sexta-feira, 30 de julho de 2010

São Pedro Crisólogo


30/07 - Pedro Crisólogo, Pedro "das palavras de ouro", pois, é exatamente este o significado do seu sobrenome, dado sabiamente pelo povo e, através do qual, se tornou conhecido para sempre. Ele nasceu em Ímola, uma província de Ravena, não muito distante de Roma, no ano 380. E mereceu este título, assim como os outros que a Igreja lhe concedeu. ´

Filho de pais cristão, foi educado na fé e cedo ordenado diácono. Considerado um dos maiores pregadores da História da Igreja, era assistido freqüentemente pela imperatriz romana, Galla Plácida e seus filhos. Ela o fez seu conselheiro pessoal e, em 424, influenciou para que ele se tornasse o arcediácono de Ravena. Numa época em que esta cidade era a capital do Império Romano no Ocidente e, também, a metrópole eclesiástica.

Mais tarde, o próprio imperador romano, Valentiniano III, filho de Galla Plácida, o indicou para ser o Bispo de Ravena. Em 433, Pedro Crisóstolo se tornou o primeiro Bispo ocidental a ocupar essa diocese, sendo consagrado pessoalmente pelo Papa Xisto III.

Pedro Crisólogo escreveu no total cento e setenta e seis homilias de cunho popular, através dos quais dogmas e liturgias foram explicados de forma simples, direta, objetiva e muito atrativa, proporcionando incontáveis conversões.

Em 448, ele recebeu a importante visita de um ilustre Bispo do seu tempo, Germano de Auxerre, que fatidicamente adoeceu e assistido por ele morreu em Ravena. Também, defendeu a autoridade do Papa, então Leão I, o Grande, sobre a questão monofisita, que pregava Cristo em uma só natureza. Esta heresia, vinda do Oriente, se propagava perigosamente, mas foi resolvida nos Concílios de Éfeso e Calcedônia.

Pedro Crisólogo morreu na sua cidade natal, numa data incerta. Alguns historiadores dizem que foi em 31 de julho de 451, mas, ele é venerado pela Igreja no dia 30 de julho de 450, data mais provável do seu falecimento.

A autoria dos seus célebres sermões, ricos em doutrina, lhe conferiu outro título, o de Doutor da Igreja, concedido em 1729, pelo Papa Bento XIII. São Pedro Crisólogo, ainda hoje é considerado um modelo de contato com o povo e um exemplo de amor à pregação do Evangelho, o ideal de pastor para a Igreja.

terça-feira, 27 de julho de 2010

São Clemente de Ochrida


27/07 - Clemente é chamado "de Ochrida" pela sua forte ligação com aquela cidade. Mas é também conhecido como "o Búlgaro", e todos os títulos são apropriados, porque durante sua vida religiosa conviveu muito tempo com esse povo, deixando marcas profundas de sua presença na Bulgária. A sua origem, seu nascimento e juventude são desconhecidos.

No século IX, o príncipe da Moravia solicitou ao imperador de Constantinopla que lhe enviasse evangelizadores de origem germânica.Tinha a intenção de ampliar a catequização da população, mas não queria os missionários "latinos" que eram diferentes dos "germânicos" nos rituais litúrgicos. Isso era possível, porque a Igreja ainda não tinha um padrão para todos os rituais católicos.

Seguiram para lá os irmãos Cirilo e Metódio, ambos germânicos, no futuro conhecidos como os "apóstolos do Oriente". Os dois irmãos levaram alguns colaboradores, um deles era Clemente. Como era muito culto e aplicado se tornou o colaborador direto de Metódio, na adaptação da liturgia do Oriente para as populações daquela região.

Clemente fez inúmeras viagens com os dois apóstolos por todo o leste europeu, sendo um discípulo fiel na pregação do Cristianismo. A evangelização do leste europeu era marcada pela rivalidade gerada com divisão entre evangelizadores "latinos" e "germânicos". Tanto assim, que o próprio Clemente precisou se afastar de uma cidade, porque um Bispo não aceitava os "ritos germânicos".

