sexta-feira, 3 de julho de 2009

São Leão II - Papa


03/07 - O Papa Leão II era filho de um médico chamado Paulo e nasceu na Sicília. Os outros poucos dados que temos sobre ele foram extraídos do seu curto período frente ao governo da Igreja de Roma, quase onze meses. Em 681, ele já estava em Roma onde exercia a função de esmoler-mor da Igreja. Era um homem extremamente culto, eloqüente, professor de ciências, profundo conhecedor de literatura eclesiástica. Além de falar fluentemente o grego e o latim, era especialista em canto e salmodia. Por tudo isto os historiadores entendem que ele deve ter sido um mestre em alguma escola teológica cristã, do seu tempo e região.

Foi eleito dias após a morte do Papa Ágato. Mas, o centro do império, em Constantinopla, opunha-se à sua posse, por não ter tido tempo suficiente para influenciar na escolha do sucessor ao pontificado como seria mais conveniente aos interesses dos Bispos do Oriente.

Então, num verdadeiro ato de chantagem, o imperador exigiu uma compensação financeira. Um ano demoraram as negociações entre Roma e Constantinopla, até que o imperador desistiu da absurda exigência e o Papa Leão II pode assumir o governo da Santa Sé, sendo consagrado em 17 de agosto de 682. Sua primeira providência foi confirmar o VI Concílio Ecumênico. Enalteceu de maneira mais didática os argumentos do seu antecessor, aliviando a tensão que se formara com os Bispos do Oriental.

Depois, instituiu a aspersão da água benta nos ritos litúrgicos e sobre o povo. Também conseguiu que a escolha do Bispo de Ravena ficasse sujeita à determinação de Roma e não por indicação política, como ocorria na época. E ainda valer sua autoridade diante do abuso do poder dos bispos usurpadores dos bens da Igreja.

Zelou pela pureza da fé e dos costumes, dando ele próprio o exemplo, confortando os pobres com vigoroso socorro espiritual e material, através de obras de caridade financiadas pela Igreja.

Mandou restaurar a Igreja de Santa Bibiana especialmente para acolher as relíquias dos Santos Mártires: Simplício, Faustino e Beatrix, que ainda estavam sepultados num campo que antes fora um templo pagão. Além disto, por ter muita devoção pelos soldados mártires, São Sebastião e São Jorge, propagou-a entre os fiéis, que passaram a considera-los padroeiros dos militares.

O Papa Leão II morreu no dia 03 de julho de 683, sendo festejado como Santo pela Igreja no dia do seu trânsito.

Fonte: http://www.nossasenhoradocarmo.com.br/

quinta-feira, 2 de julho de 2009

São Bernardinho Realino


02/07 - Com Bernardinho Realino (1530-1616) aconteceu um fato talvez único na historia dos santos: ainda em vida foi nomeado padroeiro da cidade de Lecce.

Ao espalhar-se a notícia de que o padre Bernardinho estava morrendo, o prefeito da cidade reuniu a câmara e dirigiu-se ao colégio dos jesuítas. Ante o leito do morimbundo, leu um documento que tinha preparado: "Grande é nossa dor, pai amado, ao ver que nos deixais, pois nosso mais ardente desejo seria que permanecêsseis sempre conosco. Não querendo, contudo, opor-nos à vontade de Deus, que vos convida para o céu, desejamos pelo menos encomendar-vos a nós mesmos e a toda esta cidade tão amada por vós e que tanto vos tem amado e reverenciado. Assim o fareis, ó pai, pela vossa inesgotavél caridade, a qual nos permite esperar que queirais ser nosso protetor e patronono paraíso, pois já por tal vos elegemos desde agora para sempre, seguros de que aceitareis por fiéis servos e filhos... Com esforço respondeu o padre: "Sim, senhores".

De fato, o padre Bernadinho tinha dedicado mais da emtade de sua longa vida, e a quase totalidade de sua ação apostólica como padre, à cidade de Lecce. A Lecce chegou em 1574 como superior da nova comunidade de jesuítas; depois foi fundador e reitor do colégio, diretor da congregação mariana, e sobretudo apóstulos dos pobres e enfermos. "O que foi S. Felipe Neri para a cidade Eterna - escreveu Leão XIII na bula de canonização - foi para Lacce Bernardinho Realino. Desde a mais alta nobreza até os últimos esfarrapados, encarcerados e escravos turcos não havia quem não o conhecesse como apóstolo e benfeitor da cidade.

Assim sem grandes feitos exteriores, desenvolveu-se com a rotina de uma dedicação total aliária a santidade de Bernardinho Realino. Apesar de ter sido chamado tarde à vida religiosa (contava trinta e quatro anos quando ingressou na Companhia de Jesus), sua vida se apresenta como uma grande continuidade sempre em busca da verdade e do bem.