil, com artrite nas mãos e joelhos, e com câncer no esôfago, ofereceu toda a sua agonia alegremente a Deus.

Frei Leopoldo Mandic morreu no dia 30 de julho de 1942, em Pádua. O seu funeral provocou um forte apelo popular e a fama de sua santidade espalhou-se, sendo beatificado em 1976. O papa João Paulo II incluiu-o no catálogo dos santos em 1983, declarando-o herói do confessionário e "apóstolo da união dos cristãos", um modelo para os que se dedicam ao ministério da reconciliação.



quinta-feira, 28 de julho de 2011

Santo Inocêncio I



28/07 - Inocêncio I era italiano, nasceu em Albano, uma província romana do Lazio. Ele foi eleito no ano 401, governou a Igreja por dezesseis anos, num período dos mais difíceis para o Cristianismo. A sua primeira atividade pastoral foi uma intervenção direta no Oriente, exortando a população de Constantinopla a seguir as orientações do seu Bispo, São João Crisostomo e assim viver em paz.

Mas, um dos maiores traumas de seu pontificado foi a invasão e o saque de Roma, cometidos pelos bárbaros godos, liderados por Alarico. Roma estava cercada por eles desde o ano 408 e só não tinha sido invadida graças às intervenções do Papa junto a Alarico. Pressionado pelo invasor, e tentando salvar a vida dos cidadãos romanos, Inocêncio viajou até a diocese de Ravena, onde se escondia o medroso imperador Honório.

O Papa tentava, há muito tempo, convence-lo a negociar e conceder alguns poderes especiais a Alarico, para evitar o pior, que ele saqueasse a cidade e matasse a população. Não conseguiu e o saque teve início. Foram três dias de roubo, devastação e destruição. Os bárbaros respeitaram apenas as igrejas, por causa dos anos de contato e mediação com o Papa Inocêncio I. Mesmo assim a invasão foi tão terrível que seria comentada e lamentada depois, por Santo Agostinho e São Jerônimo.

Apesar de enfrentar inúmeras dificuldades, conseguiu manter a disciplina e tomou decisões litúrgicas que perduram até hoje. Elas se encontram na inúmera correspondência deixada pelo Papa Inocêncio I. Aliás, com essas cartas se formou o primeiro núcleo das coleções canônicas, que faz parte do magistério ordinário dos pontífices, alvo de estudos ainda nos nossos dias.

Também foi ele que estabeleceu a uniformidade que as várias Igrejas devem ter com a doutrina apostólica romana. Além disto, estratificou em forma e conteúdo a doutrina dos Sacramentos da penitência, da unção aos enfermos, do batismo e do casamento. Durante o seu pontificado se difundia a heresia pelagiana, condenada no ano 416 pelos Concílios regionais de Melevi e de Cartago convocados por iniciativa de Santo Agostinho e com aprovação do Papa Inocêncio I, que formalmente sentenciou Pelágio e seu discípulo Celestio.

O Papa Inocêncio I morreu no dia 28 de julho de 417, sendo sepultado no cemitério de Ponciano, na Via Portuense, em Roma.


quarta-feira, 27 de julho de 2011

São Celestino I



27/07 - O Papa Celestino I eleito em 10 de setembro de 422, nasceu na Campânia, no sul da Itália. Considerado um governante de atitude, foi também um pioneiro em muitos aspectos. Enfrentou as graves questões da época de tal maneira, que passou para a História, embora o seu mandato tenha durado apenas uma década.

Era um período de reconstrução para Roma, que fora quase destruída pela invasão dos bárbaros, liderados por Alarico. O Papa Clementino I participou ativamente restaurando numerosas Basílicas, entre elas a de Santa Maria em Trastevere, a primeira dedicada à Nossa Senhora, e construiu a de Santa Sabina. Além disto, entendia que o Papa tinha o direito de responder pessoalmente a correspondência enviada pelos cristãos leigos e não apenas das autoridades e dos clérigos. E ele o exerceu, através de suas Cartas, as quais chamava de Decretais, e que se tornaram a semente do Direito Canônico. Também foi vigoroso o intercâmbio de correspondência que manteve com seu amigo e contemporâneo, Santo Agostinho, o Bispo de Hipona, do qual foi ferrenho defensor.

Foi ele o primeiro a determinar que os Bispos não deveriam nunca negar a absolvição a alguém que estivesse morrendo. Também proibiu que os Bispos vestissem cintos e mantos como os monges. Combateu as heresias, ajudou a esclarecer dúvidas doutrinais e combateu os abusos que se instalavam nas sedes episcopais. Seus atos pareciam acertar todo alvo escolhido. Enviou São Patrício à Irlanda e São Paladio à Escócia e, como se sabe, ambos se tornaram histórica e espiritualmente ligados a esses países para todo o sempre.

Outro evento importantíssimo realizado sob sua direção foi o Concílio de Éfeso, em 431. A importância deste Concílio, o segundo realizado pela Igreja e do qual participaram apenas cento e sessenta bispos, foi nele que se confirmou o dogma de Maria como "Mãe de Deus" e não apenas "mãe do homem", como pregava o arcebispo de Constantinopla, Nestório. Ele defendia a tese de que Jesus não era Deus quando nasceu e, portanto, Maria era apenas a mãe do homem Jesus e não de Deus feito homem.

O Papa Celestino I, para acabar com a confusão que se generalizara no mundo cristão determinou que São Cirilo, Bispo de Alexandria dirigisse o Concílio, que iniciou a 22 de junho de 431. Ao seu final, foi restabelecida a verdade bíblica do nascimento do Cristo. O Papa enviou comunicados a todas as autoridades do mundo, não só explicando a decisão, mas informando a destituição e condenação do Bispo Nestório, que foi poupado da excomunhão.

Este foi seu último documento oficial expedido na data de 15 de março de 432 que fechou com chave de ouro seu pontificado, pois, morreria alguns meses depois, em 27 de julho. São Celestino I, foi sepultado numa capela do cemitério de Priscila. Em 817 suas relíquias foram colocadas na Basílica de Santa Praxedes e uma parte delas enviadas para a Catedral de Mantova.


terça-feira, 26 de julho de 2011

São Jorge Preca



26/05 - Jorge Preca nasceu em Valeta, na ilha de Malta, no dia 12 de fevereiro de 1880, filho de pais cristãos fervorosos. Logo depois de concluir os estudos básicos, sentindo o chamado para a vida religiosa, ingressou no seminário. Quando ainda era diácono, ficou gravemente doente, sem esperança de recuperação, mas, pela intercessão de são José, melhorou e recebeu a ordenação sacerdotal em 1906.

No ano seguinte, o jovem padre fundou a Sociedade da Doutrina Cristã, para a formação religiosa de jovens, orientados a instruir outros. Tomou como lema desta associação as letras M.U.S.E.U.M., abreviação da frase latina Magister Utinam Sequator Evangelium Universus Mundus! que significa: "Mestre, que o mundo inteiro siga o Evangelho!"

O fato de levar a Bíblia e a teologia ao alcance da população era realmente revolucionário. Mais fascinante ainda era o sonho de Jorge em formar leigos, homens e mulheres, para mandá-los proclamar a Palavra de Deus em todos os lugares. Para conseguir isso, inovou outra vez, pois era ele próprio que ensinava e escrevia em maltese, a língua popular, para todos entenderem corretamente. Foram cerca de 150 publicações, entre livros e panfletos. Em 1910, criou a seção feminina e a dos leigos para a Sociedade da Doutrina Cristã, concluindo, assim, as metas do seu ideal.