Por isto, Clemente decidiu seguir para a Bulgária, onde além de refúgio encontrou um novo campo de ação. Lá, trabalhou na simplificação do novo alfabeto para facilitar os estudos. Também, converteu á fé cristã o próprio rei, que deixou o trono e se retirou em um mosteiro. Os outros dois reis sucessores encorajam a obra missionária, e Clemente foi nomeado "primeiro bispo de língua búlgara" para comandar a principal diocese.

Porém, Clemente tinha sempre o pensamento voltado para a querida cidade de Ochrida, onde havia construído uma escola que também era um mosteiro. Era lá que pretendia se recolher na velhice. Mas não conseguiu, porque antes deveria pessoalmente escolher, instruir e formar o Bispo substituto. No dia 27 de julho de 916 ele faleceu na cidade de Velika.

Seu corpo foi sepultado no mosteiro de Ochrida, onde seu túmulo passou a ser visitado e venerado pela população. Em alguns lugares, por tradição popular, costuma ser lembrado no dia 25 de novembro. A Igreja Católica o proclamou Santo e escolheu o dia de sua morte, 27 de julho, para as homenagens litúrgicas.

segunda-feira, 26 de julho de 2010

Santa Ana e São Joaquim


26/07 - Ana e Joaquim são os pais de Nossa Senhora. Seu nome não aparece nos evangelhos, nem em notícias sobre a família de Jesus. O nome de Joaquim e Ana aparece primeira vez no Proto-evangelho de S. Thiago. Este escrito, que parece datar do século II, é o primeiro dos evangelhos apócrifos (escritos piedosos, mas cheios de dados fabulosos, sobre a vida de Jesus, não reconhecidospela igreja como inspirados nem autênticos) do ciclo da natividade.

O nome de Joaquim é um nome bíblico, que significa o homem a quem Jeová confirma. Há vários personagens do antigo testamento com este nome, e é citado por Mateus e Lucas entre os antepassados de José. Com o nome de Ana, aparecem três mulheres na Bíblia: a mãe do profeta Samuel, a mulher de Raquel, parente de Tobias, e a profetisa Ana, que foi ao encontro de Jesus no dia de sua apresentação.

O Proto-Evangelho, em que é difícil separar o puramente imaginário do que possa ser dado da tradição, foi escrito como fim apologético de defender a honra de Maria. Sobre seus pais, teceu uma lenda à base de diversos clichês tirados do Antigo Testamento. Mais tarde está lenda foi incorporada em grande parte pela história e a teologia medieval. Joaquim e Ana eram estéreis, e por isto viviam tristes e humilhados. Joaquim se retirou ao deserto para orar, onde permaneceu quarenta dias em completo jejum e oração. Finalmente um anjo apareceu a Ana e outro a Joaquim no deserto para anunciar lhes que teriam um filho, que seria famoso em Israel. Eles prometeram oferecê-lo ao Senhor no templo.

De fato, ao nascer Maria, ofereceram-na ainda na infância ao serviço do templo.O culto desses dois santos desenvolveu-se no oriente a partir do século VI, e no ocidente no século VII. No século XVI foi introduzida sua festa no calendário litúrgico.

quarta-feira, 21 de julho de 2010

São Lourenço de Brindisi


21/07 - Geralmente as chamadas "crianças superdotadas", aquelas que demonstram um dom excepcional para alguma especialidade, quando crescem parecem "perder os poderes" e se nivelam às demais pessoas. São poucas as exceções que merecem ser recordadas. Mas,com certeza, uma delas foi Júlio César Russo, que nasceu no dia 22 de julho de 1559 em Brindisi, na Itália.

Seu nome de batismo, mostrava claramente a ambição dos pais, que esperavam para ele um futuro brilhante como o do grande general romano. Realmente, anos depois, lá estava ele à frente das forças cristãs lutando contra a invasão dos turcos muçulmanos, que ameaçava chegar ao coração da Europa, depois de ter dominado a Hungria. Só que não empunhava uma espada, mas sim uma cruz de madeira. Nesta ocasião já vestia o hábito franciscano, respondia pelo nome de Lourenço e era o capelão da tropa, além de conselheiro do chefe do exército romano, Filipe Emanuel de Lorena.