Nesta época, as escolas do governo eram poucas e a presença dos alunos não era obrigatória. Assim o surgimento das escolas da Sociedade da Doutrina Cristã nas paróquias deu-se com a rapidez de um rastilho de pólvora. Todos os dias, crianças, jovens e adultos iam, espontaneamente, às escolas dos catequistas de padre Jorge, onde eram alfabetizados dentro dos princípios cristãos. A Sociedade da Doutrina Cristã teve a aprovação oficial da Igreja em 1932.

Jorge também se destacou como apóstolo do Evangelho. Seus livros de orações foram numerosos. O pensamento central de sua espiritualidade foi Cristo Jesus, o Verbo encarnado. Tornou-se, ainda, um confessor muito procurado por causa de suas palavras consoladoras.

Ele havia professado na Ordem Terceira do Carmo em 1919, tomando o nome de frei Franco, e permaneceu filiado à Ordem do Carmo até 1952. Devoto fervoroso e pregador entusiasmado de Nossa Senhora do Carmo, ele colocava o escapulário da Virgem do Carmo em todos os seus catequistas e nas crianças das escolas paroquianas.

Morreu aos oitenta e dois anos, no dia 26 de julho de 1962, em Santa Venera, na ilha de Malta. A sua obra está presente na Austrália, Sudão, Quênia, Inglaterra, Albânia e Peru. Jorge Preca sempre foi fiel à Igreja, vivendo em intimidade e união com Deus, dedicando-se ao serviço dos mais pobres.

Foi beatificado por João Paulo II em sua visita pastoral a Malta em 2001, teve sua festa designada para o dia de sua morte.

Bento XVI, 3 de junho de 2007, preside a canonização do novo santo. "Um amigo de Jesus e testemunha da santidade que vem dEle": assim o Papa descreveu Jorge Preca, ao proclamá-lo santo.


segunda-feira, 25 de julho de 2011

São Cristóvão



25/07 - Viveu em 251 DC e é o patrono dos viajantes e é um dos "Quatorze Santos Ajudantes" que apareceram para Santa Joana D'Arc. Um mártir, São Cristóvão chamado Kester morreu em Lycia, na Ásia Menor (atualmente Turquia).



Diz a tradição que ele era um homem muito forte que ajudava as pessoas a cruzarem o rio. Um dia um menino pediu para ajuda-lo e São Cristóvão colocou-o nos ombros e começou a atravessar o rio. A cada passo a criança ficava mais pesada e São Cristóvão se esforçava ao máximo para salvar o menino. São Cristovão disse a criança que estava muito difícil e que parecia estar carregando o mundo! E a criança respondeu:" Não fique surpreso! Você está carregando o mundo, voce carrega o criador do mundo nos ombros! O menino era Jesus!



Por isso São Cristovão é invocado por todos antes de fazerem uma jornada. Raramente se vê um taxi ou onibus sem a medalhinha de São Cristovão em alguns lugar do painel.

Christopher significa "carregador de Cristo". (Christo-phoros).


As sua relíquias estão em Roma e Paris. Ele é invocado contra acidentes.


Em algumas cidades é costume os motoristas levarem seus veículos para serem bentos no dia 25 de julho na igreja de São Cristóvão.


Existe uma tradição antiga, que diz que quem olhasse a imagem de São Cristovão, passaria aquele dia sem qualquer dano.


domingo, 24 de julho de 2011

Santa Luisa de Sabóia




24/07 - "Em 24 de julho, em Orbe, na Sabóia, a beata Luísa, viúva, da ordem segunda de S. Francisco (clarissa). Se ilustre era pela nobreza de linhagem, mais ilustre se tornou pela santidade de vida. Seu culto foi confirmado pelo sumo pontífice Gregório XVI ( do martirológio franciscano). Efetivamente Ludovica (ou Luísa, em português) nasceu em 28-12-1462, filha do duque Amadeu IX de Sabóia e Iolanda de França. Em 1479 casou-se com Hugo de Châlon-Arlay, senhor de Château-Guyon.



Toda a sua vida, desde a juventude, na corte e depois como esposa, foi sempre marcada por uma grande austeridade e uma profunda piedade. Mas em 1490, com 11anos de casada, ficou viúva. Passados dois anos, retirou-se para o mosteiro das clarissas de Orbe (Vaud) doando à Igreja do mosteiro todos os seus bens. No claustro atingiu rapidamente o vértice das virtudes cristãs, decorrendo a sua vida na prática do exercício da oração, do silêncio e da pobreza mais austera, conforme a regra de Santa Clara. A irmã morte a alcançou no dia 24 de julho de 1503 nesse mosteiro.


Recordamos esta beata porque a sua família veio a reinar no Piemonte e Sardenhar e foi exatamente com a sua família que se deu a unificação da Itália em 1870. Aliás a família da casa de Sabóia sempre foi muito dedicada à Igreja, e entre as mulheres sempre houve grandes santas, algumas a caminho dos altares.


O famoso sudário de Turim também pertenceu à casa de Sabóia que governou a Itália até o final da segunda guerra mundial, quando foi proclamada a república. Ultimamente, o último rei da Itália, ao morrer, deixou o sudário de Turim para a Santa Sé. Como foi dito inicialmente canonizada, mas venerada desde a sua morte pelo povo.


O culto foi confirmado pela Santa Sé depois de muitos séculos e hoje ainda é comemorada na familia franciscana nas dioceses do antigo reinado do Piemonte e em Lausanha.



sábado, 23 de julho de 2011

Santo Apolinário



23/07 - O nome, o culto, e a glória de Santo Apolinário são legados que recebemos da História, e também da arte de Ravena, a capital do Império Bizantino, no Ocidente, no período de meados do século I e II.

Nesta cidade existem duas grandiosas igrejas dedicadas a Santo Apolinário, ambas célebres na história da arte e do Cristianismo. Na igreja nova de Santo Apolinário, no centro da cidade, encontramos o célebre mosaico representativo, mais extenso que um quarteirão, com todos os Mártires e as Virgens. No destaque se encontra Santo Apolinário. Na outra igreja, fora da cidade, está o outro esplendido mosaico, no qual pela primeira vez, a figura de um santo, e não a de Cristo, ocupa o centro de uma composição, circundado por duas fileiras de ovelhas.

Apolinário, o primeiro Bispo de Ravena, segundo a tradição, teria sua origem no Oriente e a mando do próprio apóstolo Pedro, de quem foi discípulo, enviado para converter os pagãos nas terras no norte do Império.

A sua obra de evangelização transcorreu num ambiente repleto de imensas dificuldades fruto do ódio, do egoísmo, da incredibilidade que o cercavam, além do culto aos ídolos pagãos que teve de combater . À este apostolado dedicou toda sua vida. Embora representado no mosaico da cidade, sereno e tranqüilo, na realidade era um homem de vida dura, combativa e atuante. Apolinário sempre foi considerado um mártir. Mártir de um suplício muito longo, que foi todo o seu episcopado.

Ele não viu o resultado de sua obra, que só se revelou após a sua morte. A população da nova capital do Império, se tornou exclusivamente cristã, reforçando suas raízes no próprio culto de seu primeiro Bispo, considerado por eles um exemplo de santidade.

Desta maneira se explica a grande devoção à ele, não somente em Ravena, mas em muitas outras localidades da Itália, da França e da Alemanha. Aliás, nestas regiões, foi amplamente difundida, devido os mosteiros beneditinos e camaldoleses que Apolinário ali fundara.

Apolinário morreu como mártir da fé no dia 23 de julho, durante as primeiras perseguições impostas contra os cristãos. Entretanto, não se encontrou nenhuma referência indicando o ano e a localidade. Suas relíquias, encontradas nas catacumbas, foram enviadas para a Catedral de Santo Apolinário, em Ravena, na Itália. A tradicional festa de Santo Apolinário, padroeiro de Ravena, em 23 de julho, foi mantida pela Igreja.

Fonte: www.prestservi.com.br

sexta-feira, 22 de julho de 2011

Santa Maria Madalena




22/07 - Embora fosse apenas uma pecadora famosa de sua cidade, Maria Madalena, nascida em Magdala, na Galiléia, teve uma participação importantíssima na passagem de Jesus pela Terra. Ela foi perdoada publicamente por ele, que a tomou como exemplo de que seu Pai acolhia a todos, desde que chegassem ao arrependimento. Além disso, foi, ainda, a escolhida para ser a primeira testemunha da ressurreição.



Madalena ouvira falar de Jesus, pois a fama dos milagres dele corria entre o povo. Ele já ressuscitara mortos, devolvera a visão a cegos, colocara voz na boca de mudos e audição nos ouvidos de surdos, além de fazer andar paralíticos e curar doentes de todos os tipos. Assim, no dia em que Jesus participava de um banquete na casa de Simão, o fariseu, Maria Madalena resolveu fazer uma confissão pública de arrependimento, porque o seu pecado era público, como diz a Sagrada Escritura.



Invadindo o local da ceia, ela não ousou olhar para Jesus. Apenas ajoelhou-se na sua frente, banhou seus pés com lágrimas e enxugou-os com os cabelos, num pedido de perdão mudo. Impressionados, os presentes imaginavam que ela fosse ser repudiada pelo Mestre, que, todavia, disse à mulher: "Foram-lhes perdoados os seus muitos pecados, porque você muito amou". Com o coração em paz, ela saiu dali ainda em prantos, mas feliz. A partir desse dia, tornou-se uma das mais fiéis seguidoras do Messias.



Ela estava ao lado de Maria quando da crucificação do Senhor e, na madrugada da Páscoa, era tanta a saudade que sentia de Jesus que foi chorar à porta do sepulcro. De repente, ouviu a voz, que jamais esqueceria, chamar seu nome. Assim, as profecias cumpriram-se diante de seus olhos. Jesus ressuscitara!



Está escrito: "No dia da Páscoa, Jesus apareceu a ela e a mandou ir anunciar a sua ressurreição aos discípulos". Depois disso, segundo uma antiga tradição grega, Maria Madalena teria ido viver em Éfeso, onde morreu. Lá, tinham ido morar também João, o apóstolo predileto de Jesus, e Maria, Mãe de Jesus.



A liturgia bizantina celebra-a como "Apóstola dos Apóstolos", para que continue a sua missão de anunciar a ressurreição do Senhor no seu rito apostólico. Festejada no dia 22 de julho, santa Maria Madalena tornou-se a padroeira de muitas ordens religiosas, sendo venerada até mesmo pelos padres predicadores.



quarta-feira, 20 de julho de 2011

Santa Elisa



20/07 - Uma mártir egípcia com seus companheiros cristãos, Daniel, Isaías, Jeremias e Samuel. Eles foram enviados para as minas de Cilicia (moderna Turquia) para confortar os cristãos presos ali. Eles foram presos no portão de entrada e martirizados. O historiador Euzebius estava na Caesarea, em Israel e deu vívido testemunho do acontecido. Santa Elisa foi martirizada e como não renunciasse a sua fé e aceitasse oferecer sacrifícios aos deuses pagãos, foi finalmente decapitada.

Dois outros Pamphilus e Seleucus, tambem foram capturados, martirizados e decapitados junto com Elisa. Porphy o servente de Pamphilus, requisitou os corpos dos mártires para enterra-los e foi queimado vivo como um cristão.

Vários milagres são creditados a sua intercessão. Tem muitos devotos e uma linda Igreja na Catalunha, Espanha.

É tambem muito festejada na Rússia.
É padroeira dos ferreiros e é invocada contra eczemas e doenças da pele.


terça-feira, 19 de julho de 2011

São Símaco - Papa



19/07 - Papa da Igreja Cristã Romana (498-514) nascido na Sardenha, eleito em 22 de novembro (498) como sucessor de Anastácio II (496-498), a quem é atribuído a construção do primeiro núcleo do Palácio Vaticano e o costume de cantar o Glória a Deus nas alturas na Santa Missa.



Quando era apenas diácono, participou da oposição ao antipapa Lourenço. Eleito, contra sua consagração levantou-se o cardeal Lourenço, cismático, simpático ao imperador Anastácio, do Oriente. O cisma durou três anos e provocou uma sangrenta guerra civil em Roma. Com o prolongamento da guerra, os dois partidos resolveram invocar a arbitragem do rei Teodorico, rei ariano, simpatizante da Igreja, mas não católico. Um paradoxo inaceitável nos dias de hoje: um rei ariano chamado a intervir numa questão vital para a Igreja Católica Romana. Os dois rivais comparecem a Ravena, onde se achava instalada a corte de Teodorico, na tentativa de se parar com as lutas fratricidas e sacrílegas em Roma. O rei decidiu que seria reconhecido como papa legítimo aquele que tinha sido eleito primeiro e pelo maior número de eleitores. Assim, com as duas condições lhes sendo favoráveis foi reconhecido como o legítimo sucessor no trono de São Pedro, iniciou seu pontificado de verdadeiramente. Consolidou os bens eclesiásticos, considerando-os benefícios estáveis para usufruto dos clérigos.



Convocou uma assembléia na basílica de São Pedro para estabelecer normas para as futuras eleições, da qual participaram 72 bispos e mais 66 padres. Com o consenso unânime da assembléia, o papa publicou que ficaria terminantemente proibido procurar votos para o futuro pontífice e que na falta de regulamentar a sucessão, seria eleito quem tivesse os votos de todo o clero, ou da maioria. Estas medidas foram fundamentais para deixar a disputa sucessória apenas para o clero e acabar com tumultos, desordens, intrigas e violência comuns nas assembléias populares.



Resgatou todos os escravos, dando-lhes a liberdade, e concluiu a primeira construção do Palácio do Vaticano. Papa de número 51, morreu em 19 de julho (514), em Roma, e foi sucedido por São Hormisdas (514-523). Santo de pouca tradição no Brasil, é devocionado no dia 19 de julho.



segunda-feira, 18 de julho de 2011

Santo Arnolfo de Metz




18/07 - Arnolfo nasceu em Metz, na antiga Gália, agora França, no ano 582. A sua família era muito importante, cristã, e fazia parte da nobreza. Ele estudou e se casou com uma aristocrata, com a qual teve dois filhos.



A região da Gália era dominada pelos francos e era dividida em diversos reinos que guerreavam entre si. Isso provocava grandes massacres familiares e corrupção.



Um desses reinos era o da Austrásia, do rei Teodeberto II, para o qual Arnolfo passou a trabalhar. Mas quando o rei morreu, todos os seus descendentes e familiares foram assassinados a mando do rei dos francos, Clotário II, que incorporou a região aos seus domínios.



Era nesse clima que vivia Arnolfo, um homem de fé inabalável, correto e justo. O rei Clotário II, agora soberano de um extenso território, conhecendo a fama da conduta cristã de Arnolfo, tornou-o seu conselheiro.



Confiou-lhe, também, a educação de seu filho Dagoberto, que se formou dentro dos costumes da piedade e do amor cristão. Tal preparo fez de Dagoberto um dos reis católicos mais justos da história, não tendo cometido nenhuma atrocidade durante o seu governo.