Vejamos como tudo aconteceu. Aos seis anos de idade, o então menino Júlio César encantava a todos com o extraordinário dom de memorizar as páginas de livros, em poucos minutos, para depois declamá-las em público. E cresceu assim, brilhante nos estudos. Quando ficou órfão aos catorze anos de idade, foi acolhido por um tio, que residia em Veneza. Nesta megalópole, pôde desenvolver muito mais os seus talentos, para os estudos.

Mas a religião o atraia de forma irresistível. Dois anos após chegar a Veneza ele atendeu ao chamado e ingressou na Ordem dos frades menores de São Francisco de Assis. Em seguida se juntou aos capuchinhos de Verona, onde recebeu a ordenação e assumiu o novo nome, em 1582. Depois completou sua formação na universidade de Pádua. Voltou para Veneza em 1586, como professor dos noviços da Ordem, sempre evidenciando os mesmos dotes da infância.

Tornou-se especialista em línguas e sua erudição o levou à ocupar altos postos de sua Ordem e também à serviço do Sumo Pontífice. Foi provincial em Toscana, Veneza, Gênova, Suíça e comissário no Tirol e na Baviera, pregando firmemente a ortodoxia católica contra a reforma protestante. Além de animar as autoridades e o povo na luta contra a dominação dos turcos muçulmanos. Lourenço foi, inclusive, o Superior Geral da sua própria Ordem e embaixador do Papa Paulo V, com a missão de intermediar príncipes e reis em conflito.

Lourenço de Brindisi morreu no dia do seu aniversário em 1619, durante sua segunda viagem à Península Ibérica, na cidade de Lisboa, em Portugal. Foi canonizado em 1881 e recebeu o título de "Doutor da Igreja" em 1959, outorgado pelo Papa João XXIII. A sua festa é celebrada, um dia antes do aniversário de sua morte, acontece no dia 21 de julho.

terça-feira, 20 de julho de 2010

Santo Elias


20/07 - O profeta Elias aparece nas Sagradas Escrituras como um homem de fogo, completamente abrasado pelo amor de Deus. Homem de silêncio e da contemplação. Quando aparece em público é para falar de Deus. A Bíblia conta dele as maiores maravilhas e faz os mais belos elogios: pela sua oração Deus negou a chuva à terra durante mais de três anos, e quando de novo rezou no Monte Carmelo pelo do povo, Deus enviou abundantemente a chuva. Fugindo do terrível rei Acab e escondido numa gruta, o Senhor ordenou a um corvo que durante muitos dias levasse pão a Elias. Na sua fuga ia o profeta esfomeado. Era o tempo da seca em que Deus não abençoava nem os homens nem a terra com a chuva. Foi pois neste período que Elias abençoou uma viúva pedindo ao Senhor que, enquanto durasse a seca, não lhe faltasse nem a farinha nem o azeite para o seu sustento e do seu filho, em reconhecimento pela hospitalidade desta família pobre que socorreu o faminto profeta de Deus. E, mais tarde, tendo morrido o único filho desta viúva, Elias ressuscitou o menino.

No monte Carmelo fez Elias descer fogo sobre o sacrifício, mostrando assim que o deus Baal e os seus profeta eram falsos. Novamente se viu forçado a fugir a Acab e à sua mulher Jezabel. Faminto e desalentado no deserto para fortalecer e alimentar Elias com o pão e a água para o acompanhar durante quarenta dias e quarenta noites até ao monte de Deus. Uma vez aqui, manifestou-se-lhe Deus fazendo fustigar a terra por um vento impetuoso e por um tremendo terramoto. Deus apenas esteve presente numa brisa suave que refrescou o rosto de Elias.

Após a manifestação no monte de Deus, Elias predisse a morte do rei Acab e do seu filho Ocozias, ambos desagradáveis ao senhor, e da rainha Jezabel, pagã e má.