Além disso, o rei Clotário II nomeou Arnolfo bispo de Metz, que acumulou todas as atribuições da Corte. Uma bela passagem ilustra bem o caráter desse homem, que mesmo leigo se tornou um dos grandes bispos do seu tempo.



Temendo não ser digno do cargo, por causa dos seus pecados, atirou seu anel no rio Mosela, dizendo: "Senhor, se me perdoas, faze-o retornar". O anel retornou dentro do ventre de um peixe. Essa tradição cristã ilustra bem a realidade de sua época, onde era difícil não pecar, especialmente para quem estava no poder.



Naquele tempo, as questões dos leigos e do celibato não tinham uma disciplina rigorosa e uniforme dentro da Igreja, que ainda seguia evangelizando a Europa.



Arnolfo não foi o primeiro pai de família a ocupar tal posto nessa condição. Como chefe daquela diocese, Arnolfo participou dos concílios nacionais de Clichy e de Reims. Mais tarde, seu filho Clodolfo tornou-se bispo e assumiu a diocese de Metz, enquanto o outro, chamado Ansegiso, tornou-se um dos primeiros "mestres de palácio" da chamada era carolíngia.



Depois de algum tempo, Arnolfo abandonou o bispado e o cargo na Corte para ingressar no mosteiro fundado por seu amigo Romarico, outro que havia abandonado a Corte e o rei. Assim, de maneira serena, Arnolfo viveu o resto de seus dias, dedicando-se às orações, à penitência e à caridade.



Arnolfo morreu no dia 18 de julho de 641, naquele mosteiro. Assim que a notícia chegou em Metz, os habitantes reclamaram-lhe o corpo, depositando-o na basílica que adotou, para sempre, o seu nome.



domingo, 17 de julho de 2011

Santo Aleixo




17/07 - Aleixo, filho único do senador Eufemiano, era italiano, nasceu em Roma, no ano de 350. Herdeiro de uma considerável fortuna, cresceu dentro da religião cristã. Desde a infância era famoso por sua natural caridade, possuindo todas as graças e virtudes. Os pais, como era costume na época, cuidaram do seu enlace com uma jovem de excelente família cristã e ele acabou se casando.



Porém, na noite de núpcias sem consumar a união, e após conversar com a esposa, abandonou tudo para se aproximar de Deus. Como peregrino, vagou de cidade em cidade até chegar em Edessa, na Síria, onde ficou por algum tempo. Vivia como um piedoso mendigo ao lado da Basílica do Apóstolo Tomé, repartindo com os pobres as esmolas que recebia. Diversos prodígios aconteciam com a sua presença, passou a ser chamado de "o homem de Deus" e venerado por sua santidade. Mas, teve de abandonar a cidade, porque desejava continuar no anonimato.



Retornou para a vida de peregrino. Sofreu tanto que ficou transfigurado. Quando chegou em Roma foi para a casa do pai e disse: "Tende compaixão deste pobre de Jesus Cristo e permita-me ficar em algum canto do palácio". Não tendo reconhecido o próprio filho, ele o acolheu e mandou que o levasse para cuidar da cocheira dos animais. Viveu assim durante dezessete anos, na cocheira do seu próprio palácio, sendo maltratado pelos seus próprios criados e sem ser identificado pelos pais.



Morreu em 17 de julho e foi colocado num cemitério comum para criados. Porém, antes de morrer, entregou um pergaminho ao criado que o socorreu, na qual revelava sua identidade. Os pais quando souberam, levaram o caso ao conhecimento do Bispo, que autorizou sua exumação. Aleixo foi levado então para um túmulo construído na propriedade do senador. A fama de sua história e de "homem de Deus" se espalhou entre os cristãos romanos e orientais, difundindo rapidamente o seu culto.



Segundo uma antiga tradição romana, a casa do senador ficava no Monte Aventino. Em 1217, durante a construção da igreja dedicada à Santo Bonifácio, neste local as relíquias de Santo Aleixo foram encontradas. Por este motivo, o Papa Honório III decidiu que ela seria dedicada à Santo Aleixo. Outro grande devoto deste Santo, foi o Bispo Sérgio de Damasco, que viveu em Roma no final do século X. Ele acabou fundando o Mosteiro de Santo Aleixo, destinado aos monges gregos.



No século XV, os Irmãos de Santo Aleixo o elegeram como patrono. Em 1817, a Congregação dos Sagrados Corações de Jesus e Maria o nomeou seu segundo patrono, como exemplo de paciência, humildade e de caridade a ser seguido. A Igreja manteve o dia de sua festa no dia 17 de julho, como sempre foi celebrada pela antiga tradição cristã.



sexta-feira, 15 de julho de 2011

São Vladimir de Kiev




15/07 - No final do século IX, o povo russo começava a viver sob a influência do cristianismo, depois da conversão da princesa e futura santa Olga de Kiev. Em 945 o príncipe Igor, marido de Olga, foi assassinado e ela assumiu o trono como regente de Kiev, para o filho Esviatoslav de três anos.



Ela havia se tornado cristã, educando os filhos dentro da religião, mas não conseguiu que eles se convertessem. Assim, quando o filho Esviatoslav assumiu o trono, o povo continuou vivendo no paganismo. Teve muitas esposas e concubinas, e muitos filhos legítimos e ilegítimos, todos pagãos. A religião cristã, em respeito a sua mãe, era apenas tolerada. Seu filho, Vladimir, era o neto de Olga. Ele nasceu no ano de 963, recebendo a educação pagã adequada para conduzir uma nação. Com a morte do pai em 972, o príncipe Vladimir, hábil e audacioso, começou a governar as terras que herdara em 980. Guerreou contra o irmão que estava Kiev e o venceu, assumindo sozinho o trono do grão ducado russo.



Conquistou a Galícia, apaziguou uns e lutou contra outros povos estendendo os limites do seu domínio desde o mar Báltico até o rio Bug. Tinha cinco esposas e muitas concubinas. Nas montanhas de Kiev, ele ergueu templos pagãos, nos quais oferecia os sacrifícios humanos aos ídolos, geralmente os líderes dos povos que derrotava. Nessa época, no solo russo morreram alguns mártires por Cristo. Entre eles estavam dois chefes variagis, Teodoro e João, parentes de sua avó Olga. As circunstâncias dessas mortes e a firmeza no testemunho da fé de ambos tocaram e impressionaram Vladimir, que começou a interessar-se pelo cristianismo.



A mudança ocorreu de forma rápida, mas gradual. Primeiro, ordenou aos sábios da corte que viajassem a diversos países para verificarem qual era a religião verdadeira. Em seguida, chamou religiosos dos diversos países muçulmanos, judeus, budistas e cristãos. O próprio Vladimir questionou todos eles, ouvindo, atento, suas pregações. O que mais o impressionou foi o grego que pregou o evangelho de Cristo. Os sábios voltaram tocados pela graça, com toda a manifestação de fé em Cristo que viram em Constantinopla, no templo de Sofia. Então eles disseram a Vladimir: "Se a religião de Cristo não fosse a verdadeira, então sua avó Olga, que era sábia, não a teria aceitado".



Vladimir começou a estudar o Evangelho e foi batizado em 989. Logo em seguida, recebeu o sacramento do matrimonio com a princesa Ana, filha de Basílio de Constantinopla. Desde então, chegavam cada vez mais sacerdotes missionários que percorriam seus domínios catequizando o povo e ministrando o batismo. O cristianismo consolidou-se ainda mais quando Vladimir casou-se com a piedosa neta do imperador da Germânia, após o falecimento da princesa Ana.



O príncipe Vladimir de Kiev passou para a história da Igreja como o grande cristianizador da Rússia. Depois de batizado, destruiu todos os ídolos e templos pagãos, construindo no lugar igrejas e mosteiros, todos abastecidos com os objetos da liturgia. Tornou-se um pai caridoso e piedoso, sendo chamado "santo", pelos súditos ricos e pobres. Verdadeiro cristão, respeitou e amou seu povo, sendo fiel a Jesus e à Igreja até a morte, em 15 de julho de 1015.



Essa data a Igreja manteve para celebrar são Vladimir de Kiev, elevado aos altares pelo povo, cujo culto foi confirmado depois por Roma.



quinta-feira, 14 de julho de 2011

São Camilo de Lellis



14/07 - Camila Compelli e João de Lellis, eram já idosos quando o filho foi anunciado. Ele, um militar de carreira, ficou feliz, embora passasse pouco tempo em casa. Ela, também, mas um pouco constrangida, por causa dos quase sessenta anos de idade. Do parto difícil, nasceu Camilo, uma criança grande e saudável, apenas de tamanho acima da média. Ele nasceu no dia 25 de maio de 1550, na pequena Bucchianico, em Chieti, no sul da Itália. Cresceu e viveu ao lado da mãe, uma boa cristã, que o educou dentro da religião e dos bons costumes. Ela morreu quando ele tinha treze anos de idade. Camilo não gostava de estudar e era rebelde. Foi então residir com o pai, que vivia de quartel em quartel, porque, viciado em jogo, ganhava e perdia tudo que possuía. Apesar do péssimo exemplo, era um bom cristão e amava o filho. Percebendo que Camilo aos catorze anos não sabia nem ler direito, colocou-o para trabalhar como soldado. O jovem, devido à sua grande estatura e físico atlético era requisitado para os trabalhos braçais e nunca passou de soldado, por falta de instrução. Tinha dezenove anos de idade, quando o pai morreu e lhe deixou como herança apenas o punhal e a espada

Nesta ocasião, Camilo já ganhara sua própria fama, de jogador fanático, briguento e violento, era um rapaz bizarro. Em 1570, após uma conversa com um frade franciscano, sentiu-se atraído a ingressar na ordem, mas foi recusado, porque apresentava uma úlcera no pé. Ele então foi enviado para o hospital de São Tiago, em Roma, que diagnosticou o tumor incurável. Sem dinheiro para o tratamento, conseguiu ser internado em troca do trabalho como servente. Mesmo assim afundou-se no jogo e foi posto na rua. Sabendo que o mosteiro dos capuchinhos estava sendo construído, ofereceu-se como ajudante de pedreiro e foi aceito. O contato com os franciscanos foi fundamental para sua conversão. Um dia a caminho do trabalho teve uma visão celestial, nunca revelada à ninguém. Estava com vinte e cinco anos de idade, largou o jogo e pediu para ingressar na ordem dos franciscanos. Não conseguiu, por causa de sua ferida no pé. Mas, os franciscanos o ajudaram a ser novamente internado no hospital de São Tiago, que, passados quatro anos, estava sob a sua direção. Camilo, já tocado pela Graça, desta vez, além de tratar a eterna ferida passou a cuidar dos outros enfermos, como voluntário. Mas, preferia assistir aos doentes mais repugnantes e terminais, pois percebeu que os funcionários, apesar de bem remunerados, os abandonavam à própria sorte, deixando-os passar privações e vexames.
Neles, Camilo viu o próprio Cristo e por eles passou a viver. Em 1584, sob orientação do amigo e contemporâneo, também fundador e santo, o padre Filipe Néri, constituiu uma irmandade de voluntários para cuidar dos doentes pobres e miseráveis, depois intitulada Congregação dos Ministros Camilianos. Ainda com a ajuda de Filipe Néri, estudou e vestiu o hábito negro com a cruz vermelha de sua própria Ordem, pois sua congregação em 1591, recebeu a aprovação do Vaticano sendo elevada à categoria de ordem religiosa. Eleito para Superior, dirigiu por vinte anos sua ordem dos padres enfermeiros, dizem que com "mão de ferro" e a determinação militar recebida na infância e juventude. Depois os últimos sete anos de vida, preferiu ficar ensinado como os doentes deviam ser tratados e conviver entre eles. Mesmo sofrendo terríveis dores nos pés, Camilo ia visitar a casa dos doentes e, quando necessário, chegava a carregá-los nas costas para o hospital. Nesta hora agradecia à Deus a estatura física que lhe dera. Recebeu o dom da cura pelas palavras e orações, logo a sua fama de padre milagreiro correu entre os fiéis, que ricos e pobres, procuravam sua ajuda. Era um homem muito querido em toda a Itália, quando morreu em 14 de julho de 1614. Foi canonizado em 1746. São Camilo de Lellis, em1886 foi declarado padroeiro dos enfermos, dos doentes e dos hospitais.

Fonte:
www.prestservi.com.br

quarta-feira, 13 de julho de 2011

Santa Clélia Barbieri



13/07 - Clélia Barbieri nasceu no dia 13 de fevereiro de 1847, na vila Le Budrie, da cidade de São João de Persiceto, na Itália. Os pais, José e Jacinta, muito religiosos, batizaram a menina no mesmo dia do nascimento.
Recebeu o crisma aos nove anos de idade e, sob a ação do Espírito Santo, fez da família e da paróquia escola de vida e palavra de santidade. A primeira comunhão, dois anos depois, deu-lhe um ânimo só atingido pelas criaturas santificadas. Em 1862, entrou para o núcleo das “operárias da doutrina cristã”, no qual sempre foi a mais dedicada e sensível à situação da Igreja, submetida, naqueles anos, a duras provas.

Sua existência foi breve, mas resplandecente de amor a Deus e à Virgem Maria. A comunhão eucarística, sem dúvida alguma, foi o ponto central de toda sua experiência mística e o carisma da sua fundação religiosa, que após a sua morte recebeu o nome de Congregação das Irmãs Mínimas de Nossa Senhora das Dores e foi oficialmente reconhecida pelo Vaticano.

Aos vinte anos de idade, sob a orientação espiritual do pároco Caetano Guidi, Clélia elaborou com as amigas Teodora, Úrsula e Violeta, um projeto de vida consagrada a Deus. Era uma comunidade religiosa de catequistas leigas, por causa da pouca idade. Essa pequena comunidade de religiosas, em que cada uma delas vivia o Evangelho em suas próprias casas, parecia, à primeira vista, insignificante, mas não era.

De um modo singular e simples, a minúscula congregação foi verdadeiramente exemplar. Reduzidas à essência do Evangelho, na Paixão de Cristo e na comunhão eucarística, essas pequenas discípulas de Jesus puderam sintetizar as mais variadas experiências de vida: contemplativa, apostólica, caritativa, e, por fim, eremítica. Tanto foi verdade que, pela presença incansável junto aos pequenos, pobres, doentes e marginalizados, Clélia e suas companheiras receberam o apelidado de “madre”.

Clélia Barbieri, com apenas vinte e três anos de idade, morreu em 13 de julho de 1870, na sua cidade natal, vitimada pela tuberculose. Porém, mesmo agonizante, mantinha uma alegria incontida por saber que iria “comungar definitivamente com Cristo Jesus”. As “Irmãs Mínimas de Nossa Senhora das Dores”, suas herdeiras espirituais, tornaram-se uma luz para a comunidade da cidade, levando, com humildade de coração, a solidariedade na fome e na sede de justiça, para os mais excluídos.

A figura e o testemunho de Clélia Barbieri, esta “madre-adolescente”, despertam a admiração, a ternura e o afeto em todos os cristãos que tomam conhecimento de sua obra.