Sagrou reis e profetas e elegeu como seu sucessor, Eliseu, a quem deixou o seu manto e o seu espírito como herança, quando foi elevado ao céu num carro de fogo puxado por cavalos de fogo.

Pelo seu amor ao silencio e à contemplação, pela fortaleza do seu espírito de profeta e pela ligação à montanha do Carmelo, desde muito cedo os carmelitas escolheram Elias como o seu inspirador espiritual, tal como haviam escolhido Maria, prefigurado na nuvenzinha que Elias vira no Carmelo, como Mãe e Irmã da Ordem por eles fundada.

Fonte: www.carmelitas.pt

segunda-feira, 19 de julho de 2010

Santo Arsênio


19/07 - Arsênio, que pertencia a uma nobre e tradicional família de senadores, nasceu no ano 354, em Roma. Segundo os registros, ele foi ordenado sacerdote, pessoalmente, pelo papa Dâmaso. Em 383, o próprio imperador Teodósio convidou-o para cuidar da educação e formação de seus filhos Arcádio e Honório, em Constantinopla. Arsênio permaneceu na Corte por onze anos, até 394. Enfim, conseguiu a exoneração do cargo e retirou-se para o deserto no Egito.

O mundo católico passava por muitas transformações. Nos séculos anteriores, o martírio, a morte pela fé na palavra de Cristo, era o melhor exemplo para a salvação da alma. A partir do século IV, a "morte em vida" passou a ser o sacrifício mais perfeito para a purificação, com o aparecimento dos eremitas no Oriente. Eram cristãos e isolavam-se no deserto, em oração e penitência, numa vida solitária e contemplativa, como forma de servir a Deus.

No início, sozinhos, depois se organizavam em pequenas comunidades. Havia apenas uma regra ascética, para fixar o período de jejum e oração, mas que mantinha uma rígida separação, inclusive de convivência entre eles mesmos.

Arsênio tornou-se um deles. O seu refúgio, no deserto egípcio da Alexandria, era dos mais procurados pelos cristãos, que buscavam, na sabedoria e santidade de alguns ermitãos, conselhos e paz para as aflições da alma, mesmo que para tanto tivessem de fazer longas e cansativas peregrinações.

A antiga tradição diz que ele não gostava muito de interromper seu exílio voluntário para atender aos que o procuravam. Mas, para não usufruir o egoísmo da solidão total, decidiu juntar-se aos eremitas de Scete, também no deserto da Alexandria, os quais já viviam parcialmente em comunidade, para não se isolarem totalmente dos demais seres humanos.

Mas a paz e a tranqüilidade daqueles religiosos findaram com a invasão de uma tribo das redondezas. Arsênio, então, abandonou o local. Entre 434 e 450, viveu isolado, só nos últimos anos aceitando a companhia de uns poucos discípulos. Ele acabou recebendo de Deus o dom das lágrimas. Em oração ou penitência, quando se emocionava com o Evangelho, caia em prantos. Morreu em Troc, perto de Mênfis, em 450.

A importância de Santo Arsênio na história da Igreja prende-se à importância da época em que nasceu e viveu. Foi um dos mais conhecidos eremitas do Egito, sendo considerado um dos "Padres do deserto". O seu legado chegou-nos por meio de uma crônica biográfica e de suas sábias máximas, escritas por Daniel de Pharan, um dos seus discípulos. Além de um retrato estampando sua bela figura de homem alto e astuto, feito pelo mesmo discípulo.

quarta-feira, 14 de julho de 2010

Santa Catarina Tekakwitha


14/07 - Kateri Tekakwitha, para nós Catarina, foi a primeira americana pele-vermelha a ter sua santidade reconhecida pela Igreja. Ela nasceu no ano de 1656, perto da cidade de Port Orange, no Canadá. Seu pai era o chefe indígena da nação Mohawks, um pagão. Enquanto sua mãe era uma índia cristã, catequizada pelos jesuítas, que fora raptada e levada para outra tribo, onde teve de unir-se a esse chefe. Não pôde batizar a filha com nome da santa de sua devoção, mas era só por ele que a chamava: Catarina. O costume indígena determina que o chefe escolha o nome de todas as crianças de sua nação. Por isso seu pai escolheu Tekakwitha, que significa "aquela que coloca as coisas nos lugares", mostrando que ambas, consideradas estrangeiras, haviam sido totalmente aceitas por seu povo.