Em 1989, o papa João Paulo II canonizou-a e, no ano seguinte, ele a proclamou “Padroeira das Catequistas”. A igreja da paróquia de Le Budrie, onde santa Clélia Barbieri está sepultada, recebeu o título de santuário em 1993.


Fonte: reporterdecristo.com

segunda-feira, 11 de julho de 2011

Santa Olga




11/07 - Olga, a primeira santa russa inserida no calendário católico bizantino, é considerada o elo entre a época pagã e a cristã, na história das populações eslavas. As fontes que a citam são numerosas e todas de relevância histórica.



Delas aprendemos que Olga nasceu em 890, na aldeia Vybut, próxima de Pskov e do rio Velika, Rússia. Era uma belíssima jovem típica daquela região. Em 903, quando o príncipe Igor a avistou, logo quis casar-se com ela, apesar de sua pouca idade. Na realidade, Olga era filha do chefe dos Variagi, uma tribo normanda de origem escandinava, responsável por vários pontos estratégicos, pois se dedicavam à exploração do transporte e do comércio.



O seu casamento foi um símbolo concreto da fusão do povo russo com aquele variago, que ao final do século IX começava a viver sob a influência do cristianismo. Em 945, o príncipe Igor, marido de Olga, foi assassinado e ela, com um temperamento correto, mas violento, vingou-se com firmeza. Mandou matar muitos chefes inimigos e, para os sobreviventes, impôs tributos e taxas de todos os tipos.



Tornou-se a regente para o filho Esviatoslav, de três anos de idade, governando Kiev com esperteza política e colocando o principado numa excelente condição financeira. Era amada pelo povo, que a reconhecia como justa e misericordiosa, mas também severa e inflexível. Educou o filho corretamente, mas não teve a felicidade de vê-lo converter-se ao cristianismo como ela tinha feito. Essa satisfação desfrutou seu neto Vladimir, que, além de tornar-se cristão e batizado, depois veio a ser o "batizador da Rússia", "novo apóstolo" e santo da Igreja.



Olga tentou estreitar os laços com o sólido Império de Bizâncio por meio do casamento de seu filho com uma princesa de lá. Em 957, viajou para Constantinopla, mas não obteve bons resultados, para desilusão dos cristãos e satisfação dos pagãos. Por isso os cristãos buscavam apoio no imperador Otto I da Saxônia, que era católico. Em 959, eles lhe pediram que enviasse um bispo para a Rússia, o qual ficou só três anos, pois foi expulso devido à revolta dos pagãos.



Olga rezava dia e noite pela conversão do filho e para o bem dos súditos. Ao terminar a regência, segundo as leis da época, retirou-se para suas atividades privadas, dando continuidade às obras de seu apostolado e de missionária. Construiu algumas igrejas, inclusive a de madeira dedicada à santa Sofia, em Kiev.



Viveu piamente e morreu com quase oitenta anos, em 11 de julho de 969. Dela escreveu seu biógrafo: "Antes do batismo, a sua vida foi manchada por fraquezas e pecados. Ela, mesmo assim, tornou-se santa, certamente não pelo seu próprio merecimento, mas por um plano especial de Deus para o povo russo".A veneração por santa Olga começou durante o governo do seu neto Vladimir, que, em 996, mandou transferir as relíquias da avó para a igreja que mandara construir especialmente para recebê-las. O seu culto foi confirmado pela Igreja no Concílio Russo de 1574, mantendo a festa litúrgica no mesmo dia em que ocorreu seu trânsito.



Fonte: www.paulinas.org.br

domingo, 10 de julho de 2011

Santo Olavo



10/07 - Hoje a Igreja nos convida a contemplarmos a vida de Santo Olavo, o Santo rei da Noruega.



Nascido em 995 da família real, Olavo mostra-nos com sua vida que a santidade não escolhe profissão, nem posição social, pois ela não vêm sobre classes, mas sim em corações abertos à Graça de Cristo.


Aconteceu que o jovem Olavo foi para a Inglaterra num expedição viking e assim pôde conhecer Jesus, o Cristianismo e ser Batizado, isto em 1014. Ao voltar para a casa Olavo que era herdeiro do trono, encontrou o falecimento do pai e usurpadores do Reino, assim teve Olavo de assumir o trono e submeter os inimigos pelo combate.


Quando esteve no poder, Santo Olavo buscou a santidade como rei; sem deixar fazer de tudo para levar Deus os súditos à mesma Graça, por isso procurou acabar com o paganismo, construir Igrejas e trazer sacerdotes da Inglaterra para evangelizar seu povo.



Todos os esforços de Olavo para submeter a Noruega ao Rei dos Reis e Senhor dos senhores encontraram êxitos e barreiras, ao ponto do Santo rei ter que ficar por um tempo exilado e ao voltar foi vítima de um conflito armado em 1030.



sábado, 9 de julho de 2011

Santa Paulina



09/07 - Imigrante italiana radicada no Brasil desde os nove anos de idade, Santa Paulina adotou o Brasil como sua pátria e os brasileiros como irmãos...


Nascida no dia 16 de dezembro de 1865, em Vígolo Vattaro, Trento, norte da Itália recebeu o nome de Amábile Lúcia Visintainer. Foi a segunda filha de Antônio Napoleone Visintainer e Anna Pianezzer.



Imigrou para o Brasil, com 9 anos de idade, juntamente com seus pais, seus irmãos e outras famílias da região Trentina, no ano de 1875, estabelecendo-se na localidade de Vígolo - Nova Trento - Santa Catarina - Brasil. Em 1887 faleceu sua mãe e Amábile cuidou da família até o pai contrair novo casamento. Desde pequena ajudava na Paróquia de Nova Trento, especificamente na Capela de Vígolo, como paroquiana engajada na vida pastoral e social. Com um grupo de jovens ajudou na compra da imagem de Nossa Senhora de Lourdes, que é conservada na gruta do Santuário.



Aos 12 de julho de 1890 com sua amiga, Virginia Rosa Nicolodi, deu início à Congregação das Irmãzinhas da Imaculada Conceição, cuidando de Lúcia Angela Viviani, portadora de câncer, em fase terminal, num casebre doado por Beniamino Gallotti. Após a morte da enferma, em 1891, juntou-se a ela a segunda irmã Teresa Anna Maule.



Em 1894 o trio fundacional da Congregação das Irmãzinhas da Imaculada Conceição, transferiu-se para a cidade de Nova Trento. Receberam em doação o terreno e a casa de madeira dos generosos benfeitores: João Valle e Francisco Sgrott.



Em 1903, Santa Paulina foi eleita, pelas Irmãs, Superiora Geral, por toda a vida. Nesse mesmo ano, deixou Nova Trento para cuidar dos ex-escravos idosos e crianças órfãs, no Ipiranga, em São Paulo - SP. Recebeu apoio do Pe. Luiz Maria Rossi e ajuda de Benfeitores em especial do conde Dr. José Vicente de Azevedo.



Em 1909 a Congregação cresce nos Estados de Santa Catarina e São Paulo. As Irmãs assumem a missão evangelizadora na educação, na catequese, no cuidado às pessoas idosas, doentes e crianças órfãs. Nesse mesmo ano, Santa Paulina é deposta do cargo de Superiora Geral pela autoridade eclesiástica e enviada para Bragança Paulista a fim de cuidar de asilados onde testemunha humildade heróica e amor ao Reino de Deus.



Em 1918, Santa Paulina é chamada à viver na Casa Geral onde testemunha uma vida de santidade e ajuda na elaboração da História da Congregação e no resgate do Carisma fundante. Acompanha e abençoa as Irmãs que partem em missão para novas fundações. Alegra-se com as que são enviadas aos povos indígenas em Mato Grosso, em 1934. Rejubila-se com o Decreto de Louvor dado pelo Papa Pio XI em 1933 à Congregação.



Santa Paulina morre aos 77 anos, na Casa Geral em São Paulo, dia 9 de julho de 1942, com fama de santidade; pois viveu em grau heróico as virtudes de Fé, Esperança e Caridade e demais virtudes.



Processo de Canonização



O processo, iniciado em 03 de setembro de 1965, celebrou um momento forte com a Beatificação de Santa Paulina, proclamada pelo Papa João Paulo II, no dia 18 de Outubro de 1991, em Florianópolis-SC - Brasil. A culminância desse processo, dá-se com a Canonização, no dia 19 de maio de 2002, em Roma. Canonização é uma sentença definitiva e oficial da santidade de Madre Paulina, heroína da vida cristã e se pode fazer culto público, em toda a Igreja. Está incluída na lista (cânone ) das Santas e Santos da Igreja Católica.



sexta-feira, 8 de julho de 2011

São Procópio




08/07 - Nasceu em Jerusalém e faleceu em Systhopolis em 7 de julho de 303.


São Procopius foi uma das primeiras vitimas do imperador Diocleciano nas perseguições aos cristãos da Palestina. O historiador Euzebius conta como Procopius sofreu o seu martírio :


"O primeiro dos mártires da Palestina foi Procopius, um homem cheio da graça divina que desde sua adolescência devotou a castidade e a pratica das virtudes e da humildade Ele teve o seu corpo mortificado e sua carne parecia a de um morto mas sua alma tinha a fortaleza de um gigante no qual Deus havia colocado sua força. Ele vivia apenas com pão e água e somente comia a cada três dias e as vezes prolongava seu jejum por uma semana inteira. Meditação no trabalho Divino era o que preenchia seu tempo e ele permanecia as vezes absorto por dias e noites sem fadiga. Cheio de gentileza e bondade ele se considerava o último dos servos de Deus, mas todos se maravilhavam ao ouvir seus sermões. Ele nasceu em Jerusalém e viveu em Scythopolis onde ele exercia seus ofícios eclesiásticos. Ele lia e interpretava os escritos syrílicos e varias vezes curava doentes apenas com sua benção e oração e os possuídos de espíritos demoníacos.



Enviado com seus companheiros para a Caesarea e ele mau havia entrado nos portões da cidade, foi preso e levado a presença do governador e ainda acorrentado o juiz Flaviano ordenou que oferecesse sacrifícios aos deuses romanos. Procopius com voz forte e alta respondeu que não havia vários deuses mas somente Um , o Criador e Autor de todas as coisas. Encontrando nada para responder o juiz tentou persuadi-lo pelo menos a oferece sacrifícios aos Imperador mas o mártir respondeu "Ouví esses versos de Homero: "Não é bom ter vários mestres; deve haver apenas um Rei e um só Mestre. Com isso o juiz ordenou que ele fosse executado. Ele foi decapitado e foi o primeiro martírio acontecido na Caesarea."


Em todos as historias escritas sobre Procopius sua conversão é remarcavelmente igual a de São Paulo. Quando ele estava preso converteu seus guardas. Quando levado diante dos juizes ele deixou os mesmos boquiabertos com sua notável sabedoria e suas citações de Platão, Aristóteles, Galeno , Homero e Sócrates .


Quando o assunto são as fantásticas e horríveis torturas, ele emerge sem um arranhão. Quando aproximado pelos seus executores diz a tradiçao que ele os paralisou e somente após fazer suas orações deixou que eles se aproximassem.


Em um certo ponto de sua história ele, quando soldado do Imperador Diocleciano, é tido com tendo abatido 6000 invasores bárbaros apenas confrontando–os com uma cruz.
Na mais popular das histórias, Procopius originalmente era chamado de Neanias.Nasceu em Jerusalém e foi feitio Duque de Alexandria por Diocleciano que o enviou para combater os cristãos na Alexandria. No caminha para a Antióquia Neanias experimentou uma visão similar a de São Paulo ( a caminho de Damasco) e como conseqüência se tornou um cristão.


Ele é acorrentado e levado a Caesarea onde o governador Oulcion mandou tortura-lo. Ele então foi batizado por uma visão de Cristo e dado o nome de Procopius. Oulcion morreu repentinamente e foi sucedido por Flaviano, com o qual Procopius teve longos e enriquecedores argumentos e discussões entremeadas de torturas. Por fim Flaviano pronunciou a sentença e Procopius foi executado .


São Procópio é venerado em vários Santuários em sua honra construídos na Caesarea e em Scythopolis desde o século quinto.


Sua festa é celebrada no dia 8 de julho.



quinta-feira, 7 de julho de 2011

Santo Vilibaldo




07/07 - Vilibaldo nasceu em 22 de outubro de 700, na cidade de Wessel, na Inglaterra. Pertencia à casa real dos Kents, seu pai era o rei Ricardo I e os irmãos eram Vunibaldo e Valburga. Todos eles, mais tarde, inscritos no Livro dos Santos da Igreja.



Ainda criança, ele foi confiado aos monges beneditinos da Abadia de Waltham, que cuidaram se sua formação intelectual e religiosa. Foi ali, entre eles, que decidiu ser também um monge. Mas, em 720 saiu do mosteiro e da Inglaterra, antes de fazer os votos definitivos e nunca mais voltou para sua pátria. Na companhia de seu pai e seu irmão, seguiu para uma longa peregrinação cuja meta final era Jerusalém. A viagem foi interrompida em 722, quando seu pai, o rei, morreu na Itália. Assim, ele e o irmão resolveram ficar em Roma.



Dois anos depois, sem Vunibaldo, continuou a peregrinação percorrendo toda a Palestina, que estava sob o domínio árabe. Os peregrinos em geral eram bem acolhidos, entretanto, por causa das tensões políticas com o Império do Oriente, Vilibaldo e outros peregrinos quase foram presos, mas puderam prosseguir o caminho em paz. Cinco anos depois, em 729, retornou para Roma.



Neste mesmo ano, o Papa Gregório II o enviou para o Mosteiro de Montecassino, que havia sido reerguido das ruínas e carecia de um novo quadro de monges. Vilibaldo deu então novo fôlego à este celeiro de homens dedicados à santificação, restabelecendo as regras beneditinas, de acordo com o Livro do fundador, que permanecera à salvo em Roma. Assim este "quase-monge" inglês, que ainda continuava sem os votos definitivos, recebeu esta relíquia do Papa e com ela, organizou e formou uma nova geração de monges, dentro da verdadeira tradição e do estilo de vida espiritual instituído pelo fundador. À esta obra dedicou outros dez anos de sua vida.



Novamente foi à Roma, para se encontrar com Papa sucessor, Gregório III, que lhe pediu ajuda para a evangelização da Germânia. Assim, Vilibaldo tornou a partir, viajando por todos os recantos da Europa. Até ser requisitado por seu tio, o arcebispo da Alemanha, que alicerçava uma estrutura diocesana na região e precisava do seu auxilio. Só em 740, Vilibaldo recebeu a ordem sacerdotal definitiva, para ser consagrado bispo de Eichestat, pelo próprio tio, Bonifácio, hoje santo e chamado "apóstolo da Alemanha".



O bispo Vilibaldo construiu sua catedral, fundou um mosteiro e, sobretudo controlou rigorosamente todos os outros que ali existiam, por determinação de Bonifácio. A partir daí, iniciou uma experiência nova: a de evangelizador itinerante, colocando-se frente a frente com os fiéis que aos poucos iam se convertendo ao cristianismo.