Viveu com os pais até os quatro anos, quando ficou órfã. Na ocasião, sobreviveu a uma epidemia de varíola, porém ficou parcialmente cega, com o rosto desfigurado pelas marcas da doença e a saúde enfraquecida por toda a vida. O novo chefe, que era seu tio, acolheu-a e ela passou a ajudar a tia no cuidado da casa. Na residência pagã, sofreu pressões e foi muito maltratada.

Catarina, que havia sido catequizada pela mãe, amava Jesus e obedecia à moral cristã, rezando regularmente. Era vista contando as histórias de Jesus para as crianças e os idosos, que ficavam ao seu lado enquanto tecia, trabalho que executava apesar da pouca visão. Em 1675, soube que jesuítas estavam na região. Desejando ser batizada, foi ao encontro deles. Recebeu o sacramento um ano depois, e o nome de Catarina Tekakwitha. Devido à sua fé, era hostilizada, porque rejeitava as propostas de casamentos. Por tal motivo, seu tio, cada vez mais, a ameaçava com uma união. Quando a situação ficou insustentável, ela fugiu.

Procurou a Missão dos jesuítas de São Francisco Xavier, em Sault, perto de Montreal, onde foi acolhida e recebeu a primeira comunhão, dando um exemplo de extraordinária piedade.

Sempre discreta, recolhia-se por longos períodos na floresta, onde, junto a uma cruz que ela havia traçado na casca de uma árvore, ficava em oração. Sem, entretanto, descuidar-se das funções religiosas, do serviço da comunidade e da família que a hospedava. Em 1679, fez voto perpétuo de castidade, expressando o desejo de fundar um convento só para moças indígenas, mas seu guia espiritual não permitiu, em razão da sua delicada saúde.

Aos vinte e quatro anos, ela morreu no dia 17 de abril de 1680. Momentos antes de morrer, o seu rosto desfigurado, tornou-se bonito e sem marcas, milagre presenciado pelos jesuítas e algumas pessoas que a assistiam. O milagre e a fama de suas virtudes espalhou-se rapidamente e possibilitou a conversão de muitos irmãos de sua raça. Catarina, que amou, viveu e conservou o seu cristianismo só com a ajuda da graça, por muitos anos, tornou-se conhecida em todas as nações indígenas como "o lírio dos Mohawks", que intercedia por seus pedidos de graças.

A sua existência curta e pura, como esta flor, conseguiu o que havia almejado: que as nações indígenas dos Estados Unidos e do Canadá conhecessem e vivessem a Paixão de Jesus Cristo.

O papa João Paulo II nomeou-a padroeira da 17a Jornada Mundial da Juventude realizada no Canadá, em 2002, quando a beatificou. Ao lado de são Francisco de Assis, a bem-aventurada Catarina Tekakwitha foi honrada pela Igreja com o título de "Padroeira da Ecologia e do Meio Ambiente".

Fonte: www.paulinas.org.br

terça-feira, 13 de julho de 2010

Santa Teresa de Jesus dos Andes


13/07 - Joana Fernandez Solar nasceu no dia 13 de julho de 1900, no berço de uma família profundamente cristã, na cidade de Santiago do Chile, capital deste país. Seus pais se chamavam Miguel e Lúcia.

A partir dos seis anos de idade assistia com a mãe, quase diariamente, à Santa Missa e ansiava poder receber a Primeira Comunhão, o que aconteceu em setembro de 1910. Desde então, procurava comungar diariamente e passar longos momentos mantendo um diálogo íntimo com Jesus.Teve a infância marcada por uma intensa vida mariana, que foi um dos sólidos alicerces da sua vida cristã.

Joana estudou durante onze anos no Colégio do Sagrado Coração, até 1918. Foi muito dedicada à família e se julgava incapaz de viver separada dos seus. No entanto, assumiu com resignação o distanciamento nos últimos três anos dos estudos em regime de internato.

Sua vocação religiosa se confirmou aos catorze anos. Nessa época, ela se correspondia com a Superiora das Carmelitas dos Andes, e lia muito sobre a trajetória da vida dos Santos. Assim, Joana foi se preparando de tal modo que, desde os dezessete anos, já externava o ideal de ser carmelita, e com ardor defendia a sua vivência contemplativa, que todos julgavam "inútil".

A separação definitiva da família e do mundo se deu em maio de 1919, aos dezenove anos de idade. Entrou para as Carmelitas dos Andes e tomou o nome de Teresa de Jesus. Alí viveu apenas onze meses, pois contraiu a febre tifóide e logo morreu, no dia 12 de abril de 1920, na sua cidade natal.

Teresa de Jesus, tinha tamanha liberdade para se expressar com o Senhor, que costumava dizer: "Cristo, esse louco de amor, me fez louca também". A sua aspiração e constante empenho se centraram em se assemelhar a Ele, em se comungar com Cristo. Foi beatificada pelo Papa João Paulo II quando este visitou o Chile em 1987. Depois, foi canonizada pelo mesmo Sumo Pontífice em 1993, em Roma. Nesta ocasião ele a chamou de Santa Teresa de Jesus "dos Andes" e declarou que era a primeira chilena e a primeira carmelita latino-americana a ser elevada à honra dos altares da Igreja, para ser festejada no dia 13 de julho.

O Santuário de Santa Teresa dos Andes, como ficou popularmente conhecida, se tornou um centro espiritual no Chile, visitado por milhares de peregrinos anualmente. Sua fama de intercessora pelas graças e milagres concedidos correu logo, principalmente entre os jovens católicos. Santa Teresa dos Andes continua assim cumprindo a missão reconhecida como sua: despertar fome e sede de Deus nos jovens deste nosso mundo moderno tão materializado.

Fonte: http://www.nossasenhoradocarmo.com.br/

segunda-feira, 12 de julho de 2010

Santa Verônica

12/07 - Santa Verônica viveu no primeiro século. É a mulher de Jerusalém que enxugou a face de Jesus com um véu branco no seu caminho para o Calvário. De acordo com a tradição o pano ficou com a impressão da imagem da face de Jesus. Assim a historia de Santa Verônica tornou-se uma das mais populares da tradição Cristã e o seu véu é uma das mais amadas relíquias da Igreja. De acordo com a tradição, Verônica levou o véu para fora da Terra Santa e teria usado para curar o Imperador Tibérius (14-37) de uma doença. O véu foi subseqüentemente visto em Roma no século oitavo e foi transferido para a Basílica de São Pedro em 1297 pelo Papa Bonifácio VIII (1294-1303).

Quase nada é conhecido sobre Verônica embora os “Atos de Pilatos” considerado por muito apócrifos a identificam com a mulher mencionada no Evangelho de São Mateus (9:29-22) que teria sofrido de uma perda de sangue. O nome Verônica significa “imagem verdadeira” como foi relatado pelo historiador e escolar bíblico Giraldus Cambrensis (1147-1223). Alem disso Matthew de Westminster fala da impressão da imagem do Salvador como:"Effigies Domenici vultus quae Veronica nuncupatur".

Assim a imaginação popular tomou o nome Verônica como sendo o nome de uma pessoa. O nome assim denotaria como uma relíquia genuína o véu de Verônica, para diferenciá-lo de outras relíquias similares como aquelas guardadas em Milão. A relíquia é ainda preservada na Basílica de São Pedro e a memória do ato de caridade de Santa Verônica é comemorado nas Estações da Via Sacra. Embora ela não seja incluída na Martirologia Romana, ela é honrada pela Igreja com um dia para a sua festa.O seu símbolo é o véu com a face de Cristo e a Coroa de Espinhos.Sua festa é celebrada no dia 12 de julho.

sexta-feira, 9 de julho de 2010

Santa Verônica Giuliani


09/07 - Úrsula Giuliani nasceu em Mercatello, perto de Urbino, no ano de 1660. Foi a sétima filha do casal Francisco e Benta, profundamente católico. Quatro de suas filhas já eram clarissas quando apoiaram a sua caçula, que, aos dezessete anos, desejou ingressar no mosteiro da Ordem na cidade de Castello. Lá ela vestiu o hábito e tomou o nome de Verônica.