À esta obra se dedicou até morrer, no dia 07 de julho de 787, no seu mosteiro de Eichestat, na Alemanha. Com fama de santidade ainda em vida, logo passou a ser venerado num culto tão espontâneo e vigoroso. Muito antes do seu reconhecimento canônico em 1256.


Fonte: http://www.nossasenhoradocarmo.com.br/

quarta-feira, 6 de julho de 2011

Santa Maria Goretti




06/07 - Realmente não há muito para contar sobre St. Maria Goretti porque ela morreu quando tinha 12 anos.


Nasceu em Corinaldo, Ancona, Itália, em 16 de outubro de 1890; o pai dela moveu a família dele para Ferrier Conca, perto de Anzio. O pai dela morreu de malária e a mãe dela teve que lutar alimentar seus filhos.


Em 1902 um vizinho de dezoito anos de idade, Alexandre, a agarrou e tentou a estuprar. Quando Maria disse que ela preferia morrer do que deixar que aquilo ocorresse, Alexandre começou à apunhalar com uma faca.


Já no hospital, ela perdoou o Alexandre antes de morrer.

Alexandre foi capturado e condenado a trinta anos. Ele era impenitente até que ele teve um sonho que ele estava em um jardim. Maria estava lá e lhe deu flores. Quando ele se despertou, ele era um homem mudado, se arrepende do crime dele e vive uma vida reformada. Quando ele foi solto depois de 27 anos, ele foi diretamente para a mãe de Maria para implorar o perdão dela lhe concedeu. " Se minha filha pode o perdoar, quem sou para não perdoá-lo, " ela disse.

Quando Maria foi declarada uma santa em 1950, o Alexandre estava lá para celebrar a canonização dela. Ela foi canonizada pelo Papa Pio XII em 1950 para a pureza dela como modelo para mocidade.

Ela é considerada mártir porque ela lutou contra as tentativas de Alexandre a agressão sexual. Porém, o aspecto mais importante da história dela é o perdão dela do atacante dela--a preocupação dela para o inimigo dela estendendo até mesmo além de morte. O dia de festivo dela é 6 de julho. St. Maria Goretti é o patrona da mocidade e das vítimas de estupro.



segunda-feira, 4 de julho de 2011

Santa Isabel de Portugal




04/07 - Isabel nasceu na Espanha, em 1271. Entre seus antepassados estão muitos santos, reis e imperadores. Era filha de Pedro II, rei de Aragão que, no entanto, era um jovem príncipe quando ela nasceu. Sem querer se ocupar com a educação da filha, o monarca determinou que fosse cuidada pelo avô, Tiago I, que se convertera ao cristianismo e levava uma vida voltada para a fé. Sorte da pequena futura rainha que recebeu então uma formação perfeita e digna, no seguimento de Cristo.

Tinha apenas doze anos quando foi pedida em casamento por três príncipes, como nos contos de fadas. Seu pai escolheu o herdeiro do trono de Portugal, Dom Dinis. Este casamento significou para Isabel uma coroa de rainha e uma cruz de martírio, que carregou com humildade e galhardia nos anos seguintes de sua vida.

Isabel é tida como uma das rainhas mais belas da corte espanhola e portuguesa, além disto possuía uma forte e doce personalidade, era também muito inteligente, culta e diplomata. Ela deu dois filhos ao rei: Constância, que seria no futuro rainha de Castela e Afonso, herdeiro do trono de Portugal. Mas eram incontáveis as aventuras extraconjugais do rei, tão conhecidas e comentadas, que humilhavam profundamente a bondosa rainha, perante o mundo inteiro.

Ela nunca se manifestava sobre esta situação, de nada reclamava e a tudo perdoava, mantendo-se fiel ao casamento em Deus, que fizera. Criou os filhos, inclusive os do rei fora do casamento, dentro dos sinceros preceitos cristãos. Perdeu cedo a filha e o genro, criando ela mesma o neto, também um futuro monarca. Não bastassem estas amarguras familiares, foi vítima das desavenças políticas do marido com parentes, e sobretudo do comportamento de seu filho Afonso, que tinha uma personalidade combativa. Depois, ainda foi caluniada por um cortesão que dela não conseguiu se aproximar. A rainha muito sofreu e muito lutou até provar inocência de forma incontestável.

Sua atuação nas disputas internas das cortes de Portugal e Espanha, nos idos dos séculos XIII e XIV, está contida na História destas cortes como a única voz a pregar a concórdia e conseguir a pacificação entre tantos egos desejosos de poder. Ao mesmo tempo em que ocupava o seu tempo ajudando a amenizar a desgraças do povo pobre e as dores dos enfermos abandonados, com a caridade da sua esmola e sua piedade cristã.

Ergueu o mosteiro de Santa Clara de Coimbra para as donzelas piedosas da corte, O mosteiro cisterciense de Almoste e o santuário do Espírito Santo em Alenquer. Também fundou em Santarém, o Hospital dos Inocentes, para crianças cujas mães, por algum motivo desejavam abandonar. Com suas posses sustentava asilos e creches, hospitais para velhos e doentes, tratando pessoalmente dos leprosos. Sem dúvida foi um perfeito símbolo de paz, do seu tempo.

Quando o marido morreu, em 1335, Isabel se recolheu no mosteiro das clarissas de Coimbra, onde ingressou na Ordem Terceira Franciscana. Antes põem abdicou de seu título de nobreza, indo depositar a coroa real no altar de São Tiago de Compostela. Doou toda a sua imensa fortuna pessoal para as suas obras de caridade. Viveu o resto da vida em pobreza voluntária, na oração, piedade e mortificação, atendendo os pobres e doentes, marginalizados.

A rainha Isabel de Portugal morreu, em Estremoz, no dia 04 de julho de 1336. Venerada como Santa, foi sepultada no mosteiro de Coimbra e canonizada pelo Papa Urbano VIII em 1665. Santa Isabel de Portugal foi declarada padroeira deste país, sendo invocada pelos portugueses como "a rainha santa da concórdia e da paz".



domingo, 3 de julho de 2011

São Tomé




03/07 - Neste dia festejamos a santidade de vida do apóstolo que não chegou até o Céu pelas suas limitações como acostumamos firmar ao chamá-lo de incrédulo mas sim por ter sido atingido pela ilimitada misericórdia do Senhor. São Tomé apóstolo de Nosso Senhor Jesus Cristo era o mais teólogo dos doze, pois com suas perguntas possibilitava a Revelação do Cristo e a Trindade:

Tomé lhe disse: Senhor, nós nem sabemos para onde vais, como poderíamos saber o caminho? Jesus lhe disse: Eu sou o caminho , a verdade e a vida. Ninguém vai ao Pai a não ser por mim (Jo 14, 6).

Sobre aquele acontecimento em que o Cristo Ressuscitado provoca para fé São Tomé, pois somente acreditaria no testemunho dos irmãos se visse os sinais do martírio do Cristo de modo palpável, quanto a isto comentou São Gregório: A incredulidade de Tomé não foi um acaso, mas prevista nos planos de Deus. O discípulo, que, duvidando da Ressurreição do Mestre, pôs as mãos nas chagas do mesmo, curou com isso a ferida da nossa incredulidade.

Diante de tantas providentes intervenções, São Tomé se despede das Sagradas Escrituras, professando sua fé: Meu Senhor e meu Deus ( Jo 20 - 28). Esta expressão não saiu da boca de Pedro, nem de João, mas de Tomé que segundo a Tradição teria depois de Pentecostes, ido para evangelizar pelo Oriente e Índia até tornar-se mártir, ou melhor: um exemplo de fé.