No convento, ela trabalhou muito, sem distinção de cargos: foi camareira, cozinheira, encarregada da despensa, enfermeira, professora das noviças e, finalmente, abadessa. Transformou o mosteiro numa verdadeira e especial escola de perfeição com o seu próprio exemplo de amor ao Redentor, à sua Paixão na cruz e à Virgem Maria, deixando para a posteridade um legado instigante de sua prolongada e rica experiência mística.

Os registros de manifestações místicas na vida dos santos da Igreja não são poucos. E consideram-se místicos os fenômenos extraordinários que vivem algumas pessoas escolhidas por Deus para mostrar sua intervenção na existência terrena de seus filhos. São eles os milagres, as profecias, o domínio sobre fenômenos da natureza, as visões, os êxtases e as aparições dos estigmas de Cristo no corpo. Entretanto o que ocorreu com Verônica não teria chegado até nós se não fosse a inspiração de seu diretor espiritual.

Tudo começou a partir de 1697, quando lhe apareceram no corpo os estigmas de Jesus, ou seja, passou a conviver com as mesmas chagas que martirizaram o Cristo. Na ocasião, Verônica pediu a Jesus que os escondesse aos olhos de todos, não desejava que absolutamente ninguém soubesse o que lhe ocorria. Também não queria ser vista como uma escolhida, preferia viver na humildade. Ela conseguiu, mantendo-se reclusa em sua cela e sem contato com nenhuma pessoa fora do convento, pelo resto da vida.

E teria permanecido assim, sem que ninguém soubesse de sua história, não fosse uma ordem que lhe impôs seu confessor e diretor espiritual. Verônica teria de escrever todas as experiências místicas que vivenciava e sentia nos seus contatos com Jesus. Porém, depois, não poderia reler o que havia registrado. Desse modo, ficaram para a posteridade quarenta e quatro volumes de uma fantástica vivência de trinta anos com o extraordinário.

Um dos relatos mais impressionantes trata-se da descrição que ela fez de como lhe surgiram os estigmas. "Vi sair das santas chagas do Cristo cinco raios resplandecentes e todos vieram perto de mim. Em quatro estavam os pregos, e no quinto a lança que, candente, me transpassou o coração de fora a fora", descreveu ela. Era uma Sexta-Feira Santa, de madrugada.

Foi numa sexta-feira também que Verônica Giuliani morreu, em 1727, depois de trinta e três dias de doença e agonia em seu corpo, onde se viam, ainda, as chagas da Paixão. Para corroborar seus escritos, a autópsia constatou que, realmente, seu coração estava vazado de lado a lado.

quarta-feira, 7 de julho de 2010

Beata Maria Romero Meneses


07/07 - Maria Romero Meneses nasceu a 13 de janeiro de 1902 em Granada, na Nicarágua e pertencia a uma família católica, cujas raízes eram espanholas . Os pais, Félix e Ana, eram de classe média e tiveram treze filhos. Ela recebeu uma sólida formação religiosa e excelente instrução tradicional. Gostava de estudar música, desenho e pintura, possuindo um raro talento para as artes.

Foi transferida para a missão na Costa Rica, em 1931, onde ensinava música, desenho e datilografia. Além disto, incluiu nas suas atividades educativas a catequese ministrada aos jovens da periferia da capital de São José. Passados três anos, Maria Romero deu vida à outra maneira de evangelização, socorria as famílias pobres e marginalizadas, contando para isto com a caridade vinda das famílias mais ricas.

Em 1961, ela, sempre sensível ao "grito dos pobres", iniciou uma série de cursos de qualificação profissional para os jovens carentes e também para os adultos. Esta iniciativa foi apenas a abertura para muitas outras obras, todas direcionadas à população mais sofrida, até finalizar com a fundação das Obras Sociais de Maria Auxiliadora.

Com a autorização do Bispo, quatro anos depois, começou uma série de exercícios espirituais destinados às várias categorias: jovens, benfeitores das Obras e mães de família que, com os seus filhos, não raro doentes, alí recebiam a assistência médica gratuita. Contando com a colaboração e a disponibilidade de alguns médicos e enfermeiros de boa vontade, em 1966, fundaram um Hospital de Clínicas Gerais, destinado ao atendimento de toda a comunidade, mas beneficiando especialmente os pobres.

Autorizada pelo arcebispo de São José e com a aprovação da sua Superiora, em 1973, mobilizou-se e conseguiu um grande terreno e a construção de um número ainda maior de casas destinadas aos desabrigados das periferias. Atualmente, o local se tornou a cidade de Santa Maria, em homenagem a sua fundadora.

Outro dom que Maria Romero possuía era o do conselho, que ela não negava à ninguém. Houve uma comoção muito forte em todo o país, ao ser noticiada sua morte no dia 07 de julho de 1977, ocorrida subitamente quando regressava de um descanso na Nicarágua.

quinta-feira, 1 de julho de 2010

Santo Oliver Plunkett


01/07 - Oliver Plunkett, irlandês, nasceu no ano de 1625, em Loughcrew, numa família de nobres. Ele queria ser padre, mas para realizar sua vocação estudou particularmente e na clandestinidade. Devido à perseguição religiosa empreendida contra os católicos, seus pais o enviaram para completar o seminário em Roma, onde recebeu a ordenação em 1654.

A ilha irlandesa pertence à Coroa inglesa e possuía maioria católica. Mas como havia rompido com a Igreja de Roma, o exército real inglês, liderado por Cromwel, assumiu o poder para conseguir a unificação política da Inglaterra, Escócia e Irlanda. Obcecado pelo projecto, mandara até mesmo assassinar o rei Carlos I. E na Irlanda não fez por menos, todos os religiosos, sem excepção, foram mortos, além de leigos, militares e políticos; enfim, todos os que fossem católicos. Por isso o então padre Plunkett ficou em Roma exercendo o ministério como professor de teologia.

Em 1669, o bispo da Irlanda, que estava exilado na Itália, morreu. Para sucedê-lo, o papa Clemente IX consagrou o padre Oliver Plunkett, que retornou para a Irlanda viajando como clandestino. Dotado de carisma, diplomacia, inteligência, serenidade e de uma fé inabalável, assumiu o seu rebanho com o intuito de reanimar-lhes a fé. Junto às autoridades ele conseguiu amenizar os rigores impostos aos católicos.

Porém Titus Oates, que fora anglicano e depois conseguiu tornar-se jesuíta, ingressando num colégio espanhol, traiu a Igreja romana. Ele, para usufruir os benefícios da Coroa inglesa, apresentou uma lista de eclesiásticos e leigos afirmando que tentariam depor o rei Carlos II. Nessa relação estava o bispo Plunkett, que foi condenado à morte por decapitação pública.

A execução ocorreu em Londres, no dia 1º de julho de 1681. Antes, porém, ele fez um discurso digno de um santo e mártir. Segundo registros da época, o seu heroísmo na hora do martírio, somado ao seu discurso, contribuiu para a glória da Igreja de Roma mais do que muitos anos do mais edificante apostolado.

O seu culto foi confirmado no dia 1o de julho ao ser beatificado em 1920. Canonizado pelo papa Paulo VI em 1975, santo Oliver Plunkett possui duas sepulturas. O seu corpo esta na Abadia de Downside, em Londres, enquanto a sua cabeça esta na Abadia de Drogheda, na Irlanda. Ele foi o último católico condenado à morte na Inglaterra em razão de sua fé.

Fonte: alexandrinabalasar.free.fr